Bici Clique: bicicleta cor de rosa

Foto: Cecília estella

Vejam só o estilo dessa bicicleta cor de rosa clicada em Copacabana, no Rio de Janeiro. Suspensão no canote do selim, guidom alto com mesa regulável, cestinha grande de plástico, garupa acolchoada e apoio para pés (na roda traseira) cor de rosa, combinado com a bicicleta!

Essa é pra Penélope Charmosa nenhuma botar defeito não é mesmo?

Foto: Cecília Estella

Essa já é a terceira bicicleta com garupa acolchoada clicada pelo blog. A primeira foi em Canela (RS) e a segunda em Arraial D’ajuda (BA).

Veja todas as fotos da seção Bici Clique

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Na seção Bici Clique publicamos fotos exclusivas tiradas pelo autor do blog, seus colaboradores e leitores. Quer ver sua foto aqui? É só enviar um email para contato@ateondedeuprairdebicicleta.com.br com o assunto “Bici Clique”. Não esqueça de mandar uma legenda para as fotos, explicando como e onde ela foi tirada.

Compartilhe a rua

É amanhã pessoal!

22 de Setembro, Dia Mundial Sem Carro! Deixe o seu na garagem e escolhe qualquer outro modelo de transporte. Participe das atividades da sua cidade!

Esse ano eu vou dar uma volta de bicicleta por Belo Horizonte, e depois conto pra vocês como foi.

Pra você que sonha com uma cidade melhor pra se viver, deixo o vídeo a alto astral pra inspirar o fim de semana.

Compartilhe a rua!

Via Andre Farkas

Galeria: 25 imagens sobre mobilidade em bicicleta

Pra ilustrar bem o clima da Semana da Mobilidade, que está esquentando a cada dia, separamos uma galeria com 25 imagens sobre mobilidade em bicicleta. São charges, desenhos, fotos e montagens que mostram como as bicicletas podem e devem estar mais presentes no trânsito das cidades. As imagens estão circulando pelas redes sociais, e tentei colocar os autores de cada uma delas. Se você souber sobre a autoria de algum dos outros desenho, comente, para que eu possa dar os devidos créditos a quem merece ok?

Ah! É só clicar em uma das fotos para exibir a galeria de imagens em tela cheia (novidades tecnológicas do blog rsrs).

A Semana da Mobilidade fecha com chave de ouro, ou melhor, com “pedal de ouro” no próximo sábado, ia 22/09, com os eventos do Dia Mundial Sem Carro. Participe na sua cidade!

25 imagens sobre mobilidade em bicicleta

 

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6 alternativas para o desenvolvimento da mobilidade em bicicletas

A ideia para esse post surgiu em mais um deslocamento de bike para o trabalho. Estava eu em uma situação infelizmente muito comum: pedalando oprimido por carros que passavam bem perto da bicicleta, trânsito nervoso, tentando manter a calma com motoristas apressados a cada abertura de sinal.

De repente, um pensamento me veio a cabeça: “minha nossa! Tá complicado demais pedalar na cidade!”

E é verdade. Tem que ter a cabeça muito tranquila. E o pior de tudo é chegar em casa e ficar vendo no Facebook aqueles compartilhamentos de imagens que mostram como a bicicleta é respeitada nas cidades europeias. Momento onde bate aquela inveja danada, e a vontade de poder um dia experimentar uma pedalada no trânsito com um mínimo de dignidade.

E foi sonhando com a chegada deste dia que separei aqui 6 alternativas para o desenvolvimento da mobilidade em bicicletas, que poderiam melhorar bastante a vida de quem escolhe a magrela como meio de transporte. Vamos a elas!

6 alternativas para o desenvolvimento da mobilidade em bicicletas

1 –  Bike Box

Bike Box no Canadá. Via CBC News

O Bike Box é uma “caixa” desenhada no asfalto, que reserva espaço para os ciclistas á frente dos carros quando o sinal está fechado. Vi essa imagem na internet e fiquei maravilhado. Ideia simples e extremamente útil. Sempre que paro em um sinal, a hora da arrancada é sempre tensa. As motos desesperadas acelerando quando o sinal de pedestres ainda está aberto. Quando o sinal abre para os carros, parece o estouro da boiada. Isso é um dos piores problemas no trânsito aqui de Belo Horizonte (na minha opinião): a falta de paciência dos motoristas em esperar o sinal realmente abrir, esperar os pedestres terminarem de atravessar a rua, pra depois acelerar. Só é preciso tinta e educação. Bike Box já!

2 – “Onda Verde” para ciclistas

Pode parecer “frescura”, mas uma via ou trechos que privilegiem que ande de bicicleta são um adianto. O vídeo abaixo mostra o sistema na cidade de Odense, na Dinamarca. Se o ciclista se mantém a uma velocidade de 15km/h, ele pega os sinais sempre verdes. As placas luminosas junto ao meio-fio indicam que o ciclista está no ritmo certo. O sistema é conhecido como “onda verde”.

 

3 – Espaço para bicicletas em outros meios de transporte público

Trem com espaço reservado para bicicletas em Copenhagen. Via publicradiointernational.tumblr

Isso ocorre ainda muito timidamente no Brasil, nos metrôs e nas barcas (no Rio de Janeiro), além de em alguns ônibus de algumas cidades (foto abaixo). Mas estamos falando de um esquema mais profissional: vagões de trens e metrô, além de barcas e ônibus com espaços específicos para bicicletas ajudariam a integrar os meios de transporte nas cidades.

Ônibus com suporte para bicicletas em Santa cruz do Sul (RS). Via Bicicletada RN

4 – Estacionamentos para bicicletas com estrutura para ciclistas

Estacionamentos maiores, próximos aos grandes centros das cidades, com estrutura de vestiários, chuveiros e armários para os ciclistas saírem do pedal prontos para o dia de trabalho.

5 – Bicicletários em prédios públicos, shoppings, bancos, supermercados e comércio em geral

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Ainda timidamente encontrados. Quanto maior o número, mais pessoas buscarão esses serviços de bicicleta.

6 – Ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas, espaços compartilhados

Ciclovia de Sorocaba (SP). Foto: divulgação.

É preciso que sejam instalados toda essa diversidade de equipamentos e alternativas para o uso da bicicleta. Muitos. Em grande quantidade. Mas que sejam bem implementados. Que cubram rotas realmente usadas nos deslocamentos de trabalho. De preferência junto a grandes avenidas. É preciso dar opção e condições para os que querem se deslocar de bicicleta.

Olhando essas iniciativas e a realidade de pedalada de cada um, vemos que a estrutura para o ciclista está longe, muito longe do ideal. Se ainda somos vistos como “sofredores”, esperamos que um dia as coisas melhorem não é mesmo.

Que venham as mudanças!

Muito mais do que ciclovias. Para as bicicletas, respeito.

Ciclovia da Savassi, em Belo Horizonte

Olha ela aí na foto. A ciclovia. Provavelmente o primeiro equipamento que nos vem à cabeça quando pensamos em mobilidade urbana em bicicleta. Correndo o risco de ser chamado de chato, resolvi escrever esse texto falando um pouco sobre as ciclovias e os espaços para as bicicletas na cidade.

Quer pedalar na cidade? Não pode porque não tem ciclovia. Político falando de bicicleta na tv? Ciclovia. Planejamento “chinfrim” pra bicicleta na cidade? Ciclovia é a solução.

E quando finalmente a ciclovia é construída, muitas vezes é sub utilizada ou mal utilizada. “Foi construída no local errado”, “não há demanda suficiente” alguns dirão. “Foi construída para o lazer, não contempla quem usa a bicicleta para ir ao trabalho”. Ou então tem carro estacionando em cima, vendedor ambulante, virou lava-jato, pista de caminhada, “está impraticável pedalar”.

Calma amigos. Não estou querendo generalizar. Falo como ciclista que pedala há 12 anos pela cidade, e atualmente, por muitas ciclovias Brasil afora, especialmente em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. As ciclovias funcionam? As vezes sim, outras não. Mas minha crítica vem aqui de uma forma simples:

Se a ciclovia é colocada como única saída, ela pode não aumentar, mas sim, limitar as possibilidades da bicicleta no trânsito.

Estamos em Setembro, na Semana da Mobilidade, e a discussão é interessante. Me explico melhor: a ciclovia não pode mais ser a única, e nem a principal bandeira relacionada ao uso das bicicletas na cidade. As pessoas não podem achar que nunca poderão pedalar, pois não tem ciclovias para tal. Os motoristas não podem se enfezar com ciclistas no trânsito, achando que o único lugar da bicicleta é na ciclovia. E os ciclistas e cicloativistas, nas pedaladas do dia-a-dia ou em suas reivindicações junto ao poder público, devem extrapolar a questão da ciclovia.

Como na música “Comida”, dos Titãs, que diz: “A gente não quer só comida. A gente quer bebida, diversão e arte”. As bicicletas e os ciclistas não querem só ciclovias. Querem ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas, querem um espaço de direitos e deveres no trânsito junto aos outros meios de transporte.

Ciclovia não cabe em todo o lugar, e nem em qualquer lugar. Isso é simplificar soluções em cidades que são distintas e dinâmicas. Queremos a solução que cada espaço permite, que inclua a bicicleta no trânsito das cidades. Seja na ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota , espaço compartilhado ou junto ao trânsito, como parte integrante dele.

Muito mais do que ciclovias. Para as bicicletas, respeito.

Em tempo: para saber mais sobre a diferença entre ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota e espaço compartilhado, confiram esse post do excelente Vá de Bike.

Ciclistas no trânsito: as aparências podem enganar

 

Ciclistas no trânsito. Via Oakland Local

Na semana passada ia de bicicleta para o trabalho, e estava parado no sinal vermelho, em um cruzamento bem movimentado de Belo Horizonte (Av. Brasil com rua Alagoas, para quem conhece B.H.). Era a hora do rush (18:30), e nesse momento, um ciclista me ultrapassa, dando um berro (que me assustou, é verdade) e furando o cruzamento, que estava bem movimentado. Ele fez com que os carros que vinham com o sinal verde tivessem que diminuir a velocidade e passou na frente dos mesmos. Detalhe: era uma subida! Um absurdo inimaginável e que poderia ter causado um acidente.

Há muito tempo atrás li na internet (não me lembro aonde) que se você pedalasse “fantasiado” (roupas de ciclismo, capacete, etc.) os motoristas teriam mais respeito por você. Mas atitudes como a do meu “colega de pedais”, que pedalava pela cidade como se estivesse sozinho em uma trilha, ajudam a queimar o filme de todos os ciclistas no trânsito.

A primeira lição desse episódio é simples: as aparências podem enganar. Nada de generalizações. Encontrar um ciclista “fantasiado” com roupas próprias, capacete, uma bicicleta cara, não quer dizer que ele seja um ciclista consciente. Da mesma forma, um ciclista vestido com roupas “do dia a dia” ou em bicicletas simples, não é sinônimo de falta de preparo para estar no trânsito das cidades.

Então, ciclistas e motoristas, como agir?

É simples. Basta não confiar cegamente nas aparências e sim nas atitudes no trânsito.

Para os motoristas, observar sempre os ciclistas desde uma boa distância, reparando se o mesmo sinaliza suas intenções no trânsito, se o mesmo se desloca seguramente, e é claro, respeitar a distância de 1,5m ao ultrapassá-lo.

Para os ciclistas, vale lembrar que pedalar no trânsito exige uma conduta diferente de um passeio de lazer, em trilhas etc. As regras de circulação devem ser respeitadas para a segurança de todos, inclusive do próprio ciclista.

E você? Já teve alguma experiência com ciclistas imprudentes no trânsito?