Faça você mesmo: adaptador de bagageiro em mountain bike

Adaptador de bagageiro em mountain bike

Como diz a propaganda são as perguntas que movem o mundo… então vou dividir com vocês algumas perguntas que me fiz e as soluções que cheguei…

Como já foi mencionado pelo André em um post anterior, a Clementina (minha companheira de duas rodas) ganhou uma garupa e um alforge. Mas isso foi a custa de muito pensar sobre a melhor forma de adaptar em uma MTB esses acessórios. Falo isso pois esse tipo de bicicleta não apresenta em sua estrutura os locais necessários e próprios para a fixação de bagageiros. Lembro-me quando fui montar Clementina uma das coisas que mais ouvi foi: “você tem que saber qual vai ser a utilidade que dará a bicicleta…” ( não é mesmo André). Então, já fica de cara essa dica pra quem tá pensando em trocar de bike ou comprar uma.

A Clementina é uma MTB clássica que será usada para cicloviagens, logo é necessário o bagageiro e alforges. Seu quadro foi escolhido pela resistencia e leveza típica desse tipo de bike, o que me porporcionaria maior conforto na pedalada. Mas antes de gozar desse conforto esse quadro me fez quebrar a cabeça, na hora da adaptação tive uns probleminhas que vou mostrar como resolvi.

Fui a bicicletaria e conversei com o vendedor sobre a possibilidade de colocar o bagageiro na MTB, primeiro tentativa de desencorajamento foi pela questão estética (que merece um post só para ela),  a segunda foi pela falta de local para prendê-lo.  Mas o vendedor deu uma dica importante, suas palavras foram: “arrume um jeito de prender, mas evite a blocagem” (blocagem é o parafuso que prende a roda atráves de um sistema de pressão, muito usado nas bikes mais novas) –  a blocagem já suporta o peso do corpo do cilista e um acréscimo direto de carga nesta região poderia diminuir a vida útil do sistema: cubo e blocagem.

Está desenhado o primeiro desafio: fugir da blocagem. Do lado esquerdo havia os buracos no quadro para a clocação do sistema de freio a disco – maravilha, seria este o local para fixar. Mas e o lado direito? Já tinha o cambio… passa o cabo que tensiona a troca de marchas…  não havia lugar!

A única solução seria um bom e velho RTA (recursto técnico alternativo) e nesta campanha eu utilizei dois RTA’s:

Os RTA's - por favor não é ganbiarra. rs

RTA 1-  duas braçadeiras juntas  (para aumentar a resistencia) que prendem cano de 1/2 polegada para abraçar o quadro, R$0,50 cada. Protegi a região com um pedaço de câmara de ar, o que ainda ajudou para aumentar a aderência das braçadeiras. E assim apareceu um suporte, na mesma altura do lado esquerdo, que me daria a possibilidade de prender a base do bagageiro. (ver foto)

Pronto, a base estava pronta. A parte superior do bagageiro se prendia em dois furos que já haviam no quadro.

Ao pedalar com o bagageiro e o alforge tive a preocupação de olhar a distância deste último para o perímetro que o movimento do meu pé faria, mas não me preocupei com o lugar onde ele estaria em relação a roda.  Resultado: por umas 3 vezes parei durante a pedalada para desagarrar o alforge da roda, isso ainda me custou uma roda traseira empenada.

Desafio 2 – uma haste de proteção para o alforge não se prender na roda.  Solução : RTA2.

RTA 2 – uma haste em formato de V que segura paralamas de bicicletas barra forte (me custou R$2,50), dois parafusos com ruelas e uma forcinha para dobrar a haste. Prendi uma das extremidades da haste na parte de baixo do bagageiro do lado esquerdo e do direito, e o vértice na parte superior.

Problemas resolvidos, agora é pedalar sem preocupação.  Vejam o resultado final:

Clementina com bagageiro e alforge – pronta pra viajar

ps.: vale destacar que no caso de Joelma (a bike do André) não houve necessidade de nenhuma dessas adaptações. Por ser uma bicilcleta projetada para o cicloturismo ela já veio de fábrica com todas esses “problemas” pensados e resolvidos. Por isso vale falar novamente, quando for comprar uma magrela: “você tem que saber qual vai ser a utilidade que dará a bicicleta…”

Barba, paz.

Bici Clique: na zona rural

“êeee mundo véio com portêeera!”

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Joelma e Clementina em Confins (MG).

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Cicloturismo – Antônio Olinto na Estrada Real

Não há uma vez que eu e o André nos encontramos para pedalar que não mencionamos sobre a tão sonhada viagem pelo caminho velho da Estrada Real. Na verdade nossas pedaladas são uma espécie de preparação disfarçada de lazer, ou um lazer que pode vir a ser uma preparação para fazer esse percurso, não sei bem como definir.. rs Mas quem sabe no fim do ano estaremos lá.

Mas o fato é que vislumbrar a possibilidade de percorrer esse caminho me anima a cada dia.  E para tentar mostrar para nossos queridos amigos leitores deste blog o que me encanta nessa “loucura” – como vários já se referiram  – de 600km, vai o video de uma reportagem feita por Antonio Olinto Ferreira pela Estrada Real – de Paraty à Ouro Preto. Vale a pena conferir o site deste adepto da bike que já deu a volta ao mundo em cima de duas rodas   (www.olinto.com.br ) – para mais informações sobre essa odisséia aguarde nossa próxima dica de livro.

Enquanto isso deliciem-se com essa reportagem que ficou mto bacana.

PARTE I

PARTE II

PARTE III

Barba, paz.

Livros e bicicletas – Le Cyclisme

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Le Cyclisme

 

Foto sobre a capa dura
Foto sobre a capa dura

Le Cyclisme é um livro antigo (de 1982) que traz textos pequenos (em francês) sobre assuntos variados e recheado de belas imagens. Bom inclusive pra quem está aprendendo ou querendno aprender a língua. Sem aprofundar muito sobre nenhum assunto, mas com informações valiosas, o livro faz um panorama sobre o esporte, nos seguintes capítulos:

1 – Nascimento e evolução da bicicleta

2 – A bicicleta moderna (com belas fotos de vários modelos e suas principais características)

3 – Um veículo e uma filosofia (com belos textos sobre pedalar)

4 – O ciclismo de longa distância (muito bom, fala sobre cicloturismo com ótimas dicas)

5 – O Tour de France (num livro em francês, não poderia faltar)

6 – As provas ciclisticas (sobre ciclismo de velódromo, mountain bike, bmx e provas de rua)

7 – Manutenção básica de bicicletas

O meu eu comprei tem uns 2 anos, na Livraria Leonardo da Vinci, no Rio de Janeiro, por 28 reais. Mas achei aqui no site da Livraria da Travessa, um pouco mais caro.

Quer mais dicas de livros?

Temos outros artigos aqui no site com ótimas sugestões pra você. É só conferir nos links abaixo:

 

Bici Clique: Ferrari lança modelo de bicicleta

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Mais um grato encontro sobre duas rodas. A magrela acima é do Sr. Marino, que exaltava: “65 anos bebendo, jogando bola, pedalando, namorando!…” Eram 6 da manhã na Lagoa da Pampulha e o senhor atravessava a cidade, para jogar como goleiro em uma pelada. Segundo ele, pagou 90 reais pela bicicleta há 8 anos, e investiu mais de R$ 400. Farol da dínamo, toda iluminada, com descanso estiloso e o cavalinho da Ferrari. Depois de um papo pedi para fotografar a bike, e ele aceitou prontamente. São tantos detalhes nessa bike cuidadosamente montada, que exigiriam vários cliques.

A voz da experiência: Sr. Marino e sua magrela
A voz da experiência: Sr. Marino e sua magrela
Estilo
Estilo

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Opinião: Domingo, dia de pedalar

Lagoa da Pampulha hoje, 5:54 da manhã
Lagoa da Pampulha hoje, 5:54 da manhã

Domingo, dia de pedalar

Tenho um grande amigo que descreve bem os domingos. Rodolfo lembrava os domingos da infância, dizendo do desespero que batia quando acabava o programa “Os Trapalhões”, começava a música do “Fantástico” e ele lembrava não só da aula do dia seguinte, mas também que não tinha feito o dever de casa.

Domingo geralmente é assim. O rótulo de “dia do descanso”, “da família”, é ofuscado pela realidade da labuta na segunda-feira. E comigo não é diferente. As únicas coisas que realmente me fazem esquecer que domingo é domingo são ir a praia e pedalar (pelo menos até a hora do Fantástico).

Ao contrário da semana quando é tão difícil acordar cedo, hoje acordei as 5:00 da manhã. Antes das 6 jé estava na Lagoa da Pampulha, na minha opinião o lugar mais bonito pra se pedalar em BH. Reencontrei meu cumpadre Barba, e depois de mais de um mês sem pedalarmos juntos, demos um passeio por lá. A Lagoa é um lugar muito bem frequentado pelos ciclistas. Seus 18km e pouco são na maioria planos e com bom asfalto. O Barba tem o privilégio de pedalar por lá diariamente (quando eu morava lá perto também o fazia) e eu geralmente apareço por lá nos fins de semana, quando não pegamos estrada ou trilha. Ao final de nosso passeio, com direito a uma esticada até o CAEASA, encontramos uma companhia diferente no mesmo lugar de onde partimos.

Um bom domingo a todos

Joelma e Clementina, estilosa, agora com garupa e alforge.
Joelma e Clementina, estilosa, agora com garupa e alforge.
Bela vista da Lagoa, com o dia amanhecendo
Bela vista da Lagoa, com o dia amanhecendo
Surpresa ao final do passeio: um casal se refresca
Surpresa ao final do passeio: um casal se refresca