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Como eu descobri o cicloturismo

Como eu descobri o cicloturismo
Foto: acervo pessoal Paulo Henrique das Chagas

Por Paulo Henrique das Chagas

A alguns anos atrás por volta de 2003/2005 eu andava muito de bicicleta aqui na cidade onde moro: Araripina no sertão do Pernambuco. Tinha uma Montain Bike e nos finais de semana se reunia com o pessoal e a criançada e pedalávamos de 15 a 50 km. Mas o tempo foi passando os compromissos aumentando as pedaladas ficaram para um segundo plano. Encostei a bicicleta e não mais pedalei.

Como eu descobri o cicloturismo

Meu irmão que mora em Sâo Paulo disse que faria de Brasilia (DF) a Araripina (PE) de bicicleta. No inicio não acreditei, mas em junho de 2012 ele partiu de Brasilia e após 24 dias venceu os 1800 Km de distancia entre as duas cidades. Aquela viagem e a determinação dele reacendeu a minha vontade de pedalar e após 08 anos sem pedalar, e uns 25kg mais pesado, decidi voltar aos pedais no inicio de 2013. Eram alguns pedais com pouquíssimos kms, 3 ou 4. Após alguns meses já estava pedalando 30/40 km. E após uma cicloviagem de Araripina ao Crato (CE) 140 km fui contagiado de vez pela maneira de viajar de bicicleta.

E no carnaval de 2014, já com muita disposição, desembarquei em São Paulo e junto do meu irmão fizemos de Ilha Comprida (SP) até Joinvile (SC) que foi uma das melhores viagens que fiz na vida. Atravessamos a Ilha comprida, Cananeia, Ilha do Cardoso, Ilha de Superagui, Porto de Paranagua, Matinhos, Bairro da Gloria, São Francisco do SUl e Joinville, totalizando ao todo 430 km.

Dormimos em barraca, casa cedida gentilmente pelos pescadores, na praia, e pude perceber como uma bicicleta tem o poder de abrir o sorriso das pessoas e fazer com que você seja bem visto em qualquer lugar que chegue.

Como eu descobri o cicloturismo
Como eu descobri o cicloturismo. Foto: acervo pessoal Paulo Henrique das Chagas

Hoje pedalo todos os dias e já fiz várias cicloviagens pelo sertão. Só quem viaja ou viajou de bicicleta sabe qual é a satisfação pessoal de completar um trajeto pre determinado. Não pretendo mais parar, pois viajar de bicicleta é sempre uma experiência única.

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2 COMMENTS

  1. A paixão por viajar de bicicleta é como um salto para um mergulho, o difícil é dar o passo para fora da terra firme, depois é só alegria e a vontade de repetir. Quem se lança na viagem de bicicleta não tem nada a perder. Não é perigoso, não é difícil e proporciona um visão de mundo incomum e entusiasmante.

  2. Em março de 2014 eu estava acompanhando a pedalista cordobesa Carolina Aspiasu de Joinville até Guaratuba – ela vinha de Córdoba e ia para Minas Gerais – e cruzamos com o Paulo e o Jacó na estrada entre Itapoá e a balsa que aravessa para Joinville. Foi um grande prazer conhecê-los.

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