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Pedal pela Trilha Verde da Maria Fumaça (MG)

Pedal pela Trilha Verde da Maria Fumaça (MG)

Por Javert Denilson

Belo Horizonte, 27 de abril de 2012.
Saída de BH às 23h50min, eu, João Batista, o norte-americano Theodore Gorn (mais conhecido como Tedy), sua esposa Raimunda e o filho Alejandro, Edson e sua esposa Marcília. Motoristas Humberto e Lucas. Partimos rumo à cidade de Diamantina para fazermos o pedal pela TRILHA VERDE DA MARIA FUMAÇA.

trilha verde da maria fumaça – 1º dia (28/04) De Diamantina a Conselheiro Mata

Fizemos uma breve visita a cidade de Diamantina para tomar um café. Preparamos nossas bikes e partimos. A antiga estrada de ferro não existe mais. Agora, é apenas uma trilha. E às vezes, nem trilha. A erosão danificou bastante alguns trechos. Na primeira cachoeira que avistamos fomos nadar. E sem esperar por uma surpresa tive uma câimbra. Mas também depois de ficar quase dois meses sem pedalar e encarar a água gelada de uma cachoeira foi milagre não ter câimbra nas duas pernas! Passamos pelos distritos de Barão de Guaicuí e Mendes. E pelo caminho tiramos várias fotos da natureza exuberante.

Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson
Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson

Chegamos a Conselheiro Mata. Ficamos na Pousada do Kussu, cujo proprietário “seu” Geraldo Kussu, também é dono do Buteko e Restaurante do distrito. Kussu é um flamenguista fanático e seu bar é todo enfeitado com utensílios referentes ao time do Flamengo, como posters, escudos, camisas, charges e fotos dos times campeões. Fomos para nossos quartos. E depois de tomado banho fomos jantar. Eu comi demais: foram três pratos. Comida deliciosa. E depois de pedalar por quase quarenta quilômetros a fome não estava brincadeira!

trilha verde da maria fumaça – 2º dia (29/04) De Conselheiro Mata a Cachoeira do Telésforo

Tomamos o café da manhã no Buteko e Restaurante do Kussu. E que café da manhã: sucos de laranja, leite, torradas, pão, queijo, manteiga, café e até salsichas numa panela para quem quisesse fazer um “cachorro quente”. Depois de um café da manhã delicioso pedalamos de Conselheiro Mata até a Cachoeira do Telésforo: eu, Tedy, Edson, Marcília e Humberto. O João foi de Van e o Humberto aproveitou e pedalou com a gente até a Cachoeira. Foram 18 km de ida e 18 km de volta.

E na volta foram apenas eu, Tedy e Edson. Marcília e Humberto resolveram voltar de Van. Eu não havia comido nada, apenas bebi água. Eu já estava tão cansado que chamava Telésforo de “teleférico” e o descanso da bicicleta de “encosto”. Isso é que dá ficar uns dois meses sem pedalar e depois encarar uma trilha deste nível. Minhas pernas já não aguentavam mais. E começava a ver miragens: um enorme copo de suco bem gelado à minha frente. Chegamos a uma parte do trecho onde era de uma areia fina e branca onde os pneus atolavam com facilidade. Precisa pedalar bastante para ganhar velocidade e ao mesmo tempo a areia retendo as rodas. Um esforço fora do comum.

Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson
trilha verde da maria fumaca 005

Eu imaginava que Telésforo seria a história de um homem querendo passar um telegrama e numa época que não havia luz artificial. Ele ascendera um fósforo para clarear o ambiente e poder escrever. Então telegrama com fósforo daria “telésforo”. Mas a história não é esta. A história segundo contam os moradores do local seria a de um tal de Telêncio… No almoço não cometi o mesmo erro do dia anterior: comi apenas legumes verduras e carne (tomate, cenoura, beterraba, quiabo, almeirão e carne de sol). E apenas um prato.

trilha verde da maria fumaça – 3º dia (30/04) 2 cachoeiras em um dia!

Pedalamos até a Cachoeira do Tombadouro. Foram oito km de ida e oito km de volta. Fomos eu, João Batista, Tedy, Edson e Marcília. Paisagem deslumbrante. E pra variar, um momento radical. Tivemos que deixar nossas bikes numa vala. E eu acostumado com o asfalto de BH entrando numa “roubada” dessas! Onde é que eu fui amarrar minha égua? Mas valeu o esforço, pois tomei muito banho de cachoeira. Foi só entrar debaixo que a força das águas atuou como uma massagem em minhas costas. À tarde, fomos caminhando eu, João, Edson, Marcília, Tedy, Raimunda, Alejandro e dois meninos (moradores do lugarejo) até a Cachoeira das Fadas: um km de ida e um km de volta. Entrei na água devagar: estava gelada e no fundo havia muitas pedras.

Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson
Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson
Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson

trilha verde da maria fumaça – 4º dia (01/05) De Conselheiro Mata a Santo Hipólito

Pedalamos de Conselheiro Mata até Santo Hipólito. Trecho com muitos “mata-burros invertidos”. Chegamos a Rodeador – capital da pinha. O nome do distrito refere-se às pessoas que “rodeavam” o rebanho para contar o gado. Passamos por Monjolos e depois chegamos a Santo Hipólito.

Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denillson
Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson
Trilha Verde da Maria Fumaça
Foto: acervo pessoal Javert Denilson

Em Santo Hipólito a Van nos pegou e nos conduziu até Corinto. Passamos sobre dois pontilhões sobre o Rio das Velhas (antiga ferrovia). Depois de uma rápida passagem na casa do nosso colega Geraldo Adelmo, almoçamos no Posto Bandeirantes da cidade de Corinto.

E de Van saímos de Corinto, passamos por São José da Lagoa, Paraopeba, Sete Lagoas até BH.

E voltei para casa com:
1) um dos ouvidos entupido;
2) o corpo recheado de carrapatos. Oh, céus!

HOSPEDAGEM NA trilha verde da maria fumaça

Se você vai pedalar pelas cidades desse roteiro, pode consultar campings, hostels, pousadas e hotéis nos links abaixo:

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