Conheça a modalidade Mountain Bike — Cross Country Maratona (XCM)

O Cross Country Maratona, conhecido como XCM, é a modalidade de Mountain Bike que tem percursos longos, que podem variar de 50 a 120km. As provas podem ser em circuito, com cerca de 60km de trecho, ou em linha — largando em um ponto e chegando a outro. Para participar de uma prova na modalidade maratona, o ciclista precisa de muita resistência física para os longos trajetos. Quanto mais pedaladas, melhor.

Outra característica do XCM são as trilhas mais suaves, se comparado a outras modalidades de MTB. Os caminhos longos e desconhecidos são a principal dificuldade enfrentada pelos praticantes da modalidade XCM. É necessário, além da resistência física, ter um ótimo preparo mental e conhecimento em mecânica, já que durante um percurso o ciclista pode se deparar com uma situação de emergência sozinho. Quer saber mais sobre esta modalidade? Confira nosso post de hoje!

MTB downhill

Curiosidades do Cross Country Maratona

Foi em 2003 que o XCM se tornou uma modalidade oficial reconhecida pela União Ciclística Internacional (UCI), no campeonato mundial realizado na Suíça, que teve como campeão o suíço Thomas Frischknecht. Antes disso, o que existia era a modalidade Cross Country (XC), que era basicamente pedalar pelas trilhas e montanhas.

Em 1996, surgiu o termo Cross Country Olímpico (XCO), que é o modo de competição em circuitos mais curtos, que valorizam mais a técnica, a intensidade das pedaladas e a explosão dos movimentos do ciclista.

No Brasil, bem antes das terminologias XCO e XCM, existiam algumas competições que ligavam pontos distintos — eram chamadas de Trip Trails. Hoje se fala que as Trip Trails foram as precursoras do XCM.

A bicicleta ideal para praticar XCM

As bikes para o Cross Country Maratona devem ser leves e resistentes. Procure uma que tenha peças fortes, para evitar que se quebrem pelo caminho. Ter uma suspensão traseira pode ajudar muito o ciclista durante a maratona, já que a suspensão vai diminuir os impactos sobre seu corpo e, se regulada corretamente de acordo com seu peso e o terreno pelo qual está passando, vai aumentar a tração nas subidas.

Como se preparar para competir

Pedalar uma maratona não é fácil, então é preciso se preparar bem. O recomendado é que o ciclista comece o treinamento pelo menos dois meses antes da prova, e que percorra uma distância maior do que a da prova durante os treinos. Sempre estar atento à intensidade também é importante: durante os treinos, comece devagar e vá aumentando a intensidade ao longo do tempo. Na maratona o mais importante não é a velocidade, mas sim conseguir completar o percurso.

Também é essencial carregar consigo um kit de ferramentas para eventuais contratempos. A possibilidade de acontecer algo e você não ter nenhuma ajuda é grande, e por isso é preciso estar preparado. Em um percurso no XCM, você pode precisar de até duas câmaras de ar de reserva, e um kit de remendos. Também é uma boa contar com uma bomba de ar pequena ou cilindro de CO2. Chave de corrente e de raio, e três raios de reserva também fazem parte da lista de utensílios, além de um kit de chaves Allen e um frasco com óleo de corrente.

E então, você já conhecia o Cross Country Maratona? Não se esqueça de ver os outros posts do nosso Especial Ciclismo: Modalidades e conhecer outras formas de ciclismo!

Descubra a categoria Mountain Bike Enduro

O Mountain Bike surgiu no final da década de 70, com a produção da primeira bicicleta especificamente montada para terrenos acidentados, feita por Joe Breeze em 1978, como explicamos detalhadamente no post sobre o Mountain Bike.

Desta época até hoje, o MTB evoluiu e foi ramificado em diversas modalidades. Uma delas é o Enduro, na qual o preparo físico, a experiência e a precisão fazem toda a diferença. Conheça melhor o Mountain Bike Enduro, esta categoria “casca grossa” do ciclismo.

bike race

O que é Mountain Bike Enduro

O Enduro consiste em longos percursos, geralmente atravessando trilhas em montanhas e florestas, com trechos de descida cronometradas (muito parecidos com as pistas da modalidade de Downhill) e subidas com alto grau de dificuldade por possuírem obstáculos naturais a serem transpostos.

É uma das modalidades mais extremas de Mountain Bike, porque exige tanto do preparo físico quanto das habilidades do praticante. Por outro lado, o conceito é que qualquer ciclista disposto pode participar de uma prova de Enduro, já que não há nivelamento entre as pistas para diferentes categorias da modalidade.

A bicicleta do Mountain Bike Enduro

Para a prática do Enduro é necessário ter uma bike equilibrada. Se o quadro for muito reforçado para aguentar o máximo de impacto, você tem um conjunto mais pesado, o que dificulta principalmente nos saltos, nas curvas e nas subidas. Por outro lado, se a estrutura for muito leve, com um quadro de 9kg de fibra de carbono, por exemplo, as descidas podem ficar mais perigosas.

No geral, a configuração da bicicleta de Downhill e da bicicleta full suspention (com amortecedores no garfo e no quadro) é bem parecida. Mas, a primeira é mais leve, por causa dos trechos de subida e da variedade de obstáculos a serem enfrentados.

Curiosidades do Enduro

– Os ciclistas em provas de Enduro devem ser autossuficientes, ou seja, ser independentes e ter tudo que precisam consigo. Por isso, é comum que os competidores levem mochilas com material de manutenção, primeiros socorros, hidratação e o que mais for necessário em cada prova.

– O Enduro já foi chamado de “O Mountain Bike do Futuro”, por dois motivos principais. Primeiro porque é uma das modalidades mais completas de ciclismo e que mais exige dos atletas pelos percursos longos e complexos, por seus obstáculos variados, trechos de subidas de alto grau de dificuldade e descidas rápidas. Segundo porque várias estrelas do Mountain Bike estão aderindo ao Enduro, como por exemplo o bicampeão mundial Nino Schurter, além de Anne Caroline Chausson, Jared Graves, Fabien Barel, Jérôme  Clementz, Nico Vouilloz e Tracey Moseley.

– A EMBA (Enduro Mountain Bike Association) é a entidade que organiza as provas de Mountain Bike Enduro ao redor do mundo. Há o Enduro World Series (EWS) que consiste em sete provas no total. Cada prova tem suas regras específicas, não havendo normas que regulamentam todas as competições, o que faz do Enduro uma modalidade ainda mais variada e abrangente.

E aí, se interessou por essa nova modalidade? Não deixe de conferir o nosso Especial Ciclismo – Modalidades para estar sempre por dentro de tudo a respeito do ciclismo!

[Bike Memes]: “O mundo dá voltas…”

 

Em nossas vidas sempre tem aquele momento onde algo que gostamos deixa de existir ou se vai, independente de como isso acontece. Mas o mundo dá voltas, e o que era bom sempre dá lugar para algo melhor.

Bike Memes - Ou Eu ou a Bike 2


Pense nisso 😉 Arte By Kiko Molinari Originals®

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Saiba mais sobre Mountain Bike Freeride

Mountain Bike Freeride é uma modalidade relativamente nova. Ela vem se desenvolvendo há cerca de 10 anos, mas já é uma das mais populares do ciclismo extremo. É um verdadeiro espetáculo, seja para praticantes ou para o público, pois é visualmente incrível: através da superação de barreiras naturais ou construídas exclusivamente para promover os saltos dos ciclistas, o estilo envolve manobras simplesmente alucinantes. Conheça agora essa modalidade!

Mountain Bike Freeride
Mountain Bike Freeride

Mountain Bike Freeride – A regra é não ter regra

Está no nome. Free significa livre. Originário do “freeriding” do snowboard, o conceito original do Freeride é que não há um conjunto de trilhas, objetivos ou regras a serem cumpridas. É uma modalidade livre e sem compromissos.

Mistura de sucesso

Por ter esse caráter libertário, o Freeride engloba elementos de outros estilos já consagrados. É unanimidade entre os ciclistas o uso da velocidade do Downhill (DH) e dos saltos do Dirt Jump (DJ), estilos tidos como “pais” do Freeride.

Um trilha de Freeride pode ser comparada a um skatepark. O objetivo é oferecer amplas oportunidades para o ciclista se jogar pelo ar, fazer as manobras, criar linhas novas e imaginativas sobre o terreno e, acima de tudo, superar os próprios limites.

O equipamento do Mountain Bike Freeride

O esporte pode ser praticado tanto nas trilhas quanto na cidade. Independentemente do lugar, é mais do que obrigatório o uso dos itens básicos de segurança: capacete, joelheira, caneleira, cotoveleira, luvas e coletes.

O modelo da bike varia conforme o terreno onde vai se praticar (terra ou asfalto). Na cidade, para a superação de obstáculos, como bancos, muretas e escadarias, geralmente são utilizadas bikes rígidas (sem amortecedor) e de quadro baixo cujas suspensões de curso variam entre 80mm e 100mm.

Já na terra, para superar as árvores, pedras e raízes pelo caminho, o equipamento é um pouco mais pesado, é preciso usar bikes tipo “full” que têm suspensões maiores — exatamente como as utilizadas no Downhill.

Independentemente do ambiente em que vai se praticar o Freeride, o fundamental é conhecer bem seus próprios limites e ter respeito aos obstáculos.

O Mountain Bike Freeride está Dominando o mundo

O esporte já é altamente popular em países como Estados Unidos, Austrália e Canadá. Praticantes apaixonados do mundo inteiro vêm unindo forças para expandir os horizontes e profissionalizar o estilo cada vez mais. Já existe, desde 2010, o campeonato mundial — o Mountain Bike Freeride (FMB) World Tour, que integra atletas e classes da modalidade do mundo inteiro.

No Brasil, a prática do Freeride está apenas “engatinhando” ainda, mas seu crescimento, como no resto do mundo, já é um fato. Prova disso é o número cada vez maior de praticantes, e o aumento de investimento por parte de lojistas que trazem produtos específicos, e de multinacionais, como a Siemens, que patrocinou o II Encontro de Freeriders DaBomb Freeride Freak.

Mountain Bike Freeride é, definitivamente, uma modalidade radical e apaixonante, que está se tornando estilo de vida para muitos praticantes do mundo todo que estão a superar seus limites, sempre com responsabilidade.

Já conhecia essa modalidade? Ficou com vontade de praticá-la? Conheça também outros estilos bem legais no nosso Especial Ciclismo: Modalidades aqui no blog e até a próxima!

[Vídeo] “Giro da Copa”

Um vídeo mostrando como era andar pelas ruas em dias de jogo do Brasil na Copa do Mundo de Futebol

Ok, eu sei que a copa já acabou, que o Brasil não foi campeão e que levou um vexatório 7 x 1 diante da Alemanha, mas isso é o que menos importa! No dia 12 de Junho, dia em que o país estreava na Copa, decidi pegar a bike e sair em um rolé pela cidade para mostrar como fica a mesma durante os jogos da copa (em especial os jogos do Brasil) Só consegui andar no primeiro jogo, pois nos demais o clima não ajudou: muita chuva e/ou frio me impediam de sair para um rolé. Bom, o vídeo de pouco mais de 15 minutos já dá uma ideia de como era pedalar pelas ruas vazias. Veja como foi o Giro da Copa.

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Conheça o Mountain Bike — Cross Country Olímpico (XCO)

Dentro do Mountain Bike existem várias modalidades, dentre elas o Cross Country Olímpico, a modalidade que representa o Mountain Bike nos jogos olímpicos. É um tipo de prova de longos percursos longe do asfalto, com terrenos acidentados, trilhas, rochas e o que mais a natureza resolver colocar no seu caminho. Exige alta performance do atleta, que precisa curtir os desafios das trilhas de bike. Descubra mais sobre a modalidade!

Até Onde deu Pra Ir de Bicicleta - Especial Ciclismo Modalidades - Mountain Bike Cross Country Olimpico XCO
Prova de Cross Country Olímpico nos jogos de Londres 2012.

O Mountain Bike e o Cross Country Olímpico

As origens do Mountain Bike remontam às décadas de 1970, na Califórnia, com os ciclistas e surfistas que buscavam novos desafios. Eles trocaram o asfalto por ambientes de terra. James Finley Scott foi um dos primeiros ciclistas a modificar uma bike para que se adaptasse melhor à terra.

Desde as Olímpiadas de Atlanta em 1996 o Cross Country é a modalidade que representa o Mountain Bike nos jogos olímpicos. Suas provas mais famosas da atualidade são a Copa do Mundo XCO e os Jogos Olímpicos.

Principais características do Cross Country Olímpico

Enquanto na modalidade de Maratona (XCM) o circuito começa em um ponto e pode acabar em outro, no Cross Country Olímpico o circuito começa e termina no mesmo ponto. Além disso, o circuito do Cross Country Olímpico varia entre 5 e 9km e é uma prova disputada em uma estrada de terra, cujo circuito tem, preferencialmente, o formato de um trevo. O objetivo da prova não é apenas fechar o circuito, mas dar o máximo de voltas nele no menor tempo possível. Atualmente, o tempo limite de prova é de 1h45 para a categoria Elite Masculina e de 2h15 para a Elite Feminina.

Nesta modalidade, os atletas com mais intensidade de pedaladas, com mais controle técnico em descidas e subidas com pedras e raízes e com maior explosão de movimentos se saem melhor, pois têm mais condições físicas de darem mais voltas em menos tempo.

Como se sair bem em uma prova de Cross Country Olímpico?

Agora que você já conhece mais sobre o XCO, pode começar a treinar para pedalar em uma prova dessas. Para isso, você vai precisar investir alguns meses de treinamento técnico, para melhorar cada vez mais o seu desempenho.

Na hora de treinar, pedale até 30% a mais da quilometragem da prova que você pretende fazer. Resistência é um fator decisivo na hora de dar intensidade às pedaladas! Tente também fazer treinos simulados. Ou seja, pratique em ambientes e condições mais próximos possíveis da prova que você pretende fazer. Quando finalmente chegar a semana da prova, hidrate-se e se alimente muito bem. O Cross Country Olímpico é uma modalidade de alta performance que vai exigir muito das suas condições físicas, então esteja muito bem preparado.

Fique ligado na nossa série Especial Ciclismo: Modalidades para conhecer outras modalidades e muito mais sobre o mundo das bicicletas!