Calça de ciclismo: dicas importantes para escolher o modelo certo!

Atualizado em 28/10/2019

Todos os esportes possuem roupas mais ou menos indicadas para a sua prática, e com o ciclismo isso não é diferente. Quem já está pedalando há um tempo sabe o quanto uma boa bermuda de ciclismo pode fazer diferença no conforto e, claro, na qualidade do seu pedal.

Outro item importante é a calça de ciclismo. Apesar disso, nem todos os ciclistas pensam nela com o mesmo cuidado das bermudas. Sendo que muitos sequer têm essa peça no seu guarda-roupa.

Se esse é o seu caso, está na hora de repensar. Continue a leitura e veja as dicas importantes que separamos para você encontrar a calça de ciclismo certa.

Se preferir, assiste a esse conteúdo em vídeo:

E no final do artigo temos links onde você pesquisa modelos e preços atualizados de calça de ciclismo

Por que investir na calça de ciclismo?

Calça de ciclismo ERT unissex Dual Pro
Calça de ciclismo ERT unissex Dual Pro

Como dissemos, nem todos os ciclistas investem na calça de ciclismo, preferindo apenas a bermuda ou até o bretelle. Porém, essa é uma peça bem importante e que precisa fazer parte dos seus acessórios de pedalada.

Engana-se quem pensa que as calças apenas podem ser usadas no frio. Na verdade, para quem pedala debaixo do sol, as marcas causadas pelo uso das bermudas podem ser bem inconvenientes. Nesse sentido, a calça de ciclismo é uma aliada.

Já para quem pedala à noite ou pretende viajar, por exemplo, o frio pode ser uma companhia constante, ainda mais naquelas épocas de ventos fortes e gelados. Nessas horas, não tem o que fazer, já que a calça de ciclismo é a única que conseguirá lhe proteger e oferecer mais conforto.

Como escolher corretamente a calça de ciclismo?

Calça de ciclismo Barbedo Feminina
Calça de ciclismo Barbedo Feminina

Todas as vantagens que citamos acima não serão conseguidas se você não se atentar para a escolha do modelo ideal. Veja dicas importantes.

Composição do tecido

Como dissemos, existem vários modelos de calças de ciclismo voltados para objetivos diferentes. Se você quer um modelo que lhe ajude a se proteger do frio, o recomendado é optar por tecidos mais grossos ou até com forros especiais.

Já para quem não quer ganhar algumas marcas de sol, o melhor é optar pelas calças com composto em poliamida, que oferecem um toque agradável e maior sensação de frescor.

Também confira a porcentagem de elastano ou de lycra na calça. Esses são tecidos que garantem que a calça ficará bem moldada ao seu corpo e terá elasticidade suficiente para os seus movimentos.

Algumas marcas ainda possuem uma cobertura antibacteriana, indicando até mesmo a quantidade correta de lavagens do produto. Essa proteção evita que a umidade e o sol quente contribuam para que você desenvolva algum problema de pele, por exemplo.

Zíper na extremidade

Calça de Ciclismo Refactor Max Gel Flex
Calça de Ciclismo Refactor Max Gel Flex – detalhe para o zíper na parte inferior

Alguns modelos de calças para ciclistas possuem zíperes nas extremidades, ajudando a deixar mais confortável o seu uso (normalmente próximo ao tornozelo ou a canela). Esse pode parecer um detalhe, mas na hora de vestir um modelo mais justo, eles ajudam bastante e também contribuem para manter a calça presa ao corpo, evitando o atrito.

Acolchoamento

Detalhe do acolchoamento da marca Aerotech – modelo feminino

Esse é um dos pontos que você mais deverá prestar atenção, afinal é ele que garantirá conforto, mesmo passando horas pedalando sobre o selim. Antes de comprar a sua calça de ciclismo, converse com o vendedor e tente saber para qual distância é indicada o acolchoamento.

Isso porque existem várias versões para distâncias mais curtas e distâncias maiores, inclusive com tecnologia diferenciada. Via de regra, quanto mais variedade na composição do material, maior a proteção. Normalmente os modelos em gel costumam ser mais pesados, e os de espuma, mais leves.

Mulheres, atenção: sempre busquem por modelos femininos de calça. A diferença básica é que, a maioria dos modelos para elas apresenta a parte acolchoada em menor comprimento e mais larga na parte de trás.

Acabamentos

Calça de ciclismo Curtlo Vertigo masculina
Calça de ciclismo Curtlo Vertigo masculina

Um ponto fundamental e capaz de indicar a qualidade da calça de ciclismo é o acabamento. Verifique, por exemplo, se a costura que liga o acolchoado à bermuda é mais fina ou mais grossa, se existem fios sobrando ou ainda pequenas dobras de tecido.

O ideal é que o acabamento seja rente ao acolchoado, com uma costura limpa e bem feita, garantindo durabilidade à peça.

Tamanho

Por último, mas não menos importante, é essencial escolher corretamente o tamanho da sua calça de ciclismo, afinal, se ela ficar larga demais, ou apertada demais você terá dificuldades em pedalar e acabará se sentindo bastante desconfortável.

Se você está em dúvida entre dois tamanhos, a dica é sempre optar pelo menor, garantindo maior aderência. Você deve considerar, ao experimentar um modelo, pontos como: firmeza, sustentação e, claro, conforto, evitando a compressão excessiva.

Onde encontrar a minha calça de ciclismo?

Como você viu, não existe fórmula mágica na hora de encontrar a melhor calça de ciclismo. A dica é entender as suas necessidades e experimentar alguns modelos, encontrando aquele que lhe ofereça conforto e proteção na medida certa para o seu caso.

Que tal começar a colocar as dicas que demos em prática? Os modelos mostrados aqui no post (e muitos outros) você encontra nos links abaixo. Só clicar pra conferir os preços atualizados:

Dicas finais

Aqui no blog temos dois posts bem completos como esse. Um sobre bermuda de ciclismo, e outro sobre bretelles. Vale a pena conferir se você deseja saber mais sobre essas outras peças.

Com esse conteúdo, ficou mais fácil escolher a calça de ciclismo? Se você tem alguma dúvida, é só deixar um comentário pra gente!

Mochila de hidratação: o guia completo para tirar todas as suas dúvidas!

Atualizado em 28/10/2019

Na hora de encarar aquele pedal um pouco mais longo, quem nunca ficou na dúvida se as famosas caramanholas “dariam conta do recado”? Embora elas sejam as opções mais comuns, não são as únicas no mercado. Para quem deseja fazer pedais com mais conforto, a mochila de hidratação pode ser uma ótima escolha.

Fácil de carregar, com capacidade bem maior e utilidade até mesmo em outros esportes, a mochila de hidratação tem conquistado cada vez mais adeptos – e também criado uma série de dúvidas em quem pretende adquirir esse item.

Esse é o seu caso? Então esse post vai te ajudar. Continue a leitura e veja as informações bem bacanas que separamos!

Ou se preferir, assista a esse conteúdo no vídeo abaixo:

E no final desse artigo temos uma lista pra você conferir preços e modelos atualizados de mochila de hidratação 🙂

O que é a mochila de hidratação e como ela funciona?

Mochila de Hidratação Curtlo Hydra 2L
Mochila de Hidratação Curtlo Hydra 2L

A mochila de hidratação, embora esteja “na moda”, não é um item recente. Ela foi criada na década de 80 por Roger Fawcett. Na época, ele notou que o cantil que usava era insuficiente para mantê-lo hidratado debaixo do sol fortíssimo do Texas.

Pensando em uma solução mais eficiente, ele desenvolveu uma mochila feita com um tecido impermeável e que ainda conseguia manter a água mais fresca do que o antigo cantil. A ideia fez sucesso e com o tempo foi evoluindo até os modelos que temos hoje.

Atualmente, é possível encontrar uma variedade imensa de modelos de mochilas de hidratação, algumas com capacidades para mais de 30 litros (conjunto mochila + reservatório). É claro que essa variedade de modelos também acaba fazendo com que os valores sejam diversos.

Apesar dos inúmeros tipos de mochilas, basicamente podemos dizer que todos funcionam de modo semelhante. Elas são quase todas produzidas com um tecido especial, um reservatório de água e uma mangueirinha que facilita o uso enquanto você pedala.

reservatório 2l mochila de hidratação Camelbak
Detalhe do conjunto reservatório de água + mangueira

Muitos modelos contam com uma construção diferenciada para a parte das costas. Isso evita que o ciclista transpire muito por usar a mochila e também que o calor do corpo acabe aquecendo a água.

Detalhe do tecido respirável nas costas da Mochila Camelbak Circuit Vest 1,5L
Detalhe do tecido respirável nas costas da Mochila Camelbak Circuit Vest 1,5L

Ainda é possível encontrar modelos com vários compartimentos. Estes são opções interessantes para quem quer levar algumas coisas no pedal além do reservatório para hidratação.

E a variedade não para por aí. Nas lojas, você pode encontrar versões com presilhas nas alças que fazem com que a mochila de hidratação se mantenha no lugar durante toda a pedalada, oferecendo mais conforto ao ciclista.

O compartimento interno (onde a água é reservada) também pode variar. O modelo mais comum tem uma abertura feita em rosca ou com uma trava deslizante (parecida com um zíper).

A mangueira pela qual você bebe a água também conta com um dispositivo interno, evitando respingos e vazamentos. Na maioria dos modelos o ciclista precisa morder a mangueirinha para liberar o líquido.

Quais as vantagens da mochila de hidratação?

Mochila de Hidratação Curtlo Rox 2 litros
Mochila de Hidratação Curtlo Rox 2 litros

Agora que você já compreendeu um pouco mais sobre como a mochila de hidratação funciona pode estar se questionando se ela é realmente vantajosa, ou se contar apenas com a caramanhola já é suficiente.

Responder a essa questão dependerá muito das suas preferências pessoais. Por exemplo, do quanto você se dedica aos pedais, se costuma fazer passeios mais longos, se pretende viajar com a bike e muitas outras variáveis. Veja alguns pontos positivos da mochila de hidratação.

Água sempre fresca

Mesmo para quem faz passeios menores ou está iniciando no mundo do pedal, a mochila de hidratação pode ser vantajosa. Isso porque ela permite ter muito mais conforto (evitando o problema da água quente, algo comum em muitas caramanholas, principalmente nos dias de verão intenso).

Mais quantidade

Em relação à quantidade de água armazenada também é mais vantajoso optar pela mochila, pois ela consegue armazenar entre 1,5 a até 3 litros de água, enquanto as caramanholas não costumam passar dos 750 ml.

Transporte de outros itens

Mochila de Hidratação Camelbak Lobo 3L
Mochila de Hidratação Camelbak Lobo 3L.

Porém, uma das grandes vantagens da mochila de hidratação é a facilidade que ela oferece ao ciclista. Com ela, você poderá levar para o seu pedal muitos itens além da água, como ferramentas, alimentos, kit remendo, telefone celular, entre outros.

Como a mochila de hidratação é produzida com um design especial, não incomoda durante a pedalada e interfere menos no seu desempenho, quando comparada às mochilas tradicionais.

Porém, é claro, que a mochila de hidratação também pode apresentar algumas desvantagens, como:

  • modelos sem preocupação com o costado, que podem fazer o ciclista sentir mais calor na parte das costas pela falta de ventilação;
  • modelos que podem aquecer ou esfriar as costas, deixando a pedalada desconfortável;
  • manutenção que exige mais cuidados do que as caramanholas, com limpezas frequentes;
  • valor mais alto do que as caramanholas.

Como escolher a mochila de hidratação?

Mochila de Hidratação Camelbak Hidrobak 1,5L
Mochila de Hidratação Camelbak Hydrobak 1,5L

Depois de analisar os últimos tópicos, a vontade de levar a primeira mochila de hidratação para casa está grande? Então confira alguns pontos importantes que separamos e que podem ajudar a tornar a sua escolha mais fácil.

Tamanho da mochila de hidratação

Mochilas de hidratação High Sierra
Mochilas de hidratação High Sierra

Antes de sair às compras, pense exatamente qual será o uso que a mochila terá.

Você pretende usá-la apenas para passeios eventuais com os amigos, ou daqui um tempo ela será aproveitada em pedais mais longos e até viagens? Você costuma fazer trilhas longas em locais sem água à disposição? Você quer uma mochila apenas para se hidratar, ou também deseja transportar itens nela?

Esses dados ajudam a definir o tamanho ideal da mochila de hidratação e do reservatório de água. Na maior parte das vezes, trilhas de curta duração comportam muito bem mochilas com capacidade entre 1,5L a 2L.

Conforto do modelo

mochila de hidratação probike titanium
mochila de hidratação Probike titanium

Como dissemos nos tópicos anteriores, o costado é um ponto importante na construção da mochila e por isso vale à pena se atentar a esse detalhe. Se for possível, tente experimentar a mochila antes da compra (nem que seja apenas vestir uma mochila em uma loja física para depois garantir descontos em compras virtuais).

Analise o tipo de tecido usado, se ele se preocupa em gerar uma ventilação para as costas do ciclista, se consegue manter a água em temperatura agradável, se as alças possuem ou não presilhas e também se são confortáveis e se ajustam as suas costas.

Mulheres, atenção: a dica especial é dar preferência aos modelos com alças curvas ou até triangulares, que ajudam a distribuir melhor o peso.

Outra dica valiosa é sempre preferir pelos modelos com faixa peitoral e abdominal. Essas faixas deixam a mochila mais presa ao corpo, evitando o desequilíbrio.

Reservatório e mangueira

reservatório mochila de hidratação
Detalhe de reservatório de 2 litros e mangueira

Os modelos de mochila de hidratação também podem contar com vários tipos de reservatórios. É importante ficar atento ao tipo de abertura e fechamento, que deve ser simples e facilitar a limpeza, melhorando a conservação do item. As que têm bocas maiores são mais fáceis de serem higienizadas.

Outro ponto que merece cuidado é o tipo de válvula. As mais indicadas são as que possuem uma espécie de torneira, evitando vazamentos indesejados que podem comprometer o seu pedal.

A direção da mangueira também merece cuidado. Os modelos mais simples costumam ter mangueiras que passam apenas por um lado do ombro. O melhor são os que permitem rotear pelos dois lados, favorecendo o conforto e o uso.

Mochila de hidratação: dicas extras e importantes!

Mochila Camelbak Circuit Vest 1,5L
Mochila Camelbak Circuit Vest 1,5L

1) Preste atenção ao interior da mochila

Além de todos esses itens, você ainda pode conferir como é o espaço interno da mochila de hidratação. Note se ela possui bolsos e divisórias, prendedores de chave, porta celular e suporte para bomba, por exemplo. Esses detalhes facilitam a organização e deixam os itens mais importantes sempre à mão.

2) Use corretamente

A forma de usar a mochila de hidratação precisa ser considerada, evitando desconfortos. A dica é colocar os itens mais pesados na parte debaixo, e os mais leves em cima, favorecendo a distribuição do peso nas costas.

A altura também conta na hora de oferecer conforto. O indicado é deixá-la sempre no meio das costas, de maneira centralizada. Para saber se ela está adequada, basta verificar se o tamanho que sobra das alças está semelhante.

Para quem vai fazer passeios ou viagens mais longas, pode ser recomendado aliar o uso da mochila de hidratação com caramanholas com isotônicos ou até maltodextrina. Essa prática evita a desidratação e oferece mais conforto.

Já para quem tem o hábito de pedalar à noite, a dica é preferir pelos modelos de mochila com tecidos e materiais refletivos, que aumentam a segurança.

3) Peça por dicas de amigos

Se, mesmo depois de experimentar e ler sobre alguns modelos, você ainda tiver dúvidas, converse com outras pessoas que pedalam e usam a mochila de hidratação. Analise  as marcas que eles preferem, os modelos, os tamanhos e outras informações.

Onde posso comprar a minha mochila de hidratação?

Se você leu esse post Guia e viu que a mochila de hidratação pode deixar os seus pedais mais confortáveis, é hora de escolher o modelo ideal pra você. Os modelos mostrados nesse post (e muitos outros) podem ser pesquisados nos links abaixo, com preços atualizados:

Espero que esse post tenha te ajudado com boas dicas e informações. Se você ficou com alguma dúvida, deixe um comentário pra gente! E para não perder nenhuma das nossas postagens, com dicas bem legais como essa, é só se cadastrar no nosso boletim mensal – e receber conteúdos diretamente no seu e-mail!

Como organizar uma cicloviagem por conta própria

Atualizado em 17/06/2019

Eu digo sempre que o cicloturismo é uma atividade acessível a todo estilo de viajante. E esse post é pra você que pensa em organizar cada passo (ou pedalada) da sua cicloviagem por conta própria.

Eu separei aqui as etapas que considero importantes, todas com explicações e materiais do blog que vão te permitir aprofundar no assunto e botar a sua bike na estrada.

E no final do post eu indico alguns pontos que considero positivos – e alguns desafios – em organizar uma cicloviagem por conta própria.

[Nota do blog]: Como cada cicloturista (ou cada cicloviagem) tem suas preferências, eu fiz também um post com 6 vantagens de fazer cicloturismo com uma agência especializada. É só clicar e conferir.

Como organizar uma cicloviagem por conta própria?

Organizar uma viagem de bike não é difícil, mas exige método. É importante separar todas as etapas e cuidar de tudo o que precisa para cada uma delas. Eu costumo fazer uma “brincadeira” (que funciona!) e dividir a palavra cicloturismo:

1 – Planejamento do CICLO (tudo relativo à bike):

em Wenceslau Braz (MG). Foto: André Schetino

Vai levar a sua bike ou alugar no seu destino? Caso a opção seja alugar uma bike, temos um post sobre aluguel de bicicletas para cicloturismo que mostra como o serviço funciona (link abaixo).

  • Qual bike levar e como levar a bike: caso opte por ir com a sua bike. Vai sair de casa pedalando ou vai transportar a bike no ônibus, trem, avião, barco, carro…
  • preparação física até a data da viagem: o condicionamento está em dia para pedalar o percurso planejado?
  • o que levar na viagem e como levar as coisas na bicicleta: alforjes, carretinhas, racks, bikepacking etc;

1.1 – Conteúdos e materiais do blog que podem te ajudar nesta etapa:

2 – Planejamento do TURISMO (tudo relativo à viagem):

  • Planejamento do roteiro: por onde você vai pedalar? Temos um post que ensina a elaborar roteiros de cicloturismo
  • Planejamento da hospedagem: depois de um dia todo pedalando, a escolha de onde vai passar a noite é muito importante.
  • Organização da documentação necessária: grande parte dos destinos (especialmente os internacionais) exigem passaporte, visto, e em alguns casos, vacinas.

2.1 – Conteúdos e materiais do blog que podem te auxiliar nessa etapa

Autonomia: a principal vantagem de organizar uma cicloviagem por conta própria

cicloturismo em estrada de terra
Eu em cicloviagem por Gonçalves (MG). Estrada de terra batida em ótimo estado. Foto: Marcos Adami.

Organizar uma cicloviagem por conta própria te permite autonomia sobre todos os processos da viagem. Para quem busca esse tipo de experiência, essa é a principal vantagem.

Lembrando que essa autonomia pode ser relativizada no caso de viagens em grupo, onde você talvez precise entrar em acordo com os companheiros de pedal sobre alguns pontos. Mas não deixa de existir uma autonomia do grupo, não é mesmo?

Uma viagem autônoma te permite:

  • Adaptar – você terá mais facilidade para adaptar o roteiro. Se quiser ficar mais alguns dias em determinado local, mudar o trajeto enfim.
  • Personalizar – você escolhe tudo: cada hospedagem, roteiro, paradas, locais de alimentação etc;

Alguns desafios em organizar uma cicloviagem por conta própria

Se você busca a máxima autônomia em suas viagens, nenhum desses pontos será problema. Mas para organizar cada detalhe da viagem você deve levar em conta alguns desafios, como por exemplo:

  • Arrumar companhia – organizar uma cicloviagem por conta própria não significa necessariamente viajar sozinho. Porém, sabemos que costuma ser um pouco mais difícil encontrar pessoas dispostas – tanto do ponto de vista do preparo físico quanto com a mesma disponibilidade de tempo – a encarar uma cicloviagem em grupo.
  • Tempo – todas essas etapas de organização acabam tomando um certo tempo. Pesquisar destinos, roteiros, locais, enfim. Isso pode ser um problema pra quem tem a vida um pouco agitada. Mas nada impossível se começar com antecedência e ir fazendo aos poucos.

6 vantagens em fazer cicloturismo com uma agência especializada

Post atualizado em 17/06/2019

Imagine pedalar por roteiros no Brasil e no exterior acompanhado de um grupo de cicloturistas e com ótima estrutura de apoio. Pois essa é uma possibilidade cada vez mais procurada, caso você queira fazer cicloturismo com uma agência especializada.

Nesse post eu vou apresentar pra você como funciona esse tipo de serviço, e enumerar 6 vantagens de pedalar com uma agência especializada em roteiros de cicloturismo.

Se preferir você pode assistir a esse conteúdo em vídeo:

[Nota do blog]: Como cada cicloturista (ou mesmo cada cicloviagem) tem suas preferências, eu fiz também um post explicando como organizar uma cicloviagem por conta própria. É só clicar e conferir.

Como funciona uma agência especializada em cicloturismo

Cicloturismo na Toscana
Foto: Italy Bike Tour

Uma agência especializada em cicloturismo oferece roteiros de bicicleta aliados a serviços específicos para o cicloturista, como por exemplo: carro de apoio, aluguel de bicicletas, serviço de lavanderia para o uniforme de ciclismo etc;

Os roteiros são todos pensados com atrativos para o ciclista, desde o terreno pedalado, altimetria, locais de paradas, refeições, experiências etc;

O serviço de roteiros de cicloturismo feitos por agências especializadas é bastante comum ao redor do mundo (especialmente na Europa e nos Estados Unidos). No Brasil também temos empresas especializadas em oferecer passeios e roteiros maiores de cicloturismo.

Enumeramos alguns pontos positivos para quem busca esse tipo de serviço.

6 vantagens em fazer cicloturismo com uma agência especializada

1 – Viajar em grupo

Cicloturismo na Emilia Romana
Encontro Brasil Itália de Cicloturismo, na Emília Romana. Foto: Walter Magalhães

Bom pra quem tem dificuldade em arrumar parceiros de viagens. Nem sempre encontramos amigos dispostos a encarar um roteiro de bicicleta. Contratando um roteiro de uma agência você poderá inclusive conhecer outros cicloturistas e quem sabe fazer novas amizades.

2 – Serviços especializados para cicloturismo

Bicicletas Fondriest disponíveis para aluguel. Foto: André Schetino

Muitas agências oferecem serviços especializados que são uma “mão na roda” pra quem viaja de bicicleta. Podemos citar entre eles:

Carro de apoio: muito bom pra quem faz viagens pelo exterior e leva muita bagagem. Aqui no blog temos um post onde mostramos 5 vantagens de fazer cicloturismo com carro de apoio.

Aluguel de bicicleta: esqueça aquela bicicleta enferrujada e cheia de barulhos. Existem agências que alugam bicicletas top de linha, com tamanho ideal ao tamanho do ciclista. Isso pode ser uma boa opção se você não quiser levar a sua bike no ônibus / carro ou avião. E ainda pode pedalar uma bike diferente (e muito boa)!

Aqui no blog também temos um post que apresenta como funciona o aluguel de bicicletas para roteiros de cicloturismo ou granfondo. Vale dar uma olhada!

Lavanderia do Uniforme de ciclismo: outra facilidade que economiza muita bagagem. Algumas agências ou hotéis especializados oferecem o serviço de lavanderia do uniforme de ciclismo. Você chega da pedalada, entrega o uniforme, e recebe ele sequinho e cheiroso para pedalar no dia seguinte! Maravilha!

3 – Roteiro pensado para o cicloturista:

Região da Puglia – Caminho entre Cisternino e Ostuni. Foto: André Schetino

Geralmente o roteiro é feito por ciclistas experientes e que conhecem a região. Isso é importante, pois só quem tem experiência com a bike pra entender níveis de dificuldade dos percursos, além de atrativos para outros ciclistas.

4 – Maior sensação de segurança

Cicloturismo na Toscana
Foto: Italy Bike Tour

Ao contratar uma agência especializada, você acaba se sentindo mais seguro. Não só por ter toda a estrutura mencionada no item 2, como também por pedalar com guias experientes. Estar com alguém que conhece o percurso e pedala por ele regularmente é um ponto positivo.

No caso de roteiros no exterior, muitas agências oferecem guias que falam português, o que facilita a comunicação para quem não domina outro idioma.

5 – Experiência na prestação de serviços

Em Acaia (Itália). Foto: André Schetino

As boas agências especializadas tem conhecimento aprofundado sobre o roteiro, locais visitados, restaurantes, serviços na região. Busque sempre agências com boas referências!

6 – Poupar tempo de planejamento na viagem:

Pensar roteiros, reservar hotéis e planejar diversos aspectos de uma cicloviagem tomam um bom tempo! Pra quem gosta e tem esse tempo disponível, ótimo. Mas se você quer conhecer um novo local e ter como única “preocupação” pedalar e curtir belas paisagens, uma agência especializada é ideal pra você!

Pontos importantes sobre cicloviagens internacionais

Mesmo com tantas vantagens, quem pretende fazer uma cicloviagem internacional (por conta própria ou com agência) deve organizar algumas coisas como passagens, documentos e seguro de viagem. Separei algumas dicas finais com links para te ajudar.

6 passos para organizar uma cicloviagem internacional

Pedalar em terras estrangeiras é o sonho de muitos cicloturistas. Mas antes de sair pedalando em sua cicloviagem internacional, é preciso organizar algumas coisas como documentações e também fazer algumas escolhas.

Nesse post veremos alguns passos importantes para organizar a sua cicloviagem ao exterior. Concentramos aqui as dicas técnicas, mas ao longo do post (e no final) separamos links importantes com outros artigos que podem te ajudar.

5 passos para organizar uma cicloviagem internacional

1 – Defina seu tipo de cicloviagem: por conta própria ou com uma agência especializada em cicloturismo?

Pensando que cada pessoa tem uma preferência na hora de organizar a sua cicloviagem internacional, preparei dois posts bem completos, com as vantagens de organizar uma viagem por conta própria ou optar por uma agência especializada em cicloturismo.

É só conferir abaixo:

2 – Compra das passagens

cicloviagem internacional
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No caso de viagens internacionais, eu gosto de pesquisar muito e comprar as passagens com bastante antecedência.

Eu pesquiso sempre nos sites das companhias. Começo a cerca de 10 meses antes, e vou acompanhando os preços. Caso veja uma promoção, faço a compra. De acordo com muitos blogs de viagens, os preços das passagens costumam estar mais baratos cerca de 120 dias antes da data pretendida para embarque.

Outra coisa: se você viaja fora da alta temporada – que acontece nas férias de julho ou de de dezembro a fevereiro – deve encontrar passagens mais baratas. Meu trabalho quase nunca me permite isso, então acabo viajando no período de férias tradicionais e pagando mais caro pelas passagens aéreas.

3 – Organizar a documentação de viagem

cicloviagem internacional
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A documentação de viagem pode variar dependendo do seu destino. Alguns países da América do Sul (filiados ao Mercosul) por exemplo, exigem apenas carteira de identidade.

O documento internacional de viagem mais exigido (e que eu recomendo) é o passaporte. Ele deve estar com validade de no mínimo 6 meses na data do embarque.

Alguns países (como os Estados Unidos, por exemplo), exigem também o visto de entrada no país. Organize-se para ter toda a documentação com boa antecedência e viaje tranquilo!

4 – Verifique a necessidade de tomar vacinas

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Outra informação muito importante. Alguns países que passam por surtos de doenças e exigem vacinas para as mesmas. As mais comuns são Febre Amarela em países d América do Sul e África.

[Dica] O site da ANVISA possui uma seção de Saúde do Viajante. Basta clicar em “verifique as orientações para o País de destino”, inserir o país para onde pretende viajar e conferir as exigências ou recomendações de vacinas, sempre atualizadas.

5 – Faça o seu seguro de de viagem

criar roteiros de cicloturismo
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Alguns países da Europa exigem o seguro de viagem de todos os turistas. E mesmo para países sem a exigência, é algo que sempre faço e recomendo. Algumas operadoras de cartão de crédito costumam oferecer o seguro “gratuito” caso a passagem seja paga integralmente com o cartão de crédito antes da data da viagem.

Porém, você deve estar atento à cobertura do seguro. Aqui no blog eu tenho um artigo muito visitado, sobre seguro de viagem para cicloturismo. Trata-se de um seguro com mais opções, que inclui a cobertura de prática esportiva e até resgate terrestre ou aéreo.

6 – Organize a sua hospedagem

Você deve escolher a sua hospedagem dependendo do seu estilo de cicloviajante. Se preferir acampar, pode pesquisar por campings e organizar o seu material (barraca, isolante, saco de dormir / redes etc.).

Além disso, pode optar também por hospedagem solidária, ser recebido em casa de amigos/parentes (dependendo do destino).

O mais comum no entanto é a escolha de hostels, B&B (bed and breakfast), ou hotéis. Nesse caso eu costumo utilizar os serviços do Booking.com.

Se quiser saber mais sobre Hospedagem para Cicloturistas, temos um post bem completo aqui no blog (só clicar e conferir).

Esse passo é necessário caso opte por organizar a sua viagem por conta própria (passo numero 1 desse post). Caso tenha escolhido algum roteiro elaborado por agência de cicloturismo, a hospedagem estará inclusa.

Dica final: alugar uma bike ou levar a sua?

Esse é um dos pontos que você pode escolher em uma cicloviagem internacional (e nacional também). Escrevi um post detalhando como funciona o serviço de aluguel de bicicletas para cicloturismo, trainning camp e granfondo.

Nele eu discuto as vantagens e desvantagens dessa opção em uma cicloviagem. Deixo você com essa dica final, que espero que te ajude no planejamento da sua viagem de bike.

Vale a pena alugar bicicleta para cicloturismo ou provas de ciclismo?

Post atualizado em 17/06/2019

Um dos grandes desafios no planejamento da logística de uma cicloviagem ou viagem para trainning camp e granfondos no ciclismo é justamente o transporte da bike. Pensando nisso, escrevi esse post onde apresento uma possibilidade: alugar bicicleta para cicloturismo (ou provas de ciclismo) vale a pena?

Longe de dar uma resposta definitiva pra essa pergunta, eu vou apresentar como funciona esse tipo de serviço, e o que você deve ficar atento caso essa seja a sua escolha. Aí você pode avaliar se, para sua opção de viagem, vale a pena ou não alugar uma bike.

Se preferir, assista a esse conteúdo em vídeo:

Como funciona um BOM serviço de aluguel de bicicletas para cicloturismo e provas de ciclismo

Bicicletas Fondriest disponíveis para aluguel.

Esqueça aquelas bikes enferrujadas, muito grandes ou pequenas pra você e que vão rangendo e estalando a cada pedalada.

Atualmente existem serviços de aluguel de bicicletas para cicloturismo ou provas de ciclismo que trabalham com bikes de alto padrão, para atender às necessidades do cicloturista ou atleta.

Geralmente esse serviço é oferecido por agências especializadas em cicloturismo, que ao oferecer seus roteiros de viagem, trainning camp e granfondo, colocam como possibilidade o aluguel de bicicleta. Existem também alguns bikeshops que disponibilizam boas bikes para alugar.

Nesse caso, alugar uma bicicleta para cicloturismo ou prova de bike pode te proporcionar uma boa experiência.

Geralmente são alugados todos os tipos de bikes: mountain bikes, road bikes (speed), e até bicicletas com pedalada assistida (abaixo), para roteiros de cicloturismo por exemplo.

alugar bicicleta para cicloturismo
Mountain bike Trek (à esquerda) com sistema de pedalada assistida (ebike). Foto: Italy Bike Tour

Quais as vantagens de alugar bicicleta para cicloturismo, trainning camp ou granfondo?

  • Alugar a bike economiza o trabalho e os custos do malabike (ou embalagem da bike) e do transporte no avião (ou outro meio de transporte – que pode ou não ser gratuito).
  • Diminui o peso e facilita o deslocamento até o local do pedal.
  • Pra quem adora bicicletas (eu!), é a possibilidade de pedalar uma boa bike, diferente da sua e ajustada pra você.

Quais as desvantagens do serviço?

  • Não é a sua bike: você já está bem ajustado, acostumado com sua bike e conhece todas as “manhas” dela.

Vale a pena alugar bicicleta para cicloturismo ou provas de ciclismo?

alugar bicicleta para cicloturismo
Durante pedal na Itália em 2015. Foto: André Schetino

Eu não coloquei o custo do serviço como vantagem ou como desvantagem, pois ele pode variar muito dependendo da sua viagem: número de dias, tipo da bike etc.

Para saber se vale a pena alugar uma bicicleta para cicloturismo ou provas você deve avaliar o custo-benefício. Pra isso, pense em algumas coisas como:

  • vai gastar com embalagem da bike?
  • vai precisar comprar um malabike pra transportar a sua bike?
  • qual a tarifa cobrada pela cia aérea ou outras que irão transportar a sua bike?
  • qual é o trabalho (tempo, desgaste, força) que você vai fazer pra transportar a sua bike?
  • qual é a bike (marca / modelo) que você está alugando?
  • a bike será ideal para o seu tamanho? Será bem ajustada?
  • quantos dias vai ficar com a bicicleta?

Você deve comparar a resposta dessas perguntas com o preço que vai pagar pelo serviço. Compare também as vantagens e desvantagens que eu enumerei acima (se eu esqueci alguma, me diga nos comentários do post!). As vezes pagar um pouco mais caro pode economizar um trabalho que você não quer ter.

Como a minha preferência de cicloviagens é por roteiros curtos (10 dias máximo), eu costumo ver muito mais vantagens do que desvantagens (tanto que aluguei bicicleta em todas as cicloviagens que fiz fora do Brasil).

Aqui no Brasil viajo sempre com a minha bike. Falta ainda experimentar uma viagem por aqui com bike alugada, e também uma viagem ao exterior levando a bike daqui, pra falar um pouco aqui no blog.

Minha experiência com o aluguel de bicicletas para cicloturismo, trainning camp e granfondo

Roteiro de cicloturismo

alugar bicicleta para cicloturismo
Foto: André Schetino
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Foto: André Schetino

Em 2013 fiz uma cicloviagem para a Puglia (sul da Itália) e pedalei uma hibrida (mountain bike com rodas 700) da Specialized (fotos), ideal para cicloturismo e uso urbano. Uma bike muito confortável, que atendeu perfeitamente às necessidades do roteiro – que você pode conferir clicando no link acima).

Trainning Camp e Granfondo

Hotel Gambrinus Fondriest
Bike Fondriest TF3, já com o meu pedal de encaixe. Foto: André Schetino

Em 2015 retornei à Itália, dessa vez com uma proposta mais esportiva. Fiz um Trainning Camp e um granfondo na Emília Romana. Dessa vez mandei as minhas medidas e minha bike foi uma Fondriest TF3 Carbon(foto). A bicicleta era maravilhosa! Levei apenas o meu pedal clip e sapatilha, e adorei pedalar essa bike.