500 Jalapão Bikepacking

Por Edinho Ramon Sua Casa é o Mundo

Poucos meses antes do reveillon de 2015 para 2016 resolvemos organizar um projeto audacioso, o Ponto Alto 10. Consistia em subir os dez pontos mais altos do Brasil, no intervalo de um ano, registrar tudo e montar um circuito de palestras e exposições em escolas sobre a importância de cuidar e preservar a natureza. Naquela virada de ano começamos pelo Monte Roraima e o plano era terminar no Pico da Neblina no reveillon de 16 para 17. Mas como eu disse, era!

Aprendendo com o Até Onde deu pra ir de Bicicleta

jalapão bikepacking
Foto: Edinho Ramon

Poucos dias antes da Adventure Sports Fair de 2016 recebemos a resposta negativa. Era impossível, legalmente, passar a virada do ano no Pico da Neblina. Decepcionados com o projeto frustado e ávidos por aventura chegamos na referida feira em Sampa e assistimos três palestras que mudaram o rumo da prosa: a palestra do André aqui do Até onde deu pra ir de bicicleta, do Fábio do Pedal Nativo e da galera do clube do cicloturismo.

No mesmo dia, 12 de outubro, compramos nossa passagem Rio – Palmas. Estava decidido que iríamos percorrer o Jalapão de bike. E pra valer a viagem, o faríamos gravando um filme. Eu, Edinho Ramon fotógrafo e filmmaker, minha esposa Bia Carvalho e o amigo Rodrigo Leão que ficou com a tarefa de fazer as imagens aéreas.

A logística para chegar lá não é muito simples.Voamos para Palmas, de onde fizemos o translado de Palmas até Ponte Alta de carro. O mesmo carro que nos resgataria em Novo Acordo para levar de volta à Palmas. De bike o nosso roteiro definido foi Ponte Alta, Pedra Furada, Cachoeira do Soninho, Cachoeira da Fumaça; Ponte Alta, Canion Sussuapara, Mata Nova, Rio Vermelho, Cachoeira da Velha, Prainha, Frito Gordo, Rio Novo, Dunas, Serra do Espírito Santo, Mateiros; Fervedouro Buriti, Fervedouro do Ceiça, Povoado Mumbuca, Encontro das Águas, Camping do Vicente, Cachoeira do Formiga; Fervedouro Bela Vista, São Félix, Catedral, Camping do Camilo e Novo Acordo.

Como o nosso objetivo era gravar o filme 500 Jalapão Bikepacking, as bikes estavam bem pesadas, assim deixamos o calendário bem folgado para ter margens para mudanças. O que foi ótimo pois nossa trip diminui um dia e decidimos evitar a Cachoeira da Velha e a prainha do Rio Novo.

Imprevisto antes do primeiro giro do pedal

Chegamos em Palmas fizemos um briefing com o Alex, da Jalapão Extremo, que se mostrou muito solícito e desde o primeiro momento nos auxiliou bastante. Em seguida demos uma pedalada por Palmas para ajustar os últimos detalhes. O Rodrigo chegou depois, nos encontramos direto no aeroporto e seguimos para Ponte Alta – TO, portal sul do Jalapão.

Chegando em Ponte Alta fomos para a pousada Águas do Jalapão e esticamos as redes pra começar na manhã seguinte. Na hora de deixar as bikes no jeito pra sair cedinho a surpresa, durante o transporte no avião a bike do Lion quebrou a gancheira. Como não era o caso improvisar uma bike sem trocas de marchas para encarar o Jalapão, no dia seguinte ele teve que voltar para Palmas e eu e Bia seguimos sem ele.

 

Relato detalhado da viagem

Dia 1
Cachoeira do Soninho, no Jalapão.
Às margens da Cachoeira do Soninho, no Jalapão. Foto: Edinho Ramon

Eu e Bia saímos com o destino incerto. Sem saber o quanto renderíamos as opções eram seguir para a Cachoeira da Fumaça ou se não rolasse parar na Cachoeira do Soninho. Na fase de planejamento eu já tinha deixado a Fumaça de lado, mas o Alex insistiu que valia a pena visitá-la pois estaríamos a apenas 18 km de lá.

Seguimos na direção sul de Ponte Alta e rapidamente chegamos no asfalto. Foram 17 km até a saída para a estrada de terra. Uma estrada tranquila, com poucas e pequenas costelas de vaca. Mais 11 km e avistamos, de longe, a Pedra Furada. Uma linha de eucaliptos, margeando uma estrada de areia fina e branca indicava o caminho. Mas deixamos pra passar lá quando estivéssemos voltando.

Seguimos por um trecho de areia bem fininha, um pedal difícil, bem diferente do que estávamos encontrando. Progredir na areia estava bem complicado e começamos a empurrar a bike em vários trechos. Quando me dei conta, erramos a entrada e teríamos que voltar 1km. Voltamos e constatamos que foi um erro aceitável. A trilha que deveríamos seguir estava coberta por mato, dando dicas de que há muito não era utilizada.

Seguimos progredindo por esse difícil caminho, revezando entre pedalar no mato e empurrar a bike. Quanto mais a gente avançava mais fechado ficava o caminho e mais pegadas de animais a gente via. Após 2,5 km uma surpresa. A ponte que cruzava o rio estava quebrada. Caminhei pela margem procurando algum ponto para descer e atravessar as bikes e vibrei ao encontrar um trecho que dava vau.

Após mais 2km de perrengue e muito cansaço chegamos na estrada de terra da qual tínhamos saído. Após checar o caminho vibrei muito ao descobrir que faltavam 12 km para a Cachoeira do Soninho mas ficava a dúvida de como seria a estrada. Com a água fresca e a estrada melhor, pedalamos sem maiores problemas e chegamos na área de camping junto com o pôr-do-sol.

O astral acampando às margens da Cachoeira do Soninho foi incrível. Completamente isolados, sem ver ninguém a algum tempo, nos sentimos muito conectados com a natureza. Nadamos de noite e de dia e a Bia viveu um fato curioso. Quando foi buscar água no rio o feixe de luz da lanterna de cabeça iluminou dois olhos na outra margem do rio. Ficou a curiosidade de descobrir que animal estava lá.

Dia 2
Foto: Rodrigo Leão

No segundo dia, recuperados do pedal do dia anterior mas receosos com o tracklog para a cachoeira da Fumaça, decidimos seguir para a queda mais forte da Cachoeira do Soninho, abastecer a água e seguir para a Pedra Furada para encontrar o Lion. Os 36 km a mais para a Cachoeira da Fumaça foram abortados.

A Cachoeira do Soninho tem uma força e uma energia bem forte. Bia aproveitou para praticar um pouco de Yoga e seguimos rumo a Pedra Furada.

Porém, na volta, seguimos pela estrada de terra. No km 12 viramos a esquerda e na bifurcação 4 km à frente, viramos a direita seguindo a placa para Ponte Alta. Sem erros e sem estresse chegamos num riozinho ideal para uma pausa no km 24. Banho, águas plenas e comida. Revigorados seguimos o caminho.

A gente já estava quase chegando na Pedra Furada quando paramos um carro para pedir informações sobre a cachoeira da Pedra Furada. O motorista nos disse que também estava procurando mas não tinha achado. Perguntou do nosso caminho e não acreditou que não tínhamos ido à Cachoeira da Fumaça. Nos convidou para pegar uma carona com ele e ir até lá. Não gostamos muito da ideia, queríamos ver o pôr do sol da Pedra Furada. Ele insistiu dizendo que daria tempo, disse pra deixarmos as bikes no mato e seguir com ele.

Pegamos o material de hidratação e lá fomos nós, clicar a cachoeira da Fumaça, reabastecer as águas e voltar para as bikes.

A Cachoeira da Fumaça no Jalapão. Foto: Edinho Ramon

Percorrer o caminho que acabamos de completar de bike, no carro, nos fez constatar uma verdade. O Jalapão é bruto! E nossa jornada mal estava começando. De volta às bikes, pedalamos rumo à Pedra Furada onde reencontramos o Lion e tivemos o prazer de ser fotografado pelo fotógrafo da região Clovis Cruvinel.

Pôr do Sol incrível, camping na areia de frente para a Pedra Furada e um astral incrível com a equipe completa! Deu tudo certo com a gancheira e o Lion estava pronto pra trip!

Dia 3
Jalapão Bikepacking
Jalapão Bikepacking – Sombra da bike na Pedra Furada. Foto: Edinho Ramon

O amanhecer na Pedra Furada foi incrível. Para começar fomos acordados por uma revoada de maritacas. Incontáveis maritacas dançavam no céu, voando da Pedra Furada, percorrendo um grande círculo e voltando cantando muito. O sol quando apareceu iluminou a Pedra com aquela cor incrível da hora mágica da fotografia.

Pedra Furada no Jalapão
A Pedra Furada no Jalapão. Foto: Edinho Ramon

A felicidade de estar ali era nítida nos três. Organizamos as coisas, tomamos café e encaramos os 2,5 km de areia até a estrada de terra.

Chegando na cidade uma surpresa por negligência. Andando com o pneu traseiro um pouco vazio quando passei pelo desnível da ponte com o asfalto ele furou. Descobrimos que no jogo de deixa-que-eu-deixo ninguém tinha levado espátula. (rsrsrsrs) A sorte é que eu estava com um pneu 2.2 e a ferramenta não é tão fundamental. Não foi muito difícil trocar a câmara.

Dia 4
Canion Sussuapara no Jalapão
Canion Sussuapara. Foto: Edinho Ramon

Depois de 15 km rodados desde Ponte alta, à esquerda uma pequena trilha de aproximadamente 100 metros leva ao primeiro atrativo do trecho. O Cânion Sussuapara para quem está viajando de bike é quase um Oásis. A água fresquinha era tudo o que eu estava precisando. Mais 15 km e encontramos a casa de uma agradável família às margens do Mata Nova. Curiosamente quando chegamos um dos integrantes estava tomando banho no rio e uma criança correu para avisar que iríamos mergulhar. Foi o primeiro contato com os nativos do Jalapão. O povo da região é incrível. Super solícitos, agradáveis e atenciosos. Do primeiro ao último contato, não temos nada do que nos queixar. Na saída, deram uma garrafa pet congelada que a Bia colocou no bolso das costas da camisa e ficou durante um bom tempo agradecendo em voz alta. Hhahahaha

Após Mata Nova, pedalamos mais 30 km e chegamos ao Rio Vermelho, onde acampamos às margens do rio. Um rio estreito, porém bem fundo. O primeiro que na hora de mergulhar não conseguimos tocar o fundo. O Rio Vermelho é um ponto estratégico da trip de bike, pois após ele o próximo ponto d’água está a 40km.

Dia 5
Jalapão Bikepacking
Foto: Edinho Ramon

Abastecemos todas as garrafas e mochilas de hidratação, tomamos um banho bem cedinho e saímos para superar os 40km. Analisando o Mapa da região é possível identificar a mancha branca indicando longo trecho de areia fininha e fofa. São vários os pontos onde pedalar é impraticável. Empurrar a bike pesada na areia fofa é uma árdua tarefa de força e desenvolvimento da paciência.

Claro que é possível e não tem nenhum mistério. Mas com o sol castigando, as águas esquentando é um trecho que a brincadeira não é tão divertida Hahahhaa.

Subimos a Serra da Muriçoca assim. Caminhando, empurrando, subindo na bike, pedalando poucos metros, atolando, descendo, caminhando, empurrando… vivendo esse ciclo.

Quando o mapa mudou de branco para verde vibramos muito. Só mais 2km de subida e 10km de descida até o Frito Gordo.

Um rio que ganhou esse nome por ser ponto de parada dos tropeiros num passado distante quando conduziam as tropas de gado.

Mais 18 Km de pedal, sem muita variação de altimetria e sem areia. Chegamos na Comunidade no fim do dia. Montamos as barracas na praia do Sr Abelo, um jovem senhor de 106 anos.

Dia 6
Jalapão Bikepacking
“500 Jalapão bikepacking” nas Dunas do Jalapão. Foto: Rodrigo Leão.

O sexto dia prometia areia, mas a distância a ser percorrida não era muito grande, apenas 13 km. Acordamos às margens do Rio Novo com o sol nos saudando entre nuvens. Curtimos a praia do Sr Abelo, batemos um papo com ele e nos preparamos pra partir.

O caminho entre o Rio Novo e a entrada para as Dunas do Jalapão apesar de apenas 13 km é uma longa e suave subida. São 90 metros de variação vertical. Com trechos de areia pesada. Por estar na estação da chuva a areia estava um pouco compactada em alguns trechos e isso facilitava muito a nossa vida.

Pouco depois de meio dia chegamos ao Bar da Dona Benita. Quase todos os relatos sobre o Jalapão tem o nome dela. Curioso por conhecê-la chegamos perguntando por ela. Cintia Valéria, sua filha, disse que os mantimentos tinham acabado e a mãe tinha ido a Mateiros para repor o estoque.

Nesse momento o tempo virou, uma chuva torrencial começou e raios e trovões se aproximavam do bar cada vez mais. A coisa ficou feia quando um raio soou pertinho, os fios da energia fizeram um barulho enorme e a luz acabou. Aguardamos ansiosos passar o tempo ruim. Coisa que não costuma demorar muito na região. Enquanto isso, escrevemos na camisa do Sua Casa é o Mundo, colocando o troféu da nossa trip no hall da fama de D. Benita.

Valéria, nos orientou a não ir de bike para as Dunas. Pois era só areia fofa. Decidimos seguir a pé e pedir carona se alguém passasse. Fizemos o cadastro na portaria e em poucos metros embarcamos na carroceria do Rufus. Um simpático MTB de Pouso Alegre – MG. Em poucos minutos chegamos nas Dunas.

Na volta ficamos na D. Benita, batemos um bom papo, experimentamos a cachaça local e esticamos as redes.

Foto: Rodrigo Leão
Dia 7
Foto: Acervo Sua Casa é o Mundo

O sétimo dia foi o dia da alvorada na madrugada. A missão do dia era subir a Serra do Espírito Santo para curtir o sol nascendo. Há quem diga que a subida da serra é difícil, assustadora e perigosa. Não foi o que encontramos. É uma subida desgastante, sim. Da base até o primeiro mirante não da 1 Km, porém é bem íngrime, e são mais de 200 metros de variação vertical. Pra completar resolvemos subir com uma bike para fazer algumas imagens.

Pedalamos 8 km do bar até a entrada da trilha, 500 m de areia até a base da Serra e revezamos, eu e Lion, para subir a magrela. Chegamos na hora. Pisamos no mirante e o sol apontou no horizonte.

Em todo trajeto contamos com a companhia especial de Lamparina e Cadeado, cachorros da D. Benita. Quando saímos do bar não observamos que eles estavam nos seguindo. Durante o caminho tentei mandá-los embora, mas não teve jeito. Subiram a Serra nos seguindo e Cadeado, o mais novinho, estava exausto. Parei para dar água pra ele e ele bebeu com uma velocidade incrível.

Preocupados com o destino das ferinhas só relaxamos ao descobrir que D. Benita tinha parentes em Mateiros e poderíamos deixar lá. O que nem foi preciso. Ao descer a Serra a encontramos desesperada em busca dos cãezinhos.

Sorrimos da história e seguimos 23 km até a cidade de Mateiros. Chegamos por volta das 14 horas e fomos direto para o restaurante da Dona Rosa. Uma pessoa maravilhosa, boa de papo e cozinheira de mão cheia.

Dia 8

Fervedouro do Jalapão. Foto: Rodrigo Leão

Com um pãozinho com ovo e café preto da D. Rosa iniciamos mais um dia. A expectativa era grande pois era dia de conhecer os Fervedouros do Jalapão. 14 km de estrada de terra em direção a São Félix. A diferença era notável. A estrada de Mateiros em diante já era bem melhor, o pedal começava a fluir mais tranquilo. Mas no km 14 ao sair para a esquerda mais areia fina e fofa.

Longos 7km nos separaram do Fervedouro do Buriti, mas observamos uma estradinha ao lado e resolvemos pegar o “atalho” aumentando de 7 para 9 km de areia. Pelo menos em alguns trechos a gente avançava pedalando em trilhas na vegetação ao lado da estrada, porque naquela areia só dava mesmo para empurrar.

O Fervedouro do Buriti foi uma ótima primeira impressão. O fenomeno dos fervedouros acontece porque a água brota com muita força e o fundo das nascentes é de areia. Aí os pequenos grãozinhos ficam de jogando pra cima, não deixando você afundar. Mas por outro lado entra areia em todos oríficios. =D

Além do fervedouro tem uma cacoeirinha bem gostosa também. A água é mais geladinha, ótima para refrescar.

Do Buriti seguimos de volta para a estrada principal por outro caminho pegando um atalho de verdade e giramos para o Fervedouro do Ceiça. O primeiro fervedouro a ser visitado turisticamente no Jalapão. O Ceiça é um senhor muito simpático e inteligente. Nos explicou a história do fervedouro, o fenômeno da ressurgência e diversas curiosidades sobre o Buriti. Por fim, acabamos seguindo para o Camping dele para esticar as redes.

Dia 9
Jalapão Bikepacking
Foto: Edinho Ramon

O destino do nono dia foi a Comunidade do Mumbuca. Distante 9 km do camping o pedal foi tranquilo. A Comunidade é uma pequena vila de quilombolas onde surgiu o artesanato com Capim Dourado.

O que não foi tranquilo foi saber a história da ponte queimada. Tinha uma ponte na estrada para o povoado que o ligava com a estrada de terra que conduz a Mateiros. Um belo dia incendiaram essa ponte interditando o acesso à Comunidade.

Existem duas versões. Uma diz que foi alguém do Mumbuca, revoltado com o descaso do governo, pois a ponte precisava de manutenção. Outra versão é que artesãos de capim dourado de fora do Povoado destruíram o acesso para que o turismo comprasse o artesanato dos produtores de fora da comunidade.

Um dos objetivos visitando o Mumbuca era conhecer o Maurício Ribeiro. Artista que produz viola de Buriti e compõe belas músicas. Infelizmente não o encontramos, falamos com ele pelo telefone e pedimos para usar a música dele no filme. Devidamente autorizados trouxemos um CD com as canções dele e o resultado nos agradou muito.

De lá seguimos para o encontro das águas do Rio Formiga com o Rio Soninho. Chegamos pelo lado do Povoado do Mumbuca, passando pelo Fervedouro do Mumbuca e cruzando o rio até o encontro das águas. Nadamos bastante e nos divertimos com a mudança de temperatura das águas. O Rio Formiga tem a água mais quente e o Rio Soninho uma água mais fria. É bem interessante.

Dali voltamos para a Comunidade e almoçamos uma comidinha caseira deliciosa, para seguir estrada voltando pelo mesmo caminho e seguindo direto para o camping do Vicente, outra lenda viva da região.

Chegamos no Camping do Vicente perto do fim da tarde. Era o dia do aniversário dele e ele já estava se recuperando do porre de mais cedo. Conversamos um pouco e esticamos as redes de dormir.

Jalapão Bikepacking
Foto: Edinho Ramon
Dia 10
cachoeira do formiga no jalapão
Cachoeira do Formiga. Foto: acervo Sua Casa é o Mundo

O décimo dia era o último do ano. 31 de dezembro. Saímos do Camping do Vicente até a Cachoeira do Formiga. O lugar mais incrível de toda a viagem. Só 6 km de pedal e pronto, férias das férias. Passamos o dia feito crianças. Nadamos, fotografamos, brincamos, pulamos e nos divertimos a valer. A cor da água é incrível, a temperatura maravilhosa.

O reveillon foi incrível. Fomos convidados por uma família para integrar a ceia deles e comemos um risoto delicioso. Descemos à noite para a cachoeira e vivemos bons momentos de banho, reflexões e boas energias, começamos o ano de alma lavada.

Dia 11
Fervedouro Bela Vista jalapão
Fervedouro Bela Vista. Foto: Rodrigo Leão

Começamos o dia com um bom banho na Cachoeira do Formiga e saímos cedinho. O dia era longo. 6 km até a estrada e de lá mais 55 km até o Fervedouro Bela Vista.

Com 8 km de pedal encontramos uma tendinha aberta. Era o ponto de parada do ônibus e imaginamos que seria tranquilo de encontrar comida. Qual não foi nossa surpresa, apenas refrigerante e um biscoitinho água e sal. Sem opção, mandamos pra dentro e voltamos para a estrada. Na ânsia de chegar e sem vontade de parar e cozinhar fomos seguindo e esfomeados chegamos no Bela Vista próximo do entardecer.

O Fervedouro Bela Vista foi o melhor atendimento que encontramos em todos os atrativos turísticos da região. Na entrada de São Félix, uma saída para a esquerda e após 3km de estrada boa chegamos lá. Uma comida maravilhosa completou o bom atendimento e foi uma das melhores noites da trip. Mais uma na rede.

Dia 12
Jalapão Bikepacking
Foto: Edinho Ramon

Acordamos bem cedinho para fazer algumas imagens com o Fervedouro vazio e nos surpreendemos com a beleza das imagens. Mais um mergulho pela manhã e pedal para São Félix para reabastecer o estoque e garantir comida pra pernada final.

Esse era o último dia do 500 Jalapão Bikepacking. Chegar no Jalapão Ecolodge completaria os 500 km de bikepacking terminando o filme.

São Pedro entendeu o recado e nos garantiu sol no começo da tarde e uma chuva torrencial no entardecer. Foi só pousar o drone após gravar as imagens da Catedral, uma formação rochosa que lembra uma igreja, que o tempo fechou e a chuva veio.

Descemos o trajeto da estrada até o Ecolodge com uma velocidade incrível e água, muita água.

A catedral Ecolodge é um espaço legal, pensado na preservação ambiental, na conscientização das pessoas e no mínimo impacto ao meio ambiente. Ficamos impressionados com o capricho das coisas e curtimos um bom jantar de encerramento dos trabalhos.

Dia 13
Jalapão Bikepacking
Pedal pela estrada de Catedral. Foto: Rodrigo Leão

Terminadas as preocupações com o filme agora só nos restava pedalar para voltar a Novo Acordo. Da Catedral em diante a estrada já era muito boa e a medida que se aproximava de Novo Acordo melhorava mais e mais. Saímos da Catedral em direção ao Rio Novo, quando de repente o tempo mudou. Mais uma chuva torrencial se aproximava com muitos raios e trovoadas. Não costumava temer esses eventos mas depois que o nosso amigo Serginho Tartari nos contou do raio que o pegou no Canadá redobrei meus cuidados.

Paramos o pedal, nos abrigamos as margens da estrada e aguardamos aproximadamente 1 hora para prosseguir sem chuva. Após 20 km chegamos ao Rio Novo e de lá mais 30km até o Camping do Camilo. Outra figura que merece a visita.

Camilo é um proprietário de terra da região que só entrou para o turismo após muito insistência do pessoal do rafting. Todo ano batiam na porta dele pedindo para montar acampamento. Com o tempo ele abriu um bar na beira da estrada e uma área de camping que atende perfeitamente ao cicloturistas. Ganhando fama na rede como um ótimo ponto de parada.

Dia 14
Jalapão Bikepacking
Foto: Edinho Ramon

Encerrando a Expedição, 70 km de estrada boa (ainda de terra mas um tapete comparado aos dias anteriores). Saímos com o sol e fizemos a melhor média da viagem. Algo entre 15 e 20 km/h. Hahahahahaha. Parece pouco, mas para fazer isso fizemos bastante força. Ficamos felizes e concluímos um projeto que foi incrível.

Um filme sobre bikepacking

500 Jalapão Bikepacking from Sua Casa é o Mundo on Vimeo.

O conceito do bikepacking é a união do espírito do cicloturista com o do mochileiro (backpacking). Um estilo livre, autônomo e minimalista. Fazer um filme sobre isso não me parece algo complexo, mas fazer um filme vivendo isso o é. Viajamos com um roteiro aberto, com a intenção de documentar a viagem (nossa primeira experiência viajando nesse estilo) e sem saber ao certo o que encontraríamos no Jalapão. O resultado superou demais as nossas melhores exectativas. O 500 Jalapão Bikepacking (trailler acima) passou nos melhores festivais de cinema outdoor do nosso país. O Rock Spirit, o Rio Mountain Festival e o Mountain Festival de São Bento de Sapucaí. Até agora foi selecionado em cinco festivais na gringa: na Rússia, Romênia, Sérvia, Paquistão e Eslovênia. Já foi exibido em dois deles. Mas muito mais importante que essa seleção são os feedbacks que recebemos. Voltamos na Adventure Sports Fair e palestramos sobre o filme pra retribuir a inspiração do ano anterior que acabou culminando com o filme e reafirmei a crença de que uma das maiores felicidades é compartilhar o amor pelas aventuras.

Quem quiser e puder assistir 500 Jalapão Bikepacking está no vimeo on demand, clique aqui, desfrute e nos conte o que achou.

Abraços, bons giros e ótimos ventos!

Edinho Ramon

Sua Casa é o Mundo

Como treinar ciclismo com pouco tempo: 10 dicas para quem tem a vida corrida.

Post atualizado em 28/12/2019

A realidade de muitas pessoas atualmente é uma vida bem agitada e com muitas responsabilidades: trabalho que exige muito, estudos, família, filhos… No meio desse tanto de tarefas, como treinar ciclismo com pouco tempo que sobra?

Depois de alguns anos tentando conciliar o pedal com uma vida bem agitada, eu acho que consegui encontrar uma resposta. Você vai ver nesse post 10 dicas bem práticas que vão te ajudar a melhorar o desempenho nos pedais, mesmo com pouco tempo pra treinar.

Você pode também conferir este conteúdo em vídeo:

Vamos então entender melhor como anda a sua distribuição do tempo para as tarefas da vida.

Você tem pouco tempo para pedalar?

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Eu sempre tive uma vida bastante corrida, e nos últimos anos me deparei com a seguinte situação:

  • Trabalho de 40/h semanais
  • Trabalho aqui no Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta
  • Estudos (+- 11 horas semanais)
  • Casamento
  • Vida social
  • Bike (como? onde? que horas?)

Eu sei que alguns papais e mamães podem dizer: “Ah, André, mas você não tem filhos ainda! Quando tiver filhos vai ver…”. Não tenho ainda, mas pedalo com amigos que são muito atarefados e têm filhos, e digo que é possível. Exige algum empenho e organização, mas é possível!

Quem segue meu perfil no Strava vai ver que, mesmo com essa rotina puxada, estou a caminho de cumprir minha meta e pedalar 8 mil quilômetros no ano de 2017 🙂

10 dicas para treinar ciclismo com pouco tempo

Muitas vezes desistimos de praticar uma atividade porque não temos o tempo que gostaríamos de dedicar a ela. Ou seja, funcionamos na base do “tudo ou nada”. No caso do ciclismo eu costumo dividir com os amigos atarefados uma regra:

“Qualquer pedal é melhor do que nenhum pedal”

Você vai ver que pode sim não só treinar ciclismo com pouco tempo disponível, mas ainda perceber uma melhora no seu desempenho com a bike.

Vamos às dicas.

1 – Coloque VOCÊ (e a bike) como prioridade!

hidratação no ciclismo
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Esse é o ponto de partida pra tudo dar certo. Imagine que para dar conta de tantas tarefas, você deve estar bem fisicamente, emocionalmente etc. E se você se sente tão bem quando está pedalando, por que deixar de treinar?

Lembre-se: o apoio da sua companheira ou companheiro é importante, mas também não é imprescindível. Você pode explicar, mas nem sempre as pessoas que estão ao seu redor vão entender o quanto pedalar te faz bem.

Então não é egoismo, é prioridade mesmo! Tenho a felicidade de ter uma esposa que me apoia na minha opção por pedalar, porque percebe o tanto que isso me faz bem. Na verdade, quando estou muito chato ela mesmo me manda ir pedalar! hahah

2 – Encontre o seu horário

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Treinar ciclismo com pouco tempo pode te exigir certo empenho com relação aos horários. Como a maioria das nossas obrigações acontece em horário comercial, é possível que você encontre um horário para pedalar ou bem cedinho ou bem mais tarde.

Atualmente tenho preferido pedalar bem cedinho, mas já tive momentos de sair do trabalho depois das 22hs e fazer 1 horas de pedal antes de voltar pra casa. O que nos leva à próxima dica.

3 – Aproveite seu tempo de deslocamento

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Uma boa opção quando estamos sem tempo é utilizar a bike para alguns compromissos diários como trabalho ou estudos. Dessa forma aproveitamos o tempo que já seria de deslocamento para manter o pedal em dia.

Claro, a dinâmica não será a mesma de um treino de bike. Mas você estará no mínimo fazendo uma manutenção dos seus treinos, evitando ficar muito tempo sem pedalar. E como eu mencionei antes, existe a possibilidade de esticar o pedal na volta pra casa.

4 – Faça treinos mais intensos

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Quando vamos treinar ciclismo com pouco tempo, uma boa alternativa é fazer treinos mais intensos. Imagine que você tem apenas 40 min 3 vezes por semana. Você deve aproveitar esses momentos para um pedal mais forte.

Um treino mais intenso vai produzir um alto gasto calórico, e ainda contribuir para seu condicionamento.

5 – Procure uma assessoria esportiva

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Nada como pedalar com a assessoria de profissionais capacitados. E se temos pouco tempo para treinar, devemos aproveitar ao máximo os benefícios do treinamento.

Uma assessoria esportiva vai elaborar os treinos de acordo com suas necessidades de tempo (por mais que sua vida tenha os horários mais malucos) e de desempenho também. Você vai ver como é nítida a diferença de ter seus treinos elaborados por um profissional especializado.

6 – Use um rolo de treino

rolo de treino

O rolo de treino é sempre uma boa opção para quem quer treinar ciclismo com pouco tempo. Eu tenho um rolo de treino aqui em casa, e quando preciso, é só montar na sala e girar.

Imagine que o tempo que você tenha disponível para treinar seja muito tarde, em algum horário e local não seguro, e ainda por cima sem companhia.

Você pode fazer alguns treinos na semana com o rolo, e em outros momentos ir com a bike pra rua pra complementar os treinamentos.

Um outra vantagem no uso do rolo pra quem tem pouco tempo, é que ele já está na sua casa. É só subir e pedalar, sem perder tempo tanto na logística de arrumação quanto no deslocamento até o treino, se for necessário.

Aqui no blog nós temos um post-guia bem completo sobre rolo de treino, que pode te ajudar caso você tenha alguma dúvida sobre esse equipamento.

7 – Se conseguir, separe um dia da semana para um pedal mais longo

Treinar ciclismo com pouco tempo
Eu em um pedal longo. Foto: Vinícius Mundim

Não é obrigatório, mas se você conseguir separar um dia apenas da semana (ou um período deste dia) para um treino mais longo, isso vai ajudar bastante na sua evolução do treinamento.

Por exemplo: treinar apenas 2 ou 3x por 40 minutos a uma hora nos dias apertados da semana, e conseguir umas 3 a 6 horas no domingo pra fazer um longão.

8 – Tenha uma bike sempre por perto

Treinar ciclismo com pouco tempo
Direitos autorais: ammentorp / 123RF Imagens

Se você viaja com frequência a trabalho, pense na logística para ter a bicicleta sempre com você. As possibilidades são muitas e você pode:

  • Levar a sua bicicleta
  • Alugar uma no local
  • Procurar uma academias no seu destino e fazer aulas avulsas de bike indoor, spinning etc.

Dessa forma você aproveita mantém uma rotina saudável e ainda pode conhecer outros lugares de bicicleta.

9 – Treinar ciclismo com pouco tempo exige dedicação

Mas é muito gratificante! Eu em pedal por Itabira-MG. Foto: Nino Coutinho

Você só conseguirá treinar ciclismo com pouco tempo se conseguir entender e aceitar alguns momentos em que não conseguirá pedalar.

Quem tem a vida bem atarefada sabe que existem momentos em que as coisas apertam: épocas de provas, reuniões extras ou entregas de relatórios no trabalho, a chegada de filhos recém nascidos, enfim.

Lembre-se de não ficar na regra do tudo ou nada. Entenda que esses momentos são passageiros e, assim que puder, retome os treinos com dedicação!

Espero que essas dicas tenham te ajudado a organizar uma rotina de treinamentos mesmo com pouco tempo. Se você gostou do conteúdo, compartilhe com os amigos e ajude a divulgar nosso trabalho aqui no Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta.

Rolo de treino: tire todas as suas dúvidas e encontre o modelo certo!

Atualizado em 22/03/2020

Dias de chuva, de muito frio ou até problemas e dificuldades com horários na agenda podem tornar os treinos com a bike mais difíceis. Nesses momentos, uma opção para não perder o ritmo é usar o rolo de treino.

Com ele, você poderá continuar a se dedicar aos pedais em casa, criando treinos intervalados, em tempo reduzido ou com mais potência, ajudando você a atingir os seus objetivos.

Ainda não sabe se um rolo de treino é uma boa opção para o seu caso e nem como esse item funciona? Então continue a leitura e tire todas as suas dúvidas.

Se preferir, assista a esse conteúdo em vídeo:

E no final deste artigo temos uma lista pra você conferir preços e modelos atualizados de rolo de treino 🙂

Quais as vantagens que um rolo de treino oferece?

rolo de treino
rolo de treino Altmayer AL 204

Para quem nunca usou um rolo de treino é normal ter um pouco de dúvidas sobre a utilidade desse equipamento. Porém, a verdade é que ele possui muitas vantagens interessantes como:

  • possibilidade de criar treinos de acordo com os pontos que você precisa melhorar, como velocidade, força ou frequência cardíaca;
  • permite que você continue a treinar mesmo em dias de chuva, de frio intenso ou em horários pouco seguros para se pedalar na rua;
  • oferece mais segurança, principalmente para quem vive em cidades grandes, com trânsito muito intenso;
  • permite realizar sessões de treino mais curtas e mais intensas;
  • melhora a sua evolução e permite que você acompanhe ela de perto.

Mas, é claro, que sempre devemos destacar que o uso do rolo de treino não deve substituir os pedais ao ar livre, sendo uma opção a mais para os seus treinamentos (e não o único).

Uma novidade para os rolos de treino: conectividade e desempenho

rolo de treino
Rolo de treino Bkool Smart Pro

Muitos rolos de treino entraram na era da conectividade, se transformando em verdadeiras estações de entretenimento e análise de desempenho do ciclista.

Sistemas como o Zwift, Bkool, entre outros, transformamo treinamento no rolo em um processo interativo. A plataforma parece um jogo. Você pode escolher trechos de diversos locais do mundo para pedalar, competir com outros ciclistas que estejam conectados à plataforma.

Além disso, o sistema te dá análises variadas como cadência, frequência cardíaca, zonas de treinamento. Alguns rolos vem até com medidor de potência.

É claro que os rolos de treino compatíveis com esse sistema são bem mais caros, mas acabam com a monotonia e criam uma verdadeira estação de entretenimento e análise de dados de desempenho para o ciclista.

Os rolos de treino que possibilitam esse tipo de treinamento são os que tem o suporte ANT+, como o Elite Turbo Muin ou o Bkool Smart Pro (foto)

Como posso usar o rolo de treino?

Rolo de Treino Livre Altmayer AL-216

Se você nunca usou o rolo de treino, é preciso entender que pedalar ao ar livre e treinar com o rolo são atividades diferentes, principalmente porque, quando a bike está parada, alguns fatores não influenciam no seu esforço, como a resistência do ar, a necessidade de equilíbrio, entre outros.

O mais bacana é que você poderá usar o rolo de treino como uma ferramenta extra para tornar o seu pedal ao ar livre ainda mais potente, melhorando a sua performance. Porém, claro, sempre se lembre de adaptar a intensidade dos treinos para cada ocasião.

Dicas importantes

  1. Sempre mantenha uma garrafa de água ou a caramanhola por perto, afinal você deverá se hidratar como se estivesse pedalando ao ar livre (e às vezes até mais, caso faça um treino mais intenso).
  2. Coloque uma toalha no quadro ou guidão da bike, porque você irá suar bastante e isso ajudará a enxugar o suor e ter mais conforto no seu treino.
  3. Se você mora em apartamento, precisa de cuidado redobrado, já que o treinamento no rolo pode causar algum barulho e incomodar seus vizinhos.
  4. Use uma área livre da sua casa para colocar o rolo e fazer o treino. O ideal é manter cerca de 2 a 3 metros de distância de objetos perigosos, evitando se machucar em uma eventual queda. Assim, jamais treine próximo de uma mesa de vidro ou de outros objetos perigosos.
  5. Para reduzir os riscos de queda, você poderá treinar entre os batentes de uma porta. Assim, você terá apoio dos dois lados, até se sentir mais seguro e equilibrado.
  6. Dependendo do treino que fizer, você sentirá muito calor. Por isso, opte por um local fresco na sua casa, ou que tenha um ventilador próximo, uma janela ou até um ar condicionado.
  7. Sempre use pneus slick (lisos) na sua bike para realizar os treinos no rolo e confira se as dimensões da bicicleta são adequadas para o modelo de rolo escolhido.

Como escolher o rolo de treino ideal para mim?

Rolo de treino TranzX

Agora que você já viu as várias opções de uso do rolo de treino, que tal descobrir como escolher o modelo certo para as suas necessidades?

Os sistemas dos rolos de treino

No mercado é possível encontrar basicamente 3 tipos de sistemas de rolos de treino:

  • magnéticos:

São opções mais silenciosas e com relação custo-benefício excelente. Eles proporcionam certa resistência ao pedalar e são soluções intermediárias para quem deseja melhorar a sua performance, mas ainda não tem um nível profissional;

  • pneumáticos:

são opções mais ruidosas e que oferecem pouca ou nenhuma resistência. Esta é importante porque ajuda você a simular uma subida, por exemplo. Assim, nos rolos pneumáticos, você terá dificuldades em controlar a resistência, mas conseguirá criar treinos que ajudem a controlar a velocidade, por exemplo;

  • hidráulicos:

são os rolos mais flexíveis e silenciosos do mercado, além de serem opções bem realistas, que permitem atingir resistências mais elevadas, simulando subidas bem íngremes.

Os tipos de materiais dos rolos de treino

Rolo de treino Giant Ciclotron

Assim como os sistemas de funcionamento, o material do qual o rolo é produzido também poderá influenciar na qualidade e no desempenho do mesmo. Os mais usados são:

  • plástico: é o material mais econômico, porém proporciona um desgaste mais rápido do pneu e tem aderência limitada;
  • metal: oferece maior aderência;
  • gel: tem boa aderência, é pouco ruidoso e ainda ajuda a economizar seus pneus.

Outros pontos importantes

Além desses itens, existem outros detalhes que você precisa prestar atenção, como:

  • nível de resistência: se a sua intenção é usar o rolo para melhorar aspectos importantes da sua performance, como força e velocidade, por exemplo, é importante optar por modelos que ofereçam resistência maior;
  • estabilidade: quanto mais apoios com o solo o rolo de treino tiver, melhor será a sua estabilidade, tornando mais fácil usar o produto, evitando que deslocamentos favoreçam a quedas e acidentes;
  • sistema de fixação da roda traseira: os modelos com aperto rápido são os mais práticos, principalmente para quem vai usar o rolo com frequência;
  • controle do esforço: alguns rolos apresentam botões que ajudam a regular a resistência, enquanto existem outros modelos eletrônicos que fornecem uma gama variada de informações, como distância percorrida, velocidade, potência, cadência e outros. Assim, pense na utilidade que o rolo terá e em quais funções são mais ou menos importantes.

Onde comprar meu rolo de treino?

Depois de ler esse conteúdo, você já está convencido de que o rolo de treino era o que faltava para melhorar ainda mais a sua performance? Então veja alguns links com opções variadas de produtos:

E, então, ainda tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe um comentário pra gente!

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Jaqueta corta-vento para ciclismo: pedale no frio sem problemas!

Atualizado em 28/10/2019

Na hora de pedalar em dias ou meses de temperaturas mais baixas, a jaqueta corta-vento para ciclismo é uma ótima opção, já que ajuda a proteger do frio e do vento, mantendo a temperatura corporal e oferecendo muito mais conforto ao ciclista.

Apesar de todas essas vantagens, muitos são os ciclistas que não contam com uma jaqueta corta-vento, e o motivo para isso é a dificuldade na hora de encontrar o modelo ideal.

Se esse é o seu caso, continue a leitura desse post e veja as dicas importantes que separamos!

Jaqueta corta-vento para ciclismo: qual sua importância?

jaqueta corta-vento para ciclismo
Jaqueta corta-vento 911 da Refactor modelo feminino

Como dissemos no início desse conteúdo, muitos ciclistas não usam a jaqueta corta-vento justamente por não entenderem exatamente como ela funciona (e nem os benefícios que ela pode trazer).

Ao contrário de uma jaqueta comum de tactel, as jaquetas corta-vento são projetadas exclusivamente para o uso no pedal, sendo mais compactas e aderidas ao corpo, melhorando a sua performance. Além disso, essas jaquetas contam com uma tecnologia específica, mantendo a temperatura corporal e evitando que o ciclista sinta frio ao pedalar em meses mais gelados.

Muitos modelos ainda são impermeáveis, evitando que, ao pedalar em dias de chuva, você fique muito molhado, o que pode aumentar sensação de frio e, claro, favorecer o aparecimento de doenças e de desconforto ao pedalar.

Para quem começou a pedalar agora e não quer perder o ritmo com a chegada do outono ou do inverno, a jaqueta corta-vento é uma excelente opção e com certeza melhorará muito o seu conforto durante os pedais.

Como funciona a jaqueta corta-vento para ciclismo?

jaqueta corta-vento para ciclismo
Jaqueta corta-vento Barbedo Klear

Para quem nunca viu uma jaqueta corta-vento, é possível que a primeira impressão cause certo estranhamento. Isso porque ela é uma blusa que tem basicamente somente o peito protegido por um tecido emborrachado, que pode até mesmo lembrar uma capa de chuva.

Já as laterais do corta-vento costumam se apresentar com um tecido vazado, criando áreas de respiro e evitando, por exemplo, que a sua transpiração acabe presa dentro da jaqueta, causando desconforto e incômodo.

Alguns modelos ainda podem conter outros itens além do básico, como cores que chamem atenção e forneçam mais segurança para os ciclistas que pedalam à noite, bolsos na parte traseira favorecendo na hora de levar alguns itens menores para os pedais, capuz, entre outros.

Para as épocas de outono ou de frio menos intenso, as jaquetas corta-vento são essenciais e ajudam a trazer um conforto térmico muito maior, permitindo que você continue a se dedicar ao seu pedal, mesmo em condições climáticas adversas.

Como escolher a jaqueta corta-vento para ciclismo?

jaqueta corta-vento para ciclismo
Jaqueta corta-vento 3xU da Refactor – modelo masculino

Agora que você já entendeu como funciona esse tipo de jaqueta e qual sua importância, veja algumas dicas essenciais para escolher o modelo certo.

Tecido

A primeira coisa que você deve reparar é se a jaqueta apresenta o tecido emborrachado em toda a área do peitoral e também do abdômen. Isso é muito importante porque é esse tecido o responsável por impedir o vento e por manter a sua temperatura corporal.

Zíper

Outro detalhe essencial para que a jaqueta cumpra a sua função é a presença de zíper até o pescoço. Se você não conseguir fechar a sua jaqueta adequadamente é possível que o vento acabe entrando por ela, impedindo que você fique aquecido.

Por isso, confira até onde o zíper chega, se ele possui algum sistema de travamento no pescoço e, claro, se o tamanho escolhido está adequado para você, impedindo a entrada de vento.

Áreas de respiro

jaqueta corta-vento para ciclismo
Jaqueta corta-vento 911 da Refactor. Detalhe dos respiradores nas costas

Como dissemos, as áreas de respiro nas laterais devem ser produzidas com tecido vazados. Caso contrário, ao começar a pedalar e a transpirar, todo o suor produzido pelo seu corpo ficará preso junto à jaqueta, tornando o seu pedal e o uso da peça extremamente desconfortáveis.

Formato

Colete corta-vento Gore

No mercado, é possível encontrar uma variedade de jaquetas corta-vento para ciclismo, sendo alguns modelos com ou sem mangas. Escolher o ideal dependerá muito dos seus objetivos com a peça e também do seu conforto.

Os modelos sem manga são muito indicados para àqueles dias em que o frio não está tão intenso, favorecendo a transpiração e o conforto, podendo ser usado com camisas de manga comprida ou manguitos.

Modelos impermeáveis

jaqueta corta-vento para ciclismo
Jaqueta corta-vento Gore. Detalhe para o bolso, sistemas de ajuste nas mangas e refletivos nos ombros.

Alguns modelos, além de impedirem o vento, também são impermeáveis, favorecendo o seu uso nos dias de chuva.  Se você pretende, por exemplo, usar o seu corta-vento em viagens ou em passeios mais longos, esses modelos são os mais indicados.

Uma dica extra, especialmente para os dias mais frios: ao usar o corta-vento, é sempre colocar uma segunda pele ou um manguito por baixo, evitando que jaqueta fique colada a sua pele caso você venha transpirar durante a pedalada, favorecendo o seu conforto.

Além dessas informações, sempre vale à pena experimentar a jaqueta corta-vento para ciclismo, garantindo que o modelo está confortável no seu corpo e adequado ao seu tamanho.

Confira ainda as outras facilidades que ela oferece, como fitas refletivas, capuz com regulagem, bolsos, tratamentos especiais no tecido, entre outros.

Onde comprar minha jaqueta corta-vento para ciclismo?

jaqueta corta-vento para ciclismo
Jaqueta corta-vento Shimano Windbreak

Depois de todas essas informações, você já está convencido de que a jaqueta corta-vento era o que faltava para trazer mais conforto aos seus pedais? Então veja onde encontrar os modelos mostrados aqui no post e outros bem interessantes:

Você gostou das nossas dicas de jaqueta corta-vento para ciclismo? Compartilhe esse conteúdo com seus amigos de pedaladas em suas redes sociais!

3 erros no treinamento do ciclismo (e como evitá-los)

Post atualizado em 28/12/2019

Treinar ciclismo de uma forma regular nos permite ter uma boa visão da nossa evolução pessoal do desempenho nesse esporte.

Lembra dos seus primeiros dias de pedal? Se você treinou com regularidade, provavelmente percebeu uma rápida melhora em um curto período de tempo.

Junto com essa melhora vem também alguns desafios. Se no começo melhoramos muito e em pouco tempo, com o passar do tempo precisamos de um esforço maior para uma melhora pequena. É um processo de toda modalidade esportiva, à medida que levamos nosso corpo a um alto nível de desempenho.

Se você continua pedalando e está sentindo dificuldades de melhorar o seu desempenho na bike, deve avaliar como está o seu treinamento.

No post de hoje eu trouxe 3 erros no treinamento do ciclismo que podem estar atrapalhando o seu desempenho na modalidade. Você pode avaliar como está o seu comportamento com relação a esses erros e acompanhar as dicas que dou para resolvê-los.

Se preferir, assista a esse conteúdo em vídeo:

3 erros no treinamento do ciclismo

erros no treinamento do ciclismo
Direitos autorais: gilitukha / 123RF Imagens

Separamos nesta lista os erros no treinamento do ciclismo mais comuns. Se você atentar para os 3 tópicos a seguir, poderá evitá-los e vai perceber uma melhora significativa no seu desempenho com a bicicleta. Vamos então à eles:

1º erro no treinamento do ciclismo: má alimentação

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Tem um ditado que diz que “o cavalo anda o que o cavalo come”. E nós podemos adaptar para “o ciclista pedala o que o ciclista come”.

Lembro que nos meus primeiros pedais de longa distância errei bastante na alimentação. Como consequência, em alguns momentos do pedal eu “quebrei”, ficando sem força, apesar de sentir que poderia render mais fisicamente.

Devemos prestar atenção ao que estamos ingerindo antes, durante e depois dos treinos. Isso porque a qualidade (e não só a quantidade!) da sua alimentação vai influenciar diretamente no seu desempenho nos pedais.

Dicas para alimentação no ciclismo

A melhor dica que posso dar é procurar um nutricionista, de preferência especialista em nutrição esportiva. Ele vai conhecer toda a sua rotina e prescrever a dieta ideal para o seu desenvolvimento nos pedais.

Aqui no blog também temos bons artigos sobre alimentação no ciclismo, escritos pelo time de nutricionistas da Natue. É só clicar no link e conferir.

2º erro no treinamento do ciclismo: dormir pouco

Direitos autorais: fxquadro / 123RF Imagens

Aí está um erro cometido por muitos. Quantas vezes marcamos aquele pedal as 6 da manhã e vamos dormir depois da meia-noite?

Muitas vezes nossa rotina de trabalho e compromissos não permite que tenhamos as 8 horas de sono recomendadas para garantir o bom desempenho do organismo (não só no ciclismo). Lembrando que as 8 horas são uma recomendação geral, e esse tempo pode variar um pouco de pessoa para pessoa.

Mas o fato é: se você sair para um pedal bem descansado, seu desempenho será melhor. Pra mim, é nítida a diferença em fazer um pedal de pois de 6, 7, ou 8 ou mais horas de sono. O corpo está mais disposto e ainda sinto que recupero melhor após o pedal.

Dicas para acertar o sono antes do pedal

Aí não tem muito o que inventar. É tentar garantir as 8 horas de sono bem dormidas antes do pedal. Eu faço isso e quase sempre consigo 🙂

Se vou acordar as às 5 da manhã, 9 da noite estou na cama. Claro que dormir tão cedo nem sempre é fácil. Aí tento forçar mesmo. Luzes apagadas, cortinas fechadas, e contando carneiri… digo,  as bicicletinhas pro pedal do dia seguinte.

3º erro no treinamento do ciclismo: treinar demais

erros no treinamento do ciclismo
Direitos autorais: 36clicks / 123RF Imagens

Deixei por último o que talvez seja o erro que mais percebo entre ciclistas conhecidos, além de já ter acontecido comigo. É muito comum perdemos desempenho no ciclismo por excesso de treino.

Isso acontece quando queremos treinar forte o tempo todo sem dias de descanso ou sem realizar treinos regenerativos.

Esse processo é bastante estudado dentro da área do treinamento esportivo e é denominado overtraining. Você pode saber mais no nosso artigo especial sobre overtraining no ciclismo.

As vezes ficamos muito presos a uma determinada quantidade de kms que deve ser pedalada, metas de quilometragem a serem batidas. Ou, em outros casos, queremos pedalar sempre a 100, 110% de esforço. E uma hora o corpo cobra a conta.

O resultado do overtraining pode ser a queda brusca do desempenho, e em casos mais extremos, lesões musculares e/ou articulares. Isso ocorre porque não respeitamos a progressão do treinamento, e nem mesmo o tempo de descanso necessário para recuperação da musculatura antes de um novo estímulo.

Dicas para encontrar a quantidade ideal de treino pra você

Direitos autorais: auremar / 123RF Imagens

Aqui mais uma vez é o momento de buscar os serviços de um especialista: o profissional de Educação Física.

O profissional de Educação Física é quem vai prescrever seus treinos, ajustando o volume e  a intensidade deles de acordo com sua rotina e seus objetivos dentro do ciclismo.

Quem treina de forma orientada sabe a diferença positiva que isso faz no desempenho no ciclismo.

Espero que esse post tenha te ajudado a identificar alguns erros no treinamento do ciclismo mais comuns. Se você já treina há algum tempo e tem sentido dificuldades em melhorar, é legal prestar atenção em alguns desses tópicos mostrados no post.

GPS para ciclismo: aprenda a escolher o modelo certo para suas pedaladas!

Post atualizado em 28/10/2019

Quem curte fazer um pedal um pouco mais longo ou andar em trilhas já deve ter notado a importância do GPS para ciclismo. Mas não é apenas orientação sobre os caminhos que esse aparelho lhe oferece.

Hoje em dia é possível encontrar no mercado opções bem completas, que ajudam o ciclista a entender e a melhorar a sua perfomance. Alguns dos modelos disponíveis nas lojas brasileiras conseguem calcular a sua velocidade média, a duração do treino, a distância percorrida e até fazerem a ligação com o seu medidor de batimento cardíaco.

Se você está pensando em comprar o seu primeiro GPS para ciclismo, ou até mesmo trocar seu aparelho já um pouco defasado, continue a leitura e veja as dicas importantes que trouxemos.

Se preferir, confira esse conteúdo em vídeo:

E no final desse post temos uma lista de modelos e preços atualizados de GPS para ciclismo 🙂

Será que eu preciso de um GPS para ciclismo?

Gpsa para ciclismo garmin edge 1030
GPS Garmin Edge 1030

Quem ainda não tem um GPS para ciclismo, pode se perguntar se esse aparelho é realmente útil. Responder a essa pergunta é algo muito pessoal e dependerá, por exemplo, do quanto você pedala na semana, se pretende evoluir e fazer trilhas mais longas ou até viagens, e também se você deseja melhorar a sua perfomance com o passar do tempo.

Mesmo quem está começando a pedalar pode ter muitas vantagens ao usar um GPS para ciclismo, como informações sobre:

  • velocidade média, permitindo que você entenda se está no ritmo ideal ou se pode melhorar;
  • distância percorrida;
  • duração da pedalada;
  • batimento cardíaco;
  • cadência;

Todas essas informações juntas ajudam você a planejar melhor seus treinos e a ter resultados mais satisfatórios. Para quem está se preparando para a primeira viagem, por exemplo, esse aparelho é fundamental nos seus treinos, permitindo que você analise o seu progresso e até simule os treinos com trechos semelhantes ao que você encontrará no seu caminho.

Além de todas essas vantagens, hoje é possível encontrar modelos de GPS para ciclismo que “conversam” com seu smartphone ou até com o seu carro, ajudando você a traçar mapas em tempo real. Depois de finalizar o treino, você poderá transmitir todas as informações para aplicativos como o Strava e extrair os dados principais, facilitando os comparativos e gráficos.

Como escolher o GPS para ciclismo ideal para mim?

Gps para ciclismo Atrio Iron
Gps Atrio Iron

Depois de ler o tópico anterior, você já está convencido de que um GPS para ciclismo é importante para você? Então veja algumas dicas para escolher o aparelho certo.

Entenda suas necessidades

Antes de começar a pesquisar modelos ou até visitar lojas é essencial que você saiba o que precisa e porque precisa.

Analise para quais objetivos você pretende comprar um GPS para ciclismo, respondendo a algumas questões fundamentais como:

  • Quais informações o GPS deverá lhe fornecer e para qual finalidade?
  • Qual o orçamento você dispõe para esse investimento?
  • Quais funcionalidades extras são importantes?

Saiba que tipo de ciclista você é

Gps para ciclismo Garmin Edge 25
Gps Garmin Edge 25

Outro ponto importante é pensar no tipo de ciclista que você é, afinal essa decisão deverá ser baseada nas suas necessidades atuais. Um ciclista de passeio, que anda casualmente de bike, pode necessitar de um aparelho que traga 3 informações básicas, como a distância percorrida, a velocidade média e a duração do treino.

Já ciclistas que pedalam com um pouco mais de frequência e que até fazem trilhas mais longas ou pequenas viagens podem precisar de um aparelho mais completo, com informações como distância total, velocidade máxima e média e odômetro.

Agora, se você já é um ciclista experiente e que participa de algumas competições, o GPS para ciclismo é ainda mais importante e precisa ter informações completas, como cadência média, batimento cardíaco máximo e médio, potência aplicada, ganho de elevação, etc.

Entenda as diferenças entre os dispositivos

Gps para ciclismo Polar V650
Gps polar V650

Os modelos de GPS para ciclismo não são todos iguais e, além das diferenças nas funcionalidades, eles também apresentam modificações na forma como são apresentados. Saiba um pouco mais sobre as opções.

Relógio com monitor

Gps para ciclismo Garmin Vivactive HR
Gps Garmin Vivactive HR

Essa é uma versão bastante popular entre os ciclistas. É um relógio equipado com GPS e monitor cardíaco, Alguns modelos podem ser acoplados no guidão da bike ou ser usado como relógio (desde que você consiga visualizar as informações sem atrapalhar o seu pedal).

As principais vantagens desse modelo é que ele pode ser utilizado também em outras atividades físicas, como a corrida, e, na grande parte das vezes é a prova de água. Porém, ele também apresenta desvantagens, como maiores riscos de queda e de quebra, é um item fácil de esquecer-se de levar para os pedais, pode não encaixar em todas as bicicletas e é menos compacto.

Ciclocomputador

Gps para ciclismo Garmin Edge 820
Gps para ciclismo Garmin Edge 820

Esse é o GPS exclusivo para o ciclismo. Isso significa que ele foi desenvolvido exclusivamente para ser usado nas pedaladas, oferecendo vantagens importantes como encaixe perfeito à bike, peça fixa, menor probabilidade de quebrar em caso de quedas, além de ser um modelo compacto.

A desvantagem é que, se você pratica outros esportes, não poderá aproveitá-lo, já que ele é exclusivo para o uso em bicicletas.

Aplicativos para smartphone

Strava para smartphones
Aplicativo Strava para smartphones

Hoje existem muitos aplicativos para smartphone (tanto gratuitos, como pagos) que oferecem uma gama de informações sobre suas pedaladas, usando para isso o GPS do seu próprio celular.

As vantagens são: a tela maior do celular que facilita a visualização, opção de mapas e dados na tela, facilidade em ler os dados e possibilidade de integrar seus arquivos com fotos do pedal.

Porém, essa opção também conta com várias desvantagens, como: necessidade de um suporte para ficar fixo ao guidão, não é a prova de água, alto risco de quebrar em casos de queda e alto consumo de bateria.

Quais os tipos de ciclocomputadores?

Como você viu, os ciclocomputadores são os equipamentos exclusivos para o pedal. Se você acredita que esse é o tipo ideal para você, é preciso considerar ainda as variações de sensores, ou seja, a forma como esse ciclocomputador transmite as informações computadas, já que nem todos funcionam com o uso do GPS. Veja as possibilidades.

GPS

Gps para ciclismo Garmin Edge 520
Gps Garmin Edge 520

É por meio dos dados do GPS que o ciclocomputador grava informações do seu pedal. Algumas vantagens desse tipo de sensor são: mais variedade de informações, não é necessário trocar caso for usar outra bike, tela customizável e possibilidade de transmitir os dados para o seu computador.

Já as desvantagens são: necessidade contínua e frequente de recarregar a bateria, modelos mais pesados e custos maiores. Apesar das desvantagens, para quem pretende ter informações mais fidedignas e explorar melhor a sua perfomance, esse modelo de sensor é o mais indicado.

Magnéticos

Ciclocomputador Cateye Strada Wireless com sensor

Antigamente, esses eram os aparelhos mais comuns e hoje ainda possuem um público fiel. O seu funcionamento se dá através de um ímã que é fixado em um raio da roda dianteira. Assim, toda vez que o sensor passa perto do garfo da bicicleta, a velocidade é computada.

Da mesma forma é feito com o sensor de cadência, sendo que um ímã fica fixado no pedivela e outro próximo à balança.

As vantagens oferecidas são: bateria que dura mais tempo, não é necessário recarregar e têm custo mais acessível. Contudo, esse sistema também possui desvantagens, como: não grava a rota, dificuldade de leitura e não possui GPS (portanto, muitas informações podem não ser 100% corretas, além de impedir que você transfira os dados do aparelho).

Detalhes dos componentes do ciclocomputador Cateye Velo Wireless

Os sensores magnéticos ainda se subdividem em duas categorias:

  • sem fio: transmite as informações diretamente para o ciclocomputador, sendo opções mais “limpas” e fáceis de instalar e de usar. Porém, apresentam custos mais altos, são mais pesados e, se estiver acoplado a um GPS pode ter o preço ainda mais elevado;
  • com fio: o fio é que transmite as informações para o display do ciclocomputador. São opções mais simples, leves e baratas, porém são difíceis de serem trocados e podem perder o sinal com frequência.

Além dessas informações, existem outros pontos que você poderá usar como comparativo para o seu GPS para ciclismo, como: duração da bateria, presença de luz de fundo, transferência de dados (como possibilitando integrar as informações com redes sociais ou softwares de treinamento), uso em várias bicicletas e facilidade de leitura.

Onde comprar o meu GPS para ciclismo?

Depois de ler todas essas informações, ficou mais fácil escolher o modelo correto de GPS para ciclismo? Nos links abaixo você pesquisa os preços atualizados dos modelos que mostramos aqui no post (e muitos outros):

Você gostou do nosso conteúdo sobre GPS para ciclismo? Se ainda tiver dúvidas, é só deixar um comentário pra gente. Aproveite e compartilhe essas informações com os seus amigos de pedal nas suas redes sociais!