Cicloturismo em Guararema (SP)

Por Gabriel Hansen

Guararema é uma cidade do interior de São Paulo, cortada pelo rio Paraíba do Sul e conhecida pela sua produção de orquídeas. Depois de ver o relato do Antigão em seu blog (pneunaestrada.blogspot.com), resolvi aproveitar o domingo para fazer esta pequena cicloviagem, partindo da estação Estudantes da CPTM.

Acordei cedo, às 5:30h mas só saí da cama umas 6. Já havia deixado tudo pronto na véspera, então foi basicamente levantar, tomar café e partir. 2h depois chego na estação Estudantes, onde um grupo de ciclistas se juntava para fazer o mesmo trajeto. Como eles ainda esperavam muita gente chegar e eu queria aproveitar a brisa fresca para pegar a estrada, decidi continuar em voo solo.

O caminho, de aproximadamente 22km, é muito gostoso de ser feito. Na ida as descidas predominam, inclusive uma serrinha gostosa de descer. Enquanto descia, pensava: “Ai, ai, isso me espera na volta”. Paisagens interioranas, hortas e o melhor: cheiro de mato.

Foto: acervo pessoal Gabriel Hansen
Foto: acervo pessoal Gabriel Hansen

Chego em Guararema após 1:30h de pedalada. Clima agradável, cidade limpa, organizada. Um prazer pedalar por suas ruas. O rio Paraíba do Sul é muito bonito e o parque que a cidade construiu sobre ele, com pontes e ilhas, só contribui para o encanto.

Eles estão a todo vapor preparando a cidade para o Natal, e sugiro aos carnavalescos que adoram depenar pavões, venham conhecer Guararema: eles usam garrafas pet com tamanha criatividade que só chegando muito perto para perceber que se trata de material reciclado. O resultado é impressionante.

A maioria das linhas férreas e estações do país viraram ruínas. Em algum momento inventaram que o transporte por caminhões era o futuro, e hoje pagamos mais caro por tudo também por causa do custo do transporte por caminhões. A estação ferroviária de Guararema está muito preservada. Fico feliz em ver o respeito à história. Há uma bela locomotiva de bitola larga à vapor da Central do Brasil. Me recuso a chamar aquela belezura imponente de maria fumaça!

Depois de um lanche, gatorade e sorvete, começo a “operação subida” pra Mogi. Quando chego no trevo, vejo o grupo que havia encontrado na estação, chegando só naquela hora… demoraram pra sair, eu ia ficar louco!

A volta foi uma delícia, venci a serrinha com algumas paradas para descanso, mas sem sofrimento. A minha experiência no Caminho do Sol me preparou bastante, principalmente no gerenciamento de minha energia. Sem pane seca, sem cãibra, sem exaustão. Claro que o clima ameno ajudou, mas a pedalada disciplinada fez toda a diferença. Tanto que ainda tive fôlego para pedalar na ciclofaixa quando cheguei em São Paulo!

No final, um domingo agradável e mais uma cidade na lista das pedaladas. Que venham outras cicloviagens!

Domingo, 23 de novembro de 2014
Km pedalados: 54km
Custos: R$ 6 em metrô e trem R$ 14 em coxinha, picolé, gatorade e água
Baixas: nenhuma.

Visitem meu blog: bikedemia.blogspot.com

[Nota do blog:] se você vai pedalar por Guararema e quiser se hospedar pela cidade, pode consultar opções neste link

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Cicloturismo: Caminho de Santiago de Compostela de Bicicleta

Por Carla Cristina Magalhães

O ciclismo é para todos, até para mim. Hoje olho para trás e vejo o quanto fiz em tão pouco tempo: foram anos sem andar de bicicleta e, em pouco mais de 5 meses após meu retorno, fiz o caminho de Santiago de Compostela de bicicleta sozinha.

Eu sempre fui aquela menina nada atleta: odiava as aulas de Educação Física na escola, começava vários esportes e parava por não ter afinidade, me matriculava na academia e ficava meses sem aparecer. Nada me atraia muito, trocava qualquer atividade física por ficar deitada no sofá da sala vendo TV.

Um dia fiz um negócio e uma bicicletinha dobrável (daquelas de evento- nightbikers) usada veio como parte do pagamento. Olhei para ela, ela para mim, e resolvi dar uma volta na ciclofaixa de lazer no domingo, depois de muitas horas entediantes vendo TV. No começo foi bem desagradável, bicicleta de ferro e pesada, pneus pequenos, banco nada confortável; foram 4 ou 5Km muito suados. Na semana seguinte fui até a Avenida Paulista e foi como um grande momento para mim: uns 6Km desde a minha casa, andar naquela avenida enorme e linda, com várias pessoas na ciclofaixa, foi como uma realização pessoal. Na semana seguinte fiz 10Km, na outra uns 20Km…

Meu marido vendo aquilo resolveu me presentear com uma bicicleta aro 26, uma Mountain Bike daquelas de segunda mão reformada que vende na bicicletaria da esquina. E aí conheci um grupinho de pessoas que andavam de bicicleta e fiz minha primeira trilha na semana seguinte. Fiquei sem palavras depois de pedalar 25Km de subidas e descidas, num dia quente, sem parar em faróis e tudo mais. Vi muita gente como eu, que começou a pedalar a pouco tempo e estava se empolgando como eu. Aí foram algumas outras trilhas, pequenas viagens de 40 a 50 Km, passeios noturnos com grupos… De repente me senti pronta para algo que nunca imaginei fazer: uma cicloviagem.

Desde o ano passado (2014) pus na cabeça que um dia faria o caminho de Santiago, mas não tenho tempo livre, pois são pouco mais de 3 semanas de caminhada no caminho que eu escolhi. Me faltava tempo, pois na correria do dia-a-dia, tirar 3 semanas de folga é muito luxo. Mas e se eu fosse de bicicleta? De bicicleta conseguiria fazer o mesmo trajeto em apenas 6 dias. Fiz uma simulação de preços e consegui passagens aéreas com um preço super em conta. Nem acreditei, seriam 12 dias de viagem ao todo, exatamente a quantidade de dias de folga que eu teria para tirar, ainda iria conhecer cidades e países novos.

O Caminho de Santiago de Compostela de Bicicleta

E lá fui eu: pouca bagagem e muita expectativa. Cheguei no Porto e fiquei encantada, Portugal é um país super agradável e bonito. Aluguei a bike com alforges e tudo mais, conheci alguns museus e lugares lindos no Porto e iniciei a viagem em 2 dias. Logo no primeiro dia encontro um monumento com a seguinte frase: “farto de dores com que o matavam, foi em viagens por esse mundo”. Frase esta de autor desconhecido atribuída a António Nobre, inscrita numa pedra, na Praia da Boa Hora em Leça. Foi como uma mensagem para mim, naquele momento me identifiquei com a frase, com a paisagem, com o caminho e me senti renovada e pronta.

Foram dias intensos, em geral com chuva, frio, em pleno inverno europeu, com ventos norte; subidas intermináveis, descidas perigosas, 2 pares de pastilhas de freio totalmente gastas, mas também teve dois dias de sol e clima agradável para compensar e pedaladas agradáveis a beira mar. Me senti uma peregrina de verdade, encontrei muita gente a pé no caminho, de todo o mundo, mas em todo o caminho eu era a única “bicicrina”, pelo menos não encontrei nenhum, apenas algumas marcas de pneu em duas ocasiões.

E no dia estimado, sob muita chuva e frio, ao anoitecer, eu chego em Santiago de Compostela. Estava escuro e eu muito molhada, apesar das capas de chuva e tudo mais, o vento intenso fez a água entrar pelos minúsculos buracos da jaqueta e costuras, então me contentei em ir direto para o hotel e tomar um banho quente de banheira por algumas horas até a água ficar fria. Dormi bem e acordei com vontade de continuar a jornada, mas ela já havia acabado. Deixei a bagagem no hotel e fui até a Catedral de Santiago com a bicicleta, numa manhã agradável e ensolarada. Chegar na praça do Obradoiro foi uma emoção incomparável, pegar a Compostela na mão, ver toda aquela grandiosidade e beleza, tantos peregrinos reunidos ali, de toda nacionalidade, de todas as classes sociais, todas idades, que chegaram a pé, de bicicleta, de cavalo…

Caminho de Santiago de Compostela de Bicicleta
Foto: acervo pessoal Carla Cristina Magalhães

Desde então a bicicleta não sai da minha vida: uso para ir e voltar do trabalho, para viagens, passeios… Já ganhei uma bike nova do maridão, que viu que estava na hora de um “upgrade” no equipamento. Já estou me preparando para o próximo pedal e pensando em voltar para fazer todo o caminho francês desde a SJPP. Para mim a felicidade veio a duas rodas e tenho certeza que a bike jamais vai sair da minha vida, porque é como se o vento no rosto que sinto todos os dias me fizesse ver o mundo com outros olhos!

[Nota do blog:] se você vai pedalar pelo Caminho da Santiago de Compostela, pode conferir uma lista de albergues e campings aqui

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Cicloturismo: aventura com uma bicicleta dobrável

Por Ariadne Dan’Chior

Há tempos eu pensava em conhecer o Parque Nacional Aparados da Serra. Mas sempre que tentava, não dava certo.

Porém, em dezembro do ano passado (2014), coloquei na cabeça que faria um ciclotur solo. Já havia viajado de bicicleta antes, mas sempre acompanhada. Como não tenho tempo para treinar e a vontade era realmente muito grande, lá fui eu preparar a minha aventura com uma bicicleta dobrável: a Caloi Bend. Não sem antes, lógico, ser advertida por todo mundo que seria perigoso, que a bike é pesada, que enfrentaria estrada de chão, etc.

Coloco que não fiz nenhuma modificação na magrela e também não investi em alforjes. Prendi malas comuns com elásticos. O único investimento foi um bagageiro dianteiro, que fez muita diferença. Apesar de saber que iria sofrer nas estradas de chão, não desanimei. Programei pedalar onde a estrada realmente valesse a pena, e onde não houvesse beleza cênica, embarcaria no ônibus até o próximo atrativo. Eis a vantagem da dobrável!

Estabeleci o seguinte roteiro: ônibus até Bom Jardim da Serra. De lá, seguiria pedalando até Lauro Miller, passando pela Serra do Rio Do Rastro. Seguiria para Laguna de ônibus, onde passaria dois dias pedalando pela região, visitando museus, centro histórico e Farol de Santa Marta. De lá, seguiria pedalando pelo litoral até Torres – RS, onde visitaria o Parque da Guarita e suas incríveis falésias. Tiraria um dia para curtir a praia e pedalaria até Praia Grande – SC, onde pegaria um ônibus até a entrada do Canyon Itaimbezinho. Seguiria pedalando até Cambará do Sul, onde embarcaria para Caxias do Sul e de onde partiria de bike, para fazer o trecho de Petrópolis até Canela, que dizem ser maravilhoso. Já em Canela visitaria o Parque do Caracol e Parque da Ferradura. Seguiria para Três Coroas para visitar um templo Budista. De Três Coroas a São Miguel Arcanjo, continuaria de ônibus, onde visitaria As Ruinas de São Miguel Arcanjo e outras da região, e por fim, embarcaria para casa.

Mas infelizmente não consegui realizar este roteiro. Iniciei a viagem dia 2 de janeiro de 2015 com a intuito de permanecer pelo menos 15 dias na estrada. Passei uma manhã maravilhosa curtindo a Serra do Rio do Rastro. E muita gente parava para falar comigo e dar uma olhada na bicicleta, toda carregada. Por alguma razão inexplicável, tive a intuição de ir para Aparados da Serra, no dia seguinte. Foi o que fiz, e foi a minha salvação, pois o Rio Grande do Sul enfrentaria dias de chuvas intensas.

O Parque Nacional de Aparados da Serra é incrível. A beleza cênica não cabe nos olhos, sendo necessário dedicar algum tempo de contemplação. Fiz bem de mudar o roteiro, pois peguei céu limpo. E por lá, com chuva ou neblina, pouco se vê. Depois de passear pelo parque, ser abordada por muita gente, segui para Praia Grande para visitar o que havia ficado para trás. No entanto foi uma aventura e tanto. A estrada é péssima, com muita pedra solta e desníveis fortes. Minha bicicleta é para asfalto, sendo quase impossível conseguir pedalar em alguns trechos. Tive que empurrá-la em muitos momentos, inclusive em descidas onde não conseguia manter a instabilidade. Uma tortura, mas que compensou devido ao visual. Foram 22 km. Alguns ciclistas passaram por mim, e teve um até que me achou uma doida por estar ali com aquela bicicleta. Mas teve também algumas famílias que acharam o máximo, me oferecendo água e perguntando se precisava de ajuda. Decidi que iria com aquilo até o fim, e fui. E valeu cada segundo.

aventura com uma bicicleta dobrável
Uma aventura com uma bicicleta dobrável. Foto: acervo pessoal Ariadne Dan’Chior

Cheguei exausta e sem ânimo para armar acampamento. Me hospedei em uma pousadinha, onde a dona era toda simpática e cheia de histórias para contar. Me disse que eu fui a primeira mulher a chegar lá sozinha e com uma bicicleta tão incomum. Confesso que me orgulhei de mim mesma.

No dia seguinte, com as energias repostas, pedalei 45 kms até Torres. Mal armei o acampamento, desabou chuva. Fiquei conversando com a moçada do camping. Quando passou a chuva, fui visitar o Parque da Guarita. Amei a formação do lugar. O parque não é grande, mas possui boa estrutura e trilhas bem limpas. Voltei para o camping e retornou a chover.

No dia seguinte, pela manhã fui a praia. Pretendia seguir para Laguna na manhã seguinte e queria estar bem relaxada. No entanto logo após almoço, caiu um temporal que chegou a deixar a cidade sem luz, e a chuva não deu mais trégua.

Fiquei mais um dia, mas a previsão do tempo não era das melhores. Decidi então retornar para casa, e deixar a outra parte do passeio para quando o tempo estiver firme.

Apesar de ter ficado imensamente infeliz por desistir, julguei ser o melhor a se fazer no momento. A bicicleta apanharia em algumas estradas e penso que com o tempo chuvoso, o prazer do pedal não seria o mesmo. Além do mais, a maior parte das paisagens da região são de montanhas, sujeitas a instabilidades e neblinas, sendo preciso tempo bom para apreciá-las.

Apesar da aventura ter durado tão pouco tempo, as emoções foram intensas, e agradeço por, a três anos atrás, ter investido na minha dobrável, que sempre me propiciou passeios e viagens incríveis.

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Mountain Bike na Serra do Cadeado (PR)

Por Luciomar de Carvalho

Essa é uma aventura de Mountain Bike na Serra do Cadeado, que muitos duvidaram que deu para ir de bicicleta. Vivenciamos com o grupo Amigos e Meninas do Pedal de Arapongas (PR) e Bicicletaria Office Bike de Arapongas no dia 18 de janeiro de 2015.

Mountain Bike na Serra do Cadeado

Deslocamos de automóveis até a cidade de Mauá da Serra, norte do Paraná, onde se localiza a famosa Serra do Cadeado, para uma aventura “top dos top” onde rolou o verdadeiro MTB. Um lugar de muitas montanhas, de belezas naturais e artificiais ao mesmo tempo. Fomos em 42 mountain bikes, e entre elas 8 guerreiras.

O percurso foi a maioria por trilhas e com muita lama, trechos com difícil acesso, como mata fechada, lugares em que atolavam as rodas das bikes e até os pés. Passamos por 4 túneis de trem com extensão de 900 mt, 800 mt, 200 mt, 300 mt, além de duas pontes de trem que são muito altas, com altura de 50 metros e extensão de 200 mt. A maior delas com extensão de 500 metros e sem proteção lateral.

Fizemos tudo com segurança: passamos de dois em dois, e caso o trem viesse, as pontes contavam com duas gaiolas de refugio. E o trem veio! E as gaiolas foram utilizadas pelos que foram pegos no meio da tal ponte, como podem ver pelas fotos, que são únicas. Passaram dois trens, com tempo de espaço entre um e outro de 20 minutos e tudo deu certo, graças ao bom Deus e a nós que organizamos a aventura.

Mountain Bike na Serra do Cadeado
Mountain Bike na Serra do Cadeado. Foto: acervo pessoal Luciomar de Carvalho

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Como eu descobri o cicloturismo

Por Paulo Henrique das Chagas

A alguns anos atrás por volta de 2003/2005 eu andava muito de bicicleta aqui na cidade onde moro: Araripina no sertão do Pernambuco. Tinha uma Montain Bike e nos finais de semana se reunia com o pessoal e a criançada e pedalávamos de 15 a 50 km. Mas o tempo foi passando os compromissos aumentando as pedaladas ficaram para um segundo plano. Encostei a bicicleta e não mais pedalei.

Como eu descobri o cicloturismo

Meu irmão que mora em Sâo Paulo disse que faria de Brasilia (DF) a Araripina (PE) de bicicleta. No inicio não acreditei, mas em junho de 2012 ele partiu de Brasilia e após 24 dias venceu os 1800 Km de distancia entre as duas cidades. Aquela viagem e a determinação dele reacendeu a minha vontade de pedalar e após 08 anos sem pedalar, e uns 25kg mais pesado, decidi voltar aos pedais no inicio de 2013. Eram alguns pedais com pouquíssimos kms, 3 ou 4. Após alguns meses já estava pedalando 30/40 km. E após uma cicloviagem de Araripina ao Crato (CE) 140 km fui contagiado de vez pela maneira de viajar de bicicleta.

E no carnaval de 2014, já com muita disposição, desembarquei em São Paulo e junto do meu irmão fizemos de Ilha Comprida (SP) até Joinvile (SC) que foi uma das melhores viagens que fiz na vida. Atravessamos a Ilha comprida, Cananeia, Ilha do Cardoso, Ilha de Superagui, Porto de Paranagua, Matinhos, Bairro da Gloria, São Francisco do SUl e Joinville, totalizando ao todo 430 km.

Dormimos em barraca, casa cedida gentilmente pelos pescadores, na praia, e pude perceber como uma bicicleta tem o poder de abrir o sorriso das pessoas e fazer com que você seja bem visto em qualquer lugar que chegue.

Como eu descobri o cicloturismo
Como eu descobri o cicloturismo. Foto: acervo pessoal Paulo Henrique das Chagas

Hoje pedalo todos os dias e já fiz várias cicloviagens pelo sertão. Só quem viaja ou viajou de bicicleta sabe qual é a satisfação pessoal de completar um trajeto pre determinado. Não pretendo mais parar, pois viajar de bicicleta é sempre uma experiência única.

Cicloturismo: um pedal para Argentina

Por Eduardo do Nascimento

Minha historia com minha bike e minhas viagens começou por um desafio muito grande para mim, mas eu tinha onde me apoiar. Por isso então viajei 1200 Km, chegamos em Bom Jesus da Lapa BA, onde daria inicio a nossa viajem. E diga-se de passagem, que viagem! Conhecemos o cara que nos daria a ideia, que talvez para ele seria impossível, ou então enxergou em nós a capacidade de estar resolvendo esta situação.

Foi ai então que ele disse em tom suave: “porque vocês dois não fazem algo diferente? Sei lá, vai pra Argentina?”.

Depois daquelas palavras ditas já estava traçado nosso próximo roteiro: um pedal para Argentina. Não demorou um ano se passar e lá estávamos nós, eu e Roberto dos Santos, parceiro de viagem.

E assim foram mais 2000 Km, e lá estava o Marco das três fronteiras.

pedal para Argentina
Um pedal para Argentina. Foto: acervo pessoal Eduardo do Nascimento

Bom, são quilômetros de aventura entre sol, chuva, frio, gelo, muitas pessoas bacanas, educadas, companheiras, que em um grito de apoio na hora certa, fez com que se ascendesse novamente a vontade de superar o desafio.

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