Por Silvana Vanessa Ramos
Em 2010 tive a oportunidade de conhecer um rapaz por quem me apaixonei.
No inicio parecia que seria só mais um daqueles encontros de verão, mas este foi um caso diferente. O rapaz será chamado de Didi.
Quando conheci Didi ele vivia em cima de sua bicicleta, onde íamos ele queria levar a bicicleta, com o passar do tempo descobri que ela era um ciclista. No histórico de Didi tinha pelos menos 15 anos como ciclista na pratica de BMX na adolescência, até os dias atuais na pratica diária de MTB.
O relacionamento, como qualquer outro, teve seus momentos de altos e baixos, mas a bike estava sempre presente. No inicio foi difícil administrar a rotina de treinos, viagens, e eu não entendia. Era uma linguagem nova para mim: rodas, guidom, pedais, sapatilhas, capacetes … o “Ciclês” era uma língua diferente.
Mas todas historia tem seu lado bom! Para participar das conversar e entender o assunto, comecei a ler sobre ciclismo, tipos de bicicletas, categorias, equipamentos e os benefícios de ser um ciclista etc. E o resultado foi eu começar a ter milhões de ideias de presentes para aniversários, dia dos namorados e natal.
O namoro durou quase dois anos, foi bom enquanto durou. Porém o que fazer com tanta informação e pessoas ligadas ao ciclismo?
Praticar!
Comecei com uma bicicleta emprestada de Speed que me foi gentilmente cedida por meu amigo Paulo Afonso. Posteriormente, uma mountain bike também emprestada.
Conheci mais gente, que me convidaram para fazer trilhas, onde eu conheci mais gente.
Então, mudei-me de cidade e passei a locar uma bicicleta apropriada e conheci mais ciclistas. Como as trilhas começaram ficar mais difíceis precisei de uma bike apropriada para meu tamanho e montei minha própria bicicleta.
Passaram-se quatro anos. Hoje eu e Didi não temos mais contato, mais ele me deu algo além da saudade, o amor pela bike.