Dica: usando o espelho retrovisor no cicloturismo

Usar ou não usar espelho retrovisor no cicloturismo? Essa é uma pergunta que muitos viajantes de bicicleta já devem ter feito em algum momento. Desde a minha última cicloviagem pela Estrada Real já pensava em escrever esse post, pois foi a primeira vez que viajei utilizando um espelho retrovisor.

Como o espelho retrovisor é um equipamento obrigatório para a bicicleta, poderíamos pensar que esse não seria um ponto a ser discutido. Mas em conversas com outros amigos ciclistas, percebo que o uso do espelho retrovisor ainda é visto com resistência por alguns deles.

Veja também nosso Post-Guia sobre espelho retrovisor para bike

Então, ao invés de dizer que devemos usar o espelho retrovisor no cicloturismo por se tratar de um equipamento obrigatório, vou descrever algumas situações em que ele me foi muito útil na cicloviagem:

  • Nas estradas de asfalto (muitas delas sem acostamento), o espelho retrovisor ajudou muito a controlar a aproximação dos carros. Nas retas podia ver os veículos se aproximando desde uma boa distância, e isso ajudava a me colocar na estrada de forma mais segura.
  • Ainda no asfalto. Nas descidas ou em momentos nos quais a bicicleta alcança boa velocidade, o barulho do vento é tão grande que nos atrapalha a perceber e escutar a aproximação de veículos. O vídeo abaixo nos dá uma ideia disso. Com o retrovisor na bike, podemos acompanhar com segurança a chegada e aproximação dos veículos quando as condições de audição são baixas.
  • Mesmo nas trilhas ou estradas de terra pouco movimentadas, o espelho teve a sua utilidade. Como viajei acompanhado, quando estava a frente de meu amigo, uma olhada no retrovisor me ajudava a perceber sua distância, sem que precisasse virar o rosto.
  • Nas cidades pelas quais passamos, vale o uso do espelho dentro do que estamos acostumados no meio urbano: observar os carros que se aproximam ou ultrapassam o ciclista, ver as situações de trânsito etc.

Ou seja, o uso do espelho retrovisor reduz muito a nossa necessidade de olhar para trás quando estamos pedalando, e deixa a cicloviagem bem mais tranquila. Mas essa tranquilidade não deve ser sinônimo de desatenção. É claro que olhadas eventuais são necessárias (o espelho pode dar uma ideia as vezes limitada do espaço).

A escolha do espelho retrovisor é algo importante. Depois de muito conversar com pessoas que já experimentaram diversos tipos, optei pelos modelos da Cateye (que você pode ver aqui), e estou bem satisfeito.

Veja também outras dicas para pedalar

Gosta de viajar de bicicleta? Veja nossos posts sobre cicloturismo

Especial Bicicletas – Bicicleta de Trial (Bike Trial)

Você já ouviu falar em Bike Trial? Trata-se de uma modalidade do ciclismo que consiste na transposição de obstáculos em um percurso – natural, construído artificialmente ou misto – de forma precisa e obtendo o menor número de erros possível. E a bicicleta de trial é o tema dessa edição do Especial Bicicletas.

Via Bikestuning2012.blogspot.com

 

Essa modalidade surgiu na Espanha, e obviamente necessitou de uma bicicleta especial, que hoje destacamos aqui no nosso Especial bicicletas. A bicicleta de trial deve ser extremamente resistente para aguentar os trancos e saltos de lugares altos. Além disso, seu quadro geralmente não possui bancos (ou tem um banco bem baixo, para uso urbano), pois o praticante passa a maior parte do tempo de pé controlando a magrela. O eixo do pedal também é mais alto que o das bicicletas comuns, para evitar que bata em obstáculos maiores.

Modelo Adamant, com selim

As bicicletas de trial podem ser encontradas com rodas tamanho 20″, 24″ ou 26″, todas bem reforçadas. Em competições são utilizados o menor (aro 20″) e o maior modelo (aro 26″), enquanto as bicicletas com aro 24″ são bastante utilizadas no chamado “street trials”, as manobras e “rolés” mais urbanos (essas geralmente com selim). Os pneus são largos, com cravos e calibrados com baixa pressão, para ficarem mais macios. Além disso, para melhorar o controle sobre a bike, que deve ser total, a bicicleta de trial possui guidom largo, design do quadro diferenciado (tubo inferior bem alto), uma única marcha (com a coroa e a catraca bem pequenas!) e freios bem precisos.

Abaixo um belo vídeo com a demonstração do bike trial, onde você pode ver bicicletas de diferentes tamanhos em ação. Qualquer semelhança com o brinquedo clássico dos anos 80 “Pogobol” não é mera coincidência (rs).

Haja habilidade!

 

Clique aqui para conhecer o Especial Bicicletas.

Veja todos as bikes do Especial Bicicletas.

Bici Clique: que mistura!

Uma coisa que me impressiona quando fotografo as bicicletas é a criatividade dos seus donos. Vejam só essa bicicleta que eu cliquei em Arraial D’ajuda (BA): o quadro é dos modelos do tipo “barra circular” da Monark ou “barra forte” da Caloi; pedais de ferro, rodas com aro de parede dupla, freio v-brake azul e guidom curvo e alto, no melhor estilo das bikes praianas! Que mistura!

Veja todas as fotos da seção Bici Clique

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Na seção Bici Clique publicamos fotos exclusivas tiradas pelo autor do blog, seus colaboradores e leitores. Quer ver sua foto aqui? É só enviar um email paracontato@ateondedeuprairdebicicleta.com.br com o assunto “Bici Clique”. Não esqueça de mandar uma legenda para as fotos, explicando como e onde ela foi tirada.

Capacete invisível para ciclistas

Esse aí é o sonho de muitos ciclistas. A notícia já havia circulado antes pela internet. No ano de 2005, duas estudantes de design criaram esse capacete invisível para ciclistas, como parte de um trabalho de conclusão de curso em uma universidade na Suécia. Depois de 6 anos, busca por parceiros e investimento e alguns prêmios pela ótima ideia, o Hovding Invisible Helmet começou a ser comercializado no ano passado. O capacete fica guardado em um compartimento, que é acoplado na região cervical do ciclista, como se fosse uma gola de roupa ou um colar. Quando ocorre um impacto um dispositivo é disparado, e o capacete se abre envolvendo a cabeça do ciclista como se fosse um air bag!

Vejam no vídeo abaixo!

[vimeo 43038579]

 

Além de ser uma ideia fantástica, esse capacete pode conquistar muitos que não utilizam o equipamento por motivos estéticos (e acreditem, são muitas pessoas). Eu já me acostumei com os capacetes “normais”, mas confesso que fiquei curioso pra usar esse aí.

E vocês, trocariam o capacete tradicional pelo invisível?

 

Bici Clique: bicicletas em Trancoso (BA)

 

Foto: Cecília Estella

Bicicletas clicadas próximas ao Quadrado,  em Trancoso (BA), no fim da tarde. Detalhe para as cestas de palha, que chamaram atenção da Ciça, e para beleza da paisagem, no segundo clique.

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Cicloturismo em Ilhéus – Pedalando pelas praias do litoral sul

Mais um post sobre nosso bike tour em Ilhéus (BA). Era hora de pedalar à beira mar! Como só tinha um dia para pedalar, escolhi após conversar com algumas pessoas seguir rumo ao litoral sul (sentido Ilhéus – Olivença). O caminho é muito bonito, plano e bem sinalizado.

Logo após a passagem da ponte, chegando ao bairro do Pontal, já estamos beirando as praias de Maramata, da Concha e Me Ache (que nome interessante!). São praias bonitas porém mais urbanas, não muito usadas para banho. Nas praias de Maramata e da Concha ficam muitos barcos de pesca.

Noa bairro do Pontal, em Ilhéus
Barco na praia de Maramata
Praia Me Ache.

Depois de um breve trecho por dentro do bairro, chegamos ao aeroporto da cidade, e  a partir daí já estamos na estrada que vai pra Olivença. A estrada segue pela beira mar, não tem erro. À medida que vamos nos afastando da cidade as praias vão ficando mais bonitas. Passei pelas praias de Milionários e Cururupe, todas elas estavam vazias (era uma “segunda-feira braba”) e tinham estrutura de barracas (vale com certeza uma parada para almoço ou uma cervejinha)

A praia dos Milionários tem uma faixa extensa de areia, tinha o mar um pouco agitado no dia, e a cor da água de um verde ligeiramente escuro. Já a temperatura das águas das praias do Nordeste (um pouco mais quentes que o restante do litoral brasileiro) dispensam comentários! Parei em uma barraca à beira mar pra descansar um pouco, beber algo e tomar um banho. Apesar de estarmos no inverno, estava um calor de matar!

Sol forte na praia dos Milionários…
…com uma extensa faixa de areia e um belo visual!

Segui meu pedal pela praia, e as placas da estrada já mostravam que me afastava de Ilhéus no sentido Olivença. Logo após uma leve subida e descida, chegava a entrada da bela Praia do Cururupe; Era daquelas praias em que o rio (Cururupe) fica bem próximo ao mar. A praia estava ligeiramente mais movimentada que a dos Milionários, com pessoas no rio, no mar e até um praticante de kite surf.

Saindo da cidade: subida leve (e depois descida) até a entrada da Praia do Cururupe
Rio e mar (ao fundo) bem próximos na bela praia do Cururupe
Fim do pedal na Praia de Cururupe

Infelizmente tinha que terminar minha jornada de ida pelas praias mas fechava com chave de ouro! Foram +- 15km da ida, e ainda teria o mesmo percurso de volta para o centro histórico para terminar o passeio. Fica sempre aquele vontade de ter um pouco mais de tempo para conhecer outros lugares, mas tudo bem! No início do posts tem um vídeo que editei com algumas imagens do passeio pelas praias.

Veja também outros posts sobre esse bike tour:

Cicloturismo em Ilhéus (BA) – conseguindo uma bicicleta na cidade

Cicloturismo em Ilhéus (BA) – pedalando pelo centro histórico