Cicloturismo no litoral da Bahia

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Foto: acervo pessoal Caio Artur da Costa

Por Caio Artur da Costa

Junho, véspera de Copa do Mundo no aqui no Brasil, resolvi realizar um grande sonho meu. Uma cicloviagem.

Com uma pesquisa rápida pela internet tracei uma rota no litoral da Bahia. Me informei sobre alguns vilarejos e lugares que iria passar, pois ia pedalar 18 dias por praias quase desertas e toda informação vale ouro, ainda mais porque estaria sozinho em toda minha jornada.

Malas prontas , bike revisada e lá fui eu: voo de São Paulo a Porto Seguro e mais 7 horas de ônibus até Prado de onde iria partir em minha cicloviagem.

Depois de um dia inteiro de viagem cansativa, num ônibus com o mínimo de conforto, começava ali minha aventura. Desmontar toda bagagem, montar a bike, montar toda bagagem na mesma e arrumar um lugar para dormir, pois já era noite e estava só o pó.

Após uma noite bem dormida na casa de um morador que me cedeu um quarto para dormir, lá fui eu em sentido a praia me certificar de tudo que tinha visto pela net. Me deparei com um litoral maravilhoso com águas azuis, falésias enormes e coloridas e praias quase intocáveis.

Foto: acervo pessoal Caio Artur da Costa
Foto: acervo pessoal Caio Artur da Costa

Comecei a pedalar as 6 horas da manhã rumo a Cumuruxatiba,  minha primeira parada. Tinha que seguir a risca a tábua de maré, pois só pedalava em maré baixa por causa das falésias. Então eu tinha +- 6 horas para chegar até Cumuruxatiba, um trecho de 80 km na areia e um trecho de estradinha de terra batida com subidas e decidas, muito cansativo mas compensador pelo visual e paz depois de pedalar a manhã toda.

Fiquei em Cumuruxatiba por 2 dias, e parti para meu próximo destino: Corumbáu. Mais uma manhã de pedalada solitária, porém, acompanhado de uma chuvinha que me ajudava a pedalar na areia, mas me deixava receoso com o tempo que cada vez fechava mais. E eu sozinho num trecho de litoral de 85 km. Mas cheguei firme e forte num vilarejo de pescadores bem simples como aqueles que a gente vê em novelas, onde passei a noite para poder seguir viagem no outro dia, em sentido a Caraíva. Um dos trechos mais longo da viagem, pois eu iria sair um pouco da minha rota para conhecer o Monte Pascoal e uma aldeia de índios Pataxó.

Fiquei em Caraíva 5 dias. Um vilarejo cravado a beira do Atlântico e margeado pelo rio Caraíva. Um lugar maravilhoso que num dava vontade de ir embora. Mas tinha que seguir viagem, pois tinha que ir para Trancoso. Pelo que tinha pesquisado, era o trecho mais difícil da viagem: 57km de areia fofa que não dava nem pra pensar em pedalar, ainda mais com 43 kg de bagagem na bike. Só empurrando a manhã toda.

Daqui pra frente os dias de pedaladas solitárias acabaram. Cheguei a civilização. Passei 4 dias em Trancoso e fui para Arraial d’Ajuda e depois Porto Seguro. Lá eu me hospedei e deixei minhas bagagens para fazer o resto do percurso: Coroa Vermelha, Santa Cruz de Cabrália e Santo André, onde fui ao Hotel no qual a seleção alemã estava hospedada para a Copa do Mundo.

Uma viagem maravilhosa que jamais vou esquecer todos lugares, pessoas, medos, desafios, e experiências que foram únicas e inesquecível em minha vida!

[Nota do blog:] se você vai pedalar pelas cidades desse roteiro, pode consultar campings, pousadas e hoteis nos links abaixo:

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1 COMMENT

  1. Olá Caio, estou com vontade de fazer este percurso, exatamente como vc fez, tem alguma dica importante? Sou iniciante no clicloturismo, acha que é muito arriscado para ir de primeira e sozinho?

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