O orkut será desativado, e com ele muitas recordações de uma “época de ouro” para muitos.
“[b][i][blue]Mal conheço o camarada, mas considero pakas![/b[/i[/blue] :D” Hehe, quem nunca postou um depoimento ou algo assim no Orkut?
Triste ver essa mensagem na pagina inicial do Orkut :’(
O Orkut foi a porta de entrada para muita gente conhecer uma rede social, eu eu fui uma delas. Tudo começa quando um dos meus amigos da bike, o William Souza (bem antenado nas novidades da época), me convida a participar do MSN, que na época de 2005 em diante se tornara uma febre. Ele me ensinou passo a passo a iniciar e usar os chat´s, e pouco tempo depois já estava me mandando convite para ingressar ao Orkut (para quem não conheceu essa rede, era necessário ter um convite de quem já estava conectado a rede para poder se conectar também, bem diferente de hoje onde qualquer um pode chegar e entrar. E olha que convites eram “disputados a tapa”, e quem estava na rede já era considerado um “top”)
Caloi: a primeira comunidade que ingressei
Nessa época também, eu estava “engatinhando” no mundo das bicicletas, e minha inserção ao mundo virtual com a ajuda do “Will” só me trouxe lucros (e alguns poucos prejuízos também). Fui procurando, explorando o Orkut, até encontrar o que me agradava. A primeira comunidade que entrei foi a da “Caloi”, e lá conheci muita gente interessante, e muitas dessas pessoas tenho contato até hoje, como o Edu Romão (criador da “comu” e hoje diretor da regional sul da Caloi) Luiz Fernando e o Paulo Vinicius (esse residente nos Estados Unidos) e muitos outros. Fui considerado um “guru” por saber muita coisa sobre a marca, além de dar conselhos e dicas sobre os produtos. Tamanho o conhecimento que eu tinha, muita gente achava que eu trabalhava na Caloi (quem me dera…). Não esqueço do post onde comentei sobre a história dos modelos de alumínio: era tantos detalhes que os membros ficaram boquiabertos!
“Cicloturismo”: foi a partir daí que comecei a “tomar coragem” para fazer uma viagem de bike
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Eu sempre tive vontade de sair pedalando por longas distâncias, e a comunidade em questão serviu como uma luva para isso. Quando as dúvidas eram sobre mecânica de bike, lá estava eu prontamente a ajudar os novatos. E eu sempre aprendendo com os cicloturistas mais experientes
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Mas obviamente essa não foi a única comunidade relacionada a bikes que entrei. A segunda que entrei era a “Clcloturismo”. Eu sempre tive vontade de sair pedalando por longas distâncias, e a comunidade em questão serviu como uma luva para isso. Quando as dúvidas eram sobre mecânica de bike, lá estava eu prontamente a ajudar os novatos. E eu sempre aprendendo com os cicloturistas mais experientes, como o camarada Nelson Neto (da qual eu recepcionei ele e o amigo dele, Alexandre “Jamanta” em Itapema/SC, coisa de 1 ano e meio depois de eu me mudar para o estado), Ivan Rolim e Bruno Bernardo (do até então recém criado MegaRiders, ciclistas de longa distância, baseando-se nos moldes do Audax), e muitos outros como Daniel Chagas, Daniel dos Reis Carracci, Marco A.O Brandão e Erico Pereira (os dois últimos do Ciclotur-Ita) e Ricardo Martins Batista (aquele que também estava iniciando no cicloturismo e, anos depois, fez um giro pela América do Sul, lhe rendendo um livro recheado de histórias e com uma dedicatória a minha pessoa, o que me deixou extremamente contente!). Seguido dela, entrei na “Bikers Brasil”,e lá também era muito requisitado e conquistei muitas amizades.
“Bicicleta, o melhor transporte”: uma das comunidades que me deu maior visão sobre o assunto
Entrei em várias outras comunidades relacionadas a bicicletas (e carros também, afinal eu sou apaixonado pelas quatro rodas tanto quando as bikes, e isso me rendeu muitas amizades em ambos os lados), Mas foi na comunidade “Bicicleta: O Melhor Transporte” que ganhei maior visibilidade e responsabilidade! Meu empenho era tanto que fui convidado a moderar a comunidade, algo que até então nem sabia como se fazia. E foi ali que senti na pele o que é ser dono de uma comunidade: aprovar entrada de membros, fiscalizar prováveis encrencas e ainda ser chamado de “puxa saco”, “mercenário” e outras coisas por seres que, acredito eu, só se passavam por valentões na frente da tela do computador. Mas também tinham os gente boa, dispostos a trocar informações e conquistar novas amizades. Foi também no Orkut que rolou altas tretas, muitas por falta de atenção e interpretação de texto, o que me causou, em uma delas, minha remoção da loja de bikes onde trabalhei como montador de bikes. Faz parte :/
“Bikers Brasil”: todas as variações do ciclismo em um lugar só
O tempo passa, e em março de 2010 conheço o facebook. Só entrei nessa nova rede social depois de conhecer um ciclista argentino chamado Rodrigo Altamirano, que veio passar férias aqui no Brasil. E tudo aquilo que passei no Orkut eu iria passar no facebook: novos horizontes, novas pessoas (e até o reencontro de velhos amigos) e novos desafios na World “Wild” Web (entendedores entenderão o “selvagem” em inglês). Foram muitos acontecimentos, até chegar aqui no site Até Onde Deu Para Ir de Bicicleta. Um dia eu conto como vim parar aqui.
Uma coisa é certa: se estou aqui eu devo agradecer ao Orkut e ao William por ter “me jogado” nesse mundo louco da internet. O Orkut terá seu fim, mas pelo menos a Google estará disponibilizando um “backup” de todas as atividades no site desde o inicio, assim como o download de fotos dos álbuns (algo de extrema importância pra mim, pois muitas fotos que estão lá eu perdi depois que o hdd do meu computador deu problema)
O Orkut se vai, mas deixará uma grande lembrança na minha mente, e na de muitas pessoas que usaram e irão usar até o seu final.
Saudades…
Texto e Edição: Kiko Molinari Originals®
Fotos: Reprodução