No próximo domingo, dia 27 de setembro, começa a Brasil Cycle Fair 2015, a maior feira do segmento de bicicletas da América Latina.
A feira que acontece em São Paulo no Expo Center Norte tem como principal foco aproximar e gerar oportunidades para os diversos setores do mercado de bicicletas: produtores, indústria, lojistas, fornecedores e consumidores.
A Brasil Cycle Fair 2015 é uma feira para todos os tipos de ciclistas. Isso porque já estão confirmados 94 expositores (até o momento), segundo seu site oficial.
Brasil Cycle Fair terá novidades para todos os tipos de ciclistas. Foto: Roberto Furtado/Brasil Cycle Fair
Se você curte o ciclismo esportivo, o mountain bike, cicloturismo, bmx, ciclismo urbano ou qualquer outra vertente do mundo das bikes, acredite: ela estará representada na feira.
E outra grande novidade é que no dia 30 de setembro a feira estará aberta ao público final. Uma ótima oportunidade para os amantes das bicicletas conhecerem as maiores novidades do mercado de bicicletas, todas reunidas em um só lugar. Os estandes que farão vendas estarão indicados com o símbolo de um carrinho de compras no guia da feira.
E com tanta gente do mundo da bike junta, eu não poderia ficar de fora.
O Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta é apoiador de mídia da Brasil Cycle Fair 2015! Isso quer dizer que você poderá acompanhar tudo sobre a Brasil Cycle Fair aqui no blog e na nossa página do Facebook.
Além disso, estarei na Brasil Cycle Fair 2015 registrando tudo e trazendo aqui no blog pra vocês.
Se você vai a Brasil Cycle Fair 2015, nos encontramos por lá! E se não for, fique ligado aqui no Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta pra acompanhar tudo.
Serviço:
Brasil Cycle Fair 2015
Data: 27 a 30 de setembro
Horário: 10h às 20h
Local: Expo Center Norte (Pavilhão Vermelho)
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme www.brasilcyclefair.com.br
Por Jessie Heleno Chimachi Grupo: Loucos por Terra | Rio Claro-SP | Leme-SP | Santos-SP
CICLOVIAGEM NAVEGANTES-SC A GRAMADO-RS
O interesse por esta cicloviagem teve início em 2013, quando adquiri o guia “BluGrama” da editora Kalapalo – autor Guilherme Cavallari.
A leitura completa deste guia, aliada a meu conhecimento da região Sul, me ajudou a dar início ao planejamento: cidades pelas quais passaria, distâncias e altimetria de cada percurso, até mesmo porque tinha o objetivo de aproveitar a oportunidade para descer a Serra do Corvo Branco e subir a Serra do Rio do Rastro, ambas em Santa Catarina, colocando um pouco mais de aventura no roteiro. Toda a informação foi para a planilha.
Apesar de ter cada dia muito bem definido, na prática foi outra situação, houve alteração de planejamento e eu acabei concentrando os trajetos do 4º e 5º dias em um só, antecipando assim minha viagem e cheguei a Gramado no sábado, dia 15.
Agosto foi o mês escolhido, por ser final de inverno, apresentar temperatura amena e menor incidência de chuva em comparação a outras épocas do ano, favorecendo assim a condição das estradas e reduzindo o desgaste físico (pelo menos na teoria!). Porém, na realidade me deparei com temperatura média oscilando entre 25°C e 30°C.
Com todas as informações organizadas, planejei minhas férias do trabalho e fiz a aquisição das passagens aéreas (Campinas – Navegantes / Porto Alegre – Campinas), visto que minha aventura terminaria em Gramado e de lá desceria de ônibus para Porto Alegre para na sequência voltar para Campinas. Além das passagens, também fiz os contatos e reservas nas pousadas, algumas delas indicadas pelo guia.
Comecei então a pensar no que levar para esta, que seria minha maior cicloviagem e ainda por cima, sozinho. Eis a dúvida: alforje ou mochila? Bagageiro e alforge iriam diminuir a agilidade da bicicleta, teria carga sobre “a magrela”, por outro lado, mochila nas costas poderia ser desconfortável e não caberia tudo o que eu precisava levar. Mas o que levar? Foi aí que fiz um check list e em seguida, testei se todos os itens caberiam na mochila de 22L Couberam! Optei pela mochila. Além desta também levei uma pochete onde deixo a carteira, jogo ferramentas, canivete e uma câmara de ar (fácil acesso).
Tudo decidido e organizado, inclusive o trajeto que ficou assim: Navegantes | Blumenau | Apiuna | Ibirama | Rio do Sul | Aurora | Ituporanga | Petrolândia | Rio Rufino | Urubici | Serra do Corvo Branco | Guatá | Serra do Rio do Rastro | Bom Jardim da Serra | Cânion Monte Negro | São José dos Ausentes | Cambara do Sul | São Francisco de Paula | Gramado.
Conforme planejado, sexta feira, 07 de agosto foi o dia da pedalada inicial. Voei de Campinas a Navegantes-SC e de lá fui direto para a agência dos Correios, despachar minha mala bike para Porto Alegre (não precisava ficar carregando este peso). Mala bike postada, bike montada, vamos pedalar!
Embora só fosse descobrir no final do pedal, foi aí que tive meu primeiro imprevisto, a mala bike não chegou, conforme esperado, pois os Correios de Porto Alegre alegaram estar com problemas no leitor ótico das encomendas. Toda conferência e digitação estavam sendo feitas de forma manual, assim sendo, para que eu pudesse embalar a bicicleta e transportá-la no voo de volta pra casa, passei em uma bike shop, peguei uma caixa de papelão, e resolvi assim o problema. (a mala bike chegou com 5 dias de atraso). Esta foi uma situação pontual, mas devemos levar em consideração no planejamento de uma próxima viagem, tendo sempre um plano B para momentos como este.
Foto: Acervo pessoal Jessie Chimachi
Apesar de toda a organização, com planejamento para 10 dias de pedaladas, acabei concluindo o cronograma em 9 dias (percurso total de 747 km e altimetria acumulada de 13.219 m) sendo o trecho de Aurora-SC ao Cânion Monte Negro-RS a parte mais difícil, porém, com paisagens únicas e momentos inusitados, como esse encontro com a Maria-Fumaça, na região de Apiúna.
Percorri todo o caminho sem problemas mecânicos e nenhum pneu furado, 90% do traçado foi por estradas de terra, passando por fazendas e diversas comunidades, sendo que as que mais me impressionaram foram:
Parque Nacional da Serra do Itajaí (criado em 2004)
Possui inúmeras nascentes e rios de águas cristalinas. Antes da criação do Parque, existia uma comunidade chamada Faxinal do Beppe. Após a retirada e indenização das famílias locais, todas as casas ficaram abandonadas e o pedal neste dia foi muito solitário, passando a sensação de uma “cidade fantasma”.
Foto: acervo pessoal Jessie Chimachi
Serra do Corvo Branco
A lendária estrada, que foi a ligação entre o litoral e a serra, une diretamente Urubici a Grão Pará. Apesar de ela ter trechos interditados para obras, continua em atividade. Seu ponto de início se assemelha a uma verdadeira “garganta”, já que a serra começa no meio de dois paredões de pedra com mais de 90m de altura e fica a 27 km do centro de Urubici. No caso de chuva, a aventura fica ainda mais perigosa, pois devido às obras, todo o terreno está mexido, proporcionando doses extras de emoções aos mais aventureiros.
Foto: acervo pessoal Jessie Chimachi
Serra do Rio do Rastro
de Lauro Muller (Guatá) a Bom Jardim da Serra. É um dos cartões postais do estado de Santa Catarina com mais de 1.421 m de altitude, caracterizada por subida íngreme e curvas fechadas. Em 2012 foi eleita uma das estradas mais espetaculares do mundo, por um site espanhol.
Foto: Acervo Pessoal Jessie Chimachi
Cânion Monte Negro
Região que pertence ao município de São José dos Ausentes-RS e dista 43 km do centro da pequena cidade, o único acesso é pela estrada da Silveira. É o ponto mais alto do estado do Rio Grande do Sul, a 1.403 m do nível do mar. É possível chegar de carro, moto, pedalando, a cavalo até próximo ao Pico, o que facilita a caminhada nas bordas do cânion permitindo uma vista deslumbrante de toda a região montanhosa.
Foto: Acervo Pessoal Jessie Chimachi
Passo do S
Localizado a 38 km do centro de Cambará do Sul, já no município de Jaquirana. A estrada corta o rio Tainha (sem ponte) sobre um lajeado de rochas de 80m de extensão. Quando o rio esta em seu nível normal é possível atravessa-lo de bicicleta (desmontado), porém com muita cautela e observando o sinalizador.
Foto: Acervo Pessoal Jessie Chimachi
Destaco que para qualquer cicloviagem NUNCA se deve usar apenas uma fonte de informação. Nem todos os tracks que estão disponíveis na internet estão isentos de erros ou falhas. O guia foi de suma importância, pois as informações ali contidas eram confiáveis e sempre fornecia referências, às quais me apoiava em momentos de dúvida. Era só conversar com os moradores locais, mencionando tais pontos, que a conversa e as informações fluíam. Apesar da tecnologia, o guia foi o material de consulta mais relevante nesta cicloviagem, por trazer informações como: mapas, planilhas de orientação, distâncias, altimetrias, dificuldades físicas e técnicas, hospedagens entre outras.
Esse foi o maior desafio que enfrentei de bike até hoje, tanto pela distância e altimetria acumulada, como pelo fato de estar sozinho e consequentemente sem nenhum apoio em caso de emergência. Porém, foi também uma experiência única e me serviu como momento de reflexão e autoconhecimento.
Os aventureiros que desejarem fazer este trajeto e necessitarem de informações podem me contatar via Facebook e ou email: jchimachi@gmail.com
Equipamentos utilizados:
• Bike: Trek Superfly 29″ Full Suspension AL 100 – ano 2012 – 30v
• Mala-bike: flexível de fabricação própria
• GPS: Garmim EDGE 800
• Guia BluGrama – Editora Kalapalo
• Mochila 22 L com capa de chuva
• Pochete
Dicas de Hospedagem nesse Roteiro
Você pode reservar hotéis, pousadas, hostels e até casas de hóspedes através do Booking.com. Assim terá muitas opções para comparar e escolher a que vai te atender da melhor forma.
Fazer quatro mineiros “despencarem” 2560 km (ida e volta) até Timbó/SC para pedalar 300 km, só com muito incentivo e uma vontade danada de uma merecida aventura. E valeu!!!
O Circuito Vale Europeu de Cicloturismo é muito bem divulgado entre os praticantes dessa modalidade e mantém uma estrutura de apoio bastante eficiente. Busque na internet o site www.circuitovaleeuropeu.com.br e conheça em detalhes cada trecho da viagem.
Ficamos no Timbó Park Hotel, chegamos com muita chuva que “molhou” um pouco o nosso ânimo. Depois de 1280 km, não havia outra opção, iríamos pedalar com chuva (até de canivete), lama, o que viesse pela frente. No hotel tivemos duas experiências bastante diferentes, primeira com a recepcionista, muito extrovertida, deu uma risadinha ao saber que faríamos o circuito, e comentou: “… a última ciclista que chegou aqui sentou para chorar”, a outra foi com o rapaz que nos atendeu no bar da piscina, o Ricco, “garanto que para vocês vai ser fácil, as estradas aqui são de macadame e não tem lama!” Para mineiro, acostumado com montanhas, as subidas não assustariam.
Primeiro dia, 18/01/2010
Amanheceu com sol! Saímos pelas 9:00 hs da manhã, depois de um bom café da manhã, de arrumar as bicicletas, mochilas, bagageiros, e todos apetrechos para uma viagem sem apoio de seis dias (planejados), sem contar com a passada na loja de conveniências do posto para abastecimento do gelo e da água. Seguindo o roteiro fomos até Pomerode, passando por Rio dos Cedros, e pela rota Enxaimel. Em Cedro Alto, paramos para um refrigerante e água de côco (de caixinha mesmo) em uma localidade bem típica do interior de SC, uma igreja católica (dos descendentes de italianos) e outra Luterana (dos alemães), e a atendente da mercearia alertou: “morro mesmo vocês irão ver daqui para frente”, e fomos nós enfrentar a subida do rio Ada. Ao chegar no destino do dia, tivemos sorte, chegamos durante as festividades da Festa Pomerana. A Pousada Blauberg é muito boa, confortável, tem ar condicionado, e a dona é muito gentil e atenciosa. Ao final da tarde tomamos muito chope e aproveitamos a festa da cidade.
Segundo dia, 19/01/2010
Muito sol e calor, fomos para Rodeio, neste dia cortamos o roteiro original em um dia. Passamos por Indaial, onde paramos para almoçar e fugir do sol (para lá dos 30º) e tomamos a melhor água tônica do Brasil. Depois de um descanso partimos para Rodeio, trecho tranquilo e plano. Passamos pela ponte pênsil do Warnow, muito interessante! Em Rodeio ficamos no Hotel Villa Paradiso (fui informado que fechou), com direito a cachoeira e piscina aquecida e coberta. À noite fomos jantar no Vale das Trutas, no restaurante do Sr. Cordeiro, tirando a mordida que levei de sua cachorrinha poodle (estava com cria nova, irritadíssima), comemos um rodízio de trutas que é simplesmente irretocável, o melhor peixe que já comi em minha vida, vários temperos, vários pratos, com destaque para a truta com amêndoas. Hummmm !!!!!!! Sensacional!.
Terceiro dia, 20/01/2010
Este é o dia, de cara 8 km de subida. Lá fomos e devagar se vai ao longe e ao alto. Passamos pela região que foi devastada pelas chuvas de novembro de 2008, e quando procuramos pelo laticínio que era referenciado no roteiro encontramos com dona Cida que nos contou toda a tragédia da família que tinha o laticínio, e tudo (casa, curral, animais, a venda, os equipamentos e quase toda a família) ficou soterrado pelo desmoronamento da encosta atrás do local. Triste notícia, e depois ficamos sabendo que o casal era um grande incentivador do circuito, era novo e tinha um grande espírito de empreendedorismo. Passamos pela igreja toda construída em estilo enxaimel. Chegamos a Dr. Pedrinho, ficamos no Hotel Negerbon da dona Hilda, muita simpatia, um jantar caseiro para matar a fome de quatro bois esfomeados, roupa lavada e seca, e lanchinho para o dia seguinte.
Quarto dia, 21/01/2010
Depois do café da manhã e do preparo do lanche do dia, além do preparo psicológico para enfrentar aquele dia chuvoso, pegamos o caminho para Alto dos Cedros. Este dia passamos pelos locais mais isolados de todo o circuito. Em certas partes há poucas fazendas e casas, e ninguém para perguntar qualquer coisa! Trecho muito interessante, mas com aquela impressão que a subidinha não vai acabar nunca, e alguns trechos técnicos com pedras soltas, atravessamos dois ribeirões e no final do percurso a estrada encontra a represa, trazendo um novo e belo visual, e chegamos sem encontrar uma viva alma, dia chuvoso, de meio de semana, ninguém por essas bandas. Tínhamos que achar onde iríamos ficar, a pousada da família Duwe, e ao passarmos pela represa encontramos o Sr. Raulino e depois da travessia de barco até a sua pousada pudemos descansar e jantar esplendidamente bem. Lugar pitoresco e sossegado, antes de escurecer o dia já estávamos na cama, depois de todas as cervejas disponíveis na geladeira, é claro!
Quinto dia, 22/01/2010
De manhã parecia que o tempo iria melhorar, mas foi só um suspiro de esperança, logo o dia voltou a ficar chuvoso. Tocamos para Palmeiras, e resolvemos seguir para Timbó. Boa pedalada no dia, e haja pernas para subir na localidade do Rio Cunha. Chegamos no mesmo hotel do primeiro dia e após uma boa noite de sono voltamos para BH. Chuva e muita chuva, e fomos abençoados, fizemos todo o caminho de volta sem nenhuma interrupção ou engarrafamento, porém ao chegarmos as notícias eram de interrupção na Regis Bittencourt, Fernão Dias e Dutra. Em São Paulo o “mundo desabou”.
[Nota do blog:] se você vai pedalar pelo Circuito de Cicloturismo Vale Europeu, pode consultar campings, pousadas e hoteis nos links abaixo:
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Desafio das Pontes – Da Cachoeira do Itiquira à Chapada dos Veadeiros-Go. – 250 km no estilo Pedaguas de Ser!
Realizei essa cicloviagem em companhia grupo de Mountain Bike de Águas Claras – “Pedaguas”, em Abril de 2014.
Resumo:
Conhecido como “Caminho das Pontes”, o ponto zero fica na direção de Formosa. Para evitar o trecho urbano, partimos do trevo do Itiquira, a 130 km de Brasília. Depois, seguimos pelo Vale do Paranã. O trajeto por estrada de chão até Alto Paraíso é de aproximadamente 250 km, e foram percorridos em dois dias, sendo que os últimos 30 km apresentam muitas subidas. Pernoitamos no pequeno Povoado do Forte. Sem estrutura para hospedagem, muitos de nos ficamos acampados em barracas no quintal de uma moradora, no entanto, tratados como reis, comida de primeira e roupas de cama limpas. Em Alto Paraíso ficamos hospedados na Fazenda Volta da Serra – Pouso e Camping, próximo ao Povoado de São Jorge. Lugar de beleza ímpar, com direito a trilhas a pé, banhos de cachoeira, fogueira e roda de poesia, sob o luar da chapada. Os anfitriões nos deixaram muito à vontade.
Nível de dificuldade:
Muito difícil. É um caminho mais longo, com altimetria variada, principalmente na subida dos últimos 30 km, na Serra das Laranjeiras. As belas paisagens apreciadas ao longo do percurso estão entre os pontos altos dessa jornada ciclística, além do contraste entre a solidão de pedalar por horas na estrada com o acolhimento das pessoas que se conhece ao longo do caminho.
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A história com a bicicleta dura cinco anos e 26.000 quilômetros. Começou quando recebemos em nossa casa um casal que vinha da Patagônia e ia em direção ao Caribe. Nos dias que passaram conosco foram nos contando suas aventuras inspiradoras e decidimos comprar bicicletas .
No começo pedalamos aqui pela Ilha, progredindo nas distâncias e no preparo físico. No dia em que decidimos fazer a primeira viagem parecíamos crianças que provam algo totalmente novo. Sair pela primeira vez com os alforges – super carregados – em direção à Serra foi realmente desafiador e emocionante pelo carinho que recebemos das pessoas que encontrávamos no caminho.
A primeira viagem foi de 350 km, Florianópolis a Nova Trento via São Pedro de Alcântara, a segunda foi de 400km para a Serra do Corvo Branco. Depois fizemos uma viagem no Norte da Argentina em que tivemos problemas com a altitude. Nossa primeira grande experiência foi o Caminho de Santiago de Compostela, seguindo até Lisboa, em um trecho total de 1500km. Vencendo essa barreira, sentimos que não havia mais limites para nós, pois ficávamos mais fortes durante a viagem, conforme avançávamos nas distâncias.
Saímos então da nossa casa, em Florianópolis até Montevideu, também 1500km. Depois fizemos uma viagem pela Alemanha, em que enfrentamos uma enchente histórica, mas cumprimos todo o pedal.
A última viagem foi pelos Alpes da Suiça e Austria, 70% de montanhas, cinco passos e muita aventura, sendo que a mais marcante foi o dia em que me perdi do meu marido e ficamos desencontrados durante seis horas, sem celular, sendo que ele não fala alemão nem inglês.
Nessas andanças aprendemos muito, aprendemos que comida, água, repouso na hora certa são fundamentais. Aprendemos que temos mais força do que imaginamos. Indo devagar, vendo quadro a quadro as paisagens, sentindo cheiros, provando frutas e comidas novas, percebemos que um mundo infinito de sensação fica mais evidente quando estamos expostos à natureza andando de bicicleta.
Lembro de um caso que nos aconteceu na Alemanha, que eu nunca contei de pura envergonha, apesar de não me arrepender nem um pouco: andávamos há dias em condições difíceis e não tínhamos reservas em hoteis, íamos cada dia procurando alojamento. Estava escuro já e chegamos a uma pequena cidade, havia um quarto em uma pensão e duas pessoas esperando, quer dizer, chegaram antes de nós, eu me aproveitei do fato de saber falar alemão e da dona da pensão ter simpatizado muito comigo e trapaceei, fiquei com o quarto e deixei os outros ciclistas ao relento. Eu sei que é difícil explicar, mas as pessoas são todas boas desde que estejam alimentadas, em segurança, aquecidas. Tire delas o básico e resta somente a lei da sobrevivência.
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Escolher a bicicleta infantil ideal para os filhos não é uma tarefa muito fácil. São diversos modelos no mercado, com temas de desenhos diferentes e também a qualidade do material, que pode variar bastante.
Pensando nisso, resolvi dar uma força aos leitores do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta que estão buscando uma bicicleta infantil para os filhos/sobrinhos/netos etc. Separei 5 dicas importantes para você não errar na escolha da bicicleta infantil. Vamos a elas!
A bicicleta infantil ideal: 5 dicas para não errar na escolha
Dica 1 – Veja qual o tamanho ideal da bicicleta infantil para a criança
Ao invés de pensar qual tamanho de bicicleta é indicado para a idade da criança, devemos pensar na sua altura e peso. Veja na tabela abaixo qual o tamanho de bicicleta infantil ideal, de acordo com o tamanho de peso da criança.
Bicicleta aro 12
Altura máxima indicada: 90-100cm
Peso máximo indicado: 21kg
Bicicleta aro 14
Altura máxima indicada: 95-110cm
Peso máximo indicado: 25kg
Bicicleta aro 16
Bicicleta infantil aro 16
Bicicleta infantil aro 16
Altura máxima indicada: 110-120cm
Peso máximo indicado: 30kg
Dica 2 – Crianças crescem rápido: encontre o melhor custo-benefício para a bicicleta infantil
Como as crianças crescem rapidamente, você deve pensar bem na escolha do tamanho da bicicleta, na qualidade dos seus materiais, e é claro, no preço que pagará por ela. Comprar uma bike muito grande para a criança pode frustrá-la pela dificuldade de andar e de manuseá-la. Da mesma forma, quando a bicicleta fica muito pequena para a criança, ela fica desconfortável e difícil de andar.
Tente escolher uma bicicleta que a criança vá aproveitar por mais tempo, mas lembre-se: a bicicleta infantil vai ficar menos tempo com a criança. Os próprios fabricantes, sabendo disso, costumam colocar muitos materiais mais baratos (como o plástico) em muitas peças da bicicleta. Isso pode deixar alguns modelos mais frágeis, comparados com outros.
Pense nisso na hora de balancear a qualidade dos materiais e o preço de bike. O que nos leva diretamente à nossa próxima dica.
Dica 3 – Cuidado com os heróis, princesas e personagens de desenho animado
O uso de personagens de desenhos animados, heróis e princesas e príncipes é um artifício comercial usado para despertar nas crianças o interesse pelo produto. Nesse caso, o interesse pode vir primeiro pelo personagem do que efetivamente pela bicicleta. Imagine uma bicicleta infantil de melhor preço e qualidade de materiais, só que com um tema ou personagens desconhecidos. Imagine que essa bicicleta vai concorrer com a bicicleta do homem-aranha, da Barbie e outros personagens. O que fazer nessa situação?
É hora de entrar em ação os “superpais”, pois muitas vezes, convencer a criança a levar outro modelo pode ser uma tarefa difícil. Mais uma vez, pense na qualidade e preço da bicicleta, para decidir se vale a pena optar por um modelo ligado a personagens famosos.
Dica 4 – A segurança da criança em primeiro lugar
Selo do INMETRO para bicicletas infantis
Evite modelos de procedência duvidosa. A maioria das bicicletas infantis possui itens de segurança e são certificadas pelo INMETRO. Procure pelo selo da foto acima. Se ainda tiver dúvidas, acesse a normativa do INMETRO para as bicicletas infantis clicando aqui.
Certifique-se também sobre a garantia do produto: A maioria das bicicletas infantis possui garantia de 3 meses apenas.
Dica 5 – Onde comprar bicicleta infantil
A oferta de diversos modelos de bicicletas infantis é grande na internet, através dos sites das lojas de departamentos mais conhecidas e confiáveis. Nos links abaixo, você poderá pesquisar os preços atualizados no mercado:
Muitos leitores sugeriram nos comentários que falássemos também sobre as bicicletas de equilíbrio, ou balance bikes. Atendemos o pedido e fizemos um Post Guia sobre bicicleta de equilíbrio, que você pode ler clicando no link.
Espero que esse artigo tenha lhe ajudado a escolher a bicicleta infantil ideal. Se tiver dúvidas, perguntas e sugestões é só deixar aqui nos comentários. Se você achou esse post útil, compartilhe com os amigos!