Cicloturismo na Estrada Real
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5º Dia de Viagem – Aparecida (SP) a Cunha (SP)
Saímos de Aparecida as 4:40 da manhã, e apenas 7km depois por dentro da cidade já chegávamos a Guaratinguetá. Ainda fazia bastante frio (foi o único dia que pedalei de calça e balaclava), estava escuro e não encontramos nenhuma padaria aberta para tomar café. Seguimos então pedalando pela rodovia SP-171 rumo a Cunha.
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Um dia viajando de ônibus já foi suficiente pra deixar nosso ânimo para as pedaladas lá em cima. Estávamos bastante “adrenados” no início do caminho, especialmente por pedalar no escuro na rodovia. Mesmo com colete refletivo e piscas em ação, a escuridão (e o silencio) da estrada impressionavam. Apertamos o ritmo e pedalamos forte, como se a velocidade dos pedais fosse impulsionar o nascimento do sol, que já nos angustiava um pouco. Mas com o inverno e as montanhas, o sol só veio iluminar nosso caminho por volta das 6:15 da manhã, após pouco mais de 1h30 de pedaladas no escuro.
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Tomamos café na estrada, em cima de uma pedra grande com uma vista maravilhosa! A subida da serra foi dura, mas o asfalto estava com ótima qualidade. Depois de fritar as penas na subida da serra no 1º dia de viagem, já havíamos aprendido que o empurra bike era a melhor solução. Além de descansar, mantínhamos praticamente a mesma velocidade de quando estávamos pedalando. Alternamos então o empurra bike (nas subidas mais íngremes) com as pedaladas nas subidas mais tranquilas da serra.
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Estávamos ansiosos pelo trecho de descida até Cunha, e quando vencemos a subida ficamos empolgados pra soltar as bikes no asfalto. Depois de longos trecho a 6km/h, era hora de acelerar rumo aos 60km/h não é mesmo?
Mas que nada!
Depois de “roer o osso” na subida, quando achávamos que o “filé mignon” nos aguardava descida abaixo, mais uma surpresa do caminho: muita neblina à frente, frio cortante e uma estrada horrível, muito esburacada. Tivemos que redobrar a atenção e voltar com o nosso “kit trevas” (refletivos, piscas, agasalhos, balaclava, luvas…). Abaixo, uma foto e 40 segundos de vídeo que mostram a nossa entrada no “momento-perrengue” (depois disso a câmera embaçou completamente…).
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Já estávamos bem cansados quando finalmente chegamos a uma lanchonete na estrada. Fizemos uma parada longa e finalmente tomamos o merecido café da manhã. De ânimo e humor recuperados, seguimos para Cunha. O trecho horrível da estrada agora dava lugar a um longo trecho em obras, há +- 2km da entrada da cidade. A neblina e o frio finalmente foram embora!
Chegamos em Cunha por volta da 1 da tarde e apesar de já estarmos ansiosos com a chegada em Parati, tomamos a sábia decisão de ficar na cidade e seguir no dia seguinte. Nos instalamos numa pousada simples e muito aconchegante (R$ 50 por pessoa. A mais cara que pagamos, mas também a melhor de toda a viagem). A cidade estava cheia e enfeitada, pois realizava a Festa do Divino Espírito Santo, além do evento Acordes da Serra. Aproveitamos pra passear a noite pela cidade, e depois de comer bem e ver um pouco da festa, já estávamos de volta à pousada.
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No dia seguinte, partiríamos para o fim da nossa cicloviagem.
Era o dia da chegada!
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Dados técnicos do 5º dia de pedaladas – percurso Aparecida (SP) a Cunha (SP)
Percurso: asfalto
Distância percorrida: +-50km
Velocidade média: 11 km/h
Veja também:
Opa!
Fizemos de SJDR a Paraty ano passado, eu, minha esposa (então namorada) e mais um amigo de Divinópolis. Entre Guaratinguetá e Cunha pedalamos pelo trecho oficial da ER, pegando terra pra subir a primeira parte da serra. Depois desse trecho de asfalto descendo, quase chegando a Cunha, o guia manda sair da estrada pra esquerda, o que nos trouxe mais uma boa sequencia de descidas e subidas em terra. Valeu a pena demais! Assim também para o último dia, de Cunha a Paraty, só pegamos o asfalto nos últimos km antes da divisa de estados, pra então descer a serra. Infelizmente, descemos com chuva e neblina, não deu pra ver o mar lá de cima. Espero que tenha sido diferente com vocês!
Os GPS da ER pegamos no http://www.estradareal.tur.br e foram muito úteis, porque só se pega mais asfalto em SP.
Que nada Vinicius!
Pegamos também muita neblina e não conseguimos ver nada… Mas mesmo assim vale muito a pena sempre. Acho que com a neblina perdemos um pouquinho no visual mas adiciona um outro componente na aventura!
Um abração cumpadre!