No artigo de hoje vou falar um pouco sobre o acompanhamento nutricional como um diferencial importante nas suas pedaladas. Muitas pessoas acham que o serviço de nutrição esportiva é algo apenas para atletas profissionais. Mas depois de ter uma ótima experiência sendo orientado por uma nutricionista esportiva, senti no corpo e nas pedaladas os benefícios da boa alimentação.
Então, resolvi escrever esse texto não só para você saber um pouco mais sobre o acompanhamento nutricional no ciclismo, mas também para valorizar esse importante profissional da área da saúde: o nutricionista.
E se você se interessa sobre alimentação no ciclismo, é só ficar ligado nas dicas aqui do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta.
O acompanhamento nutricional e o desempenho esportivo
Eu sempre digo nos textos sobre treinamento aqui do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta que o desempenho no esporte está aliado a uma série de fatores: o treinamento, a alimentação, o descanso e o lado psicológico são os principais. Devemos cuidar de todos eles para alcançarmos bons resultados, seja no esporte (amador, profissional…) ou para a nossa saúde.
Mas como estamos falando de nutrição pra quem pedala, sabemos que é necessário ter uma alimentação balanceada para que os nutrientes específicos sejam ofertados em horários estratégicos, de maneira que o organismo consiga desenvolver todas as suas funções de forma eficiente.
Pensando então em quem passeia, treina ou compete de bicicleta, é importante conhecer o seu corpo e suas necessidades individuais durante a prática do esporte, para que você se sinta cada vez melhor pedalando. Daí a importância do acompanhamento nutricional.
O acompanhamento nutricional para ciclistas
O profissional indicado para elaborar um plano alimentar individualizado é o nutricionista. Dentre inúmeras estratégias, ele fará cálculos de adequação dos carboidratos, proteínas, gorduras e micronutrientes, desenvolverá estratégias e melhores horários para o consumo de cada alimento, além de traçar metas visando melhorar a sua composição corporal (manutenção, perda de massa gorda ou ganho de massa magra) e o desempenho nas bikes.
Relatos como acordar cansado, sono interrompido, sonolência, fadiga, tontura, fraqueza, bem como dificuldade de concentração, mal-estar generalizado, intestino preso, diarreia e hiperatividade podem ser sinais de deficiência nutricional e falhas na alimentação diária. Caso isso seja diagnosticado, o nutricionista também atua no tratamento e principalmente na prevenção de todas essas disfunções.
Além de ajudar a maximizar o desempenho no ciclismo, o nutricionista ainda poderá contribuir com a redução do seu tempo de prova, escolha dos melhores alimentos e/ou suplementos, retardo da fadiga muscular e recuperação muscular muito mais rápida.
Na nutrição cada estratégia é exclusiva e o que serve para você não é o mesmo para o outro. Por esses e outros motivos é válido fazer um acompanhamento nutricional, visando conhecer melhor o seu corpo e compreender o poder que os alimentos têm de nos transformar.
A minha experiência com o acompanhamento nutricional
Eu procurei o acompanhamento nutricional pela primeira vez em 2012. Eu iria pedalar pela primeira vez um Brevet Randonneur Mondiaux (Audax), em março de 2013. Era uma prova de 200km que precisaria ser cumprida em até 13hs e 30 minutos.
Eu já pedalava longas distâncias (entre 80 e 150km) há alguns anos, mas tinha muitas dúvidas sobre alimentação e hidratação para esses trechos longos. As vezes terminava o pedal exausto, as vezes errava na alimentação e sentia fome. Enfim, faltava mais conhecimento e informação.
Com o acompanhamento nutricional, além de fazer todos os exames, a nutricionista montou uma dieta com base nos meus treinos, nas minhas necessidades individuais e no meu objetivo, que no caso, era pedalar os 200km na prova que seria daqui há uns 6 meses.
Além de montar uma dieta, ela me prescreveu suplementos alimentares diferentes, para serem usados nos dias de treinos longos, e outros também para usar nos dias em que treinava musculação.
Com isso eu senti uma melhora significativa no meu desempenho. Eu terminava os pedais longos obviamente cansado, mas bem mais inteiro do que quando pedalava sem orientação. Não sentia fome durante o pedal e nem ficava desidratado. E na minha prova de Audax, consegui cumprir pela primeira vez os 200km, em 10 horas e 45 minutos (tirando os descansos e paradas nos PCs, foram 8 horas e 30 minutos de pedalada).
[Nota do blog:] No Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta incentivamos a valorizamos os profissionais da área da saúde. As informações sobre o trabalho do nutricionista e acompanhamento nutricional desse artigo foram fornecidas pelos nutricionistas da Natue. Se você quiser saber mais sobre alimentação no ciclismo, pode conferir nossos outros artigos nos links abaixo:
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