Por João Vitor Dias
Bem, desde mês passado venho programando e arquitetando esse pedal de um dia e por fim aconteceu. Era uma rota mesclada de rodovia/carroçal/litoral (areia), que percorria parte da cidade onde resido, Itarema, e que atravessa duas regiões distintas, o sertão e a praia.
Tenho apenas 16 anos, e sou iniciante, faz apenas um mês que comecei a pedalar. Então resolvi um percurso curto (35 km), que apesar da pouca quilometragem, foi bem desgastante por causa do sol escaldante que sempre brilha no Ceará. Fiz uma trilha pelo o Google Maps, enchi minha garrafa com água e montei na minha São Paulina!
Pedaleira sertão – praia
Enfim, fui subindo pela a rodovia que corta minha cidade a CE 085 em direção à cidade de Acaraú. Essa parte foi bem perigosa já que alguns trechos da rodovia não possuem ciclofaixas e os carros não respeitam os ciclistas. Segui pela a CE 085 até chegar a Juritianha (distrito de Acaraú) eram mais ou menos 14h00 da tarde e o sol imperava no céu. Quando cheguei à entrada da cidade, dobrei na direção direita e segui por uma rodovia meio acabada, chamada popularmente de Estrada da D. Inês (por causa de uma mulherzinha, cuja história, diz que sempre percorria aquela estrada para buscar água para seus familiares). Então depois de uns 20 minutos seguindo pela a Estrada da D. Inês, bem na divisa entre o Sertão e o Litoral, resolvi parar para tomar um gole d’água.
Admirei a paisagem e voltei a pedalar, e quase 30 minutos depois começo a penetrar nos Espraiados (que é uma mescla de praia e sertão), até que parei novamente. Mas não pelo o cansaço e sim pela paisagem: parei bem no encontro do rio com o mar. Fico impressionado, já que poucos quilômetros atrás era uma região seca e de clima forte, mas agora nesse ponto o vento do mar alivia a pressão do sol. Nesse ponto não precisei pedalar muito, já que o vento era favorável e “empurrava” a São Paulina, foi bem renovador para o que viria depois.
Após a curva do fim da Estrada da D. Inês, começa o litoral, então começou a pesar para mim. A areia meio fofa dificultava um pouco a locomoção, mas “mergulhei” no mar que estava na maré baixa e fui pedalando pela a orla. O que foi desgastante foi só o vento, aquele que me ajudara antes, agora me ferrava. Mas deu para curtir a vista, e depois de uns 30 minutos de orla, a maré começa a encher e então aproveito, e já que tinha chegado à Ilha do Guajirú, resolvo tomar um banho de mar.
Por mais que quisesse ficar mais um pouco, tenho que partir e sigo em frente pela a Estrada da Barra, que para o meu alívio era asfalto. Depois de 20 minutos chego á civilização, paro em uma sorveteria e tomo um sorvete para aliviar o calor, eram mais ou menos 17h00 e então subo novamente na São Paulina e retorno para a casa.
Resultado dessa tarde de pedalada foi a comprovação de que a bicicleta é a melhor forma de conhecer a sua região e quaisquer outras, pois foi nessa pedalada que vi gente acolhedora e batalhadora que mesmo no sertão consegue manter o riso e calar o pranto. E que agora venha o próximo cicloturismo.
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