Rituaali Clínica & Spa promove a Semana da Bike

Imagine passar uma semana pedalando por belas paisagens, aprendendo mais sobre bicicleta e estilo de vida saudável. Pois são essas experiências que aguardam os participantes da Semana da Bike, promovida pelo Rituaali Clínica & Spa.

Eu conheci a Rituaali através do programa Hotéis Incríveis, no canal + Globosat. O programa faz jus ao nome a apresenta hotéis pelo mundo que são referência em diversas áreas. Nesse dia o tema era “hotéis para relaxar”.

Recebi o contato do hotel apresentando a Semana da Bike e achei a ideia muito interessante. Tanto que resolvi divulgar aqui para os leitores do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta.

O Rituaali Clínica & Spa

O Rituaali Clínica & Spa Foto: André Macieira

Rituaali Clínica & Spa é um centro de saúde e bem-estar com hotelaria cinco estrelas localizado em Penedo, a poucas horas de carro do Rio e de SP. A filosofia aplicada no Rituaali é baseada na Medicina do Estilo de Vida, uma especialidade ainda pouco difundida no Brasil que acredita que os (bons) hábitos de vida são fundamentais para manter a saúde e prevenir diversas doenças. Os médicos e a equipe multidisciplinar do Rituaali trabalham no tripé alimentação, exercício físico e tratamentos naturais para colocar o hóspede no rumo da saúde, do bem-estar e da felicidade.

A Semana da Bike no Rituaali

O Rituaali Clínica & Spa Foto: André Macieira

A Semana Especial da Bike do Rituaali acontecerá de 22 a 29 de abril. Será possível pedalar por belíssimas paisagens da região de Penedo, Visconde de Mauá e do Parque Nacional de Itatiaia, o mais antigo do Brasil.

Além de curtir os passeios, a proposta é apresentar aos hóspedes todos os benefícios da bike para o corpo, como melhoria do condicionamento físico, aumento da resistência muscular, alívio do estresse e, é claro, emagrecimento. Na programação estão contemplados treinos e passeios para diferentes perfis: ciclistas iniciantes e intermediários/avançados.

Semana da bike Rituaali Clinica Spa
O Rituaali Clínica & Spa Foto: André Macieira
Semana da bike Rituaali Clinica Spa
O Rituaali Clínica & Spa Foto: André Macieira

Durante a Semana da Bike, o Rituaali contará com o apoio de alguns parceiros. Um deles será a Specialized, marca conhecida mundialmente por sua inovação e por desenvolver bicicletas e componentes de alta performance. Serão disponibilizadas bikes para todos os participantes ou acompanhantes (incluindo as de pedal assistido) que optarem por não levar suas próprias bicicletas.

Haverá ainda exposição de bikes e sorteio de brindes. O Rituaali também contará com o apoio de Flávia Fortino, embaixadora da Specialized no Brasil e proprietária da Sport Star Bikes, que fará a manutenção das magrelas durante a semana especial.

Finalmente, o Rituaali contará com a parceria da ABUS – empresa alemã com quase 90 anos de experiência e responsável por fabricar produtos de segurança de alta qualidade –, que irá fornecer capacetes para serem utilizados pelos hóspedes durante toda a semana. A ABUS fará ainda exposição de capacetes e sorteio de brindes.

Um dos pratos do restaurante: Tofu com crosta de castanha do pará acompanhado de pure de cabotiã assada

Programação da Semana Especial da Bike

  • Trilhas na natureza e acompanhamento profissional nos passeios
  • Treinos de Speed pelas belas estradas da região
  • Palestras sobre alimentação vital no esporte e estilo de vida saudável
  • Alimentação vital vegetariana
  • Tratamentos de relaxamento no SPA
  • Palestras sobre alimentação vital e estilo de vida saudável
  • Acompanhamento completo com equipe de saúde
  • Exercícios físicos monitorados
  • Workshops de gastronomia vital
  • 7 noites de hospedagem com pensão completa

Uma semana realmente especial com muito pedal e cuidados com a saúde. Estou pensando em experimentar contar essa experiência aqui no site 🙂

Porto Seguro a Salvador pelas Costa do Cacau/Dendê: 6 dias de muita emoção e aventura

Por José César Antunes de Navarro

Mais uma vez imbuídos pelo espírito do mountain bike, iniciamos uma nova cicloviagem, desta vez com destino a Salvador, partindo de Porto Seguro, dando sequência à viagem que fizemos em novembro/2014, de Montes Claros, no Norte de Minas, até aquela cidade.

Naquela ocasião, eu, José César Antunes de Navarro, aposentado da Cia. Energética de Minas Gerais, atualmente com 62 anos, partimos rumo a Porto Seguro, juntamente com dois amigos ciclistas, igualmente praticantes do mountain bike: Carlinhos Mourão, representante comercial, 58 anos e Marco Luiz (Lalá), também representante comercial, à época com 52 anos.

Nesta nova cicloviagem tivemos a feliz companhia de quatro novos companheiros: Tallys Couto, empresário, 47 anos; Demétrio Coimbra (Dedé), igualmente empresário, 44 anos, o mais novo do grupo, Fábio Gomes Freire (Fabim), aposentado, 58 anos e Luiz Fernando Gomes Freire (Luizão), também aposentado, 64 anos, que desta vez nos superou na idade, porém detentor de uma energia invejável pra pedalar. Um dos antigos companheiros, Marco Luiz (Lalá), infelizmente, por motivos particulares, desta vez não nos acompanhou, só nos visitou na saída e ficou torcendo por nós em Montes Claros. Pessoa tranquila, amiga e que certamente fez falta. Os novos companheiros por sua vez agregaram muita qualidade ao grupo.

A nossa aventura iniciou-se em 14 de maio último (2017). O objetivo, conforme mencionado, foi pedalar de Porto Seguro a Salvador e nesse sentido foi executado um pequeno planejamento, sem muita complexidade, a exemplo da viagem anterior, que basicamente constou da definição da rota, sendo dado preferência por pedalar pelas rodovias BA-001 e BR-367, através das chamadas “Costas do Cacau e Dendê” evitando o trânsito intenso da BR-101;

Verificação através do Google sobre o perfil altimétrico de cada trecho; definição de um rol de necessidades essenciais (roupas de reposição, materiais de higiene pessoal, remédios para primeiras necessidades, repositores energéticos, ferramentas e itens de manutenção das bikes, etc). Mais uma vez optamos por não ter um caro de apoio.

Ficamos mais tranquilos, pois pela análise dos trechos, estes eram bastante povoados. Região belíssima, muito agradável, com cidades banhadas pelo mar, de belas praias e excelente culinária à base de peixe e azeite de dendê.

Cicloturismo na Costa do Cacau e do Dendê

Assim, partimos de Montes Claros (MG) com destino a Porto Seguro, de ônibus, no dia 14-05-2017, passando por Vitória da Conquista. Embalamos as bikes para possibilitar o seu embarque no porta-malas do ônibus e, nesse aspecto, cabe uma ressalva: nem sempre as empresas exigem que as bikes sejam embaladas, porém a que escolhemos só aceitava o transporte delas nesta condição.

Saímos à noite, o “espírito da viagem” passou a nos contagiar já a partir daquele momento, a alegria e a animação eram totais. Mais uma vez iríamos nos “desligar” do nosso mundo, das nossas rotinas e adentrar num ambiente muito específico, particularmente, diria mágico e característico para cicloviajantes: definir um objetivo, vencer cada etapa, superar obstáculos e colocar à prova a nossa resiliência física e psicológica; enfrentar trechos difíceis e outros nem tanto, porém, todos eles, com suas especificidades.

No íntimo de cada um, muita determinação, companheirismo, vontade de tocar em frente “com alegria” (slogam do Fabim, a cada manhã, quando iniciávamos as jornadas) e Deus no coração para nos dar proteção. A propósito, falando do Fabim, caso fôssemos traçar um perfil das personalidades de cada um, diria que o Fabim, como já deu pra perceber, foi aquele companheiro “bom astral”, em que tudo estava bom e satisfatório; o Tallys, pode ser definido como o organizado, aquele que se preocupava com os detalhes, em analisar, antecipar os fatos e as necessidades; o Carlinhos, o companheiro de todas as horas, se precisasse colar um pneu ou emendar uma corrente, lá estava o Carlinhos ajudando.

Só não podia ficar com fome, o que o abatia fisicamente, afetava o seu humor e “resmungava” de tudo (hehe!); o Dedé, talvez por ser o mais jovem do grupo, era o mais afoito (o “correrino”), queria chegar logo, sumia na frente, porém solidário, aguardava o grupo após algum tempo. Exímio violonista, passamos a viagem toda à procura de um violão para que ele pudesse nos brindar com a sua música, sem sucesso.

Já o Luizão (irmão do Fabim), prevaleceu como sempre a serenidade, característica que lhe é peculiar, aquele que exerce a sua liderança (é um dos líderes dos “Catracas do Sertão”, grupo de mountain bike tradicional de Montes Claros) em benefício de todos. Paciente, companheiro, mesmo tendo condições de acompanhar o Dedé e andar a frente, fazia questão de aguardar os que vinham atrás. Não obstante a serenidade, dava as suas “cacetadas” de bom humor. Já eu estou muito mais para a serenidade do Luizão do que a espontaneidade do Fabim, tendo um pouco também do metodismo e a preocupação do Tallys. Todas essas personalidades somadas resultou num bom grupo de viagem e companheirismo.

cicloturismo costa do cacau
Partida: Rodoviária de Montes Claros, 14-05-17, da esquerda para a direita: Fábio Freire (Fabim), Marco Luiz (Lalá), Luiz Fernando (Luizão), Demétrio (Dedé), César, Carlinhos e Tallys.

Primeiro dia: Porto Seguro a Canavieiras.

cicloturismo costa do cacau
Partida em Porto Seguro: 16-05-17, primeiro dia de bike.

O trecho de bike só começou de fato no dia 16/05/2017, uma vez que passamos o dia anterior viajando de Vitória da Conquista para Porto Seguro, de ônibus. Trecho longo, estradas esburacadas e demorado. Chegamos à noite em Porto.

Após pernoitarmos, não por acaso, no mesmo hotel que nos acolheu na viagem anterior “pra dá sorte”, quando lá estivemos, em novembro de 2014. Após o café da manhã, partimos por volta das 08:00h rumo a Canavieiras.

Não havia pressa, iríamos pedalar apenas 75km até Belmonte e de lá atravessaríamos de lancha até Canavieiras, por si só uma aventura (as chamadas lanchas “voadeiras”, não existem outros barcos para fazer tal travessia, ou do contrário nossa viagem seria acrescida em cerca de 200km, dando a volta por rodovia).

Mas não poderíamos nos atrasar, teríamos que chegar a tempo de “pegar” a maré alta, pois a travessia só é feita nesta condição. Trata-se do delta do rio Jequitinhonha, que deságua em Belmonte, cujo trajeto vai também ao encontro da foz do rio Pardo, que nasce em Minas e deságua na Bahia, já do lado de Canavieiras.

A travessia, que dura cerca de 01:00h, percorre por cerca de 22km canais e mangues, com paisagens belíssimas, vale a pena conhecer! (ver filme). Antes de chegarmos a Belmonte porém, atravessamos de balsa, em Santa Cruz de Cabrália, o rio “João de Tiba”, no sentido Santo André, que é aquele lugar que nos faz recordar o trágico “7 x 1” contra a Alemanha na Copa de 2014. Foi lá que aquela seleção ficou concentrada. Passamos em frente ao local onde hoje funciona um belo resort.

Chegamos a Belmonte por volta das 13:30 horas. Aproveitamos para almoçar à beira do cais, onde iríamos embarcar nas “voadeiras”. Almoçamos um belo cardápio à base de moqueca de arraia e contratamos a travessia, que seria executada em duas lanchas (R$ 35,00/ pessoa, incluindo as bikes) e aguardamos a maré subir para possibilitar a travessia. Quando a maré se tornou ideal executamos a passagem, chegando a Canavieiras já noite. Cidade bonita, histórica, cuja vila foi fundada em 1832, sendo elevada à condição de cidade em 1891, teve seu apogeu com a cultura do cacau e após a crise desta atividade face à pragas, passou a dar ênfase ao turismo a partir da década de 1980 (é um dos melhores lugares do mundo para se pescar o Marlim Azul). Encontramos uma pousada simples, porém aconchegante para pernoitarmos, saímos para jantar e aguardamos o dia seguinte, onde iríamos pedalar até Ilhéus.

cicloturismo costa do cacau
Travessia de balsa: rio João de Tiba, em Belmonte.
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Travessia Belmonte/Canavierias
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Idem, Idem, travessia Belmonte/Canavieiras
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Travessia em “lanchas voadeiras”, de Belmonte para Canavieiras (Delta dos rios Jequitinhonha/Rio Pardo).
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Antiga concentração da Alemanha na Copa 2014, Santo André! Atualmente um Resort.

Segundo dia: Canavieiras a Ilhéus

Pela manhã, no segundo dia de pedal, saímos de Canavieiras rumo a Ilhéus. Dia agradável, temperatura amena, nosso objetivo era pedalar por cerca de 115 km até aquela cidade, de belas praias e que serviu de cenário ao mestre Jorge Amado, em algumas de suas obras.

Muito antes de viajarmos, ainda em Montes Claros, percebemos que havia um interesse do grupo, principalmente do Tallys, de chegar a Ilhéus e visitar o famoso “Bar Vesúvio”. Local histórico, retratado pelo escritor em seu romance Gabriela. A visita ao Vesúvio na chegada, passou a ter um status tão importante quanto à própria chegada a Ilhéus, ou seja, era imprescindível irmos lá.

Saímos por volta das 08:00 horas, mais uma vez sem pressa e com alegria, como diria o Fabim. No meio do caminho paramos em Una, para almoço. Como o tempo estava frio e chuvoso, as camisas “corta-ventos”, adquiridas antes do início da viagem, foram de suma importância neste trecho e nos demais a frente, pois quase todos os dias pedalamos com chuva. Nesse percurso tivemos a primeira quebra de corrente, da bicicleta do Fabim.

Chegamos a Ilhéus por volta das 19:00 horas, já noite. Como previmos que viajaríamos predominantemente durante o dia, não nos preocupamos tanto com os faróis das bikes. Levamos apenas lanternas simples e tivemos um pouco de dificuldade ao chegar à noite em Ilhéus, mas deu tudo certo, pedalamos juntos, um dando cobertura pro outro. O destino inicial em Ilhéus, conforme afirmei, não podia ser outro senão o famoso “Bar Vesúvio”.

Chegamos à praça e, pra nossa surpresa e tristeza, o famoso bar se encontrava fechado, em obras. Assim, após alguns companheiros adentrarem à Catedral (também na praça) e agradecerem a Deus pela graça de ter cumprido com segurança aquela etapa, só nos restou procurar um bar similar nas imediações para “afogar” nosso cansaço e, como bons mineiros, prosear.

Apesar do imprevisto, a euforia mais uma vez foi contagiante. Cada chegada representava uma etapa vencida e sempre cabia uma pequena comemoração. Os que gostavam de “comer água” (expressão do Fabim), como eu, por exemplo, sempre tomava uma cervejinha (com responsabilidade, para não comprometer o dia seguinte, hehe!). Já os não adeptos, como o próprio Fabim e o Luizão, comemoravam com sucos típicos da região: cacau, cupuaçu, etc. O Fabim durante o trajeto sempre afirmava: “chegando lá vamos comer água!”, tudo mentira, “propaganda enganosa”, hehe! Não bebia nada, só suco.

cicloturismo costa do cacau
Chegada a Ilhéus: ao fundo o Bar Vesúvio, em obras.
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Confraternização em Ilhéus.

Após animada comemoração e de procurarmos sem sucesso um violão para que o Dedé tocasse pra nós (penso que foi até bom, pois teríamos prolongado a comemoração e o dia seguinte seria imprevisível, hehe!) saímos à procura por um hotel para pernoitarmos, já por volta da meia noite.

Tal procura nos levou a um antigo hotel próximo, no centro de Ilhéus. Naquele instante, cansados pelo percurso de bike e com uns “gorós” na cachola o que mais precisávamos era de uma boa cama “pra aliviar o cansaço”, hehe! Mas eis que deparamos com um recepcionista de hotel “insensível” (hahá!) à nossa pretensão de descansar e sugeriu que procurássemos outras pousadas, pois não dispunha de local para acomodar as bikes (aí danou!).

Tal hotel, embora antigo, foi reformado, oferecia boas acomodações e teria sido construído pelo famoso Coronel Misael Tavares, dono de várias propriedades em Ilhéus e que outrora foi denominado “Rei do Cacau”. Ficamos apreensivos face à necessidade de ter de nos deslocar já cansados à procura de outras acomodações.

Para a nossa felicidade, quando já íamos “jogar a toalha” eis que chega o neto do famoso coronel Misael, que, além de nos dar um desconto na diária, determinou: “eles podem ficar aqui, acomoda as bikes no memorial!”. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, hehe! O memorial fica anexo ao hotel e é utilizado para acomodar as relíquias e contar a história do citado personagem, sendo aberto à visitações. Não sabemos se ele de lá onde se encontrava ficou satisfeito com a atitude do neto, porém nossas bikes ficaram muito bem acomodadas, hehe!

Cel. Misael Tavares (Ilhéus), em cujo memorial nossas bikes foram acomodadas.

Terceiro dia de pedal: Ilhéus a Itacaré

Após uma noite agradável em Ilhéus, pela manhã partimos rumo a Itacaré, mais uma vez sem pressa. Saímos do hotel por volta das 07:20h e só pegamos o trecho de fato por volta das 09:00h, uma vez que tomamos café fora do hotel (este não servia).

Ainda no café fomos alertados por um ciclista local sobre o risco de assaltos neste trecho, mas não nos preocupamos. No percurso demos uma paradinha num mirante que se auto-intitulava “o melhor mirante da Bahia”. De fato muito bonito, tiramos belas fotos, tomamos água de côco e seguimos em frente.

No meio do caminho paramos para o almoço e mais adiante numa pequena lanchonete pra tomar açaí, cuja proprietária era uma simpática e “inconveniente”(hahá!) velhinha, que questionou ao Tallys e ao Dedé de onde estávamos vindo e pra onde estávamos indo? Ao responder que estávamos pedalando desde Porto Seguro e que estávamos indo pra Salvador olhou em atitude surpresa na direção do Luizão (64) e na minha(62) e questionou: “aqueles dois ali vão conseguir? (o que ela quis dizer nas entrelinhas era, aqueles dois velhinhos, hahá, vão conseguir?).

Chegamos a Itacaré ainda cedo e com chuva, por volta das 16:30h. Nesse terceiro dia de pedal totalizamos 268 km rodados, mais ou menos o meio do caminho até o nosso objetivo final.

À noite em Itacaré saímos pra jantar e comemorar mais uma etapa vencida. Cidadezinha tranquila, bonita, conseguimos um bom restaurante, ambiente agradável, música e comida boa, cervejinha gelada (e cara, mas o que importa, enquanto estávamos felizes ou como diria o filósofo Tallys: “o quê é um cisco no olho pra quem tá com o ‘..’ cheio de gravetos”, hehe!). Mais uma vez procuramos um violão pro Dedé, sem sucesso.

No que diz respeito ao consumo de bebida alcóolica após as etapas, vale sempre uma ressalva. Muitos acham que não combina com a prática de esportes, porém, o nosso objetivo era pedalar sem muito preciosismo, não somos e nem tínhamos a pretensão de ser atletas. Assim, considerávamos normal tomar uma cervejinha quando chegávamos, desde que com responsabilidade para não comprometer o dia seguinte.

O sentido da viagem era poder praticar o nosso esporte, num ambiente diferente, sem nos privar das coisas que fazíamos normalmente.

cicloturismo costa do cacau
Mirante: saída de Ilhéus, rumo a Itacaré.
cicloturismo costa do cacau
Parada para um açaí e água de côco (frequentes).
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Quarto dia de pedal: Itacaré – Camamu

Depois de Itacaré o nosso objetivo seguinte era chegar a Camamu (nome se deve aos índios Macamamus, que habitavam a região). Cidade histórica, muito bonita, fundada em 1561, cujo trecho era de apenas 55 km. Todavia, a altimetria indicava muita aclividade nesse trecho, sendo de fato um dos trechos que mais enfrentamos subidões, embora curto.

Após nos alimentarmos bem no café da manhã, saímos de Itacaré por volta das 09:00h, sem pressa e “com alegria” na expressão do Fabim, mais uma vez.

O ponto de destaque desse trecho foi a parada para um açaí e sucos, mais ou menos no meio do percurso (desta vez sem a velhinha né, hehe!).

Chegamos cedo em Camamu, às 14:20h e mais uma vez comemoramos com tudo que tínhamos direito. À noite, ainda tivemos ânimo para um citytour pela cidade alta de Camamu, onde, pra nossa surpresa (o que não é muito comum em pequenas cidades), saboreamos uma deliciosa pizza. Até Camamu tínhamos percorrido 325,6 km.

cicloturismo costa do cacau
Baia de Camamu

Quinto dia de pedal: Camamu – Valença

O próximo objetivo agora era chegar em Valença, cujo planejamento previa um trecho de cerca de 72,0 km. Após fazermos uma oração conjunta, o que era comum a cada início de viagem, saímos de Camamu por volta das 08:30h, felizes por saber que a cidade de Salvador estava cada vez mais próxima.

Deu até vontade de ficar um pouco mais em Camamu, porém tínhamos que seguir em frente. Ao longo do trecho ficamos conhecendo o deslumbrante cenário que, dentre outros, faz valer todo esforço em viajar de bike, o denominado “Rio de Contas”, lindo rio com suas águas escuras e profundas. Só a alegria de vislumbrar todas essas belezas naturais compensam tal esforço.

Chegamos a Valença por volta das 17:00 horas, após pararmos no meio do caminho para almoço. Naquela cidade tivemos ao que podemos chamar de “um momento de mordomia”, afinal já havíamos pedalado por cerca de cinco dias seguidos e um pouco mais de conforto era merecido.

Hospedamos em um ótimo hotel e mais uma vez afogamos nosso cansaço numa cervejinha gelada, com moderação, acompanhada de churrasco de cordeiro (Hum! Tenho saudades até hoje, hehe!).

cicloturismo costa do cacau
Ponte sobre o rio de Contas, entre Camamu e Valença.

Sexto e último dia de pedal: Valença – Salvador

Enfim, estávamos nos aproximando do nosso objetivo final. Último dia de pedal de um total de seis dias ininterruptos até a velha e querida Salvador. A expectativa de todos era grande.

A exemplo de Ilhéus, cujo marco de chegada foi o Bar Vesúvio, em Salvador o marco determinado foi o Farol da Barra, monumento histórico da cidade. Saímos de Valença por volta das 08:50 horas, após café da manhã. Seriam cerca de 110 km.

O trecho era um pouco mais longo e talvez devido à nossa tranquilidade em vencer os obstáculos sem pressa, a noite começou a se aproximar mais rapidamente e ao final da tarde ainda nos encontrávamos em uma pequena comunidade a cerca de 35 km do terminal de Bom Despacho, na ilha de Itapararica, onde iríamos nos embarcar no Ferry Bolt até salvador.

Quase que dormimos por lá, porém, em consenso, decidimos seguir em frente. Assim, por volta das 19:30 horas, já escuro, trânsito intenso, chegamos a Itaparica. Embarcamos e finalmente chegamos a Salvador por volta das 21:00 horas.

De bike, percorremos um bom trecho até o Farol da Barra, símbolo da nossa conquista, após 06 agradáveis dias de pedal, companheirismo e aventura. Embora cansados face o dia inteiro de pedal, a satisfação da missão cumprida foi contagiante.

Hospedamos próximo ao Farol da Barra e no dia seguinte, após nova visita àquele monumento histórico, embarcamos rumo a Feira de Santana e de lá, pra nossa sorte, conseguimos um ônibus direto para Montes Claros. Após embalar as bikes na própria rodoviária, embarcamos e retornamos para casa, felizes e com a missão cumprida.

Salvador já bem perto.

Esta viagem encerra o segundo ciclo de viagem rumo ao Nordeste, iniciado em 2014, em Montes Claros, onde residimos, quando pedalamos até Porto Seguro (780 km) e agora de lá até Salvador (520 km), totalizando os dois percursos 1300km.

Algumas pessoas do nosso círculo de amizades ao tomarem conhecimento deste feito demonstram uma certa perplexidade, sobretudo aquelas não familiarizadas com as viagens de bike. Nesse aspecto nos colocamos a refletir sobre o quê isso representa?

A resposta é que não realizamos nada de extraordinário. Para alguns ciclistas que conhecemos isso é “fichinha”, cumpririam o percurso em menos tempo e com bastante comodidade. Todavia, penso que para nós isso não é o que mais importa, o que de fato importa foi cumprir a meta a que nos propusemos a realizar e de acordo com o que cada um traçou para si próprio, mediante as nossas condições físicas e o nosso estado de espírito.

Nesse aspecto nos sentimos realizados. Há algum tempo atrás, eu e talvez alguns dos meus companheiros de viagem, jamais concebêssemos realizar tal viagem. Agradecemos a Deus pela saúde e pela condição de ter podido realiza-la; aos brilhantes companheiros e amigos que tudo fizeram para que a viagem se tornasse agradável. Às nossas famílias, que mais uma vez compreenderam o sentido de nossos objetivos e torceram por nós.

Oxalá, com a luz e a força divina consigamos neste ano de 2018 seguir em frente, até lá! Aguarde-nos Recife! Obrigado!

Travessia: Ilha de Itaparica/Salvador pelo Ferry Boat, já noite!
Objetivo alcançado: Farol da Barra em Salvador.

4 mulheres inspiradoras para o ciclismo que você precisa conhecer!

É inegável que as mulheres têm enfrentado muitos desafios na nossa sociedade, e no esporte isso não é diferente. Ser ciclista, para a mulher, ainda envolve a superação de inúmeros preconceitos e de dificuldades relacionadas a um esporte que nem sempre foi pensado para elas, como a falta de acessórios e até de bicicletas específicas para as nossas necessidades.

Pegar uma bike e sair pedalando pelas ruas de várias cidades brasileiras, por exemplo, pode ser mais complicado para elas do que para eles. Além do assédio, ainda é preciso lidar com questões relacionadas à falta de respeito com a mulher ciclista e até a visão de sermos um “sexo frágil”.

Veja também: O mercado das bicicletas para mulheres: muito além dos clichês

Apesar disso, cada vez mais as mulheres estão dominando o ciclismo, com diversos grupos de pedais femininos espalhados pelo país. Por isso, hoje nós separamos a história de algumas mulheres inspiradoras para o ciclismo e que ajudaram a modificar a nossa realidade. Confira!

1-Maria Ward

No final do século XIX, andar de bicicleta definitivamente não era algo “de mulher”. E se pedalar já era algo impensável para a maioria das mulheres, imagine só dar dicas de como fazer isso, inspirando outras mulheres a quebrarem barreiras.

Para Maria Ward impedir as mulheres de pedalar era algo totalmente ilógico e que deveria ser superado. Por isso, em 1896, ela lançou o “Ciclismo para Mulheres”, um manifesto que pretendia empoderar as mulheres por meio dos conhecimentos técnicos e teóricos fundamentais para dominar uma bicicleta.

Bicycling for Ladies, de Maria Ward

O livro foi considerado extremamente radical para a época e abordava questões fundamentais e úteis para que as mulheres começassem a pedalar, como as roupas mais indicadas, a melhor posição para pedalar, as ferramentas para resolver possíveis problemas que a bike podia apresentar, como ajustar a bike, etc.

Graças a essa publicação, muitas mulheres começaram a “perder o medo” da bicicleta e a encará-la como algo que também poderia ser usado por elas. Por isso, colocamos Maria na nossa lista de mulheres inspiradoras para o ciclismo.

2- Kittie Knox

Kittie Knox - mulheres inspiradoras para o ciclismo
Kittie Knox. Foto: Transportation History

Imagine só ser mulher, negra e ciclista nos anos de 1800? Pois essa era a realidade de Kittie Knox em uma sociedade americana completamente machista e preconceituosa.

Quando a Liga de Ciclistas Americanos foi fundada, em 1880, com o nome de Sociedade Americana de Wheelmen, apenas homens brancos podiam participar. Com o tempo, foi criada uma “barra de cores” para começar a inclusão dos ciclistas negros, ainda assim com um forte preconceito.

Em 1893, a ciclista negra Kittie Knox recebeu o seu cartão de membro, fazendo com que ela não pudesse mais ser impedida de participar das atividades oficiais da Liga, superando inúmeras barreiras. Mas, para conseguir isso sua trajetória não foi simples.

Kittie se apaixonou pelas bicicletas ainda na infância. Pressionada pelos costumes da época, acabou se tornando costureira e usou os seus conhecimentos nessa área para desenvolver calças próprias para o pedal, dando a ela bem mais liberdade de movimentos.

Em 1885, ela decidiu participar da Liga de Ciclistas Americanos, mas, claro, demorou um tempo até que a sua participação fosse permitida. Porém, quando conseguiu, ela mostrou a todos que uma mulher negra tinha todo o direito de pedalar como todos os demais, quebrando os principais paradigmas da época e se tornando uma das mulheres inspiradoras para o ciclismo.

3- Annie “Londonderry” Kopchovsky

Annie Londonderry Kopchovsky - mulhjeres inspiradoras para o ciclismo
Foto: The Adventure Journal

Annie é dona de uma proeza até hoje reconhecida. Em 25 de junho de 1894, diante de uma multidão de 500 pessoas, em Massachussetts, ela declarou que viajaria o mundo a bordo da sua bike Columbia de quase 20 kg.

Essa aventura começou como uma aposta. Conta a história que um cavalheiro em Boston apostou com outro que nenhuma mulher seria capaz de viajar o mundo com uma bicicleta. Annie foi a escolhida para provar que esse feito era possível.

O mais surpreendente é que Annie aprendera a andar de bicicleta apenas alguns dias antes da sua partida e teria 15 meses para cumprir o desafio, além de 500 dólares para pagar as suas despesas.

Após 2 meses, Annie trocou a sua bicicleta de mulher por um modelo masculino, com metade do peso, além de ganhar mais dinheiro dando palestras e contando a sua história.

É claro que em alguns momentos, Annie precisou usar navios para se deslocar. Porém, contrariando todas as expectativas, em 12 de setembro de 1895 ela concluiu a sua aventura, ganhando o prêmio em dinheiro.

Embora muitas pessoas achem que essa foi apenas uma jogada de marketing das marcas que a patrocinaram, Annie rompeu inúmeros padrões, pois era casada e tinha filhos na época da viagem, e deixou o seu papel de esposa para se transformar em ciclista e jornalista, já que enviava periodicamente para os jornais os relatos da sua história.

4- Alfonsina Strada

Alfonsina Strada - mulheres inspiradoras para o ciclismo
Alfonsina Strada

Há alguns anos o famoso Giro D’Italia não permitia a participação das mulheres. Mas, é claro que essa norma não foi impeditiva para Alfonsina Strada, uma italiana de cabelos curtos e estrutura musculosa, que enganou os organizadores e participou da competição em 1924, sob o nome de “Alfonsin”, participando das primeiras duas etapas junto dos homens, até sofrer uma queda na estrada para Nápoles.

Alfonsina nasceu em Riolo, no município de Castelfranco Emília, na Província de Módena, na Itália, em 1891. Ela era a terceira de nove filhos de uma família pobre e estreou nas pistas com a bicicleta do seu pai em 1907.

Aos 24 anos, ela cedeu às pressões sociais da época e acabou se casando com Luigi Strada, um homem a frente do seu tempo e que compreendeu rapidamente a paixão de Alfonsina pelo pedal, presenteando a esposa no seu casamento com uma bicicleta masculina de corrida com guidão curvo.

Eles se mudam para Milão e Luigi se torna, além do principal incentivador da mulher, também o seu treinador.

Alfonsina não conquistou um lugar no pódio no Giro D’Italia, mas marcou seu nome na história como uma das mulheres inspiradoras para o ciclismo. Depois disso, mesmo tendo ficado viúva, ela continuou se dedicando ao pedal, montando uma loja de bicicletas e consertos.

Mulheres inspiradoras para o ciclismo atualmente

Renata Mesquita - mulheres inspiradoras para o ciclismo
Renata Mesquita – Embaixadora Specialized. Foto: Facebook Oficial

É claro que, de lá para cá, muita coisa mudou no ciclismo feminino – e continuamos tendo histórias de mulheres inspiradoras para o ciclismo, que criam grupos, movimentos e coletivos, incentivando as mulheres a se empoderarem por meio da bike.

Uma dessas histórias mais atuais é da designer e ciclista Renata Mesquita, que em 2015 criou o Pelotão das Minas, organizando treino de mulheres na estrada e em algumas trilhas. Renata começou a pedalar em 2010, após o término de um relacionamento e viu na bike uma forma de superação da tristeza e também de conhecer novas pessoas.

Hoje Renata é embaixadora da Specialized e ajuda a divulgar e a fortificar o pedal feminino, ao lado de outros nomes, como Julia Favero.

Apesar de toda essa evolução, o pedal feminino ainda tem muito a crescer e a mostrar, quebrando barreiras e preconceitos, com muitas mais histórias incríveis como dessas mulheres inspiradoras para o ciclismo.

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Grupos de pedal feminino: 6 opções para as mulheres ciclistas!

As mulheres estão cada dia mais dominando as ruas de diversas cidades e usando a bike para se empoderarem ou para superarem desafios pessoais.

Aliás, o número de mulheres que pedalam é uma das formas de medir o quanto uma cidade é “amiga” do ciclista, de acordo com um artigo publicado pela Comunidade Científica Americana.

Veja também: O mercado das bicicletas para mulheres: muito além dos clichês

Afinal, se a cidade é segura o suficiente para respeitar a mulher ciclista – que enfrenta muito mais barreiras para pedalar do que os homens, ela é capaz de respeitar muito melhor os ciclistas de forma geral.

Um dos propulsores das mulheres no pedal (e que ajudam a dar mais segurança e autonomia para essas ciclistas) são os grupos de pedal feminino que já se espalham por todo país.

Quer saber mais? Continue a leitura!

Principais grupos de pedal feminino em todo o país

grupos de pedal feminino
Direitos autorais: stockbroker / 123RF Imagens

Uma pesquisa inédita feita pela Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo em 2016 apontou que apenas 6% das mulheres pedalam pelas ruas da capital paulista. Um número ainda pequeno e causado por diversos motivos, como:

  • pedalar na capital é muito perigoso;
  • risco de acidentes;
  • medo do trânsito;
  • risco de assalto;
  • falta de infraestrutura;
  • risco de colisão ou atropelamento.

Para reduzir esses problemas, que também são sentidos por muitas mulheres em outras cidades pelo país afora, é que os grupos de pedal feminino têm surgido. Auxiliando coletivamente a melhorar a confiança das mulheres ciclistas e também o respeito dos demais motoristas que compartilham a via.

Veja alguns grupos de pedais feminino que você precisa conhecer.

1- Grupos de pedais em São Paulo

grupos de pedal feminino saia na noite
Saia na Noite, de São Paulo. Foto: Facebook Saia na Noite

Apesar dos dados mostrados na pesquisa, a capital paulista é uma das cidades que mais possui grupos de pedais femininos, com destaque para:

  • Saia na Noite: esse é um grupo de pedal extremamente tradicional em São Paulo, com 26 anos de existência. O grupo foi criado e organizado por Teresa D’Aprile e as meninas se encontram todas as semanas para pedalar, além de promoverem pedais temáticos em datas especiais, como no Dia Internacional da Mulher;
  • Pedalinas: as pedalinas existem desde 2009 e é formado por mulheres que usam o pedal para trabalhar, para o lazer ou para explorar a capital paulistana. Além dos pedais, elas ainda promovem outras atividades como oficinas de mecânica básica, cicloviagens e ajudam quem deseja começar a pedalar;
  • Pedala Itaquera: a zona leste de São Paulo também tem seu próprio grupo de pedal feminino, visando estimular que mais mulheres usem a bicicleta como forma de exercício e de lazer, atendendo iniciantes, intermediárias e avançadas no pedal.

2- Pedal de Salto Alto

A capital mineira é tomada pelas meninas do Pedal do Salto Alto desde 2010. Ele surgiu buscando incentivar as mulheres a usarem a bicicleta para diversas modalidades, como esporte, lazer e transporte.

Algumas das suas idealizadoras são: Marcela Abreu, Maria Augusta, Poliana Figueiredo, Denise Cruzeiro e Simoni Rodrigues.

Pedal de Salto Alto
Pedal de Salto Alto, grupo de Belo Horizonte. Foto: Facebook Pedal de Salto Alto

Para participar dos passeios organizados pelo grupo é preciso seguir algumas regras, como não correr muito (para não machucar ou provocar acidentes) e, claro, estar disposta a pedalar com mulheres de todos os níveis, desde as que estão começando até as mais experientes.

3- Grupos de pedal em Salvador

grupos de pedal feminino Meninas do pedal salvador
Meninas no Pedal, grupo de Salvador – BA. Foto: Facebook

A capital baiana não poderia ficar de fora da nossa lista de grupos de pedal feminino. Nós destacamos duas iniciativas:

  • Meninas no Pedal: uma comunidade criada para incentivar as mulheres a pedalar, com diversas atividades e campanhas como o Outubro Rosa. A fundadora é Karina Silveira e os encontros oficiais acontecem nos domingos de manhã e nas segundas à noite;
  • Meninas ao vento: o grupo foi criado para incentivar as mulheres a usarem a bike como meio de transporte, buscando tornar a cidade mais humanizada. No Meninas ao Vento todas pedalam com roupas comum do dia a dia, buscando aproximar ainda mais as pessoas das bikes. O grupo nasceu em 2011.

4- Cíclicas

Foto: ciclicas.wordpress.com

O grupo de pedal Cíclicas é de Porto Alegre, capital gaúcha e fez a sua estreia nas ruas da cidade em janeiro de 2011, dois dias antes do atropelamento em massa durante a Massa Crítica de Porto Alegre.

O grupo surgiu buscando incentivar o uso do pedal pelas mulheres de todas as faixas etárias, promovendo tanto a capacitação para o uso da bike, como auxiliando as ciclistas a conquistarem a segurança necessária para pedalarem nas ruas e no trânsito.

As cíclicas se reúnem sempre no primeiro domingo do mês, nos Arcos da Redenção. No inverno, os encontros acontecem as 15h e no verão as 17h.

5- Saia de Bike

Curitiba também tem o seu grupo de pedal feminino, o Saia de Bike, formado em 2011. Uma das diferenças desse grupo é que, embora promova discussões típicas do universo feminino, ele também agrega outros gêneros.

Ou seja, no Saia de Bike, homens e mulheres são aceitos e podem pedalar juntos pela cidade. Além disso, o grupo ainda promove discussões sobre outras questões que envolvem o pedal, como a possibilidade de pedalar grávida.

 

6- Batom Bikers

Brasília é a “sede” da Batom Bikers, um grupo com mais de 2 mil membros e que surgiu buscando incentivar o uso da bicicleta pelas mulheres na capital do país. O grupo também promove eventos voltados ao ciclismo e ao incentivo da prática.

Os passeios acontecem na cidade e também em trilhas até cicloviagens, agrupando ciclistas de todos os níveis.

Mais grupos de pedal feminino pelo país

Veja outros grupos de pedal feminino espalhado pelo Brasil:

  • Saia na Bike: grupo da cidade de Guanabi, na Bahia. As meninas pedalam todas as terças e quintas a partir das 18 horas. É permitido levar os maridos, os namorados, os irmãos e os amigos. Aos domingos, os passeios acontecem as 15h;
  • Amazonas de Bike: é o grupo de Manaus, no Amazonas, formado em parceria com o Pedala Manaus. Aqui, também é permitido levar os amigos, os namorados, os maridos e os irmãos para os passeios;
  • Pedalinas Potiguares: grupo de ciclistas de Natal que existe desde 2012 e que surgiu pedalando em grupos mistos de homens e mulheres. Além dos passeios, as meninas também organizam eventos como oficina de mecânica, bike anjos e muito mais;
  • Pedal das Meninas: grupo de mulheres de Passos, em Minas Gerais, fundado em 2012 e que busca incentivar a prática do MTB entre as mulheres de forma segura e divertida;
  • As pedaleiras: coletivo de ciclistas de Pernambuco, com atividades variadas em todo o estado e que existe desde 2013. A ideia é inserir a mulher pernambucana no mundo do cicloativismo, usando a bike como forma de emancipação feminina;
  • Elas no Pedal: grupo de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. As meninas se reúnem todas as últimas quartas do mês, as 20h,na Praça Almirante Tamandaré e é aberto a mulheres de todas as idades;
  • Saia no Pedal: grupo formado pelas ciclistas de Goiânia e criado em 2007, que busca tanto a prática esportiva, como a criação de laços de amizade entre as ciclistas;
  • Pedal Rosa: é formado por ciclistas de São José, em Santa Catarina, desde 2015 e busca incentivar a prática do MTB entre as mulheres.

E, então, gostou de descobrir alguns grupos de pedal feminino? Tem outras dicas para incluirmos neste post? Deixe um comentário pra gente contando um pouco mais do seu grupo de pedal!

7 dicas para pedalar à noite com segurança e conforto!

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Pedalar à noite é uma ótima saída para quem deseja fugir do calor intenso dos dias de verão, ou ainda para quem não tem nenhum outro horário disponível na agenda. Embora esse tipo de pedal seja delicioso e bastante empolgante, é essencial que você considere alguns pontos, evitando colocar a sua segurança em risco.

Hoje em dia existem até mesmo grupos de pedais noturnos, e se você está pensando em fazer parte de um deles, ou se já tem o hábito de pedalar à noite, continue a leitura e veja as dicas importantes que separamos!

Quais os principais riscos de pedalar à noite?

Pedalar à noite
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Seja por escolha ou por necessidade, pedalar à noite pode expor o ciclista a alguns riscos e é importante que você os conheça para conseguir evitá-los.

De acordo com um estudo americano realizado por Kenneth D. Cross e Gary Fisher, os ciclistas estão mais expostos a determinados tipos de acidente durante a noite, que são:

  • dificuldade para enxergar obstáculos como pedras, buracos, pedestres ou outros ciclistas, levando a colisões;
  • o ciclista tem mais chances de se envolver em um acidente com um veículo motorizado.

Esse estudo ainda revelou que 70% das colisões entre carros e bike a noite são do tipo frontal ou de atropelamentos em cruzamentos. Somente 21% dos casos foram de acidentes nos quais o ciclista foi atingido pela traseira.

Os pesquisadores ainda mostraram que 80% dos acidentes poderiam ser evitados se os ciclistas usassem um farol noturno, uma vez que a maioria dos problemas foi causado pela má sinalização do ciclista.

Quais as principais dicas para pedalar a noite com segurança?

Como você viu, a má sinalização do ciclista somada à desatenção de alguns motoristas podem fazer com que o pedal noturno se transforme em um verdadeiro pesadelo. Para evitar esses problemas, confira as dicas que separamos.

1-Melhore a sua sinalização

Colete Refletivo Inconfidentes Pedalantes

Não enxergar o ciclista durante a noite é uma das principais causas de acidente. Para evitar essa situação é dever do ciclista se fazer mais visível (e isso não precisa ser apenas durante a noite).

Você pode tomar várias medidas nesse sentido, como:

  • usar roupas claras ou de cores chamativas;
  • usar um colete refletivo;
  • usar faixas refletivas nas roupas, na mochila e na própria bicicleta;
  • instalar acessórios de sinalização, como leds que piscam na parte da frente e na traseira da bicicleta;
  • usar um farol próprio no capacete;
  • usar um farol na bicicleta.

2- Melhore a iluminação na sua bicicleta

Lanterna Traseira Bontrager sem Fio Flare RT

Muitas pessoas não sabem, mas o Código Brasileiro de Trânsito obriga os ciclistas que vão pedalar a noite a usarem uma sinalização na bicicleta, ou seja, refletores dianteiros, traseiros e laterais.

Esses refletores devem ser de LED com luzes intermitentes (que ficam piscando) na cor vermelha na parte detrás da bicicleta e na cor branca na parte da frente. Assim, a sua bicicleta se tornará mais visível não apenas para os motoristas de carros e motos, mas também para os pedestres, tornando o trânsito mais seguro para todos.

3- Pense em adquirir um farol

Farol para bicicleta Bontrager ION 350
Farol Bontrager ION 350 R Recarregável Via USB – 350 Lumens

O farol de bicicleta não é obrigatório pelo Código Brasileiro de Trânsito, mas como você viu no estudo que mostramos acima pode ajudar muito a evitar acidentes, tornando o seu caminho mais iluminado e também ajudando que os outros motoristas e pedestres enxerguem a sua bike.

Definir o farol dependerá muito dos usos que esse equipamento terá. Hoje é possível encontrar sistemas variados que funcionam a pilhas ou com baterias recarregáveis e também que variam a capacidade de iluminação.

Você poderá considerar a velocidade média do seu pedal e onde ele acontecerá, já que nas cidades, por exemplo, costumamos ter uma iluminação pública maior, enquanto em uma trilha ou estrada isso dependerá muito da presença (ou não) da lua.

Os faróis com lâmpadas de LED são os mais usados hoje e também os que possuem uma melhor relação custo-benefício. Também é possível encontrar alguns modelos de bikes urbanas que já contam com faróis acoplados e que funcionam baseadas nos dínamos – ou seja, conforme você pedala alimenta de energia o farol.

4- Planeje o seu trajeto antecipadamente

Gpsa para ciclismo garmin edge 1030
GPS Garmin Edge 1030

Durante a noite é preciso redobrar os cuidados, pedalando de forma mais segura para você e para os outros. Por isso, sempre que for possível, tente planejar antecipadamente os seus trajetos, dando preferência, por exemplo, para ruas menos movimentadas e com um número menor de cruzamentos.

Se o trajeto for muito longo, você poderá ter de levar pilhas ou baterias extras para o seu farol, por isso sempre considere a quilometragem que pretende rodar.

Caso tenha de atravessar um cruzamento ou um lugar que tenha semáforo, redobre a atenção. Lembre-se que, dependendo do horário, mesmo os sinais verde ou vermelho podem ser perigosos, já que muitos motoristas passam o sinal vermelho por questões de segurança em relação à assaltos.

5- Prefira pedalar em grupo

Foto: Diogo Rocha

Pedalar a noite, dependendo da cidade e do grau de educação dos motoristas, pode ser um desafio enorme. Por isso, sempre que possível, tente pedalar em grupos – isso aumenta a visibilidade e ajuda a dar mais segurança aos ciclistas.

Mas, tome cuidado e evite, por exemplo, pedalar de forma ostensiva, ou seja, tomando toda a faixa de circulação dos carros, irritando os motoristas e tornando o trânsito lento e agressivo.

Dependendo da sua cidade é possível encontrar vários grupos de pedais noturnos. As redes sociais são ótimas ferramentas nesse sentido.

6- Use óculos especiais

Os óculos de ciclismo são amplamente recomendados em diversas situações. Para quem vai pedalar a noite, a dica é optar pelos óculos com lentes âmbar (aquelas lentes amarelas) e que sejam antiofuscantes.

Esses óculos auxiliam a inibir os desconfortos trazidos pelos faróis dos carros e também pelo reflexo de luz em sentido contrário, aumentando a sua segurança.

7- Evite assaltos

Além da segurança em relação aos motoristas e pedestres, o ciclista também precisa ficar atento em relação aos assaltos, uma realidade cada vez mais comum na maioria das cidades.

Por isso, tenha atenção redobrada com as pessoas na calçada e, se notar algo suspeito, tente mudar o lado da via.

Quando for fazer alguma parada para descansar, consertar a bike ou trocar as pilhas do farol, por exemplo, sempre escolha um local movimentado e iluminado, como postos de gasolina e, se possível, não fique por lá muito tempo.

E se você costuma pedalar diariamente durante a noite, como para ir do trabalho para casa, tente variar o trajeto, evitando passar sempre nos mesmos locais, no mesmo horário.

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Pedalar na chuva: 11 dicas que você precisa conhecer!

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Pedalar na chuva ainda é um desafio para muitas pessoas – e motivo de medo para outras. Porém, quem mora em regiões chuvosas, ou usa a bike para se locomover, nem sempre consegue evitar pegar alguns dias de chuva.

E, nessas horas, saber como pedalar de forma segura e tranquila é muito importante. Por isso separamos algumas dicas essenciais e que com certeza vão lhe ajudar. Confira.

1- Supere o medo de pedalar na chuva

Pode parecer uma dica simples, mas muitas pessoas ainda não conseguem pedalar na chuva por medo. Afinal, desde sempre somos condicionados a ficarmos longe da água desses dias, quando pequenos nossos pais logo dizem para não sairmos na chuva, ou vamos ficar doentes.

Querendo ou não, muitas pessoas ainda possuem essa mentalidade e tendem a evitar a qualquer custo pedalar na chuva. Se esse é o seu caso saiba que, tomando alguns cuidados básicos, é possível pedalar nesses dias, sem que isso signifique colocar a sua saúde em risco.

Lógico que vale o bom senso. Se o temporal estiver forte demais, com raios e até alagamentos, melhor evitar o pedal.

2- Pense melhor no seu trajeto

criar roteiros de cicloturismo
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Se você usa a bike para se locomover, já deve saber que quando começa a chover a cidade e o trânsito se transformam. Os carros passam a trafegar mais lentamente, devido a visibilidade menor, alguns pontos ficam alagados, enfim, um verdadeiro caos.

Assim, a dica é sempre planejar antecipadamente o seu trajeto, dando preferência por vias secundárias ou caminhos com menos trânsito e fluxo de carros, colocando a sua segurança em primeiro lugar.

3- Cuidado com os buracos

pedalar na chuva
Um problema sério ao pedalar na chuva: os buracos escondidos pelas poças d’água

Os buracos são um verdadeiro problema na vida dos ciclistas. Quando está chovendo, a água empoçada pode impedir de enxergar esses buracos ou outros obstáculos.

Então, a dica é redobrar a atenção com o seu percurso. Sempre que enxergar um possível buraco a frente, reduza a velocidade e posicione o corpo para trás do selim, reduzindo o peso na roda dianteira.

Com esse movimento, você consegue ter maior controle da sua bicicleta, deixando a roda livre para passar pelos obstáculos encobertos  e evitar dar aquela “enterrada” na parte frontal da bike.

4- Ensaque os seus pertences

cicloturismo na chuva
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Mesmo que seus pertences estejam protegidos dentro da mochila, quando a chuva é mais intensa, ou se você for pedalar por um longo período de tempo, é possível que os itens fiquem molhados mesmo dentro da mochila.

Para evitar esse problema, sempre ensaque todos os itens, como celular, tablet e também as suas roupas.

5- Vista-se corretamente

Jaqueta corta vento Gore. Detalhe para o bolso e sistemas de ajuste nas mangas

Uma das maiores dificuldades de pedalar na chuva é evitar a sensação de frio. Afinal, conforme a umidade aumenta, a sensação de frio vai se intensificando. E se você ficar molhado e com frio, com certeza acabará doente.

Então, quando for sair para pedalar na chuva, sempre se vista de acordo. Isso significa dar preferência aos materiais impermeáveis, como uma jaqueta com capuz a prova de água.

Se a temperatura no dia estiver baixa, coloque por baixo uma roupa adequada e capaz de lhe aquecer. E, não se esqueça de levar uma muda de roupa a mais, para quando chegar ao seu destino, poder se trocar.

E, claro, é importante ressaltar que, chovendo ou fazendo sol, o seu corpo irá transpirar. Por isso, opte por tecidos que favoreçam a transpiração e que não fiquem encharcados de suor – ou você terá o mesmo problema de ficar úmido e com frio.

Outra opção que funciona para algumas pessoas é a boa e velha capa de chuva, no estilo poncho, de preferência os modelos específicos para serem usados com a bike – que são feitas de tecidos mais leves e com aberturas em pontos estratégicos facilitando a transpiração.

6- Cuidado com os pés e as mãos

Não adianta usar uma roupa impermeável e deixar os pés e as mãos sem cuidado, afinal, o mesmo problema de sentir frio poderá acontecer.

Os pés ainda são propícios a ficarem totalmente encharcados, graças às inúmeras poças de água. Então, é muito importante cobri-los com um material impermeável (pode ser até uma sacola plástica).

Em outros países é possível encontrar uma cobertura específica chamada overshoes, mas por aqui é um pouco mais complicado encontrar essa opção.

Nas mãos, use luvas impermeáveis e que também sejam a prova de vento.

7- Melhore a sua visibilidade

Se você estiver pedalando em condições de pouca luz, os óculos com lentes amarelas podem ajudar bastante a melhorar a sua visibilidade e ainda oferecem uma proteção extra aos olhos. Outra opção são os óculos com lentes que não embaçam.

Na chuva, é importante tentar evitar os óculos de sol normais, porque a lente escura dificulta a visão e pode impedir você de enxergar alguns obstáculos, como os buracos encobertos de água.

Outra dica é dar preferência aos capacetes com uma aba um pouco mais longa, que ajuda a evitar os sprays de água e também a chuva de atingir os seus olhos.

8- Cuidado com os freios

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As pastilhas de freio de borracha podem sofrer mais nos dias de chuva, uma vez que a mistura de detritos da estrada e da água da chuva pode acabar consumindo o material.

Também é importante lembrar que a maioria dos aros exige uma volta completa para conseguir expulsar a água das pastilhas e só então começar a frear. Ou seja, em dias de chuva, é preciso frear mais cedo para evitar acidentes.

9- Não se esqueça do lubrificante de corrente

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Lubrificante Anticorrosivo Zefal Pro Bio Lube 125ml

Além de conferir o estado das suas pastilhas de freio, lembre-se também de usar um lubrificante de casca grossa. E, coloque bastante produto. É melhor sofrer com os respingos do excesso, do que acabar com uma corrente travada.

E não se esqueça que o lubrificante apenas consegue penetrar completamente se os links estiverem secos.

10- Invista em paralamas

pedalar na chuva
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Os paralamas podem não deixar a sua bike muito bonita, mas eles são extremamente importantes para quem costuma pedalar na chuva com frequência. Afinal, é ele que evitará que a água suja do asfalto seja jogada contra o seu rosto e as suas costas.

Infelizmente, poucas bicicletas brasileiras têm um suporte adequado para a instalação dos paralamas e muitas vezes é preciso optar por modelos que são presos no canote e embaixo do garfo.

Para quem usa bagageiro, é possível colocar um paralama por cima dele, ajudando também a proteger a bagagem.

Se a sua intenção é participar de um passeio em grupo em um dia de chuva, o paralama é quase indispensável, aumentando o seu conforto e a sua visão e oferecendo muito mais segurança.

11- Torne sua bike visível

Lanterna Traseira Bontrager sem Fio Flare RT

Lembre-se que não é só você que sofre na hora de enxergar corretamente em dias de chuva, os motoristas também podem acabar não lhe enxergando – o que pode significar acidentes.

Para evitar isso, o melhor a fazer é tornar você e a sua bike bastante visíveis, com luzes de LED brilhantes na parte dianteira e traseira da bike, faixas reflexivas e usando roupas de cores que chamam mais atenção.

Como pedalar na chuva pode exigir muitas modificações, o que alguns ciclistas preferem é ter uma bicicleta específica para pedalar nessas condições, já com paralamas e luzes devidamente instaladas.

Lembre-se que, além dos buracos, podem existir outros obstáculos aos ciclistas, como as faixas de pedestres e sinalizações de solo que tendem a ficar mais lisas (por isso nada de frear em cima delas), as grelhas e as tampas de bueiro que podem fazer o ciclista derrapar e as chapas lisas de metal muito usadas em construções.

Como você pode notar, tomando alguns cuidados é possível pedalar na chuva com segurança e tranquilidade. Você gostou deste conteúdo? Então assine o nosso boletim e receba sempre dicas bacanas como estas diretamente no seu e-mail!