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Bicicleta: uma nova velha paixão

Bicicleta: uma nova velha paixão
Foto: acervo pessoal Monique Furtado

Por Monique Furtado

Sempre tive bicicleta. Acho que a primeira foi uma cecizinha, cinza, de cestinha. Amo cestinhas. Morávamos em capital, fui crescendo e minha mãe não concordou com as pedaladas na rua.

Como tínhamos uma casa na praia, lá eu podia ter bicicleta e algumas vezes, passava o dia em cima dela. A primeira bicicleta era antiga, comprada usada, não me lembro o modelo mas foi apelidada carinhosamente de Harley Davidson por um amigo. A segunda foi comprada nova e era uma MTB bacaníssima mas foi roubada sem ter rodado seus primeiros 50km.

Depois disso fiquei anos sem pedalar, não tinha vontade e a selva de pedra contribuía para isso.

Em 2011, querendo fugir do tédio, eu e meu marido decidimos voltar a pedalar. Sem fazer muita pesquisa, afinal queríamos só passear, compramos 2 t-types da Caloi e, apesar de termos levado as magrelas até o distrito de Tabuleiro/MG, não andamos nem 100km naquele ano. 2012 não foi diferente. Em 2013 engravidei e soube que não voltaria a pedalar tão cedo.

Mudamos de BH para Teresópolis, de Teresópolis para Macaé, com mudança, bicicletas e menino debaixo do braço.

Levou algum tempo para que eu animasse a levar a bike para dar uma volta na ciclovia da orla. São 12km de um asfalto bem lisinho e muitas bicicletas. Quando o bebê fez 8 meses arranjei um jeito de comprar uma cadeirinha pra ele e passamos a sair algumas vezes na semana e rodar pela orla.

Em um desses giros me deparei com um grupo de mais ou menos 30 ciclistas no inicio da praia mas só na segunda vez que os encontrei parei para ”assuntar” e saber como fazer parte da turma. Esse grupo faz parte de um pedal de iniciantes que gira cerca de 30km toda quarta à noite. Enturmei com a parte feminina do grupo e fui convidada para fazer um pedal light em um sábado de manhã.

De light o pedal não teve nada. 5 horas rodando em asfalto, estradão e cerca de 30km de single track. A exaustão chegou antes do fim do pedal mas contei com o carinho e a ajuda de algumas pessoas fantásticas.

Foto: acervo pessoal Monique Furtado
Foto: acervo pessoal Monique Furtado

Desde então pedalo de 70 a 100km toda semana com um grupo que conheci aqui em Macaé. Redescobri essa paixão, que me motiva, me move e me trás felicidade.

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