O BMX é a modalidade mais nova dentro do ciclismo, surgindo entre as décadas de 1960 e 1970, quando o ciclismo de estrada e de pista já integravam os Jogos Olímpicos.
Misturando ciclismo e MotoCross, o BMX rapidamente despertou a atenção de muitos aventureiros, e de lá pra cá se tornou extremamente importante dentro do calendário de provas de ciclismo.
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E é claro que também existem muitas mulheres no BMX, com nomes de destaque na modalidade. Quer saber mais? Continue a leitura!
O que é o BMX?
A palavra BMX vem da junção de Bicycle (B), Moto (M) e Cross (X). As primeiras provas surgiram nos Estados Unidos entre as décadas de 1960 e 1970, principalmente com as crianças e os mais jovens, que tentavam imitar as manobras do MotoCross com as suas bicicletas.
Apesar de já existir há várias décadas, o BMX não é um esporte tão conhecido e muitos ciclistas lutam bastante para conseguir o seu espaço dentro dos esportes convencionais.
Modalidades
Desde o seu surgimento até a atualidade, o BMX evoluiu bastante e hoje conta com duas modalidades: Racing (corrida), com provas disputadas em bateria e em circuito de terra, com costelas, rampas e curvas fechadas, e o Freestyle que se divide nas submodalidades listadas abaixo.
Vertical
É realizado em uma rampa no formato de U (Half Pipe). Os ciclistas realizam manobras aéreas (vôos para fora da rampa) e laterais (nas bordas das rampas). Quanto mais alto for o grau de dificuldade e mais bem executada for a manobra, maior será a pontuação do ciclista.
Dirt Jump
Essa modalidade é praticada em rampas de terra com variação na altura e na distância. É possível encontrar competições com rampas sequenciais, double, únicas, entre outras. As manobras têm evoluído muito e existem algumas que são bem famosas como 360º blackflip, double Black flip, etc.
Street
Como o próprio nome indica, a modalidade é praticada na rua ou em pistas que simulem ruas. Existe a presença de obstáculos como escadas, rampas e corrimões.
Mini Ramp
É uma modalidade com bastante adeptos e realizada em uma rampa com tamanho e altura menores do que o Vertical, mas também com a presença de manobras aéreas e de borda, além de contar com manobras de outras modalidades como Flat, Street e Dirt.
Flatland
Aqui, os ciclistas são um pouco mais “livres” já que essa modalidade consiste em uma apresentação no solo, sem pulos ou rampas. Cada ciclista faz sua session aliando criatividade, equilíbrio e dificuldade.
Park
São usados percursos fechados (bikeparks ou skateparks) nos quais existem obstáculos que visam simular um percurso de rua, porém com um desenho próprio. Podem estar presentes rampas, paredes, muros, bancadas, escadas, corrimões, etc.
Bicicleta de BMX
Para praticar todas essas modalidades cheias de acrobacias é claro que as bicicletas também precisam ser diferentes. Normalmente, elas costumam ser confundidas com bikes infantis, porque são bem menores que as tradicionais, com rodas de aro 20” ou 24”.
Além disso, elas também precisam de reforço e costumam ter um quadro diferenciado. Outra curiosidade é que essas bicicletas não possuem marcha e nos modelos para Flatland o guidão pode ser girado quantas vezes for preciso.
Mulheres no BMX: nomes de destaque
Como não podia deixar de ser também existem mulheres no BMX com histórias de vitórias surpreendentes. Veja os principais nomes do mundo.
Mariana Pajón
A colombiana ficou mais conhecida dos brasileiros ao vencer as Olímpiadas do Rio, em 2016. Mas essa foi a segunda medalha de ouro da ciclista no BMX, já que também havia conquistado o primeiro lugar em Londres, em 2012.
Além das medalhas olímpicas, Mariana já conquistou inúmeros campeonatos mundiais e latino-americanos e foi nomeada Atleta do Ano em 2011 e a Mulher Colombiana do Esporte em 2008.
Instagram da atleta: @marianapajon
Nikita Ducarroz
Um nome novo no universo do BMX, mas que já está chamando a atenção, graças a vitórias importantes, em especial na modalidade Park, alcançando o segundo lugar na série UCI BMX World Cup.
Ducarroz ainda não tem nenhuma medalha olímpica, afinal sua estreia será em 2020, na Olímpiada de Tóquio.
Instagram da atleta: @nikitabmxgirl
Hannah Roberts
Em 2017, não teve para ninguém. Hannah levou tudo o que poderia: Copa do mundo da UCI, Campeonato Mundial da UCI e Vans BMX Pro Cup. Justamente por isso é um dos nomes mais fortes para as Olímpiadas de 2020.
Instagram da atleta: @hannah_roberts_bmx
Laura Smulders
A holandesa é a atual primeira do mundo no ranking da UCI e conta com vitórias importantes como: duas vezes campeã da copa do mundo (em 2017 e 2016), sétima colocada na Olímpiadas do Rio e terceira na Olímpíadas de Londres.
Instagram da atleta: @lauraasmulders
Sarah Walker
É um dos nomes mais conhecidos do BMX feminino e não é por acaso. A neozelandesa já levou para casa 9 medalhas de ouro no Campeonato Mundial de BMX entre 2007 e 2015 e foi medalhista de prata nas Olímpiadas de 2012.
Instagram da atleta: @swbmx
Mulheres no BMX: a representação brasileira no esporte
É claro que também existem mulheres no BMX brasileiro. E a ciclista Priscilla Stevaux é o principal nome da modalidade no país.
Priscilla Stevaux
Foi a única mulher a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Em 2017, a sorocabana conseguiu chegar pela primeira vez em uma final de uma etapa da Copa do Mundo de BMX em Santiago, na Argentina. Feito que contribuiu para que ela conseguisse subir para o 6º lugar no ranking da UCI.
Entre as suas conquistas, destacam-se: campeã sul-americana Junior (2010), campeã paulista (2013), campeã da Copa América (2013), 3º lugar no Campeonato Continental (2014) e bicampeã brasileira (2014 e 2015).
Instagram da atleta: @stevaux93
Outros nomes de destaque do BMX nacional são Squel Stein e Naiara Silva.
E, então, gostou de saber mais sobre as mulheres no BMX? Conhece outras atletas que merecem destaque neste conteúdo? Deixe um comentário pra gente!