Repercussão

Do site da BHTRANS

http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/ciclistas%20pedem%20ciclovia%20antonio%20carlos

Ciclistas pedem ciclovia na Antônio Carlos

Associação Mountain Bike BH solicita faixa exclusiva para bicicletas na Avenida Antônio Carlos

Uma comissão de ciclistas integrantes da Associação Mountain Bike BH entregou ao presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), Ramon Victor Cesar, neste sábado (21/06), na Praça da Liberdade, a solicitação para que as obras da avenida Antônio Carlos incorporem uma via exclusiva para bicicletas. Cesar disse que vai entregar a carta ao prefeito Marcio Lacerda. Cerca de 70 ciclistas participaram do protesto, que teve como ponto alto a entrega de uma carta ao presidente da BHTRANS. Além de pedirem que a empresa inclua uma ciclovia na Antônio Carlos, o documento enumera pelo menos mais cinco solicitações.

Segundo o analista de sistemas e ciclista Humberto Guerra, um dos organizadores da manifestação, a ciclovia da Antônio Carlos foi pensada em função das exigências da Fifa para a cidade sediar a Copa de 2014. “A Fifa preconiza que haja transporte alternativo para dar acesso aos locais dos jogos, e pensamos que uma ciclovia na avenida irá desafogar o trânsito intenso nos dias de competição”, disse. Segundo estimativa da Mountain Bike BH, as obras da ciclovia com a avenida ainda em construção ficarão em 10% do valor total do que custariam com as obras concluídas. Cada quilômetro de ciclovia custa cerca de R$ 100 mil. Segundo a BHTRANS, as obras com cinco ciclovias previstas para começarem este ano devem ficar em torno de R$ 700 mil.

De acordo Humberto Guerra, eles pedem também mais campanhas educativas para melhorar a convivência com os motoristas nas ruas, sinalização apropriada, bicicletários seguros e liberação dos parques para o trânsito das bikes. “Recomendamos também que as pessoas saiam com suas bicicletas às ruas porque é preciso criar demanda para as medidas que precisam ser tomadas. Além disso, o motorista precisa estar condicionado a ver o ciclista para ver essa convivência com naturalidade”, disse Guerra, emendando que, há dez anos, abriu mão de usar carro.

O presidente da BHTRANS disse que, na próxima semana, deverá ter reuniões com a Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais). “As obras da Antônio Carlos já estão na reta final (previsão de término em abril de 2010). Vamos ver o que é possível fazer quanto à ciclovia a esta altura”, argumentou Ramon Victor Cesar. Ele disse também que os projetos previstos para cinco ciclovias, num total de 19 quilômetros, devem ser encerrados no final de julho. No segundo semestre, entram em execução as obras das ciclovias da Avenida Vilarinho, em Venda Nova; a que ligará essa via à Avenida Portugal; uma que começará na altura da Avenida Américo Vespúcio com Bernardo Vasconcelos e irá até o Cemitério da Paz; a da Avenida do Canal, no Barreiro, e a ciclovia da Professor Moraes em direção ao Boulevard Arrudas.

Nota do blog: para ver fotos do pedal manifesto clique aqui

Pedal na Estrada da Mina Lamego – Sabará (MG)

O último domingo foi um dia especial, em um pedal que fizemos na Estrada da Mina LamegoJoelma completou 2000km rodados e Clementina 1000. Combinei com o Barba de fazermos um pequeno passeio/cicloviagem até Morro Vermelho, mas com um detalhe: pra variar, não sabíamos ao certo o caminho, e nem buscamos nos informar muito sobre. Queríamos na verdade era experimentar a estrada de terra que margeia o lado direito da estrada para Caeté, na saída de Sabará (que fizemos no último relato, da subida da Serra da Piedade).

Saímos de casa no horário habitual, por volta das 5:30 da manhã. A parte inicial, até a saída de Sabará, já é conhecida do relato anterior. Estamos explorando as estradas da região e pretendemos umas cicloviagens mais longas por ali. O trecho pedalado tem mais ou menos 25 km de estradão (ida e volta), com uma ou outra subida mais forte (como mostra minha respiração ofegante no vídeo), mas nenhum trecho muito técnico.

Estrada da Mina Lamego
A entrada da estrada: a direita na saída de Sabará pela estrada velha

Durante o percurso encontramos muita neblina, e alguns postes também indicando que o trecho faz parte do Caminho do Sabarabuçu, trecho do roteiro turístico da Estrada Real. Além disso, belas paisagens com pontilhões (utilizados pelas mineradoras) e as montanhas de Minas.

Estrada da Mina Lamego
Clementina e Joelma em dia de celebrar: 1000 e 2000
Estrada da Mina Lamego
A neblina se dissipa e a estrada se mostra
Estrada da Mina Lamego
Barba na estrada: pedalando muito!

O passeio foi importante pra percebermos uma coisa. Essa história de viajar rumo ao desconhecido, sem conhecer bem o caminho, de saber “até onde deu pra ir de bicicleta” pode parecer – e é – muito legal, mas também paga-se o preço. E o do último domingo foi o de não chegar a lugar algum. Erramos a entrada para Morro Vermelho, e continuamos por mais uns 8km até o “fim da linha”: um barranco que parecia a continuação da estrada que tinha desabado e continuava do outro lado, mas que era impossível de ser transposto.

o inesperado fim da linha: a estrada acaba nessa cratera
o inesperado fim da linha: a estrada acaba nessa cratera

Apesar de não chegarmos a Morro Vermelho, aprendemos o caminho correto para fazermos na próxima. E já pesquisamos uns bons sites para quando quisermos pedalar com um roteiro mais específico. Recomendo o pedal para quem curte um estradão, como eu. Achei demais. Após 80 km de pedal (dos quais 32 de estrada de terra) em 5 horas, voltamos satisfeitos pra casa, especialmente pelas marcas significativas de nossas magrelas.

Analisando o resultado (ir até o fim da linha e voltar) e os acontecimentos do pedal, decidi nomear o passeio de Pedal na Estrada do Jegue. O vídeo abaixo resume tudo.

Até a próxima…

 

Pedal Manifesto – por uma ciclovia na Av. Antônio Carlos

Seguem algumas fotos do Pedal Manifesto do dia 20. Estiveram presentes cerca de 70 ciclistas. Saímos da Praça da Liberdade, passando pela Av. Bias Fortes, Rua São Paulo, Padre Belchior, Av. Paraná, Av. Afonso Pena até a Prefeitura. Achei muito legal pedalar num grupo tão grande. Bicicletas de todos os tipos e pessoas de todas as idades, inclusive uma mamãe com a filhinha na cadeirinha. Estive com o pessoal até a chegada na Prefeitura, depois saí pro trabalho. Nunca tinha participado de nenhuma manifestação de bike, e gostei. Para além das reivindicações, é bacana ver um monte de gente diferente, mas que mesmo nas diferenças fazem parte, de alguma forma, de um grupo. Vi que meu sonho de ficar velhinho pedalando, de ter a bike como um estilo de vida, é também o de mais pessoas. Sem contar uma voltinha pelo hipercentro de Belo Horizonte.

Sejam bem vindos à tribo dos ciclistas.

A concentração na Praça da Liberdade: Humberto Guerra, um dos organizadores do evento, fala sobre o percurso do pedal
A concentração na Praça da Liberdade: Humberto Guerra, um dos organizadores do evento, fala sobre o percurso do pedal
O belo visual da Praça da Liberdade na saída do pedal
O belo visual da Praça da Liberdade na saída do pedal
Em meio aos carros na Av. Afonso Pena: hipercentro de BH
Em meio aos carros na Av. Afonso Pena: hipercentro de BH
A chegada na Prefeitura: por um trânsito mais humano
A chegada na Prefeitura: por um trânsito mais humano

Ciclovias em Belo Horizonte

Mais um pouco sobre as ciclovias em BH.

Quando falei no post anterior sobre “ciclovias decentes”, falei pensando nas poucas ciclovias que conheço e que pedalo na cidade. E elas são realmente poucas, e se encontram em péssimo estado de conservação. Segundo o site da BHTRANS (empresa que gerencia o trânsito da capital), Belo Horizonte tem 22 quilômetros de ciclovias (!), dos quais metade estão na orla da Lagoa da Pampulha (!!).

Toda eleição é a mesma coisa, e vimos isso na última para prefeito. Todos os candidatos apresentam um estudo (que deve ser o mesmo estudo) sobre a viabilidade de ciclovias em Belo Horizonte. Antigamente falavam da dificuldade de implantação devido ao relevo da cidade. Agora já falam em alguns trechos. Discordo da questão relativa ao relevo, que dificulta sim, mas não impede e nunca impediu o grande número de bicicletas na cidade de circularem morro acima e morro abaixo.

Ainda segundo a BHTRANS, Belo Horizonte iniciou esse ano o projeto Pedala BH, com a construção de 19km (dos 345 previstos) de ciclovias na cidade (foto). Não quero parecer descrente, mas é difícil ver um futuro dos sonhos – 345 kms de ciclovias em BH – a partir das ações atuais. Na própria reportagem (vejam link no final do post) achei as informações sobre o projeto ainda muito pouco elaboradas. Por isso, manifestações como a de hoje são importantes no sentido de “botar pressão” para o aperfeiçoamento execução do projeto e para que a bicicleta esteja presente de forma marcante (e não marginal) nas discussões sobre mobilidade urbana.

.

Seguem os links para as reportagens sobre ciclovias em Belo Horizonte. Que venham – e rápido –  todos os 345km.

BH terá 19 km de ciclovias

Seis ciclovias dão esperança de alternativa ao transporte

Belo Horizonte oferece facilidades a ciclistas

Bicicleta e decoração

Uma ótima ideia pra misturar bicicleta e decoração: fotos tiradas por mim, com um celular fuleiro, no restaurante Reciclo 2, no bairro de Lourdes (Belo Horizonte). O espaço pertence a ASMARE – Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável. É decorado somente com materiais reciclados e/ou encontrados no lixo – inclusive a bicicleta, da marca inglesa Phillips. Os donos não souberam informar o ano.

Um belo quadro

Imag.006

Imag.010