Minha bicicleta, minha superação

Por Fabricio Barreto Vilete

Meu nome é Fabricio, moro em São Fidelis – no interior do estado do Rio de Janeiro – e tenho 32 anos. Minha história de bike não vem acompanhada de muitos kms, mas vem acompanhada de muita emoção, determinação e superação. Sou deficiente físico, tive paralisia infantil e fiquei com sequelas nas pernas. Muitos disseram que eu não andaria, tive dificuldades em entrar na escola e ser aceito pelas outras crianças. Aos 6 anos meu pai comprou uma bicicleta pra mim. Olhei com olhar triste pois não andava direito nem com as próprias pernas, imagine em uma bicicleta. Foi quando meu pai me disse “não desista antes de tentar”. Ali descobri um novo mundo.

Hoje prático mountain bike e uso uma bike normal sem adaptação. Minha cidade é rica em montanhas a cada dia me supero, sempre tento ir além e me superar. Se a pé eu sou limitado, na minha bike me sou igual a todos. A bike me proporcionou imagens lindas, fui a lugares onde pessoas sem nenhum problema imaginavam ir. A bicicleta me mostrou que sou capaz, me ensinou a viver melhor e mais feliz. Tenho orgulho em dizer: “SOU CICLISTA”.
Lembre-se: o seu maior desafio é você mesmo. Você escolhe vencer, superar seus limites, ou você pode ficar quieto vendo o tempo passar.

Foto: acervo pessoal Fabrício Barreto
Foto: acervo pessoal Fabrício Barreto

Obrigado por lerem minha história de ciclista.

Um pedal de fé e gratidão

Por Wilson de Oliveira Neves Júnior

Minha história com bicicleta já é muito antiga. Moro em Piúma, no interior do estado do ES e em um bairro afastado da cidade onde a bicicleta ainda é o maior meio de transporte. Curti muito minha infância indo para o colégio de bicicleta e também para o trabalho posteriormente.

Mas a história que quero contar é de uma promessa. Sou casado há sete anos e estou com 35 anos. Vem logo a vontade de ter um filho e estava tentando já há algum tempo. Já tínhamos feito de tudo, já estava desgastando o relacionamento, brigas, stress e etc. Junto a isso eu sempre tive o sonho de ser médico, e disse a minha esposa que como nós não conseguimos a gravidez eu iria para a Bolívia estudar medicina. Mas a vontade de ter um filho também era grande, então pedi em uma promessa a Santo Antônio que se minha mulher engravidasse eu iria sair de casa no dia de Santo Antônio e iria pedalar até a basílica na capital do estado.

Já estava no início deste ano passaporte na mão saindo para comprar as passagens quando minha esposa disse: “Amor tem um caroço na minha barriga”. Liguei para um amigo obstetra e ele me disse sem ver que minha esposa estava grávida. Isso já com quase tudo certo de ir estudar medicina na Bolívia, no início de 2014. Então no dia 13/06/2014 – uma sexta feira 13 chuvosa – sai com a minha bicicleta para Vitória. Eu moro a uns 100 km da capital, mas parte da promessa foi cumprida. Vou voltar a fazer o mesmo percurso em 13/06/2015 para agradecer o nascimento e a saúde do meu filho.

Foto: acervo pessoal Wilson Junior
Foto: acervo pessoal Wilson Junior

Conheça o Ciclismo Artístico

O ciclismo artístico é uma modalidade que faz parte da categoria Indoor, reconhecida pela União Ciclística Internacional, e que consiste na realização de apresentações em cima da bike. Podendo ser feita solo, por duas pessoas ou até equipes de quatro atletas, a modalidade lembra muito a patinação artística no gelo e a ginástica solo.

Apesar de não ser muito difundido no Brasil, o ciclismo artístico é um esporte popular na Alemanha, com uma média de 10 mil atletas registrados, e tem ganhado espaço em alguns outros países europeus, como Suíça, Áustria e Holanda. O Japão também tem garantido destaque nas últimas competições.

Imagem: womenscycling.ie
Imagem: womenscycling.ie

Características da competição

No ciclismo artístico as competições são realizadas em quadras de 14 m x 12 m e cada apresentação dura seis minutos. As músicas que acompanham os atletas são preparadas para esse tempo, e elas desempenham um papel de guia importantíssimo nas apresentações. Os competidores precisam de força, equilíbrio e muita concentração para realizar os movimentos no tempo certo e de acordo com a música.

No caso das competições individuais, os atletas podem escolher 28 movimentos para montar seu roteiro de apresentação. Alguns movimentos são obrigatórios dependendo da categoria em que se está competindo. Já quem compete em duplas pode usar 22 movimentos, 11 realizados em duas bicicletas, 11 em apenas uma. São cerca de 120 movimentos no total para escolha dos atletas.

Durante as competições, os atletas entregam previamente o roteiro de movimentos aos jurados, que pontuam de acordo com o desempenho do(s) candidato(s). Duzentos pontos são atribuídos aos movimentos obrigatórios e o restante aos outros movimentos escolhidos.

Veja abaixo um vídeo do atleta francês Patrick Klein, durante o campeonato mundial de 2012, realizado na Alemanha.

Um pouco da história do Ciclismo Artístico

O ciclismo artístico teve início nos Estados Unidos, em meados de 1800. Em 1888 foi realizada a primeira competição do esporte. Mas a primeira competição oficial da modalidade foi realizada em 1956, apenas com competidores homens. Em 1970, o campeonato foi aberto para as mulheres. Em 2014, o campeonato mundial será realizado de 21 a 23 de novembro, na República Checa.

O último UCI Indoor Cycling World Championships foi realizado na Suíça, em novembro de 2013. Cerca de 140 competidores de 17 países participaram do campeonato mundial. Os campeões do campeonato foram: David Schnabel, que agora acumula oito medalhas de ouro na categoria masculina, e Corinna Hein, que possui quatro medalhas douradas. Ambos são da Alemanha, país onde o esporte é mais popular e que acumula 38 medalhas de ouro desde o início das competições.

Ranking UCI

Os austríacos Fabian Allgauer e Adriana Mathis lideram, em 2014, o ranking da UCI da modalidade em par, somando 250 pontos feitos. Mathis também lidera a categoria feminina, com 235 pontos, e o suíço Yannick Martens lidera a masculina, com 150 pontos.

No site da UCI você pode conferir notícias sobre competições, vídeos e matérias sobre os atletas da modalidade. E aqui no Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta você confere o Especial Ciclismo – Modalidades, com muitas informações sobre os esportes das bicicletas.

51km de mountain bike – Pedal Leme (SP) – Mirante

Por Evandro Denzin

Na verdade não tenho uma “história”,  mas a história de andar de bike nas estradas do interior. Faço isso todos os sábados e sou apaixonado pelo Mountain Bike. Como o projeto “Até Onde VOCÊ Foi” pretende incentivar as pessoas a andar de bike, segue um vídeo e um dos meus pedais de sábado, na região da minha cidade (Leme – Araras). Foram 51 km de mountain bike no trecho Leme – Mirante – Cascata – Usina – Leme, com belas paisagens. Confiram!

Conheça a modalidade Bike Trial

Vencer obstáculos. Este é o principal objetivo do Bike Trial, modalidade do ciclismo  cujo objetivo é ultrapassar obstáculos físicos sem tocar os pés ou qualquer outra parte do corpo no chão. Feito em circuito, ganha quem completar a prova com o menor tempo e o menor número de faltas cometidas.

Os obstáculos podem ser naturais, como rios, troncos de árvores, areia, pedras etc, ou artificiais, sendo muito comum a utilização de pneus, caixotes, barris, carretéis e madeira, por exemplo, para circuitos organizados dentro de algum espaço fechado.

Para competir, o biker precisa de muita habilidade, equilíbrio, agilidade e coragem, além de precisar ter conhecimento da técnica do esporte. As provas, principalmente as realizadas em locais abertos, podem ser perigosas e um erro pode causar acidentes.

Até Onde Deu Pra Ir de Bicicleta - Bike Trial

Um pouco de história

O Bike Trial nasceu em meados da década de 1970, em Catalunha, na Espanha, sendo derivado do Motorcycle Trial, esporte de superação de obstáculos praticado com motocicletas. O esporte surgiu da iniciativa de crianças e jovens que, admirando os atletas competindo nas motos, improvisaram com suas bicicletas. Um modo de “imitar” o que os motociclistas faziam. A primeira bike desenvolvida para a modalidade Trial foi feita por Josep Figueras, em 1974, recebendo o nome de Figueras.

Em 1990, ciclistas de vários países se reuniram e organizaram o Bike Trial International Union (BIU), órgão responsável pelo esporte. O BIU ainda organiza diversas competições internacionais, que reúnem atletas de todo o mundo. Atualmente, existe outra organização do Bike trial, a União Ciclista Internacional (UCI), que é uma associação internacional das federações ciclísticas nacionais, sem fins lucrativos, e que também promove competições no mundo todo.

No Brasil, o Bike Trial teve como pioneiro o paulista Edu Capivara que, em 1986, participou de seu primeiro campeonato mundial, terminando em sexto lugar. Atualmente, no Brasil, o esporte tem um cenário de crescimento, possui cerca de 200 competidores da modalidade, uma parcela pequena no cenário mundial, devido à dificuldade da prática no país. Mesmo com essa dificuldade, o esporte aponta um crescimento ao longo dos anos. O órgão que define as regras e normas técnicas para a montagem das provas das competições brasileiras é o Biketrial Brasil Union (BBU), que presta contas ao BIU.

Categorias de competição

Normalmente, a modalidade Trial possui quatro categorias nas competições brasileiras: iniciante, que aceita bikers a partir dos nove anos de idade; Sênior, pilotos já com experiência em competições e com idade mínima de 19 anos; Pro, categoria de preparação para bikers que desejam ingressar na Elite, a partir dos 15 anos; e a categoria Elite, que agrega pilotos experientes e com vivência em inúmeras provas, aceitando bikers a partir de 16 anos de idade.

A bicicleta ideal

Para praticar o Bike Trial, a indicação é que as bikes tenham rodas de aro 20, 24 ou 26 polegadas. É necessário que sua bicicleta tenha ótimos freios, marcha reduzida e pneus macios. Além disso, a bicicleta precisa ser resistente para enfrentar os diversos obstáculos que podem aparecer para o ciclista. Confira mais informações em nosso post Especial Bicicletas – Bicicleta de Trial.

Cicloturismo: Caminho da Fé – 335km em cinco dias

Por Ricardo Nascimento

Força, Foco e Fé…

Conheci o Caminho da Fé em 2010, e logo comecei a pesquisar sobre. Desde então, me apaixonei.

Como ando de bicicleta a muito tempo, juntei minha paixão pelo pedal com a Fé que tenho em Nossa Senhora e decidi fazer esse Caminho. Só que surgiu uma questão. Quando???

Como o trajeto requer bastante esforço, pelo grau de dificuldade, devido as longas subidas, precisava ter um tempo disponível para tal (no mínimo cinco dias), e como na ocasião trabalhava em uma empresa em regime CLT, a única data que sobrava era as férias. Porém isso nunca aconteceu.

Porém me tornei um trabalhador autônomo, fazendo meu próprio horário. E a hora, enfim chegou!!!

Partimos no dia 28/2/14 e pedalamos até 4/3/14, feriado de carnaval.

Havia convidado meu parceiro de pedal, André Cantoia, amigo para todas as horas. Temos uma sintonia perfeita, as mesmas ideias e a mesma paixão pela bike. Mas Deus não quis que fosse assim. Infelizmente por problema de força maior, ele não pode fazer a viagem comigo.

Ai pensei: O que fazer? Ir sozinho? Mas como Deus providência tudo em nossas vidas, surgiu então uma pessoa muito especial para mim, que também é um parceiro de pedal. Meu sobrinho Gabriel dos Santos.

Caminho da Fé
Caminho da Fé. Foto: acervo pessoal Ricardo Nascimento

Para saber como foi esse roteiro, basta visitar o blog que fiz para registrar a viagem: http://projeto-caminho-da-fe.webnode.com/

[Nota do blog:] Muitos ciclistas pedalam de vários lugares do Brasil com destino a Aparecida. Veja opções de hospedagem em Aparecida neste link

Dicas de Hospedagem nesse Roteiro

Você pode reservar hotéis, pousadas, hostels e até casas de hóspedes através do Booking.com. Assim terá muitas opções para comparar e escolher a que vai te atender da melhor forma.