Bike e arte: coração de ciclista – Rachel Rivera

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Muito legal a ilustração de Rachel Rivera, que desenhou um coração só com partes de bicicleta!

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E se um coração é pouco, circula também pela internet o desenho abaixo, mostrando os pulmões de um ciclista (esse, infelizmente, não achei a autoria)

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E se você gosta de ver as bicicletas nas mais diversas manifestações da arte, clique aqui e veja nossa lista completa.

Relato – Série Audax 2013: 200km Rio das Ostras

No post de hoje vou fazer um relato mais detalhado o Audax 200, que pedalei em Rio das Ostras no último domigo. Por ser o meu primeiro, tem um significado bem especial, e além do relato, faço algumas considerações no final do post.

1 – Antes da prova: a preparação

A prova seria no domingo, mas cheguei em Rio das Ostras na sexta à noite. Apesar do tempo nublado, chuva fina e constante, sábado foi dia de uma volta pela cidade. Fui a uma bicicletaria para comprar um colete refletivo, e lá encontrei também meu cumpadre Nino, que acho que posso chamar de um “veterano” de Audax (já brevetou até os 600km!). O Nino me apresentou uma galera super legal, e encontrei outros conhecidos do Rio e de Sampa que estavam lá pra pedalar também.

Depois, o ritual de praxe, mas bem interessante pra mim, que participava pela primeira vez: entrega dos kits para a prova e reunião técnica. Ouvir os “causos” dos colegas já veteranos era uma delícia, e já estava na adrenalina de pedalar. Deixei tudo pronto a noite mesmo na pousada. As 5 da manhã do domingo, já estava de pé.

Joelma, minha bike, pronta para a prova
Joelma, minha bike, pronta para a prova

2 – 200km

Na concentração: fila para vistoria das bikes
Na concentração: fila para vistoria das bikes

As 6:00 da manhã, a concentração e vistoria das bikes. Largamos as 7:30 e apesar de saber que a prova seria longa, era difícil não conter a empolgação e esticar umas pedaladas mais fortes. Outra coisa legal era ver muita gente pedalando junta na estrada. E foi assim apenas até o primeiro Ponto de Controle (PC), onde teve até uma fila para carimbar o passaporte.

Um carimbo no passaporte e uma banana depois, já estava de novo pedalando, agora sozinho, até o segundo PC (50 km de prova), onde dessa vez fiquei mais um tempo pra fazer um lanche. Lá encontrei de novo meu cumpadre Nino, e de lá acabamos seguindo juntos até o final da prova.

Do PC 2 (50km) até o PC 4, em Quissamã (104km) foram pra mim os momentos mais duros da prova.

No PC 3, em Carapebus, já sentia o corpo pedindo energia. Descansei um pouco mais por lá, e as bananas me salvavam.

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Ciclistas no PC 3, em Carapebus

O sol estava forte, e o calor que vinha do asfalto parecia que iria me cozinhar. Além disso, um vento contra daqueles bem chatos, que te fazem colocar força no pedal e não ver tanto rendimento na estrada. O resultado foi o cansaço. Ao chegar no PC 4, estava bem abatido, pensando se a volta seria com o mesmo calor e vento contra. No ginásio poliesportivo de Quissamã, uma macarronada salvadora e um banho gelado no vestiário.

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Chegada em Quissamã, depois de muito calor e vento: exausto.

Descansei lá por cerca de uma hora e só voltei ao pedal depois que comecei a me sentir inteiro de novo.

Na volta, a empolgação. O vento contra tinha ficado a favor, a macarronada tinha recuperado minhas energias, e o calor ia diminuindo. O pedal tava rendendo que era uma beleza! Voltamos em um ritmo muito bom, e a cada km ia ficando mais confiante em terminar os 200km.

Com 160km pedalados, comecei a sentir alguns incômodos. Estava me levantando mais da bike para pedalar, e começava a me incomodar a parte posterior da coxa esquerda. Junto a isso um trecho bem esburacado de estrada em Macaé. Mas me concentrei para a chegada no último PC, que ficava perto dali (aos 183km de prova).

Nesse PC, fomos recebidos com muita animação pelo pessoal da organização. Infelizmente não me lembro o nome da menina que estava lá, mas ela realmente deixava todos muito motivados. A turma chegava lá cansada e saia empolgada com a animação dela.

Reta final: eu e Nino, no último PC antes da chegada.

Os últimos 17 km foram de muita curtição. Eu nunca havia feito essa distância (já havia pedalado no máximo 150km, há uns 3 anos atrás), e tinha a ideia de que fazer isso pudesse ser doloroso, sofrido. Claro que estava cansado, mas estava acima de tudo muito feliz! Pensava no tanto que já tinha andado com minhas bicicletas, a todos os lugares onde elas já haviam me levado. Pensava em “como não tinha experimentado um Audax antes”, e como o espírito dessa prova era tão legal.

Na chegada eramos parabenizados e saudados pelos colegas que já haviam chegado. Era muito bom ouvir as histórias de todos, e como uma prova pode ser tão diferente pra tantas pessoas. Eram colegas que se perderam e terminaram a prova com mais de 200km, casos de pneus furados, quedas, superação de dificuldades, situações engraçadas…

Fiquei com a impressão de que o  Audax parece a “Corrida Maluca”, do desenho animado.

Infelizmente não tive muito tempo pra ficar e aproveitar o pós prova, aguardar a chegada de outros colegas. Tive que correr logo pra voltar pra casa. Se conseguir manter o ritmo de treinos, espero participar de outros brevets. Um agradecimento ao cumpadre Nino, não só pela companhia do pedal, como pelos casos e verdadeiras aulas sobre Audax que pude escutar ao longo do percurso. Valeu demais cumpadre!

Assim que tiver tempo vou editar um video para colocar aqui no post.

Recomendo muito essa experiência a todos que gostam de desafios, pedalar longas distâncias, e conhecer seu corpo e seus limites.

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O odômetro da alegia: 200km

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Audax 200 Rio das Ostras – brevetado!

Como havia falado no último post, estive no último domingo estive em Rio das Ostras, onde completei o Audax 200 Rio das Ostras. Foi o meu primeiro brevet, e achei muito legal! Amanhã vou postar aqui no blog o relato detalhado com fotos. Obrigado a todos que mandaram mensagens que torceram por mim!

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Bike e arte – Christoph Niemann

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Belíssima ilustração de Christoph Niemann. Nascido na Alemanha, Niemamm se mudou para Nova Iorque e seu trabalho já apareceu nas capas da Revista do New York Times, New Yorker, Atlantic Monthly e American Illustration.

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Para conhecer mais do trabalho de Niemann, basta clicar aqui.

E se você gosta de ver as bicicletas nas mais diversas manifestações da arte, clique aqui e veja nossa lista completa.

 

AUDAX – ciclismo de longa distância

Se você gosta de longas pedaladas, provavelmente já ouviu falar no AUDAX.

O Audax são provas de ciclismo (chamadas brevets) onde o ciclista deve percorrer uma longa distância dentro de um tempo máximo. Durante a prova, o ciclista deve ser auto suficiente, ou seja, não pode contar com ajuda para o percurso.

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Essas provas surgiram na França, mas se espalharam pelo mundo e ganham cada vez mais adeptos aqui no Brasil. O brevet Paris-Brest-Paris (ou PBP), com 1200 km, é a prova de ciclismo mais antiga ainda realizada. Sua primeira edição foi em 1891! Até hoje as provas do Audax são controladas e homologadas pelo Audax Club Parisien/Les Randonneurs Mondiaux.

Muitos organizadores de brevets organizam também desafios, de 100, 160km de distância. Porém, as distâncias oficiais dos brevets são de 200km, 300km, 400km, 600km (feitas em território nacional) e 1200km (Paris-Brest-Paris).

Eu vou pedalar nesse fim de semana a minha primeira prova de Audax! Vou tentar o brevet 200 km em Rio das Ostras (RJ). Na segunda-feira tô de volta e conto aqui como foi. Andei treinando e tô muito empolgado pra brevetar!

Quer saber mais? É só clicar nos linkas abaixo:

Inconfidentes Pedalantes Clube Randonneur

Regulamento dos Brevets Randonneurs Mundiais (BRM) de 200 km à 1000 km

Calendário Nacional de Brevets Audax 2013

Audax Randonneurs São Paulo

Audax Rio

Audax Brasil

Randoneurs Brasil

 

 

Audax – Regulamento dos Brevets Randonneurs Mundiais (BRM) de 200 km à 1000 km

Regulamento dos Brevets Randonneurs Mundiais (BRM) de 200 km à 1000 km

(Regulamento OFICIAL do Audax Club Parisien/Les Randonneurs Mondiaux, válido em todo o mundo)

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Artigo 1: Somente o Audax Club Parisien pode realizar a homologação em todo mundo. Cada brevet realizado depois de 1921 é registrado sob um numero de homologação, atribuído por ordem cronológica de recebimento.

Artigo 2: Estes brevets são abertos a todo randonneur*, membro ou não de um clube, de uma sociedade ou de uma federação qualquer e coberto por uma apólice de seguro. Os menores são aceitos com a condição que apresentem uma autorização do responsável que isente a responsabilidade do Audax Club Parisien e das sociedades organizadoras; um atestado médico de aptidão física com menos de 6 meses deve ser apresentado. As informações e regulamento específico de cada organização devem ser consultados no momento da inscrição de cada brevet. Todos os veículos são admitidas com a condição que sejam movidos somente com o uso da força muscular.

Artigo 3: Para efetuar um brevet*, cada randonneur deve preencher um boletim de inscrição e obter seu direito de participação com um organizador.

Artigo 4: Cada participante deve estar assegurado por um seguro de responsabilidade civil, seja por intermédio de sua federação, seu organizador local ou por um seguro pessoal (atenção, a maior parte dos seguros multirriscos não cobrem os aderentes que participem de provas organizadas e pagas). Para poder fazer a inscrição na prova, o randonneur deve preencher um atestado mencionando claramente a cobertura do
seguro, ou um atestado fazendo fé. Se o organizador não disponibilizar a subscrição de um seguro coletivo na largada de seu brevet, ele poderá recusar a inscrição dos não segurados.

Artigo 5: Cada participante é considerado como estando em uma excursão individual, devendo respeitar o código de transito e todas as sinalizações oficiais.

O Audax Club Parisien, as sociedades organizadoras, o representante ACP e sua associação de referência, não podem, em caso algum, serem considerados responsáveis por acidentes que poderão acontecer durante um brevet.

Artigo 6: Para a circulação durante a noite, os veículos deverão estar munidos de faróis dianteiro e traseiro, solidamente fixados e em constante estado de funcionamento ( previsão de lâmpadas para substituição; um duplo farol é aconselhável).

A lâmpada traseira de pisca é proibida. Os organizadores proibirão a largada de
todo o participante cujo qual a iluminação não esteja de acordo. Cada participante é obrigado a ligar a iluminação a partir do inicio da noite, e ainda, a todo momento em que a visibilidade não for suficiente (chuva, nevoeiro etc); mesmo em grupo, cada randoneur deve ter a sua iluminação. Durante a noite, as vestimentas claras e refletivas são recomendadas e o uso de um colete, ou tiras refletivas é obrigatório. Qualquer infração a estas medidas, constatadas durante um controle, provocará a não homologação do brevet.

Artigo 7: Cada participante deve fornecer ele mesmo todas as suas demandas para a realização de seu brevet. Nenhum serviço organizado de instrutores, apoios, sinalizadores com viatura seguindo o ciclista, é autorizado durante o percurso entre os pontos de controle. Os participantes que infringirem este artigo serão eliminados sem
apelação.

Se na largada de um brevet, um grupo é formado voluntariamente pela organização, o andamento é livre, os randonneurs tem o direito absoluto de deixar este grupo a todo o momento. Nenhum randonneur poderá prevalecer-se de gerir um grupo. Os sinais distintivos (abraçadeiras, camisas, etc..) e os títulos (por exemplo : capitão de rota) não são autorizados. O tamanho dos grupos deverá ser conforme a legislação em vigor no âmbito de cada brevet, sem enquadramentos. Cada participante deve ter comportamento e atitudes corretas.

Artigo 8: Cada participante receberá na largada uma carta de rota (leia-se passaporte) e um itinerário (leia-se planilha de rota) sobre o qual são indicados os postos de controle (PCs) onde o participante deverá obrigatoriamente apresentar este
passaporte à organização para as devidas anotações de controle.

Os organizadores podem igualmente prever um ou mais controles secretos e, por esta razão e também por exigências do seguro, o participante deverá respeitar o itinerário que lhe será entregue na largada. Os organizadores devem obrigatoriamente utilizar os mapas criados com a atenção do AUDAX CLUB PARISIEN ou os mapas propostos pelo representante ACP da zona geográfica e aprovados pelo AUDAX CLUB PARISIEN.

Artigo 9: Na falta de controle preciso designado pelos organizadores, o randonneur deverá anexar ao passaporte um carimbo que tenha o nome da localidade deste controle (comércio, estação de serviço etc). Em caso da impossibilidade de obter este carimbo (controle de noite), o randonneur poderá :

1) enviar uma carta postal ao responsável da organização (indicando lugar, dia e hora de passagem, nome, sobrenome e clube) escrevendo no espaço do controle do passaporte “CP”, o dia e a hora da postagem.

2) Responder sobre o passaporte uma questão sobre um ponto especifico do lugar de controle. A opção definida é a descrição do organizador, controle por controle.

Em cada controle, a hora de passagem deve ser mencionada, e também o dia para os
brevets de mais de 24 horas. Um carimbo em falta, uma hora de passagem não marcada ou a perda da passaporte (a qualquer distancia que seja) provoca a não homologação do brevet. Cada participante é responsável por controlar o seu passaporte.

Artigo 10: os prazos para concluir cada brevet são em função da distância:

13h30 (200km);
20h (300km);
27h (400km);
40h (600km);
75h (1000km)

A passagem em cada controle deverá ser efetuada entre uma hora “de abertura” e uma hora “de fechamento” mencionados no passaporte, calculadas com as medias extremas de 15 e 30 km/h para os controles até o 600km, de 13,5 à 30 km/h entre 600 e 1000 km. Se um randonneur chegar a um ponto de controle atrasado, o organizador poderá lhe permitir continuar se o seu atraso for devido a um eventual imprevisto independente da vontade do randonneur, como uma parada para ajudar quando em um acidente ou uma estrada fechada. Um problema mecânico, o cansaço, a falta de
forma física, fome etc não poderão ser razão válida de atraso. Fora dos casos precedentes, o randonneur deverá respeitar as tabelas horárias intermediárias, sob pena de não homologação de seu brevet, mesmo se este é efetuado dentro do tempo limite total.

Artigo 11: Qualquer fraude provocará a exclusão do participante de todas as organizações do Audax Club Parisien.

Artigo 12: Na chegada, cada participante deverá assinar o passaporte e o entregar ao organizador. O passaporte lhe será devolvido após a homologação. Não será emitida cópia deste documento em caso de perda. Estes brevets não são competições e não comportam classificação. Uma medalha especial poderá ser adquirida pelo participante assim que seu brevet tenha sido homologado. Ele deverá fazer o pedido e pagar o valor na entrega de seu passaporte na chegada.

Artigo 13: As medalhas que atestam o sucesso do brevet são na cor bronze (200km), amarelada (300km), vermelha (400km), dourada (600km) e cobre (1000km). Os modelos mudam, em principio, no ano após a PBP. Os preços das medalhas são indicados pelos organizadores dos brevets.

Super Randonneur: É uma distinção que reconhece todo randonneur, após completar
no mesmo ano a série dos brevets 200, 300, 400 e 600 km. Uma medalha mencionando esta distinção será emitida ao randonneur  que realizar o pedido ao seu clube organizador, informando-o os números de homologação dos brevets e pagando o
valor referente a esta medalha.

Artigo 14: Um participante não pode efetuar uma outra prova quilométrica sob toda ou parte do percurso de um Brevet Randonneurs Mondiaux.

Artigo 15: Todos os detalhes referente aos BRM em uma zona geográfica, como jogos, classificações, lembranças, desafios, etc, tanto para os randonneurs considerados individualmente, ou por clubes, são exclusivamente de competência do
representante ACP e de sua associação de referencia.

Artigo 16: Os brevets BRM dos organizadores (clubes, associações ou outros) só poderão constar no calendário ACP em sua zona geográfica de origem, quaisquer que sejam os lugares de largada efetivos e as associações onde seus membros sejam filiados. Os organizadores deverão obrigatoriamente utilizar os mapas de sua zona geográfica de origem. Um organizador (em particular um clube de fronteira) poderá aparecer uma segunda vez no calendário ACP como organizador aparentado (leia-se coorganizador) em uma outra zona geográfica alem da de origem, com o acordo do representante ACP e do organizador (caso exista) desta zona geográfica, todos tendo como obrigação formal de aplicar a primeira linha do presente artigo.

Artigo 17: Participando de um brevet BRM, os randonneurs aceitam a publicação de sua identidade e do tempo realizado nos resultados publicados pelos organizadores. Em caso algum a sua identidade poderá ser utilizada para fins comerciais ou ser utilizada por terceiros com este objetivo.

Artigo 18: O fato de haver se inscrito e largado em um brevet implica, na parte do interessado, a aceitação sem restrições do presente regulamento. Qualquer queixa ou reclamação, por qualquer motivo que seja, deverá sem expressa por escrito e enviado nas 48 horas seguintes a prova ao organizador que a examinará e a transmitirá com seus pareceres ao responsável ACP (França) ou ao representante ACP (fora da França) para análise antes de qualquer decisão.

Artigo 19: Em caso de apelação do interessado, o processo será enviado ao Comitê Diretor do ACP com as análises e motivos do organizador e do representante ACP. O Comitê Diretor do ACP decidirá, sem direito a apelação de nenhuma espécie, os casos apresentados bem como os litígios em que este regulamento tenha sido omisso.
fonte: Audax Club Parisien (http://www.audax-club-parisien.com)