Tô gostando de ver o aumento do número de bicicletas dobráveis aqui em Belo Horizonte. Cada vez encontro um numero maior delas nos bicicletários ou rodando nas ruas. Eu mesmo tenho pensado em comprar uma, quem sabe para o ano que vem.
Essa aí foi clicada na Praça da Liberdade, e é provavelmente a dobrável mais estilosa que vi até agora. Cestinha na frente e sacola de plástico firme atrás, punho do guidão vermelho acolchoado, campainha, espelho retrovisor e… um capacete dourado!
Na seção Bici Clique publicamos fotos exclusivas tiradas pelo autor do blog, seus colaboradores e leitores. Quer ver sua foto aqui? É só enviar um email para contato@ateondedeuprairdebicicleta.com.br com o assunto “Bici Clique”. Não esqueça de mandar uma legenda para as fotos, explicando como e onde ela foi tirada.
Esse é mais um texto que surgiu após uma pedalada. Como acontece desde o início do blog, há mais de 4 anos, minhas aventuras sobre a bike inspiram muitos dos meus textos que vou deixando por aqui, dividindo com os leitores.
Escolhi o termo aventuras logo no início do post, pois é geralmente como meus amigos se referem às minhas cicloviagens e outras pedaladas. E no fundo eu concordo, pois aventura não necessariamente quer dizer perigo, mas com certeza quer dizer emoção.
Quem pedala já deve ter ouvido uma série de perguntas da família, amigos, colegas de trabalho que não pedalam, todas girando em torno do mesmo tema: “por que você faz isso?” “Acordar as 5 da manhã do domingo para pedalar?” “Viajar de bicicleta, carregando peso?” “Pedalar no trânsito caótico da cidade?“
“O trânsito das cidades é perigoso“, “pegar estrada de bicicleta é perigoso“, “viajar de bicicleta sozinho é perigoso“… Ora meus queridos amigos, como já dizia Guimarães Rosa, viver é muito perigoso…
Audax 200km em Rio das Ostras (2013)
Na verdade, não vou buscar aqui desmistificar o rótulo de louco, o qual não gosto e não concordo nem um pouco. A escolha pela bicicleta é uma escolha consciente, e muitos de nós já o fizemos, outros tantos ainda vão fazer. E que mais pessoas façam a cada dia. O que pensei na verdade foi em tentar responder, a partir do meu ponto de vista, uma pergunta não tão simples:
Por que se aventurar de bicicleta?
É claro que cada ciclista pode ter uma resposta diferente pra essa pergunta (e eu adoraria saber os motivos de vocês).
A minha resposta esteve sempre dentro de mim, mas fui percebê-la faz algumas semanas, durante uma parada para descanso em um pedal longo. Estava em uma cidade próxima a Belo Horizonte, em um bar, tomando uma coca-cola e comendo um salgado. No dia anterior, tinha preparado minhas ferramentas, lanches para a pedalada, separado a roupa, blusa de frio, conferido a bike. Tinha dormido bem cedinho e acordado as 5:30 da manhã. Já estava pedalando há algumas horas e completado pouco mais de 80km de pedal. Tinha programado pedalar cento e poucos quilômetros naquele dia.
Estava com muita fome, e pensei em como aquele salgado e aquele refrigerante estavam deliciosos. Um salgado comum, de boteco, e um refrigerante comum.
E fui me lembrando de outras grandes pedaladas e viagens, com amigos, quando parávamos cansados em algum lugar, sempre felizes por cada km percorrido. Pensei também nos bons papos, nos “dedos de prosa” que já havia tido com pessoas que encontrei nas pedaladas por aí. Pensei na chegada do Audax 200km que brevetei em março desse ano em Rio das Ostras, e como meu cansaço se transformava em uma satisfação 10 vezes maior. E pensei também na minha alegria quando conseguia ir para o trabalho de bicicleta, voltando pra casa rapidinho, sem esperar ônibus e curtindo a descida da Avenida Brasil, aqui em Belo Horizonte.
É isso. Tão simples e ao mesmo tempo tão pleno.
Em Sacramento – MG (2010)
Pedalar transforma o comum em algo fantástico. O arroz com feijão do dia a dia fica mais gostoso. Ir para o trabalho fica mais gostoso. Chegar em casa, conversar com as pessoas, as coisas do cotidiano ganham mais sabor. Pedalar é algo que me lembra sempre que estou vivo, que sou o motor do meu corpo, o protagonista da minha história. Pode parecer estranho pra alguns, piegas para outros, mas quem se sente dessa maneira fazendo alguma coisa (pedalar, viajar, ouvir música, enfim…) entende o que estou dizendo.
Espero nunca perder esse sentimento, e espero que quem lê esse texto já tenha experimentado isso de alguma forma. Aos meus amigos de pedal, que em algum momento já dividiram comigo alguma aventura, e aos leitores do blog, com os quais divido aqui as minhas aventuras, um grande abraço e ótimas pedaladas!
Pelo litoral do Piauí, em 2009.
“Viver é muito perigoso… Porque aprender a viver é que é o viver mesmo… Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa… O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.”
Carro versus bike e vice versa é mais um vídeo muito bem feito da Caloi. Uma boa sacada com belas imagens. Além disso, fala de uma realidade que muitos tem percebido no dia a dia das cidades. Você, ao sair de casa, percebeu que tem mais bikes nas ruas da sua cidade? Aqui em Belo Horizonte eu percebo isso claramente. Inclusive comentei isso nesse post aqui, quando disse que não me sentia mais sozinho ao pedalar pela cidade.
Setembro já está chegando e com ele as ações e discussões sobre a mobilidade urbana. Teremos a semana da mobilidade e o dia mundial sem carro, no dia 22. Muita coia legal vem por aí. Um bom momento para incentivar os amigos a pedalarem mais!
Taí mais uma ideia fantástica! Todos sabem da criatividade dos japoneses para pensar em soluções para o seu problema de espaço. O vídeo acima mostra um bicicletário subterrâneo, e parece com um filme de ficção científica!
Não precisa nem saber inglês (e muito menos japonês). As imagens são impressionantes. O sistema reconhece a bicicleta que é deixada na estação, levada para o bicicletário subterrâneo, onde a bike fica protegida do mau tempo e de eventuais “curiosos” (uma das coisas que acho chato de deixar a bike na rua é quando alguém fica mexendo rsrs). O usuário tem um cartão, que usa depois para colocar na máquina, que devolve a bike pro seu dono.
Não é atoa que o vídeo já passa das 2 milhões de visualizações. Precisa dizer mais alguma coisa?
Já fazia algum tempo que não trazia aqui para o blog bicicletas de marca. Mas volto em grande estilo apresentando as bicicletas Velorbis, da Dinmarca. Os modelos seguem o estlo vintage, e apresentam as seguintes variações: roda fixa (nos modelos urbano e esportivo), 3 marchas (linha Urban Chic) e o modelo Short John, de carga. A maioria dos modelos apresentam acessórios e detalhes bem legais , como faróis, protetor de corrente e paralamas.
Clicando nas setas da galeria acima você vê todas as bicicletas Velorbis. É uma mais bonita que a outra 🙂
O preço das bikes varia entre 495 euros (modelos Urban Chic, os mais barato), 995 euros (modelos Sport – masculino e feminino), até 1200 euros (demais modelos).
Estava caminhando próximo ao Viaduto Santa Tereza, no centro de Belo Horizonte quando a bike abaixo me chamou atenção. Primeiramente, por ser um modelo antigo, com a caixa no bagageiro, dois espelhos retrovisores, e principalmente pelo pneu com a pintura “Grafitti Agora”. Mas, ao chegar perto pra clicar, descobri mais um detalhe muito especial: um belo farol a dínamo. Especial, não?
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Aqui no blog temos um post Guia sobre farol para bicicleta que está bem completo e vale uma conferida.
Ainda tenho planos de colocar um desses em Joelma, minha bike. Mas ando com pouco tempo pra pesquisar os modelos e investir em um legal. Projeto para o ano que vem, quem sabe!
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