Convite: relato-palestra sobre cicloturismo no Vivência Outdoor 2017

Olá pessoal! Esse é um post com boas notícias (e um convite pra você)  🙂

Eu estarei no Vivência Outdoor 2017, apresentando um relato de cicloviagem dentro da programação do evento.

O relato será sobre minha cicloviagem de Caxambu (MG) a São Bento do Sapucaí (SP), que está registrada aqui no blog. Foram 200km em 3 dias, a maioria por estradas de terra, percorrendo trechos da Estrada Real e do Circuito das Águas.

Será a oportunidade de saber um pouco mais sobre as aventuras, perrengues e descobertas de uma cicloviagem no estilo “Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta”.

Além disso, estou enriquecendo o relato com muitos vídeos, fotos e dicas sobre cicloturismo, pois o evento conta não só com amantes da bike, mas também praticantes de diversas atividades outdoor – ou seja, potenciais cicloturistas 🙂

Não conhece ainda o Vivência Outdoor? Então olha só como o evento deste ano está caprichado.

O Vivência Outdoor 2017

vivência outdoor 2017

O Vivência Outdoor é um evento sobre aventura e atividades outdoor diversas como escalada, trekking, cicloturismo e muito mais. Com apenas 2 anos de vida, já está se tornando uma referência entre os eventos do segmento outdoor no Brasil.

O “Vivência” vai acontecer de 29 de abril a 01 de maio na Fazenda Faraó, em Cachoeira de Macacu, a aproximadamente 120km do Rio de Janeiro.

Nos três dias de evento, serão ao todo 15 atividades e 18 palestrantes.

A programação completa você pode conferir neste link: http://vivenciaoutdoor.com.br/programacao-2017/

E para saber mais sobre o Vivência outdoor 2017, basta acessar o site do evento: http://vivenciaoutdoor.com.br/

E abaixo, um vídeo com o convite para o evento:

E para os leitores aqui do blog que curtem bike e cicloturismo, o evento terá também a palestra “Circuitos de Cicloturismo: Conheça o Brasil pedalando”.

A palestra será ministrada pelo meu amigo Fábio Almeida, do site Pedal Nativo, parceiro do blog no nosso Curso de Cicloturismo: Planejamento e Treinamento.

Espero você por lá! Um abraço e boas pedaladas.

 

Seguro para cicloturismo: veja como contratar a melhor opção para a sua viagem de bike

Atualizado em 17/06/2019

Esse post é dedicado para você que já conhece e está decidido a contratar um seguro para cicloturismo. Vamos mostrar pra você como fazer e como escolher a melhor opção entre as disponíveis.

Se você ainda quer se informar um pouco sobre segurança  no cicloturismo ou conhecer mais sobre seguro de viagens para cicloturistas, indico que leia antes outros dois artigos que fiz:

[icon size=”medium” name=”e-info-circled”] Segurança no Cicloturismo: 8 dicas importantes para suas viagens de bike

[icon size=”medium” name=”e-info-circled”] Seguro de viagem para cicloturistas: entenda porque você deve considerá-lo no seu planejamento de viagem

Como escolher o seguro para cicloturismo: várias opções em um mesmo local

criar roteiros de cicloturismo - seguro para cicloturismo
Direitos autorais: wavebreakmediamicro / 123RF Imagens

A dica que eu dou é fazer o seguro na Real Seguro Viagem, que são parceiros aqui do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta. A principal vantagem é que eles reúnem diversas seguradoras, e possuem muitas opções indicadas para cicloturismo.

Além disso, a plataforma deles é bem fácil de usar, como eu explico a seguir.

Como contratar o seguro para cicloturismo em 3 passos

Você pode contratar o seguro para cicloturismo seguindo os 3 passos a seguir. Se preferir, pode conferir também as instruções em vídeo, que estão em seguida.

1º passo – Digite na caixa abaixo o seu destino e as datas de partida e chegada e clique no botão “COMPARAR” (irá abrir um link em um outra janela).

2º passo – Aparecerá uma lista de seguradoras e de tipos seguros. Essa é a hora importante para o cicloturista. Você deve escolher os seguros que possuem cobertura de pática esportiva, que estão sinalizados com a palavra “Esportes” (no detalhe da foto abaixo). São eles:

  • GTA Full Sports: um dos mais indicados para cicloturismo, especialmente se for pedalar por trechos de difícil acesso. Assistência médica de até U$ 60.000, e a cobertura é total para busca e salvamento.
  • GTA Euro Sports: Assistência médica de até U$ 30.000. A cobertura inclui busca e salvamento até o valor de U$ 30.000.
  • Vital Card MultiSports: assistência médica de até US$ 50.000 e sem valor para extravio de bagagem. Não possui busca e salvamento.
seguro de viagem para cicloturistas

Clicando em “ver coberturas” você tem acesso a todos os valores e coberturas de cada tipo de seguro. Abaixo você confere as coberturas do GTA Euro Sports e Full Sports

Cobertura GTA Euro Sports. Atenção para os itens em vermelho, importantes para cicloturismo.
Cobertura GTA Full Sports. Atenção para os itens em vermelho, importantes para cicloturismo.

3º passo – Preencha seus dados e prossiga a contratação.

Atenção para os detalhes da cobertura para cicloturistas

  • Para ter direito à cobertura, o cicloturista deverá utilizar equipamentos de segurança (inclusive capacete) em suas viagens.
  • O seguro também cobre a prática de esportes, como provas de mountain bike, granfondos etc.

[Nota do blog]: Esse não é um post patrocinado. Nós somos parceiros e utilizamos os serviços da Real Seguro em nossas viagens. Dessa forma, quando você contrata um seguro utilizando algum link aqui do Até Onde, nós recebemos uma comissão.

Você escolhe a melhor opção pra sua viagem e ainda nos apoia a continuar produzindo conteúdo de qualidade sobre cicloturismo 🙂

Segurança no cicloturismo: 8 dicas importantes para suas viagens de bike

Post atualizado em 17/06/2019

O que você precisa para tomar a decisão de fazer uma viagem de bike? A lista pode ser grande, mas a segurança no cicloturismo é o principal fator avaliado na hora da nossa decisão.

Tem dúvidas? Então veja apenas três coisas que pensamos para nossas viagens de bike, que estão de alguma forma relacionadas à segurança:

  1. Por quais estradas iremos pedalar? (devem ser seguras)
  2. Vamos sozinhos ou acompanhados? (pode alterar nossa percepção sobre a segurança)
  3. O que vamos levar na cicloviagem? (itens de segurança)

E a lista pode crescer e muito.

Pensando nisso, resolvi escrever esse artigo sobre segurança no cicloturismo. Além de falar um pouco sobre a importância da segurança para uma viagem de bike, vou dar 8 dicas práticas e úteis de segurança pra você utilizar em suas cicloviagens. Vamos nessa!

A Segurança no Cicloturismo

O bairro do Salão, em Wenceslau Braz (MG). Foto: André Schetino

A segurança é basicamente a percepção que temos de estarmos livres de ameaças e riscos diversos. Ela é um estado de espírito, uma sensação, que tem uma carga subjetiva muito grande.

Ou seja: uma mesma situação pode ser considerada segura para uma pessoa e insegura para outra.

Então podemos dizer que segurança no cicloturismo está diretamente ligada à nossa percepção de bem estar durante as viagens de bicicleta. Vejamos um exemplo simples:

Viajar de bicicleta é seguro?

segurança no cicloturismo
Direitos autorais: aaabbbccc / 123RF Imagens

Vamos analisar essa pergunta de acordo com diversas variáveis:

  1. Nível de experiência: um cicloturista experiente, que já fez muitas viagens de bike, pode ter uma percepção. Pode ter a experiência acumulada e a vivência para se sentir um pouco mais seguro, quando comparado, por exemplo, com alguém que vai fazer a sua primeira viagem de bike.
  2. Nível de preparo para uma cicloviagem: uma pessoa bem preparada fisicamente também pode ter uma percepção de segurança maior do que uma pessoa que “não tem certeza se vai dar conta” de cumprir o trajeto proposto.
  3. Nível de planejamento para uma cicloviagem: uma viagem bem planejada, com locais de hospedagem definidos, todos os itens organizados e separados através de um checklist de cicloturismo.
  4. Segurança do percurso e dos locais visitados: pesquisar sobre as condições de segurança das estradas e dos locais visitados também é um fator fundamental para que a resposta para a pergunta acima seja “sim”.

Segurança e Risco no Cicloturismo

Toda atividade envolve algum tipo de risco. “Viver é muito perigoso”, já dizia Guimarães Rosa. As vezes é justamente o risco que nos motiva à prática da atividade. Mas independente do nível de risco de cada atividade – que pode ser maior ou menor – existe sempre a necessidade da prática segura.

Quem salta de paraquedas, por exemplo, toma uma série de medidas de segurança com relação aos procedimentos para o salto e os materiais que utiliza. Porque quer saltar de novo, e de novo, e de novo.

Da mesma forma, quem viaja de bicicleta sabe dos eventuais riscos que corre, mas quer voltar pra casa e guardar na memória as sensações dessa aventura. E quem saber, fazer muitas outras viagens.

No caso do cicloturismo, cabe a nós compreender os riscos de cada viagem que fazemos, e tomarmos as medidas de segurança necessárias.

Mas além disso, existe um outro fator importante, como veremos a seguir.

Um problema real do cicloturista: o medo e a preocupação dos familiares e amigos

Direitos autorais: olegdudko / 123RF Imagens

Essa é uma situação pela qual a maioria dos cicloturistas já passou (ou ainda passa). Me lembro quando comecei a andar de bike pelas ruas de Belo Horizonte, e alguns anos depois, a fazer cicloviagens.

Além da preocupação da família, vinham sempre as falas dos amigo:

“Mas você não tem medo de ser roubado?”

“Mas não é perigoso?”

“Você é maluco! Sair pedalando nessas estradas cheias de caminhões…”

E muitas outras frases.

Sobre isso eu tenho um alerta a fazer. O medo é um sentimento importante, pois ajuda a nos proteger e avaliar as condições do que fazemos.

Mas é preciso que tenhamos cuidado pra esse medo não nos paralisar. E o que é o pior: cuidado para o medo dos outros nos impedir de fazer o que gostamos.

Eu tenho alguns conhecidos que já deixaram de pedalar ou fazer cicloviagens por causa da família. Por isso mesmo, tomar as medidas de segurança é bom não só pra você, mas também tranquiliza e passa confiança aos parentes e pessoas queridas.

Fique então ligado nas nossas dicas de segurança no cicloturismo. Aplique nas suas cicloviagens, e mostre para os seus familiares.

8 dicas de segurança no cicloturismo

1 – Escolha bem seu trajeto

criar roteiros de cicloturismo
Direitos autorais: cunaplus / 123RF Imagens

No caso do trajeto, se informe antes sobre as estradas que vai percorrer. Evite estradas perigosas, seja pela questão do trânsito ou da (falta de) segurança. Se for pedalar por trilhas, estradas mais desertas, evite manobras arriscadas.

Dica bônus – um GPS ajuda muito

Sei que é um investimento um pouco caro, mas a palavra correta é investimento mesmo, pois ajuda demais.

O GPS para ciclismo vai te dar mais segurança, pois você pode não só carregar a sua rota de pedal como também navegar por ela.

Aqui no Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta temos um artigo bem completo sobre GPS para ciclismo que pode esclarecer todas as suas dúvidas. É só clicar e conferir.

2 – Deixe com algum parente/amigo o seu planejamento de viagem

criar roteiros de cicloturismo
Direitos autorais: wavebreakmediamicro / 123RF Imagens

Mesmo que você possa alterar o seu planejamento durante a viagem, é interessante deixar com alguém essas informações: o trajeto que vai percorrer a cada dia, telefones de pousadas etc.

Se você usa GPS ou alguns aplicativos de celular (como a versão paga do Strava, por exemplo), você pode também compartilhar a sua rota com algum familiar. Isso deixa a pessoa muito mais tranquila.

3 – Mantenha contato

Hoje em dia temos sinal de celular ou internet na maioria dos locais por onde pedalamos. Caso o local seja muito distante e não possua, certamente terá um telefone público. Eu usei um em uma cicloviagem em 2009. Lembre-se: nós podemos estar aproveitando e curtindo demais a viagem, mas quem ficou em casa não sabe. Um telefonema pra avisar que está tudo ok tranquiliza demais.

4 – Leve com você documentos pessoais e suas informações de saúde

Direitos autorais: moleks / 123RF Imagens

Ande sempre com seus documentos de identificação e informações de saúde. Um bilhete ou papel informando o seu tipo sanguíneo, se faz uso de alguma medicação ou se tem alguma condição especial de saúde.

5 – Leve dinheiro de diversas formas

Não seja surpreendido em locais que podem não aceitar cartões, cheques etc. Leve também dinheiro em espécie. Eu sempre sugiro levar em uma quantidade que te permita pegar uma condução até a cidade mais próxima, por exemplo.

6 – Atenção para alimentação e hidratação

Beba bastante água!

Especialmente se for pedalar por muito tempo em locais desertos ou sem estrutura. A desidratação ou falta de alimento pode levar o ciclista à estafa completa. O rendimento do pedal caí muito. Tenha sempre água e comida de reserva em uma cicloviagem.

7 – Leve os equipamentos corretos

Não deixe que pequenos problemas comprometam a segurança da sua viagem. Por exemplo, você não planeja pedalar à noite. Mas, por algum imprevisto (um simples pneu furado, por exemplo) você perdeu tempo e acabou precisando pedalar à noite. Nesse momento um farol e iluminações traseiras são fundamentais para sua segurança na estrada.

Você pode ter acesso a uma lista de equipamentos que eu aconselho levar para uma viagem de bicicleta no nosso ebook Guia para Viajar de Bicicleta – Volume 1. O download é gratuito.

E vale também uma olhada no post que fiz sobre problemas que podem fazer a sua cicloviagem terminar antes da hora (e como resolvê-los).

8 –

Review bicicleta dobrável Two Dogs Pliage Alloy

Nesse artigo eu apresento pra vocês o Review da bicicleta dobrável Two Dogs Pliage Alloy. Eu testei a bike por cerca de 300km e aqui nesse post você confere os testes com vídeo, fotos e avaliações. No final do post está a nota que demos para o produto.

A bicicleta dobrável Two Dogs Pliage Alloy

review bicicleta dobrável two dogs pliage alloy

A Pliage Alloy é uma bicicleta dobrável rápida e muito prática. Possui quadro em alumínio, paralamas com refletivos, câmbio indexado Shimano com 7 marchas, pneus aro 20 de alta pressão e freios à disco.

É indicada para quem quer a praticidade de uma bicicleta dobrável: poder guardar em qualquer espaço, integrar com outros meios de transporte da cidade (carro, metrô, ônibus) etc.

O sistema de dobrar e desdobrar é bem simples (eu demorei cerca de 45 segundos pra dobrar e desdobrar a bike). O peso é mais ou menos o padrão das bicicletas dobráveis no mercado (aproximadamente 12,5kg)

Review bicicleta dobrável Two Dogs Pliage Alloy

Foto: André Schetino

Eu pedalei cerca de 300 km com a bike, e gostei bastante. Já é o terceiro modelo de bicicleta dobrável que eu pedalo, e percebi na Pliage alguns diferenciais: freio à disco, roda estrela, pneus de alta pressão (100 libras para calibrar). Tudo isso deixa a bike bem rápida, com um desempenho um pouco acima das dobráveis mais voltadas para o lazer.

Uma bike dobrável de qualidade, indicada pra quem quer usar bastante no dia a dia. No vídeo abaixo você as imagens e todos os detalhes do teste, além de algumas dicas e indicações sobre a bike dobrável.

Minha opinião sobre Pliage Alloy

review bicicleta dobrável two dogs pliage alloy
Na Lagoa da Pampulha. Foto: André Schetino

Eu gostei bastante de pedalar com a bike. Como disse, achei o desempenho dela um pouco melhor comparado com outras dobráveis que já experimentei. O conjunto rodas/pneu deixa ela rápida. É como se ele tivesse, além da pegada de lazer das dobráveis, uma pegada um pouco mais agressiva, esportiva mesmo. Uma bike boa pra quem quer pedalar muito.

review bicicleta dobrável two dogs pliage alloy
Visitando os grafites de Belo Horizonte. Foto: André Schetino

Eu acho a bike dobrável uma excelente opção (talvez a melhor) para o commute, que são os trajetos casa-trabalho ou casa-estudos pela cidade. Nesse caso, eu aconselharia a instalação de um bagageiro (o quadro da bike já vem com furação), pois eu não gosto muito de pedalar com mochila nas costas.

Outra vantagem são os passeios. Como a bike é fácil de ser transportada (cabe no porta malas de um carro pequeno) pode ser levada para conhecer outras cidades, ou locais mais distantes.

Dados técnicos

Produto: Bicicleta dobrável Two Dogs Pliage Alloy

Fabricante: Two Dogs

Tamanho Aberta: 150 x 110 x 57cm.

Tamanho Dobrada: 82 x 64 x 42cm.

Peso: aproximadamente 12,5kg

Preço: R$ 1989,00 (janeiro de 2017). Clique abaixo para pesquisar o preço atualizado.

[hr style=”striped”]

Esse produto foi enviado pela Two Dogs e avaliado pela equipe do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta de forma gratuita. Esse review representa a opinião da equipe do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta. Entenda como compramos/recebemos e avaliamos os produtos em nossa Política de Reviews

[hr style=”striped”]

Como criar roteiros de cicloturismo originais em 3 passos

Post atualizado em 17/06/2019

Uma das etapas mais legais do planejamento de uma cicloviagem é sem dúvida a criação do roteiro. Definir o percurso, os pontos de interesse, a rota mais segura e que mais combina com o seu estilo de viagem. Criar roteiros de cicloturismo pode não ser uma tarefa simples pra alguns.

Mas com a prática, um bom método e as ferramentas corretas você vai conseguir planejar roteiros originais para suas cicloviagens.

E foi pensando nisso que eu criei esse post, onde divido com você o meu método de criação de rotas para as minhas cicloviagens. É um método pessoal, que você pode copiar integralmente ou adaptar da forma que achar melhor. Eu já fiz 3 cicloviagens usando esse método e tem funcionado bem pra mim.

Se preferir, assista a esse conteúdo no vídeo abaixo:

Ou então continue a leitura do post 🙂

Uma dica pra começar

Gpsa para ciclismo garmin edge 1030
GPS Garmin Edge 1030

Você pode utilizar os roteiros montados por você no seu GPS ou smartphone. Aqui no Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta temos um Post Guia especial sobre GPS para ciclismo, onde você pode saber tudo sobre esse aparelho. É só clicar no link e conferir.

Ah, e no final do post eu apresento 5 sites (alguns com aplicativos para celular) nos quais você pode desenhar os roteiros de cicloturismo gratuitamente. Alguns deles nós utilizamos para montar as rotas entre 200 e 600km das provas do Inconfidentes Pedalantes, clube de ciclismo de longa distância do qual faço parte aqui em Belo Horizonte.

Então fique ligado nas dicas abaixo pra começar a tirar os sonhos da cabeça e montar o seus roteiros de cicloturismo.

O problema: onde encontrar roteiros de cicloturismo?

criar roteiros de cicloturismo
Direitos autorais: wavebreakmediamicro / 123RF Imagens

Essa é uma dúvida que aparece muito entre os leitores que me escrevem aqui no blog. Ela não vem na forma da pergunta acima, mas sim de muitas outras, como por exemplo:

  • “Estou querendo ir da cidade “X” para a cidade “Y”. Já fez esse trajeto? Conhece alguém que fez?”
  • “Como faço para ir do lugar “X” para o lugar “Y”? Preciso de dicas”
  • “Estou querendo fazer uma viagem de “A” até “B”. Você possui um roteiro ou arquivo para GPS?”

Essas perguntas mostram como ainda é difícil encontrar informações sobre rotas de bicicleta. Ou seja:

nem sempre o roteiro ou a informação que você procura está disponível na internet.

Por isso é importante saber criar roteiros de cicloturismo. Isso vai trazer mais autonomia e segurança para sua cicloviagem, pois vai pedalar com conhecimento da rota, sabendo como adaptar no caso de necessidade etc.

Para os roteiros clássicos – como a Estrada Real, Caminho da Fé, Vale Europeu, entre outros – as informações são abundantes. Temos relatos, muitas fotos, vídeos e rotas de GPS encontradas facilmente seja aqui no blog ou nos grupos de cicloturismo da internet.

Mas, e se quisermos fazer uma viagem com um roteiro original? Passear por um local pouco visitado, sobre o qual ainda não se possui muita informação na internet?

A solução: criando roteiros de cicloturismo originais

Esse é o momento em que você vai dar asas à sua criatividade e criar roteiros de cicloturismo “do zero”.

Imagine que você tem uma viagem de trabalho marcada, e quer aproveitar para pedalar por alguns dias na região onde vai visitar. Ou ainda, fazer uma cicloviagem por uma região que foi importante na sua história, onde viveu parte de sua infância, ou onde possui parentes e amigos queridos prontos para lhe receber com sua bike.

Essa pra mim é a parte mais legal de criar um roteiro original de viagem de bike. É como se você tivesse uma folha em branco (no nosso caso, um mapa) prontinho pra você criar em cima dele e colocar o seu sonho – que vai virar realidade – desenhado.

Então vamos treinar! Abaixo o passa-a-passo que eu utilizo para criar os meus roteiros de cicloturismo.

Criando de roteiros de cicloturismo em 3 passos

1 – Coloque o roteiro no Google Maps

Cicloturismo na Puglia: o roteiro da cicloviagem
Roteiro de cicloviagem que fiz na região da Puglia (Itália)

Esse é um primeiro passo bem simples, com o qual muitos estão familiarizados. Eu faço isso para ter os primeiros dados sobre o roteiro: distância e caminhos alternativos.

Basta colocar no Google Maps as cidades de origem e destino e selecionar o meio de transporte desejado.

Dica: o Google habilitou recentemente em algumas regiões a opção de escolha da bicicleta como meio de transporte. Isso vai lhe dar algumas informações como altimetria do percurso, o que é um dado muito importante. De qualquer forma, essa informação também estará disponível na hora de desenhar os roteiros nos sites de criação de rotas.

Caso a opção da bicicleta não esteja disponível, eu seleciono à pé, pois dá o caminho mais curto. E depois seleciono a opção do carro, para comparar e ter ideia do trajeto dentro das mãos de direção de eventuais rua.

Depois o Google Maps vai te apresentar a rota, destacada em azul, além de eventuais rotas alternativas em cinza. Nessa hora você poderá utilizar o mouse e arrastar o trajeto em azul, modificando para testar rotas de sua preferência. Veja um exemplo de exploração de rotas alternativas que eu utilizei em uma cicloviagem.

Utilizando o Google Maps para definir roteiros de cicloturismo.

O exemplo abaixo foi de uma cicloviagem que fiz em 2015, entre Caxambu (MG) e São Bento do Sapucaí (clique no link para ver o relato). Você pode acompanhar pelas fotos.

criar roteiros de cicloturismo - exemplo
Três opções de caminhos, todos por estradas estaduais e/ou federais…

O Google Maps me dava três opções de trajetos, passando por estradas estaduais ou federais mais movimentadas. Porém, eu queria fazer uma cicloviagem mais tranquila, de preferência por estradas de terra, pouco movimentadas.

Arrastando o mouse no trajeto azul, percebi que tinham algumas pequenas estradas entre as duas estradas principais de asfalto. Ao arrastar o trajeto, vi que era possível fazer por estradas alternativas de terra.

buscando possibilidades de rotas alternativas...
buscando possibilidades de rotas alternativas…
Até o roteiro final
Até o roteiro final

O resultado você pode ver no post da viagem.

2 – Desenhe os roteiros de cicloturismo em um site de criação de rotas

Depois dessa primeira exploração no Google Maps, é hora de desenhar a rota em um site próprio. Mais abaixo no post eu listei 5 sites onde você pode fazer isso – a maioria deles de forma gratuita.

Por que eu utilizo esses serviços além de usar o Google Maps?

Primeiro porque eles te permitem uma série de vantagens, facilidades de uso que vão um pouco além ou funcionam um pouco diferente do serviço do Google Maps.

Vejam algumas delas:

A – Você tem mais liberdade desenhar e para alterar o trajeto

B – Os seus roteiros ficam salvos e bem organizados para consultas futuras: você pode acessar o roteiros, adicionar e modificar informações,

C – Você pode adicionar pontos de interesse no seu roteiro. Eu adiciono pontos de interesse como:

  • locais onde quero parar para visitar
  • pontos de alimentação
  • locais de hospedagem (campings, pousadas, hotéis etc)
  • informações sobre o local (condições de estrada, melhor hora para pedalar pela região etc.)

D – Você pode baixar no trajeto criado em um arquivo gpx ou outro compatível com o seu GPS

E – Em alguns sites ou aplicativos, você pode baixar a rota para o seu celular e acompanhá-la offline, sem utilizar seu plano de dados do celular

Em todos os serviços, você precisa criar uma conta (gratuita) para poder utilizar.

3 – Baixe o roteiro em todos os formatos possíveis

criar roteiros de cicloturismo
Direitos autorais: cunaplus / 123RF Imagens

Depois de pronto, você deve baixar o roteiro criado em todos os formatos possíveis. O arquivo no formato de gps (TCX ou GPX) pode ser utilizado nos aplicativos dos serviços abaixo (veja na lista os sites que possuem aplicativos para celular) ou exportado para o seu gps.

Dica importante: Além dos arquivos de GPS, você pode também baixar as planilhas. Eu gosto de ter uma planilha (em PDF) no celular e também impressa, pois apesar de toda a tecnologia, ainda podemos ter alguns contratempos tecnológicos em uma cicloviagem: bateria acabando, pedalar por locais sem sinal de operadoras de telefonia celular, quebras, perda do aparelho etc.

Bônus: 5 aplicativos para desenhar roteiros de cicloturismo

Você pode criar roteiros de cicloturismo em qualquer um dos aplicativos abaixo. Vale comparar antes quais os serviços oferecidos nas versões gratuitas e pagas.

Eu sugiro que você experimente alguns e escolha o que lhe atende melhor (mas eu não fujo da raia, e indico o que eu utilizo rsrs ).

Junto com algumas indicações eu coloquei vídeos do YouTube sobre como utilizar os aplicativos. Alguns estão em inglês. Mas nesse caso você pode habilitar as legendas do Youtube e traduzí-las para o português, clicando no botão de configuração na parte inferior do vídeo.

1 – Ride with GPS

logo_vertical_padded

Coloquei ele primeiro pois é o aplicativo que utilizo atualmente. Já me familiarizei com os comandos para desenhar as rotas.

Integrações: funciona com o Garmin Edge ou qualquer modelo de GPS que exporte/importe arquivos TCX e GPX.

Aplicativo para celular (Android / iOs): SIM

Rotas offline: SIM

Clique aqui para acessar o site do Ride With GPS

2 – GPSies

gpsies_bg_header

Outro serviço bastante utilizado, e disponibilizou recentemente aplicativos para celular.

Integrações com GPS: SIM.

Aplicativo para celular (Android / iOs): SIM

Rotas offline: SIM

Clique aqui para acessar o site do GPSies

3 – Wikiloc

wikiloc

Possui site em português, e por isso é um serviço muito utilizado por brasileiros. Se quiser alguma rota pronta, basta procurar no site. Caso contrário, pode desenhar a sua.

Integrações com GPS: SIM.

Aplicativo para celular (Android / iOs): SIM

Rotas offline: SIM

Clique aqui para acessar o site do Wikiloc

Clique aqui para acessar o site do Ride With GPS

4 – Bikemap

bikemap

A desvantagem é que não possui aplicativo para celular. Mas resolvi indicá-lo pois já foi muito utilizado (e ainda é) e por isso possui muitas rotas. Nesse caso você pode baixar o arquivo para o seu GPS.

Integrações com GPS: SIM

Aplicativo para celular (Android / iOs): SIM

Rotas offline: NÃO

Clique aqui para acessar o site do Bikemap

5 – Strava

logo_strava_0

O mais conhecido e utilizado atualmente pelos ciclistas. Possui o serviço de criação de rotas relativamente novo, e ainda não tão prático comparado com outros exemplos acima. Mas como o Strava é o aplicativo mais popular entre os ciclistas, vale a pena experimentar.

Integrações com GPS: SIM.

Aplicativo para celular (Android / iOs): SIM

Rotas offline: SIM

Clique aqui para acessar o site do Strava

Treinamento para cicloturismo: como se preparar para uma viagem de bicicleta

Post atualizado em 17/06/2019

O treinamento para cicloturismo é um dos assuntos sobre os quais mais recebo perguntas, seja aqui no blog, ou nos cursos e palestras das quais participo. Isso porque ainda existem algumas dúvidas e até polêmicas sobre o assunto.

Com base nisso, resolvi escrever esse post com informações sobre como se preparar para uma viagem de bicicleta. Primeiro, vou apresentar e esclarecer um mito que ainda atrapalha algumas pessoas a pensarem sobre o treinamento para cicloturismo.

Depois, apresento as vantagens do cicloturista bem condicionado e no final do post dou 4 dicas de treinamento para você utilizar na sua preparação para viajar de bicicleta.

Se preferir, pode conferir esse conteúdo em vídeo:

Um mito sobre treinamento para cicloturismo

Treinamento para cicloturismo
Direitos autorais: mihtiander / 123RF Imagens

Você não precisa treinar para fazer uma viagem de bicicleta. Você vai ganhando condicionamento durante a própria viagem.

Infelizmente ainda vejo essa afirmação em alguns fóruns sobre cicloturismo na internet. Na minha opinião, esse tipo de pensamento pode atrapalhar muitas pessoas que querem viajar de bicicleta.

Devemos ser corretos ao esclarecer essa afirmação. Na minha opinião, o único caso no qual você poderia dispensar o treinamento seria nas grandes cicloviagens. São cicloturistas que viajam por longos períodos, percorrendo grandes distâncias. Nesses casos, a própria dinâmica desse tipo de cicloviagem já propicia as adaptações físicas e fisiológicas do treinamento esportivo.

O fato de o treinamento poder ser dispensável (nesse caso de grandes cicloviagens) não quer dizer que não seria benéfico.

Cicloturismo não é esporte. Mas isso não quer dizer que você não precise treinar

Treinamento para cicloturismo
Direitos autorais: naumoid / 123RF Imagens

No cicloturismo não temos competição, não temos medalha e nossa única preocupação deveria ser a de aproveitar ao máximo as pedaladas e os locais que visitamos.

Mas, por ser uma atividade de lazer que envolve o componente físico, precisamos estar minimamente bem condicionados para viajar de bicicleta.

Ou seja, você vai tomar a sua cervejinha (caso seja a sua preferência), vai parar sempre que quiser para fotografar ou descansar, vai aproveitar a culinária dos locais por onde pedala… Mas vai precisar de um condicionamento físico que lhe permita realizar a atividade com prazer e segurança.

As vantagens do treinamento para cicloturismo

cicloturismo: quantos km pedalar por dia
Direitos autorais: aaabbbccc / 123RF Imagens

E é justamente por isso que o cicloturista bem condicionado consegue aproveitar melhor as suas viagens.

O bom condicionamento pode ser a diferença entre chegar ao final do dia de pedal com energia para aproveitar o seu destino, ou em chegar “morto” só querendo um banho quente e dormir.

Ou seja, o cicloturista bem condicionado aproveita muito mais o ciclo (curtindo a pedalada, conseguindo pedalar maiores distâncias e se cansando menos) e também o turismo (está mais descansado e ainda tem energia para aproveitar os destinos).

Agora que você já sabe a importância do treinamento para cicloturismo, confira algumas dicas de treinamento para você se preparar para suas viagens de bicicleta

4 dicas de treinamento para cicloturismo

1 – Mantenha a regularidade das pedaladas

cicloturismo em estrada de terra
Eu em cicloviagem por Gonçalves (MG). Estrada de terra batida em ótimo estado. Foto: Marcos Adami.

Procure pedalar pelo menos 3 vezes por semana. Nesse caso, utilizar a bike como meio de transporte e para as atividades do dia-a-dia pode ser uma ótima estratégia para manutenção do condicionamento físico.

2 – Faça pequenas cicloviagens

O Pneu Specialized All Condition Armadillo experimentando estradas de terra...
Pedal de Belo Horizonte a Taquaraçu de Minas: +- 112km

Pequenas cicloviagens podem servir como treino e experiência para projetos maiores. As vezes chamar de treino dá a impressão de uma atividade chata e repetitiva.

Mas imagine realizar pequenas cicloviagens nos finais de semana (1 dia ou 2) com pedaladas de média e longa distância? Mesmo as grandes cidades possuem locais muito interessantes para serem explorados nos seus arredores. Faça uma pesquisa em um raio de 100km próximos à sua cidade e você pode encontrar boas opções.

O cicloturismo está mais perto de nós do que imaginamos!

3 – Faça treinos técnicos com a bike carregada

... mas com belas paisagens!
Trecho da Estrada Real, que percorri em 2012

Essa é uma dica tanto para o aspecto técnico como físico da sua preparação. Faça pelo menos uma pedalada com a configuração de carga da sua cicloviagem. Dessa forma, você vai conhecer como a bike se comporta estando carregada e evitar surpresas no momento da sua viagem.

Sei que não existe muito sentido em ficar pedalando o tempo todo com uma bike carregada se não vai viajar. Mas você pode experimentar esses pedais técnicos nas pequenas viagens sugeridas no item 2, ou em algum pedal de sua escolha. O importante é saber como a bike se comporta estando carregada.

4 – Procure orientação para os seus treinos

hidratação no ciclismo
A Hidratação durante o treino é fundamental. Foto: 123RF.com

Seguindo as dicas acima você perceberá melhora no seu desempenho. Mas buscar ajuda de profissionais qualificados sempre nos ajuda a melhorar ainda mais. No caso do treinamento, o profissional de Educação Física é a pessoa que poderá te ajudar a pedalar cada vez mais longe e melhor.

Quando for escolher, é importante que esse profissional entenda e conheça o que é o cicloturismo, para poder te auxiliar dentro dos seus objetivos.