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Cicloturismo Wenceslau Braz (MG) – São Bento do Sapucaí (SP)

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Cicloturismo Wenceslau Braz (MG) – São Bento do Sapucaí (SP)
O bairro do Salão, em Wenceslau Braz (MG). Foto: André Schetino

[icon type=”circle” size=”small” name=”e-info-circled”] Esse post é o relato do terceiro e último dia da cicloviagem entre Caxambu (MG) e São Bento do Sapucaí (SP). Para ver o artigo com o planejamento, video e roteiro completo dos 3 dias de viagem, clique aqui.

Ou se preferir veja também:

1º Dia – Caxambu – São Lourenço

2º Dia: São Lourenço – Wenceslau Braz

Cicloturismo Wenceslau Braz (MG) – São Bento do Sapucaí (SP)

Dia de subir montanhas

A exemplo do dia anterior, comecei minha jornada em uma padaria da cidade me abastecendo de gatorade, paçocas e sanduíches de queijo. Eram 8:30hs e eu sabia que teria muitas subidas pela frente no último dia de viagem.

Retornei por poucos quilômetros no asfalto que me trouxe até Wenceslau Braz, na BR 456 e depois entrei à esquerda em uma estrada de terra que me levaria aos bairros que faziam parte da zona rural da cidade, e que me levariam até Campos do Jordão.

Foi um dia de muitas e duras subidas (como você pode ver abaixo na rota de GPS do Strava), mas que começou mais tranquilo. Após o Bairro do Salão, as subidas foram ficando mais fortes. Descia em alguns momentos para empurrar, em outros encarava pedalando.

O bairro do Salão, em Wenceslau Braz (MG). Foto: André Schetino
O bairro do Salão, em Wenceslau Braz (MG). Foto: André Schetino

Depois de cerca de 15km de subidas, um refresco merecido: uma descida maravilhosa, com cerca de 5 km e belas paisagens. E foi justamente no final dessa descida que tomei o meu primeiro tombo em uma cicloviagem. A estrada que tinha bastante lama, ficou mais escorregadia ainda, pois era passagem de vacas do pasto para o curral de uma fazenda. Junte a isso um cachorro de roça frenético e pronto: um tombo meio bobo, que não machucou nem atrapalhou em nada a viagem, mas deixou um aroma especial na camisa de ciclismo, que teve de ser dispensada.

Depois de me recompor e tomar uma banho de rio a viagem continuou. O trajeto era um pouco menos habitado do que o do dia anterior. Uma região mais rural, com algumas fazendas e praticamente nenhuma estrutura de comércio. Já tinha imaginado que seria assim pelas conversas com pessoas durante o trajeto, e me preparei pra isso. A alimentação foi comprada em Wenceslau Braz, e a água era farta pelo caminho. Quando precisei reabastecer fui muito bem atendido pelos moradores das poucas casas ou fazendas que encontrava.

Alguns km após a descida, cheguei então a um dos momentos marcantes do dia: minha entrada no estado de São Paulo e o início do circuito da Água Santa. Ver a placa da divisa de municípios entre Wenceslau Braz e Campos do Jordão me animou novamente.

Saindo de Minas e entrando em São Paulo. Foto: André Schetino
Saindo de Minas e entrando em São Paulo. Foto: André Schetino
A caminho de Campos de Jordão. Foto: André Schetino
A caminho de Campos de Jordão. Foto: André Schetino

E foi preciso muito ânimo pra encarar as subidas que vinham por aí: foram quase 25km morro acima, dos quais 15km de estrada de terra, pra chegar até Campos do Jordão e seguir para São Bento do Sapucaí. Minha pedalada na verdade margeou a cidade de Campos do Jordão, passando pelo bairro Campista, e seguindo pra São Bento.

Foi um momento de muita calma, paciência e concentração. Anoiteceu e começou a fazer muito frio com neblina forte. Foi o momento de parar, colocar o farol na bike, e o corta vento.

Cheguei na rodoviária de São Bento do Sapucaí por volta das 20:20hs, exausto e no limite da água, da alimentação e da paciência. Não fosse meu compromisso em estar ali naquele dia, acho que teria parado em Campos do Jordão. Mas com uma coca-cola e algumas coxinhas da lanchonete da rodoviária, já estava recomposto e realizado por ter chegado bem e com segurança.

O dia terminava com 82km de pedal. E minha cicloviagem se encerrava ali, depois de 3 dias e cerca de 200km pedalados.

ROTA DO STRAVA DO PEDAL de wenceslau braz (MG) a São Bento do Sapucaí (SP)

Mas os pedais e a aventura não paravam por aí. Em São Bento do Sapucaí fui recebido pelo Guilherme Cavallari, para um fim de semana com muito trekking e Mountain Bike no Refúgio Kalapalo. E você pode conferir nesse post como foi.

Veja também:

1º dia: De Caxambu a São Lourenço (MG)

2º dia: De São Lourenço a Wenceslau Braz (MG)

Roteiro completo da viagem – Cicloturismo de Caxambu (MG) a São Bento do Sapucaí (SP)

VÍDEO DA CICLOVIAGEM: CAXAMBU A SÃO BENTO DO SAPUCAÍ

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