Cicloturismo: de Valença (RJ) à Pedra do Funil (MG)

Por Vitaly Costa e Silva

“Na vida, ou na montanha… deve-se ascender com cuidado, porém sempre”.

PEDAL NAS NUVENS – De Valença a Pedra do Funil

   Nesta semana, como entramos em novembro, a expectativa pelo descanso das férias aumentou vertiginosamente. Um feriado na sexta-feira caiu bem como um aperitivo. No meu caso a expectativa foi ainda maior: na sexta-feira, após 6 anos, eu voltaria a visitar a comunidade do Funil, local mágico e paradisíaco, com uma incrível concentração de cachoeiras, localizado no município de Rio Preto, em Minas Gerais. E desta vez de bike. Na quinta à noite, parti de carro para Valença tentando não esquecer nada pra trás e deixar tudo organizado, pois sairíamos na sexta bem cedo. No dia seguinte de manhã, estava fazendo os últimos preparativos na garagem da casa da minha mãe quando o amigo João Paulo Maia chegou. Últimos acertos feitos. Tempo nublado, mas sem sinal de chuva. Clima perfeito. Partimos em direção a Rio Preto. Rumo às Gerais.

   De Valença a Rio Preto são cerca de 30 km de asfalto bem liso. Pedal bem tranqüilo, sem pressa. Pouco movimento na estrada. Rapidamente alcançamos Osório e Santa Inácia. Num pulo já estávamos em Pentagna, distrito valenciano conhecido por uma cachoeira muito utilizada antigamente – lembranças da infância… Após Pentagna, um trecho de descida, passamos pela entrada de Coroas/Alberto Furtado, estrada na qual sofri um cômico mas dolorido acidente de charrete no distante ano de 1996. Logo após, um trecho de subidas relativamente forte. Lá no alto paramos, e lá longe avistamos a imponente serra que leva ao Funil. Longe de assustar ela me animou, pois sabia que após tanto tempo eu voltaria àquele belíssimo lugar e encontraria aquelas pessoas que tratam os visitantes tão bem. A partir dali, um bom trecho de velozes descidas, asfalto lisinho mesmo. Rapidamente estávamos em Parapeúna, distrito valenciano às margens do rio Preto. Na outra margem situa-se o município mineiro homônimo ao rio, cidade natal do amigo João Paulo – aliás, o João conhece todo mundo do lugar. Parada para um lanche na padaria. Ainda estamos no Estado do Rio, mas o agradável sotaque mineiro já é dominante no ambiente. Terminado o lanche, parada para uma foto na ponte. A roda traseira ainda está no Rio de Janeiro, mas a dianteira já está falando “uai”. Atravessamos a praça central da cidade e pegamos, à esquerda, uma longa, íngreme e lenta subida que leva à estrada do Funil, quase que um cartão de visitas do montanhoso estado de Minas. Lá em cima, pela primeira vez neste dia, nossas rodas tocaram numa estrada de chão. Começava ali o pedal de verdade.

Pedra do Funil

A estrada do Funil, para usar uma expressão do querido e filosófico Luis Antônio Maia, morador de Parapeúna, é bastante “sensuosa”, uma mistura de sensual com sinuosa, como em geral são as estradas do interior mineiro. Curvas e mais curvas, sobe e desce, curvas longas e curvas rápidas, sobe e desce de novo, mas em geral sobe mais do que desce. No alto da belíssima serra, uma parada obrigatória, a vista é magnífica, montanhas e mais montanhas. Um mundo de cumes, árvores, vales e nuvens. Incríveis e simples casinhas podem ser vistas no meio do “nada”. Fotos tiradas e vamos em frente. Recomeça o sobe e desce, mas, sobretudo, subimos.

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Após cerca de 1h e 45 de pedal chegamos a uma entrada com belas placas talhadas em madeira. Se seguíssemos em frente, logo chegaríamos à comunidade do Funil, à esquerda, a entrada da Toca do Coelho e da Cachoeira da Água Amarela. Entramos à esquerda, seguimos 1,5km até o Bar da Tirolesa, entrada da Toca. Meia-hora de conversa, retornamos e resolvemos sair da estrada e pegar as trilhas que levam à Água Amarela. Na entrada da propriedade que leva às trilhas, encontramos o Gustavo, proprietário da aconchegante Pousada Serra do Funil, e, pra minha surpresa, ele me reconheceu, após seis anos. Marcamos com ele o almoço para mais tarde e pegamos as trilhas.

Divisa entre RJ e MG
Divisa entre RJ e MG
uma das grutas do local
uma das grutas do local
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O caminho em busca da cachoeira da Água Amarela foi bastante técnico. Trechos de single track de formas variadas: cortando pastagens abertas, passando por finas areias claras, cruzando pequenos riachos, trilhas estreitíssimas por entre barrancos. Tivemos também que carregar a bike nas costas em vários trechos, principalmente quando adentramos a mata mais fechada e íngreme. Enfim, escutamos barulho de água. O João, conhecedor da área, me explica que se sairmos da trilha, à direita, chegaremos a um pequeno poço, formado acima da cachoeira, e se fossemos à esquerda, chegaríamos à própria cachoeira. Entramos à direita e o poço se revela um belo lugar. Uma verdadeira piscina natural cercada, de um lado, por imensas pedras que formam um abrigo de caçadores e, por outro, pela mata fechada. Belos pássaros selvagens de cabeça cinza e corpo laranja ficam alvoroçados com nossa presença; logo descobrimos seu ninho acima do poço. Banho tomado, água gelada perfeita. Voltamos pela trilha e descemos na bifurcação à esquerda. Antes de descermos para a cachoeira, entramos numa gruta de dar frio na espinha. Um baixo caminho leva a uma grande caverna que adentra a montanha. Resolvemos não entrar, pois existem onças na região e não seria nada bom encontrarmos com uma dentro de uma gruta escura. Retomamos o caminho. Num determinado ponto, tornou-se quase impossível descer com as bikes. Escondemo-las sob uma pedra e descemos o último trecho. Chegamos à cachoeira da Água Amarela. Um lugar paradisíaco. Um alto paredão de solo e pedra. Uma incrível vegetação que desce pelo paredão e forma um belíssimo jardim vertical que parece ter sido planejado de tão harmônico. Um jardim intocado. Um santuário. Retornamos à trilha já com as bikes. Refizemos todo o single track, agora descendo, e pegamos a estrada sentido Funil.

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De volta à estrada principal, mais um trecho de subida íngreme e a descida final. Na minha cabeça apenas uma palavra martelava: almoço, almoço, almoço, almoço… Já eram três e meia da tarde quando sentamos pra almoçar na Pousada Serra do Funil. Um gostoso prato mineiro. Nada como arroz com feijão bem temperados para relaxar após um pedal. Passamos o resto da tarde conversando com os moradores locais e visitantes. Às 18hs e 30 minutos, começamos a nos preparar para a volta pra casa. As nuvens claras que nos acompanharam durante todo o dia, e que não tinham despejado uma única gota, foram substituídas por nuvens mais escuras, claramente iria chover. João Paulo sacou da mochila um belo anorak e se preocupou comigo, pois o que eu tinha era uma blusa de algodão que com certeza iria encharcar, o que não seria bom, pois a temperatura estava caindo rapidamente. Foi então que inventamos uma espécie de anorak feito de um saco de lixo fornecido pelo Gustavo da pousada. Cortamos duas aberturas nas laterais e uma no fundo e pronto, estava pronto o meu lixorak, que se mostrou uma ótima proteção durante a viagem de volta.

uma das belas cachoeiras do local
uma das belas cachoeiras do local

O retorno pela estrada de chão da Serra do Funil em direção ao Rio Preto foi uma aventura à parte. Quanto mais subíamos, mais fomos adentrando por uma espessa neblina e mais escura ficava a noite. Alternavam ainda momentos de chuva e de garoa. Num determinado momento, bem no alto da serra, estávamos com visibilidade quase zero. Víamos apenas o solo de saibro onde a lanterna iluminava e, no meu caso, a lanterna traseira da bike do João. Olhar pra trás era breu total. Para frente era tudo branco acinzentado. Um verdadeiro pedal nas nuvens. Durante uns vinte minutos pedalamos nestas condições. Vinte minutos de extrema concentração. Olho no curto espaço focado pela lanterna. Nada na mente: contas pra pagar, trabalho, trânsito, tudo aquilo que nos afoga no dia-a-dia é simplesmente apagado. Meditar é isso: apagar tudo da mente. Por isso o pedal nos faz tão bem.Uma verdadeira meditação. O pedal é transcendental!

Já em Rio Preto, uma rápida parada para reabastecer o organismo e juntar um pouco mais de energia para a parte final. Seguimos rumo a Valença e começamos a subir. Subir, subir, subir. Escuridão total. Foco na lanterna. E sobe… O cansaço bateu forte. É incrível como descer é rápido e fácil. Não parecia de jeito nenhum que tínhamos descido tanto. As subidas não tinham fim. Num certo trecho o João disse: “estou aqui tentando apagar da minha mente o que vem pela frente”. E eu tentando apagar tudo o que pudesse me puxar pra trás. Mais à frente, duas placas indicando subida íngreme. Eu negociando com meu limite e aparecerem aquelas malditas placas. Como poderíamos apagar da nossa mente a dificuldade das imensas subidas com aquelas malditas placas na beira da estrada. Minha vontade era derrubá-las e isolá-las no meio do mato, com raiva. Mas foco na lanterna e pé no pedal. E tome chuva fina. O lixorak funcionou! Eu já nem sabia mais se minha panturrilha estava doendo ou se estava dormente. Passamos por Pentagna, Santa Inácia, Osório e, enfim, a reta final chegando a Valença. E o João me solta essa: “eu não queria ter mais 30km à minha frente”. Prontamente respondi: “se tivéssemos 30km à frente, acho que não estaríamos falando disso de jeito nenhum”. Chegamos. Casa da mãe, banho quente e leite quente. Sentado à mesa penso como é incrível como, após um pedal pesado como esse, nossa mente seleciona o que há de melhor e apaga a parte difícil, o sofrimento. Não que deixemos de lembrar das partes penosas, das subidas, das dores, mas, no fim do pedal, tudo isso é vitória. O chocolate quente alivia a garganta e o pulmão, e, na cabeça, já começo a pensar no próximo pedal. É isso aí!!!!!

[Nota do blog:] se você vai pedalar pelas cidades desse roteiro, pode consultar campings, hostels, pousadas e hotéis nos links abaixo:

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Bike Cana 2013

Imagine um passeio de bike com mais de 150 ciclistas de várias cidades diferentes. Crianças, famílias e amigos reunidos em dois dias de pedal pelas mais belas estradas de Minas Gerais.

Pois esse é o Bike Cana, um evento de cicloturismo e mountain bike que acontece desde 1997! A edição desse ano (a 16ª!) aconteceu no último final de semana, e eu tive o prazer de pedalar (e registrar) a convite do amigo Ricardo, um dos organizadores da prova.

Por que Bike Cana?

O nome surgiu pois a região de Presidente Bernardes (também conhecida como Calambau, antigo nome do município) é famosa pela produção de cachaça em pequenos alambiques espalhados pela sua zona rural. A cidade realiza anualmente a Festa da Cana e Festival da Cachaça. Os criadores do evento decidiram então juntar a paixão pelas bicicletas e homenagear a região onde moravam e pedalavam, unindo a Bike e a Cana e dando nome ao evento.

 

Cartaz do Bike Cana 2013
Cartaz do Bike Cana 2013

Nesse ano foram 120 quilômetros em belíssimas estradas de terra em dois dias. No sábado, saímos da cidade de Presidente Bernardes e pedalamos 65km até Viçosa. No dia seguinte, retornamos a cidade de Presidente Bernardes por um caminho um pouco mais curto (e igualmente belo) de 55 quilômetros. Tudo isso com uma belíssima estrutura: carros de apoio para levar as bagagens, um carro pipa com água geladinha o tempo todo (!), várias paradas pra lanche, animadas com boa música. Uma verdadeira festa.

Eu pedalei com uma bike emprestada (na foto abaixo): quadro 18, grupo Deore LX, muito boa!

Magrela pronta para o Bike Cana 2013
Magrela pronta para o Bike Cana 2013

Pra vocês terem ideia de como foi, resolvi fazer o relato do Bike Cana 2013 em 3 posts, todos com muitas fotos e vídeos. É só clicar nos links abaixo e conferir. Quem sabe não se empolgam para o próximo ano hein?

Eu espero estar lá de novo!

Bike Cana 2013 – 1º Dia – Presidente Bernardes – Viçosa

Bike Cana 2013 – 2º Dia – Viçosa – Presidente Bernardes

Cicloturismo: Bike Cana 2013 – 1º Dia – Presidente Bernardes – Viçosa

Cicloturismo: Bike Cana 2013 – 1º Dia – Presidente Bernardes – Viçosa

O primeiro dia do passeio começou com muita empolgação. Na praça da cidade de Presidente Bernardes, o carro de som e o locutor do evento animavam os ciclistas que se concentravam. Todo mundo ajeitando suas bikes, fazendo os últimos preparativos para sair. Teve até o sorteio de uma bicicleta para alguns garotos da região que pedalavam com bikes emprestadas. Muito legal mesmo.

Bike Cana 2013
Largada do Bike Cana 2013, em Presidente Bernardes (MG)
... com direito a sorteio de bike!
… com direito a sorteio de bike!

As 10:30 partimos todos. Estava com a adrenalina lá em cima. Uma bike muito boa (que estava pedalando pela 1ª vez), e 65km de estradas de terra e caminhos desconhecidos pela frente.

Começamos todos juntos, e com o passar do tempo os ciclistas foram naturalmente “se espalhando” pelo caminho, e as pessoas de ritmo parecido se formando pequenos grupos. Todo o percurso do passeio era muito bem sinalizado, com placas do evento ou então com setas amarelas pintadas nos postes de cerca, árvores, etc.

Logo no começo do passeio uma estrada bem bonita cercada de eucaliptos e uma ponte de arame pra atravessar. Tanto tempo de asfalto e tinha me esquecido de como o mountain bike proporciona esse espírito de aventura tão gostoso.

A ponte balançava muito!
A ponte balançava muito!
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Nas paradas para os lanches nos agrupávamos de novo, e lá estava o carro de som, boa música, o locutor animando a galera. Lanchei rápido na primeira parada, o corpo ainda estava esquentando e queria mais pedal. O percurso estava mais ou menos equilibrado entre as subidas e descidas. Algumas subidas mais duras, mas logo depois, descidas muito boas pra soltar a bike. Apesar de muito tempo sem pedalar uma mountain bike, até que mantive uma técnica razoável.

Em São Manuel...
Em São Manuel…
... uma parada para lanchar e descansar.
… uma parada para lanchar e descansar.

Tinha esquecido (mas meu corpo logo me lembrou) de um detalhe importante: pedalar em estradas de terra, trilhas, com mountain bikes com pneus largos e com cravos cansa muito! Com relação ao esforço, 30 km pedalando na terra pra mim deve ser a mesma coisa que pedalar 80 km no asfalto!

Na cidade de Paula Cândido foi a hora de um rango mais reforçado: uma macarronada no capricho pra recarregar as energias para o percurso final. Chegamos em Viçosa pouco antes de anoitecer, pela Universidade Federal. Nos agrupamos todos e saímos já a noite fazendo muita festa até a antiga estação ferroviária da cidade.

Turma em Paula Cândido (MG)...
Turma em Paula Cândido (MG)…
E a chegada na Universidade Federal de Viçosa
E a chegada na Universidade Federal de Viçosa

Estava cansado, mas muito satisfeito. Um banho caprichado, uma pizza, e uma boa noite de sono. Estava pronto para o dia seguinte!

No início do post está o vídeo do primeiro dia do Bike Cana 2013. Amanhã publico o relato do segundo dia. Fiquem ligados!

Clique aqui e saiba mais sobre o Bike Cana

Veja como foi o 2º dia do Bike Cana 2013

Cicloturismo em Carrancas – MG

Por Léo Cirino
Em 2011 fomos em grupo para Carrancas, aqui em Minas Gerais, planejando três dias de pedal pela região.  Turma de primeira, quase vinte anos de convivência dentro e fora das trilhas, pousada tranquila e comida da melhor – em algumas noites o chef do grupo nos presenteou com massa e molho artesanais.

A região, como poucas, mescla estradões que nos dão tempo para apreciar a vista e trilhas técnicas, enredo costurado por riachos e pontuado com cachoeiras.

Alguns sustos, muita conversa boa e o visual que só os mineiros tem no seu “quintal”.
Abaixo o vídeo da primeira parte do primeiro dia.

Carrancas D1 P1 from Leo Cirino on Vimeo.

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Cicloturismo na Serra Gaúcha e Catarinense

Por Sérgio Mazzini
No final do mês de novembro 03 amigos resolveram montar uma viagem de aproximadamente 800 km pelas serras Catarinenses e Gaúchas. Pedalando Sérgio Mazzini, Álvaro dos Santos, Valfrid Renaldo Schönrock e Francisco Vinci (motorista do carro de apoio e Ciclista). A viagem teria inicio no dia 02 de janeiro e terminava uma semana depois.
Pois então bikes prontas, bagagem no carro e enfim dávamos inicio a nossa grande viagem pelo sul do País. Viagem com objetivo de conhecer novos lugares, novas culturas, tudo isso embarcado em cima de uma bicicleta.

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Eram 05 da manhã do dia 02 de janeiro de 2011 quando em frente a minha casa (Sérgio) demos inicio a viagem. Nosso objetivo do primeiro dia era chegar a Lages, percorremos o interior de várias cidades, passamos por diversas serras, estrada de chão, asfalto com e sem acostamento, mas sempre atentos.
Chegando a Lages paramos para almoçar e descansar um pouco.

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Já tínhamos pedalado mais de 130 km víamos que estávamos em boas condições de continuar e atravessar a divisa que ficava a mais uns 40 km.
Faltando poucos menos de 5 km para chegar a divisa uma forte chuva estava vindo em nossa direção. Infelizmente não conseguimos escapar e atravessamos a divisa o baixo de chuva.

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Cicloturismo na Serra Gaúcha
Cicloturismo na Serra Gaúcha
Mas a chuva não estragou a alegria dos amigos. Paramos num bar para esperar a chuva parar, mas nada, então resolvemos tocar de carro até a cidade de Antonio Prado, RS.
Lá achamos um hotel barato com café da manhã incluso.

Cicloturismo na Serra Gaúcha
Cicloturismo na Serra Gaúcha
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No Segundo dia nosso objetivo era chegar a Bento Gonçalves. Pelo caminho encontra pelas paisagens como cachoeiras. Atravessamos uma linda serra aonde descemos 12 km e subimos os mesmo 12 km pelo outro lado.

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Terminando a Serra paramos em Nova Roma do Sul para tomarmos um café na casa desta senhora no qual fomos muito bem recebidos

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De lá passamos por Farroupilha e até em fim chegarmos a Bento Gonçalves. Em Bento chegamos a uma fabrica artesanal que faz erva de chimarrão.

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Deparamos com uma roda da Água na fabrica e aproveitamos para nos refrescar devido ao calor que fazia naquela tarde.
Logo em seguida fomos para o centro da cidade achar um hotel para passamos a noite e no dia seguinte tirarmos um descanso e passarmos pela cidade para conhecermos as vinícolas. Claro tudo de bicicleta.

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No dia seguinte ai sim todos inclusive o motorista Chico pode ir com a gente pedalando pela cidade, paramos em diversas vinícolas para conhecer, paramos também para conhecer a Maria Fumaça que havia na cidade.

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Tudo de bom em Bento Gonçalves, mas ti amos que continuar nossa viagem, no dia seguinte acordamos cedo e seguimos para Gramado, este dia foi um dos dias mais pesados devido as fortes serras e o calor que nos acompanhou. Saímos de Bento Gonçalves, passamos por Nova Petrópolis e até chegar ao final do dia em Gramado.

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Em Gramado ficamos hospedados dois dias. Visitamos os principais parques a noite conhecemos o Natal Luz em Gramado no primeiro dia e no segundo visitamos os parques em Canela cidade visinha de Gramado e em seguida fomos para São Francisco de Paula aonde ficamos no Parque das 7 cachoeiras.

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Para São Franscisco o Pedal foi mais tranquilo e mais curto, cerca de 44 km até la.
Em São Franscisco chegamos cedo e com isso fomos visitar as 7 cachoeiras do parque. Segundo a proprietária levaria mais de um dia. Mas como nosso tempo era curto conseguimos fazer na parte da manhã do dia seguinte.

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Terminando o passeio para as cachoeiras arrumamos nossas coisas e fomos para Cambará do Sul aonde visitaríamos os Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral. Parte deste trajeto fizemos de carro devido ao mal estado da rodovia sem acostamento. Chegando em Cambara nos hospedamos e no dia seguinte acordamos cedo e fomos para o Cânion Fortaleza em seguida para o Cânion Itaimbezinho. Neste segundo cânion tivemos o primeiro pneu furado em toda a viagem. Visitamos as duas trilhas do Itaimbezinho e seguimos para Serra do Faxinal e depois Praia Grande ande ficaríamos mais uma noite.

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Devido ao Mal tempo resolvemos tocar de la de carro até Lauro Mullher aonde terminariamos o nosso último dia de pedal na Serra do Rio do Rastro. La achamos um hotel barato nos pés da Serra e com um visual de tirar o folego.

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Foram 8 dias de Pedal, mais de 750 km pedalados com média de 93,75 km/dia, total de 1200 km ( com transporte de carro).
Principais cidades por onde passamos:
Rio do Sul, Lages, Antonio Prado, Farroupilha, Bento Gonçalves, Gramado, Canela, São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Praia Grande, Lauro Müllher e Bom Jardim da Serra.
Todas as fotos você pode encontra neste link do Facebook clicando aqui

[Nota do blog:] se você vai pedalar pela Serra Gaúcha pode conferir uma lista de albergues, campings, hotéis e pousadas aqui

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Como o Cicloturismo mudou minha vida

Por José Carlos de Souza

O ano de 2011 foi complicado pra mim, pois perdi dois irmãos e coisas muito estranhas aconteceram a minha volta. Então, então depois de adiar uma história (por uns dois anos),  peguei minha bike levei em minha oficina de confiança. Fiz uma revisão, coloquei um selante e parti!

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Fiquei cinco dias pedalando por minha região perto de minha cidade (não manjo nada de mecânica de bike e tal, mas arrisquei). Me libertei por cinco dias ,pedalei 254 km em cinco dias, dormindo na casa de amigos, revendo pessoas que fazem parte da minha vida, e refiz minha história de vida. Hoje sou uma pessoa um pouco melhor, acredito no poder de libertação que a bicicleta me traz, e na maravilha que as pedaladas me trazem.

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Hoje eu e mais sete amigos estamos planejando um pedal para a Patagônia Chilena. E tudo nasceu depois que passei por essa renovação!  A  primeira foto é na cidade de São Francisco Do Sul (ao fundo a Baía da Babitonga). A segunda foto é na Vila da Glória, e a terceira foto na Ponta do Farol.

Como o cicloturismo mudou minha vida
Como o cicloturismo mudou minha vida. Foto: acervo pessoal José Carlos de Souza
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