Didi Senft é um inventor alemão que faz as bikes mais malucas que já vi. No Tour de France, é conhecido como El Diablo (já ficou famoso por sua fantasia). Veja algumas invenções de Senft. Pra se divertir mais com os vídeos só entendendo alemão.
Blanche d’Antigny (1840-1874) e sua bicicleta
Ano: 1869
Artista: Maurice Betinet
Tema: ciclismo
Pais: França
Tipo: Pintura
Material: Óleo sobre tela
Localização: Château de Sceaux/Musée de l’Ile-de-France/França
Fonte: http://www.allposters.com
Essa e outras obras de artes relacionadas ao esporte podem ser vistas no vasto acervo do projeto Esporte e Arte: diálogos, um dos mais completos da internet. A ficha completa da obra também está no site. O projeto é coordenado pelo prof. Victor Andrade de Melo, da UFRJ. Aqui no blog, publicamos semanalmente posts sobre a bicicleta e o ciclismo nas diversas manifestações da arte. Para ver todos, é só clicar aqui.
Esse post é especial pra você que gosta ou que quer ir cada vez mais longe com sua bicicleta. Eu separei 5 dicas para pedalar longas distâncias, que vão te ajudar alcançar seus objetivos.
Você pode conferir também esse conteúdo em vídeo, direto do nosso Canal no YouTube!
Após tantos anos pedalando, já perdi as contas de quantas vezes pedalei distâncias acima dos 100km. Mas, essas pedaladas não acontecem com tanta frequência assim (toda semana, por exemplo).
Gostaria que acontecessem semanalmente (no sábado ou no domingo), mas pra mim esses pedais são raros por alguns motivos. O primeiro é por serem muito cansativos (e não é sempre que me encontro no melhor da minha forma, hehehe).
Outro fator importante, é que pedais longos tomam um tempo muito grande. Se você vai pedalar 100km, por exemplo, com média de 25km/h, lá se vão 4 horas, fora as paradas, descansos, etc.
Ou seja, é um programa delicioso, mas dedique a ele o tempo que o pedal merece! E finalmente o último fator, é a companhia. Não é sempre que estou animado de fazer sozinho, e por outro lado, é difícil arrumar um guerreiro disposto a te acompanhar numa dessas.
De qualquer maneira, nos meus pedais longos percebi alguns detalhes que me ajudaram a chegar bem, apesar de não estar tão preparado como em outros tempos. Vamos a eles:
5 dicas para pedalar longas distâncias
Pedalar longas distâncias exige alguns conhecimentos
Dica 1 – Hidratação para pedalar longas distâncias
Beba bastante água!
Até aí nada de novo, pois sempre fui atento a essa questão. A cada 15, 20 minutos um pouco d’água. No caso de pedaladas de longa duração (acima de 2 horas) utilizo isotônico (Gatorade, água de côco, etc.) que também repõe sais minerais e tem carboidratos para manter a energia.
Dica 2 – Alimentação em pedais de longa distância
Alimente-se bem
Aí uma grande diferença. Nas pedaladas longas que já fiz sempre levava bastante comida. Engano com umas barrinhas de cereal e o momento do “banquete”, com sanduiches, frutas etc. Se estiver em algum local com comércio, aproveito também alguma lanchonete ou padaria. O grande erro: sempre comia quando a fome chegava. Fazendo isso, sempre chegava um momento no pedal onde me sentia fraco (achava que era apenas devido ao cansaço) além de me sentir um saco sem fundo, e nada que eu comia resolvia. Deve ser feito como a hidratação, ou seja, devemos manter a ingestão de carboidratos para termos energia durante toda a pedalada.
[icon size=”medium” name=”e-info-circled”] Aqui no blog temos um artigo sobre alimentação ideal para treinos e provas de longa distância. Você pode conferir clicando no link.
Eu procurei nesse ano uma nutricionista e meu desemprenho no pedal aumentou bastante. Se você puder e quiser, eu aconselho, é um ótimo investimento! Atualmente eu levo sanduíches, bolinhos, frutas e biscoito salgado, que como a cada 2 horas (não tudo de uma vez, rs), como se fosse uma refeição normal. Além disso, utilizo gel de carboidrato de 1 em uma hora, apenas para pedaladas longas (acima de 2 horas).
Dica 3 – Roupa de baixo (o que???)
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Isso mesmo. A famosa cueca senhoras e senhores. Parece bobagem? Pedale por 7 horas com uma cueca slip. A costura provavelmente deixará a pele da virilha em carne viva. E se estou escrevendo isso, é porque infelizmente já aconteceu. Mas valeu a lição. Cuecas grandes, tipo boxer (tá na moda já faz um tempo). Nas provas de AUDAX já vi algumas pessoas passando pomadas anti-assaduras ou mesmo vaselina na virilha. Isso ajuda, mas lembre-se: é essencial que você tenha uma posição confortável no selim e uma vestimenta que não te incomode durante a pedalada.
Dica 4 – Conforto
Bicicleta bem regulada é fundamental
Bermuda acolchoada e selim confortável. Mamãe passou talquinho e cuidou tão bem, não vamos fazer pouco caso agora. Outra coisa fundamental é uma bicicleta bem regulada para o seu tamanho, pois você vai ficar muito tempo em cima dela, e deve se sentir bem.
Dica 5 – Pedale com as costas livres
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Nada de mochila, pochete ou mochila de hidratação. Da mesma forma, ao longo das horas, o pequeno peso vira um verdadeiro fardo a ser carregado, e a lombar que já é exigida por posições mais agressivas de pedalada vai “abrir o bico”. Se quiser opções, esse post do blog dá 10 alternativas para pedalar sem mochila.
Dicas bônus:
Protetor solar
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Indispensável e dispensa comentários. Você pode usar também blusas compridas, “manguitos” e outros acessórios, mas o protetor solar é fundamental para a partes descobertas.
Quantos km pedalar por dia?
Temos um artigo aqui no blog que fala sobre quantos km pedalar por dia. Ele é mais voltado para o cicloturismo, mas as informações valem também para os seus treinos do dia-adia. É só pensar que vai fazer com a bike normal, e não carregada para a viagem. É só clicar no link e boa leitura 🙂
“Resumo da ópera”
É claro que para fazer longas pedaladas é preciso o mínimo de preparo. Comece com distâncias menores, mantenha regularidade, e se animar, escolha um dia para esticar um pouco mais longe. Após o pedal mantenha a boa alimentação, e é claro, descanse. No caso de pedaladas longas, alguns desses pequenos detalhes podem fazer a diferença entre chegar bem, chegar um bagaço, ou voltar empurrando.
Foto: Universidade de Wisconsin-Madison – http://www.news.wisc.edu/14538
Tudo bem, podem falar que estou exagerando, pois não está nevando em Belo Horizonte. Mas está um frio desanimador. Inclusive pra mim, que sempre gostei de pedalar no frio. As primeiras horas da manhã e a noite estão congelantes. Durante o dia o sol aparece, e esquenta se ficamos embaixo dele. Mas basta buscar uma sombra, ou entrar em casa pro frio chegar com tudo. E aí haja ânimo pra sair debaixo das cobertas e pedalar.
Hoje resovi encarar e ir de bike pro trabalho, depois de quase uma semana sem subir na magrela. Fui de calça de pedalar, blusa comprida fina e moletom. A dificuldade maior é o rosto e o pescoço, quando bate o vento. Deu até vontade de ter aquelas “toucas-ninja” pra cobrir todo o rosto na hora da pedalada. Voltando a noite o frio é de doer.
A verdade é que sou mal equipado para pedalar no frio. Por relatos de colegas que pedalam vejo que vale a pena além de blusas que ajudam a evaporar o suor (aquelas de tecidos sintéticos) os chamados anoraques, ou corta-vento. E eu não tenho nada disso. Minha combinação de blusas resolve contra o frio, mas além de pesada e volumosa, quando esquenta muito fica ruim pra evaporar o suor e a umidade.
Acho que não investi muito nisso ainda porque não sou friorento. Mas deve ser o próximo passo, já que esse ano o frio em BH resolveu aparecer de verdade (sábado passado, dia 12, foi o dia mais frio, com mínima de 7ºC) e vai me exigir um certo investimento.
Dificuldades a parte, gosto bem de pedalar no frio. Precisa ter coragem pra começar, mas depois que o corpo esquenta é uma beleza. A pedalada rende mais, não te deixa exausto como pedalar no calor intenso.
Vou me reorganizar aqui pra uma pedalada menos pesada e mais confortável. E nada de neve (por enquanto).