Por Diego Kwecko Lima
DIEGO KWECKO – CICLOTURISMO – CHUÍ/ RS – MONTEVIDEO/ URU
Meu colega de curso técnico, Guilherme Bica, e eu, Diego Kwecko Lima já havíamos pedalado no ano anterior (2013) de Porto Alegre/RS ao forte Sta Tereza/URU e dessa vez decidimos cortar as estradas esburacadas e violentas do Brasil e somente aproveitar as rodovias do amistoso povo uruguaio.
No dia 10 de fevereiro de 2014, embarcamos com duas bicicletas e 15kg de equipamentos e alimentos para a cidade do Chuí/ RS. A título de informação, pagamos R$ 40,00 para levar as bicicletas no bagageiro do ônibus e é necessária a retirada da roda dianteira da bike. Chegamos ao anoitecer no Chuí e decidimos dormir em um posto de combustível e começar nossa trip pela manhã. Mais uma dica: no Chuí vale a pena comprar um chip de celular uruguaio e utilizar a internet durante a viagem (http://macblogger.com.br/como-usar-seu-iphone-no-uruguai).
1º dia – do Chuí a Punta del Diablo (57km) pela Rota 9.
Almoçamos em La Coronilla em frente a uma construção abandonada a beira mar. No caminho, paramos no forte Sta. Tereza para um banho de chuveiro quente free, pois sabíamos que seria uma raridade durante a viagem. Chegamos a Punta del Diablo pouco antes do entardecer e perguntamos a alguns policiais onde podíamos dormir e, para nossa surpresa, disseram que em qualquer lugar que coubesse nossa barraca. A cidade é pequena, mas tem muitos bares e restaurantes bons.
2º dia – Punta del Diablo a Valizas (62km)
Na região da Castijos, saímos da Rota 9 e pegamos a Rota 16 que passa pelo litoral. Almoçamos em uma ótima pizzaria em La Esmeralda, que é uma praia bem pequenina e estava sendo loteada ainda, portanto tinha muito poucas construções. Em Valizas, dormimos em um camping, más como chegamos muito tarde e saímos muito cedo ninguém cobrou nada pela noite.
3º dia – Valizas a La Paloma (52km)
No caminho paramos e visitamos o Cabo Polônio, passeio muito bom, recomendo. Almoçamos ao pé do farol. La Paloma é uma cidade grande e tem tudo que possa fazer falta para o resto da viajem. Dormimos na beira da praia, com as barracas protegidas do vento pela flora local.
4º dia – La Paloma a José Inácio (48km)
Decidimos seguir pela beira da praia, péssima ideia, acabamos tendo de atravessar uma linha de dunas para pegar a estrada até a barra da laguna de rocha (10km de La Paloma). Outro erro, achamos que conseguiríamos passar pela barra com as bikes. Estava muito profunda pelo excesso de chuvas naquele período. Acabamos pagando R$20,00 para um pescador nos atravessar de barco.
Para atravessar a laguna de Garzon há uma balsa gratuita, pelo menos para ciclistas. Chegamos a José Inácio e, após conhecer a cidade, dormimos na beira da estrada próximo à entrada da mesma.
5º dia – José Inácio a Piriápolis (77km)
Há várias barracas de frutas e verduras na beira da estrada, vale a pena aproveitar e comprar algumas frutas. Almoçamos em Punta del Leste e visitamos o porto e o monumento clássico dos dedos gigantes. Pegamos a Rota 10 e paramos em Punta Ballena, vale a pena a subida, e que subida, até o mirante e a Casa Pueblo. Saímos da Rota 10 na estrada Américas unidas para continuar pelo litoral. Dormimos em Punta Colorada, pouco ante da cidade em si de Piriápolis, em uma das entradas da praia tinha espaço para as barracas. E Jantamos uma pizza uruguaia muito boa e barata de um mercado, que fica na calle central do mesmo balneário.
6º dia – Piriapolis a Montevideo (93km)
Paramos na praia de Atlântida para um descanso. Chegamos a noite em Montevideo. Procuramos direto o Willy Fogg Hostel (http://www.willyfogghostel.com) e um banho quente, e cama macia!
Dois dias de turismo em Montevideo:
Almoço no mercado do porto
Museu do acidente de avião nos andes
Estátuas, Praças, Monumentos…
…e se tiverem $$$ lojas de peça de bike. (nós só visitamos mesmo)
Para duas pessoas, 3 diárias saíram menos de 100 doletas (sim, aceitam dólares, mas não reais).
Voltamos de ônibus para Porto Alegre e, por mais incrível que pareça, a passagem de Montevideo – Chuy para duas pessoas e duas bikes custou menos que a passagem de uma pessoa sem bike do Chuí a Porto Alegre.
Feito. Alguns dados por cima: 8 dias, 410km, 20 praias, 4 banhos, 50 litros de Pilsen, muitas amizades, algumas inimizades e uma parrija animal.
Mais algumas dicas:
Só bebam água potável e levem balas de goma.
Carregamos o celular sempre que tinha uma tomada a disposição.
Filtro solar é indispensável!
Fotos da trip: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.493926460711243.1073741830.100002816808650&type=1&l=14042d6d2b
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Olá. Muito legal o relato. Qual empresa de ônibus pegaram até o Chuí? Abs