Cicloturismo: Rio de Janeiro – Angra dos Reis

Por Fabio Moreira

Olá!

Meu relato é sobre uma viagem que fiz no feriado da semana santa no final de Abril de 2011. Éramos em oito, mas casa um era de uma cidade diferente. Combinamos nossa viagem via orkut e telefone.

Petrópolis, der 22. April 2011 (sexta-feira):

Tudo combinado para a viagem e é chegada a hora de partir. Combinei com o Allo e mais o vizinho dele de nos encontrarmos às 04:00h na Casa do Alemão da BR-040 em Duque de Caxias-RJ. Eu atrasei uma meia-hora por que eu não tinha dormido direito. Por causa disso eu saí de casa às 03:30h da manhã e encontrei com eles às 04:30h. Enfim, nos encontramos e seguimos pela BR-040 até chegarmos à Av. Brasil e esperarmos o Márcio na entrada da Via Dutra. Isso foi às 05:30h e entramos na Dutra para encontrar o restante do grupo: Samuel, Sandro, Sidnei e o sobrinho dele, o Sandro.

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Na Dutra, encontramos o Samuel, dono da casa em Angra dos Reis. Daí seguimos adiante até encontrar os outros três restantes na altura de Queimados-RJ. Nos encontramos e tiramos algumas fotos do grupo e das bikes. Seguimos mais um pouco para uma lanchonete de beira de estrada, pois pelo menos eu já tinha rodado bastante. Eu era o de mais longe do grupo. Da esquerda para a direira: Sidnei, Samuel, eu, Allo, o vizinho dele (esqueci o nome), Sandro e Sandro (sobrinho do Sidnei):

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Estômago forrado, caramanholas cheias e retomamos a Dutra. De repente precisamos parar assim que começamos a andar: o Allo furou o pneu traseiro. Paramos para esperar ele consertar a câmara de ar (acho que ele só tinha levado remendos e nenhuma câmara reserva). Enfim, câmara consertada e seguimos até entrarmos em Seropédica. Lá conhecemos a UFRuralRJ de Seropédica. Vimos que Seropédica não tem nada a não ser uma estrada estadual:

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UFRuralRJ
UFRuralRJ

Nas fotos acima também estão as da reta de Piranema, uma reta de 11km que liga Seropédica a Itaguaí. É um trecho bem perigoso, pois não tem acostamento e passam alguns caminhões. Pelo menos no dia em que fomos não tinha muito caminhão. Até paramos para uma água de côco:

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Saímos da Reta de Piranema e pegamos a Rio-Santos (BR-101). A estrada estava ótima, mas o vento contrário atrapalhou um pouquinho. Tinha uma pedra no meio do acostamento e o Samuel não tinha visto. O pneu traseiro furou e paramos para ele consertar a câmara.

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Samuel trocou a câmara e seguimos. Paramos num restaurante à beira da estrada, pois a fome já tinha chegado com força. Alguns já estavam cansados por causa da distância percorrida. o engraçado é que os que cansaram eram os que menos tinham rodado. Mesmo assim eles tiveram seu momento de soneca antes de retomar a estrada. O restaurante onde almoçamos tinha uma comida muito boa e barata.

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Recomendo!
Recomendo!

Estômago cheio, soneca tirada e seguimos novamente pela Rio-Santos. Já passavam das 14:00h e faltavam ainda uns 90km para o destino. A estrada estava boa e o acostamento excelente. Mais adiante começava o sobe-e desce entre Mangaratiba e Angra dos Reis. Faltava bastante ainda para chegarmos e alguns já começaram a dar sinais de cansaço como mostrei nas fotos anteriores. Então tivemos que diminuir o ritmo um pouco para eles nos acompanharem. Mesmo assim deu para contemplar as belas paisagens que as serras nos ofereciam pelo caminho. Eis abaixo o pelotão da frente:

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Durante este trecho final aconteceram muitas coisas: o Sandro, sobrinho do Sidnei, desistiu do restante da viagem já em Mangaratiba, onde ficou na casa de parentes, porque ficou muito cansado; o Allo furou o pneu não sei quantas vezes mais, o Márcio também teve um furo no pneu traseiro da bike; O Sandro se machucou muito depois de cair no meio da noite ao bater a roda dianteira numa tartaruga de asfalto que tinha no acostamento. Então ele se medicou em Conceição de Jacareí, onde ele caiu, e ficou na casa de parentes também ali por perto; o Allo teve dores no tornozelo e voltou para casa de ônibus junto com o vizinho dele. Então só seguimos Márcio, Samuel, Sidnei e eu para o destino. As serrinhas continuaram e eu mal podia esperar para chegar a Angra, pois já estava com muita fome e muito sono, já que eu tinha dormido muito pouco para a viagem. O restante do caminho que faltava rendeu bastante, pois estávamos doidos para chegar logo e conhecer a cidade. E o principal, chegar à casa do Samuel, tomar um banho e descansar da viagem. Nem deu mais para fotografar porque a noite já tinha caído.

Quando nós quatro chegamos em Angra, deixamos nossas coisas na casa do Samuel, onde a irmã e o primo dele nos receberam com um bom lanche ( e quem disse que foi o suficiente para matar nossa fome? kkkkkk) e fomos a um bar onde tinha costela no bafo. Mandamos ver, já que estávamos famintos. Batemos papo, comentávamos sobre a viagem e, quando dei por mim, já estava dormindo sentado de tanto sono. Depois pagamos a conta e voltamos para a casa do Samuel. Lá nós tomamos banho e fomos dormir.

Angra dos Reis, der 23. April 2011 (sábado)

Quando acordamos o Sidnei já tinha ido porque ele tinha que buscar o sobrinho dele em Mangaratiba na casa de parentes. Então nós três, eu, Marcio e Samuel, tomamos café-da-manhã e demos uma volta pela cidade, já que à tarde o Márcio tinha que ir embora de ônibus porque tinha um compromisso.

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Almoçamos e fomos para casa. Márcio arrumou a bagagem dele e foi embora e o Samuel foi comigo à casa da avó dele, que era perto da casa onde ficamos. A família dele e eu conversávamos sobre a viagem. Samuel teve que comprar sua passagem de volta com muita antecedência, já que era feriadão e muita gente estava lá em Angra a passeio. Enquanto isso eu fiquei com a família dele e assistimos TV. Depois de muito tempo Samuel volta e tinha comentado que ficou um tempo numa praça onte um grupo de índios sul-americanos do Peru, se não me engano, dançavam e cantavam. Ele até chegou a comprar um DVD que os índios vendiam. Então resolvemos pegar as bikes para dar uma volta pelas redondezas e paramos no bar onde comemos no dia anterior. Lá ficamos batendo papo até tarde. Depois fomos para casa dormir, pois acordaríamos no dia seguinte para irmos a uma cachoeira que tinha por perto.

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Angra dos Reis, der 24. April 2011 (domingo)

Samuel e eu acordamos e tomamos café-da-manhã. Depois fomos de bike a uma cachoeira que tinha pelas redondezas. A água estava gelada, mas ainda assim estava boa para um banho. O lugar era bem legal e seguro, sem risco de a correnteza levar alguém. Ainda bem, pois eu não sei nadar. Lá eu adorei, pois cachoeira é tudo de bom. Até que não estava movimentada. Também, o tempo não estava muito aberto e tinha algumas núvens no céu que ameaçavam chuva. Depois pegamos as bikes e fomos à praia, que ficava a poucos quilômetros da cachoeira.

Na hora do almoço fomos a um restaurante e, enquanto almoçávamos, a chuva caiu forte. Tivemos que esperar a chuva pelo menos amenizar um pouco para irmos para casa, pois não tinha condições de ir sob a chuva que caía. Depois que a chuva deu uma estiada rápida fomos para casa e descansamos do almoço. Pra quê? kkkkk Pegamos no sono. Acordei por volta das 20:00h e chamei o Samuel. Então pegamos as bikes e saímos para lanchar por aí. Fomos àquele bar onde comemos costela no bafo. Depois de um tempo voltamos para casa para arrumarmos nossas coisas para a viagem no dia seguinte e tentamos dormir, mas o sono não vinha porque dormimos de tarde. Aí o que restou foi jogar conversa for a até altas horas da madrugada.

Angra dos Reis, der 25. April 2011 (segunda-feira)

Acordamos bem cedo, pois Samuel tinha que embarcar para Nova Iguaçu no ônibus de 06:10h. Fui à rodoviária com ele para comprar minha passagem para o Rio e poder vir embora. Como eu temia, não tinha passagens, me despedi do Samuel, que embarcou logo, e pedalei até Conceição de Jacareí, onde tomei meu café-da-manhã com bolo de chocolate e café-com-leite. Troquei de camisa e pus a de ciclismo. Notei que os ônibus que iam a Duque de Caxias não tinham um bagageiro com tamanho suficiente para caber uma bike e resolvi, então, voltar de bike mesmo. Encarei todo o sobe-e-desce inicial até passar por Muriqui, de onde peguei pista plana até Piabetá, já em Magé. Quando eu estava entre Muriqui e Itaguaí, parei para tomar uma água, pois estava com um pouco de sede e hidratação é o essencial. Depois segui viagem para almoçar em Itaguaí. Já estava perto da hora do almoço e já tinha rodado mais de 80km. Quando estou perto de Mazomba, lugar onde almocei na ida para Angra, ultrapasso um outro ciclista que estava numa bike velha. Ele queria me ultrapassar, mas não deixei ele me ultrapassar. Aumentei a velocidade e ele ficou bem para trás. Hehehehehe! Mais adiante eu atravessei a pista e entrei em Mazomba (Itaguaí) para almoçar. Isso já era meio-dia. Comi um belo prato feito que tinha arroz, feijão, macarrão, carne e farofa e também bebi uma garrafa inteira de 1250ml de Coca-Cola. Fiquei lá por duas horas, pois eu ouvia música no fone de ouvido enquanto descansava o almoço.

Às 14:00h retomei o meu caminho de volta e entrei na reta de Piranema. Estava eu lá, sozinho mais a reta. Até que, por ser dia de semana, a estrada não estava perigosa como imaginava que seria: apesar de ter bastante caminhão na estrada, muitos caminhoneiros acenavam ou buzinavam em sinal de cumprimento quando passavam por mim. Ao sair da tal reta, entrei em Seropédica e depois saí para a Dutra. Lá sim estava bastante movimentado, pois já passava das 15:00h e a tendência era ter mais movimento ainda. Eu tomava muito cuidado nas entradas e saídas de acessos que tem lá. Quando eu estava no km 199, vejo uma garota de bike também, numa Caloi Poti ou algo parecido, e perguntei brincando a ela se ela queria vir comigo a Petrópolis rsrsrsrs. Ela riu e disse que não. Então conversamos um pouco até ela entrar num acesso ao Parque Industrial de Queimados. Então aumentei o ritmo, pois a noite já caía. Quando passava por São João de Meriti, no km 170, o trânsito estava infernal, pois era hora de maior movimento, por volta das 15:00h, e redobrei a atenção, pois tinha lugar sem acostamento. Segui com muita cautela até pegar a saída 167 para chegar a Duque de Caxias.

Aliviado por ter saído do inferno do trecho final que peguei na Dutra, sigo com mais calma por Sumaré e Prainha até chegar ao centro de Duque de Caxias, pois eu queria lanchar. A fome apertava e eu só estava com o almoço no estômago. Então procurei um lugar para lanchar e aproveitei para ligar para casa, a fim de avisar onde eu estava. Lanchei, liguei para casa e segui agora pela BR-040. Já era noite e liguei o pisca traseiro e o farol. Quando passo na altura da REDUC, em Campos Eliseos, vejo um cara numa bike rosa e aciono o modo strobo do farol da bike quando eu já estava perto dele para chamar a atenção, pois a luz é muito forte. Quando passei por ele, passei muito rápido. Ele apenas falou: “Ih, caraça!” e segui em ritmo forte. Quando eu resolvo olhar para trás, vejo ele tentar me alcançar e comecei a correr para valer, dando uma boa distância dele. Por causa do meu sangue já quente da viagem, eu conseguia andar em ritmo muito forte. Eu já tinha rodado mais de 180km. Quando chego na altura de Figueira, a chuva começa a cair forte e tive que parar debaixo da rampa de uma passarela, onde tinha umas pessoas. A chuva estiou e segui para pegar a BR-116 para Piabetá. Assim que eu entro nesta estrada, a chuva voltou de novo e parei num posto de combustível e esperei a chuva passar um pouco. Ela deu trégua e segui bem depressa para Piabetá, pois a chuva podia cair forte a qualquer momento. Passei pela praça de pedágio e atravessei a BR-116 para pegar o acesso para Piabetá. Assim que cheguei ao centro de Piabetá a chuva caiu forte, um temporal. Então não tive escolha. Já era por volta das 20:00h e a chuva não parecia parar tão cedo. Ainda bem que só faltavam 25km para chegar em casa. Então esperei um ônibus para subir a serra para Petrópolis. Quando eu cheguei no Alto da Serra, já em Petrópolis, a minha surpresa: não chovia forte mais. Então subi na bike e peguei o caminho de casa com calma. Quando eu entro no meu bairro, chovia, mas bem fraquinho. Subi lentamente a minha rua, pois, além de a bike estar pesada, eu estava um pouco cansado da viagem. Cheguei em casa e tomei aquele banho quente, pois eu estava todo molhado da chuva fina. Estava com fome e lanchei bem depois. Após isto eu dormi feliz por causa da viagem, por ter aproveitado tanto meu feriadão sobre duas rodas com os amigos, apesar de alguns problemas. Eu, com certeza, repetiria a dose, pois me causou um grande bem-estar para mim e para meus amigos.

Espero que tenham gostado do meu relato e das fotos. Recomendo a todos a fazerem uma viagem assim, pois é algo que faz bem para o corpo, para a mente e para o espírito.

Um forte abraço!

Paz e pedal sempre!!!

Fabio Moreira Aiello

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Cicloturismo Estrada Real – de Diamantina(MG) a Paraty(RJ)

Por Fernando Mendes

Abaixo o relato da minha viagem pela Estrada Real. Partindo de Diamantina (MG) rumo a Paraty (RJ), entre os dias 1/05/2011 e 17/05/2011. Os textos em negrito são informações históricas sobre a Estrada Real. Para melhor visualização é só selecionar o modo “Tela Cheia” (fullscreen).

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Cicloturismo: Vale Europeu e Praia

Por Giovane Treter

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Meio de semana e pedalando é pra poucos né, e fui eu…. Segunda cedinho parti de Toledo, peguei minha mãe em Cascavel, e seguimos para Blumenau. A idéia era boa, fazer o circuito europeu em 3 dias, com médias superior a 120km por dia, e no ultimo dia, chegar em Itapema, mas, por forças maiores, não consegui fazer todo o trecho, mas pedalei muito bem… vamos lá:

1º dia  – Blumenau / Cedros Altos

Saí de Blumenau as 7h da matina, o sol estava querendo aparecer, mas a neblima não deixava, saí da cidade via rua Bahia, costeando o Rio Itajaí Açu. Só asfalto, até chegar em Indaial, 16km. Daí, comecei o pedal no vale, e segui girando costeando o rio até Ascurra, depois o atravessei e segui para Rodeio. Até lá, foram 44km em 2:20h de pedal, o que dá uma média de 18km/h, mas com bagagem né. Até aquele ponto estava tudo tranquilo, altitude 0, e sem subidas…. daí, veio o cartão de visitas da cidade, 9km pra subir 664 metros, uma maravilha…. o bom, era que a estrada é boa, demorei só 1:12h pra chegar lá em cima. No meio da subida, a neblina fechou tudo por alí, e sempre ouvia o barulho dos rios.

A serra é fabulosa, o visual um encanto, e as imagens, não tem como não tirar da cabeça. E isso acabou dando animo, ainda mais quando avistei um cachorro na minha frente, e ele não parecia muito amistoso, e tb não era pequeno… resultado?? pedalei como um louco, e deixei ele pra trás, hehehe. Lá em cima, a placa informava que já estava em Benedito Novo, mas até lá, o trecho era longo ainda. Ali com os meus 70km girados, percebi que meu bagageiro poderia me deixar na mão, estava entortando, mas o que fazer neste caso?? pedalei, hehehe. Neste trecho, encontrei um casal de Floripa que estava girando por lá, e paramos pra conversar. Estavam vindo de Benedito Novo, e queriam saber se tinha saída pra Indaial por ali, e nisso eu pude ajudar, e também perguntaram sobre a pousada dos Zincos, e confirmei que estavam no caminho certo. Agora, em alguns pontos nós concordamos muito, o trecho é muito bonito mesmo, mas são poucas as informações de rotas, e as pessoas que por lá moram, ou alguma lanchonete na beira da estrada, não sabe dar informações sobre o trecho, depois do bate papo, voltamos a girar, o destino deles era logo alí, já o meu iria demorar bem….

Vale Europeu

Já era meio dia, nenhum lugar pra almoçar, daí vi uma lanchonete, que não tinha quase nada de opção, lá foi um amendoim salgado e uma coca. Voltei a girar, sentido Doutor Pedrinho. Naquele trecho, peguei uma parte de asfalto, deu pra aliviar um pouco, e sofrer em mais umas subidas. Já na cidade, parei numa pararia, e lá foram dois salgados e mais um refrigerante. Dali pra frente, eu sabia que não teria muitos locais de parada, e já era um pouco passado das duas da tarde, e a bandeirada foi dada… voltei a girar… a estrada continuava ótima, de terra, lisa, e com muito reflorestamento na região, e claro, nascentes…Lá pelas tantas, com o velocímetro marcando 92km, meu bagageiro estoura, dei uma leve ajeitada nela, e com isso ela durou mais uns 5 km, depois, não tive mais o que fazer, tive que sacrificar ela, senão o negocio poderia ficar pior, pq ele caia e travava a roda…. então, parei na beirada da pista, saquei as ferramentas e pensei no que poderia fazer. Depois de muitos estudos e viabilidades, usei a parte de baixo dela e coloquei em cima do guidão, e a bolsa em cima dela. Prendi com os elásticos que tinha, e minha camelback foi para as costas…. até que ficou legal, o problema só era pedalar, e faltava pouco, só uns 30km, hehehehe.

Nas subidas o negocio era sofrível, e na descida também, hehehehe, mas o desafio foi interessante. Quanto vi a divisa de município entre Dr. Pedrinho e Rio dos Cedros, fiquei feliz, mas sabia que o trecho ainda seria forte… Passei  pelo primeiro rio, e preferi não arriscar pedalando, pq ele era maior, daí, tive que molhar a sapatilha, mas só uma, menos mal. Logo mais, chegou o segundo rio, e este sim, passei legal pedalando, melhor que o Marllos, que parou no meio dele, hehehehe. Me sentia bem, porque sabia que estava em um dos pontos mais altos da região, e não teria muitas subidas pela frente. Outro detalhe que começou a me incomodar, foi a duração da bateria do GPS, que já estava nas ultimas. Mas, quando eu comecei a ver os lagos, e a primeira placa do hotel, a alegria foi imensa, e segui girando, atravessando as pontes, até chegar no Hotel, ufa…. exatamente as 17:50, com o sol quase indo embora. Primeiro dia conquistado, foram 123km e 8:15h de pedal, com média de 14,9km/h, o que achei boa. Confira o Link.

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2º dia  – Cedros Altos / Rio dos Cedros

Foi um dia curto de pedal, e acabei decidindo por abortar os demais trechos, pois estava sem condições de levar a bagagem. Então combinei com minha mãe que estava em Blumenau e tinha a manha livre junto com minha prima e sua pequena filhota. Nós marcamos de nos encontrar em Rio dos Cedros, e meu pedal foi só esse mesmo, saí de lá com uma temperatura de 10 graus, mas com um bonito sol, e o desafio do dia, era só descer a serra, e parti de 550m para o 0m. Trecho muito bom, curvas fechadas, e uns pequenos precipícios ao lado… Foi um trecho muito bom. Já chegando na cidade, peguei asfalto, e na cidade, encontrei meu carro de apoio, hehehe. Foram 28 km, 1:10h de pedal e média de 24,7km/h. Veja o Link. Daquele ponto, carregamos a bike e subimos a serra novamente, com destino ao hotel, pois tinha que pegar minhas coisas e tomar um banho né. Depois, pegamos o dia pra curtir a região, conhecemos melhor os dois lagos da região, descemos a serra por outro caminho. Estes trechos são novos, e a galera que foi na região a umas 3 semanas atras não conheceu…. toda esta região é fabulosa, muitas estradas de terra muito bem conservadas. Vale a pena conhecer.

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3º dia  – Meia Praia / Gov. Celso Ramos / Meia Praia

Tinha que fazer mais um pedal na região, e como estava em Itapema na casa da minha Tia, resolvi conhecer um lugar novo, que nunca tinha ido…. e lá parti…. 9h da matina saí de lá, e segui pela BR 101. Grande fluxo de carro, e peguei um vento a favor, dai o negocio fluiu muito bem. Cheguei no primeiro trevo de Governador em uma hora, fazendo média de 28,5km/h, muito bom…. tudo bem que a estrada era plana, mas mantive legal a velocidade.

Depois do trevo, o negocio foi diferente, vento lateral e as subidas começavam. Começava a avistar as praias, e muito limpas e bonitas, mas pra chegar nelas, sempre tinha uma bela descida, e uma maravilhosa subida, passei pela primeira, dos ganchos, e depois segui para a praia de Palmas, a mais bonita da região, e não tinha como não girar na areia…. 3km de areia limpa e bonita, depois disso, fui arriscar umas trilhas no final da praia, e não tive sucesso, ou tinha placa de proibida passagem, ou o negocio era feio demais pra seguir, e neste trecho, literalmente levei a bike até a metade da trilha pra chegar numa praia, mas não deu animo de continuar, voltei com ela…. com tantas voltas que dei, achei melhor mesmo parar e almoçar, já tinha passado do meio dia. Achei um restaurante aberto, e por R$10 comi muito bem.

Depois de comer bem, voltei a girar, e o cartão de visita era uma subida, de 100 metros…. segui tranquilo, depois, descidão e praia….. este trecho foi legal, porque pedalei em umas 3 praias, passando pelas pedras e por algumas trilhas, depois, achei uma saída e atravessei para o outro lado daquela península, mais uma subidona, e uma descida onde o pneu traseiro literalmente estava travado….. voltei a girar pela praia, e deste lado, tinha mais pescadores, praia muito calma, e um arame pra entrar no meu pneu traseiro, hehehehe. Arrumei ele e voltei a girar, mas daí voltei pro asfalto, pois depois de 70km, o cansaço estava batendo… daí tinha uma duvida, ou seguia pelo trecho mais curto, ou por 7km a mais, mas costeando a ilha…. como eram umas 3h da tarde, segui pelo lado mais longo, com um ótimo visual, e de Floripa tb. Porém, muitas subideiras, se forem ver os gráficos, verão que a velocidade não ficou nenhum pouco constante… depois de muitas indas e vindas, peguei o trevo e segui sentido BR 101, e pra me ajudar, o vento não tinha virado, e portanto, vento contra….. segui tranquilo, mas cheguei em Meia Praia… Chegando na casa da minha Tia, dei uma geral na bike, porque tinha muita areia em tudo, e pra secar a magrela, fui pedalar na ciclovia que fizeram na praia… 3km de extensão. E o pedal acabou assim neste dia, foram 128km, 6:50h de pedal e média de 18,9km/h, com direito a asfalto, areia, e empurrar a bike numa trilha, hehehehe. Confira o Link.

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Bem, no final das contas, não foi o vale europeu, mas foram quase 280km em três dias de pedal….
Pra quem quer ver as fotos, vejam no meu Facebook, que tem tudo lá…..

Um abraço….

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Cicloturismo: Pedal São Paulo – Ilhabela

Por Luciano Marques

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A galera do pedal

Uma viagem irada, um grupo guerreiro e destemido, a união gerou a força pra conquistar mais um pedal.
Em meio à madrugada rodando pela rodovia escura, apenas a mercê de nossas luzes led e dos brilhos dos refletores pelo corpo, a chuva que veio ao inicio do pedal, não para desanimar, mas para lavar nossa alma e nos ajudar a superar os desafios do pedal.
Ao longe ou aos olhos que enxergavam a escuridão, sem nenhuma cidade ao lado, apenas arvores, na estrada a escuridão fica mais intensa a cada ponto, os brilhos surgiam no horizonte como vaga-lumes, apontando um carro a frente.
Em meio às sombras e luzes pedalamos pela estrada, não pelo acostamento e sim pela faixa dois  da rodovia Ayrton Senna, que em época de temporada nem o acostamento escapa do desespero dos carros, apenas 4 loucos guiando suas bikes rumo ao horizonte.
Em meio ao horizonte escuro um vulto branco, um frio na espinha, olhos se entreolham assustados!!! Ufa apenas uma árvore sinistra, com aparência de um rosto velho e sinistro. Mas ao meio da madrugada mais um vulto, agora parecia que se mexia, maio branco ao breu da escuridão, penso comigo:
– Que coisa é essa?
Já se passava das  2 ou 3 da madrugada, em volta nenhuma cidade, apenas o breu e as arvores, nos aproximamos do vulto estranho, o susto veio!!! Uma velha meio corcunda ou apenas maia encolhida pra tentar aquecer o corpo, com um guarda-chuva nas costas uma bengala na mão, assombração? Ou realidade? Não sei, apenas sentimos o arrepio na espinha e pedalamos mais forte para longe dela. Olhar pra trás não era uma opção, quem olhou não viu sua face…
Uma pessoa ou um vulto? Não ficamos pra descobrir apenas sabíamos que nosso destino naquele momento era ao alem do horizonte, rumo a nossa aventura q já estava a todo o vapor.
Porém, logo veio o sol para levar a escuridão e junto com ele trazer a força pra chegarmos ao nosso destino que desta vez era Ilhabela.

Pedal São Paulo - Ilhabela
Pedal São Paulo – Ilhabela
Pedal São Paulo - Ilhabela
Pedal São Paulo – Ilhabela

“Luciano Marques”

[Nota do blog:] se você vai pedalar por Ilhabela pode conferir uma lista de albergues, campings, pousadas e hotéis aqui

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Cicloturismo: Pedal na Serra de Portalegre – RN

Por Benilton Lima
 
“O topônimo Portalegre é uma alusão a cidade de Portalegre, situada na região do Alentejo, em Portugal. Sua denominação original era Regente e desde 1833, Portalegre.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Portalegre_(Rio_Grande_do_Norte)

Serra de Portalegre
Serra de Portalegre – RN
Para quem gosta de sair do lugar comum e ao mesmo tempo curte conhecer lugares pitorescos, com excelente clima, um povo simpático e acolhedor, boa opção de hospedagem e um visual incrível, uma boa pedida é visitar a cidade de Portalegre, cidade serrana localizada na região Oeste do Estado.
É bem verdade que fica um pouco distante – são 376 Km – de Natal até lá, entretanto, as estradas estão em boas condições e o trajeto oportuniza conhecer ainda que rapidamente vários Municípios (Macaíba, Santa Maria, Riachuelo, Caiçara do Rio dos Ventos, Lajes, Fernando Pedrosa, Angicos, Açu, Paraú, Campo Grande, Caraúbas, Olho D´água dos Borges, Umarizal, Riacho da Cruz e Viçosa). Merecem destaques as últimas duas cidades, principalmente pela significativa quantidade de árvores frutíferas embelezando a paisagem e ofertando uma ótima sensação, quebrando assim um pouco da paisagem árida presente no trecho entre Campo Grande e Umarizal.
Saímos (Serginho, Suzy, Flávio Azevedo, Juliana Cantero, Claudia Celi e eu) de Natal por volta das 10h00min da manhã da sexta, almoçamos em Lajes do Cabugi, entramos em Umarizal para uma rápida visita a Escola Estadual Anália da Costa Leite (Educação de Jovens e Adultos), cujo nome homenageia a vó de Serginho, sendo muito bem recebidos pelo Diretor e Professores. Feitos os registros fotográficos nos despedimos e chegamos por volta das 15h30min ao hotel Portal da Serra, em Portalegre, que nos causou uma ótima impressão, o que depois concretizou-se.
A noite foi dedicada à gastronomia e visitamos um lugar bastante simpático “O Pão Nosso”, lanchonete, bar e restaurante, com excelente atendimento e ambiente extremamente familiar, com decoração de cunho religioso, como o próprio nome sugere. Se você for visitar não esqueça de experimentar uma iguaria aparentemente simplória, porém reveladora de surpresas inexoráveis: “o queijo à palito”. Vou ocultar os detalhes do prato para aguçar a curiosidade do nobre leitor.
Ainda no restaurante aconteceu algo singular: Claudia Celi foi ao toalete e detectou que a lâmpada do ambiente estava queimada. Informamos à proprietária e esta cuidou de arrumar uma lâmpada reserva, cabendo ao nosso MacGyver (também conhecido pelos epítetos de Berenilson e Frei Damião), a tarefa de resolver o problema. Em menos de três segundos (contados no cronômetro) o homem resolveu o problema e deu à luz. Em agradecimento a simpática proprietária ofertou um desconto nas despesas, diminuindo uma das inúmeras cervejas ingeridas por Suzy, Juliana e Claudia. Diante de tamanha gratidão as ideias foram surgindo e teve até quem sugerisse entupir o vaso ou sabotar a descarga para que MacGyver consertasse e tivéssemos desconto no almoço e jantar do dia seguinte. Claro que fui contra e minha posição venceu com pequena diferença.
Voltamos aos hotel já era quase madrugada. Antes, porém, fizemos um “tour forçado” pela cidade, com direito a sugestão de seguirmos por trilha até Martins. Novamente votei contra e por muito pouco a proposta maluca não ganhou.
Acordamos na hora que era pra acordar. Tomamos café (muito bem servido, comida fresca e farta) e iniciamos o pedal. Primeiramente fomos até o pórtico de entrada da cidade e fizemos o devido registro fotográfico. De lá fomos ao centro e paramos na igreja Matriz para uns “retratos”. Enquanto fazíamos poses surgiu um senhor de bicicleta, apresentando-se como o pároco da cidade e relatando que pedala com frequência na região, já tendo descido várias vezes no rumo de Pau dos Ferros. O nome da figura é Padre Dário e fizemos questão de fazer os devidos registros fotográficos com o homem. Mais uma figura para compor o elenco do Rapadura, faltando agora tão somente um anão, um albino e ex-gay.
Deixamos a igreja e fomos até a Fonte da Bica, local muito bom para refrescar o calor e a garganta. Ali encontramos um rapaz dançando sozinho e ele me dirigiu a palavra: o bafo de cana até agora ainda tá impregnado na minha camisa de ciclista.
O próximo ponto de visitação foi o Mirante. O local tem pousada e restaurante, com um lindo visual da região. Merece muito uma visita.
Circulamos pela cidade e partimos para a zona rural com o propósito de conhecer as Torres. Pedalamos inicialmente por uma estrada de barro e aos poucos a trilha foi estreitando, transformando-se em um single-track arretado. Em determinado ponto vão surgindo pedras no caminho e o terreno apresenta muitas erosões, indicando a hora de descer da bicicleta. Andamos uns vinte metros e encontramos um enorme penhasco (600 m) e do outro lado uma formação rochosa que mais parece um trampolim. O local é mágico, exige cuidado e permite uma visão exuberante das cidades lá embaixo, inclusive da Barragem Santa Cruz, no Vale do Apodi. O melhor de tudo é que fica a menos de 6 Km da cidade.
Voltamos ao hotel, almoçamos à borda da piscina e o resto do dia foi somente alegria.
Nossa última noite em Portalegre também foi gastronômica. Após uma intensa pesquisa na Internet e uma discussão acalorada optamos por visitar a seresta do “Almeidão”, um bar localizado na praça principal da cidade, com música ao vivo e churrasco no quilo, com direito a uma balança digital para pesar a carne na frente do cliente. Deixa “Sal e Brasa” e “Fogo e Chama” no chinelo. Visitando Portalegre não esqueça de agendar o serestão, lembrando, entretanto, que ocorre somente duas vezes por mês.
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No dia seguinte deixamos a cidade, aproveitando para conhecer a Cachoeira do Pinga, logo na descida. Depois fizemos uma rápida visita a Martins, conhecendo o Mirante do Canto e desfrutando da paisagem da subida e descida da serra.
Chegamos em casa no final da tarde e apesar de cansados da viagem tivemos a opinião unânime de que valeu à pena pedalar na serra de Portalegre.
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Dicas de Hospedagem nesse Roteiro

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Cicloturismo: a vida em duas rodas

Por Tânio Cintra Oliveira
Passei dias pensando qual passeio meu foi o melhor , lembrei do dia em que fiz o Audax Franca-SP via Ribeirao Preto 200km. Foi incrível mais de 100 ciclistas com o mesmo objetivo , cada pedala uma amizade nova . Mas também não podia esquecer a vez que fiz Franca via Ribeirão Corrente 70km , tinha uma fazenda gigante com uma enorme plantação de milho que foi colhida aquela semana , chegando próximo à fazenda tive o prazer de te a companhia de 5 gaviões , eles não se importavam com a minha presença e começaram a voar junto comigo no mesmo ritmo das minhas pedalas INCRIVEL.

A vida em duas rodas
Cicloturismo: a vida em duas rodas
Cicloturismo: a vida em duas rodas
Cicloturismo: a vida em duas rodas
Cicloturismo: a vida em duas rodas
Audax
Cicloturismo: a vida em duas rodas
Cicloturismo: a vida em duas rodas
Então percebi que ate meus roles de ida e volta para o serviço eram incríveis, sempre reparava um lugar que de carro passava despercebido. Em cima da bike eu olho o mundo com outros olhos , com liberdade , prazer , força , garra , determinação e muito prazer . Enfim todos os rolés são incomparáveis
Acima eu deixei  um vídeo e algumas fotos. Caso gostem visitem meu canal no youtube, sempre que posso filmo os passeios. Obrigado boa sorte a todos nós!
Tânio Cintra Oliveira .