Se você vai viajar para NY e gosta de pedalar, provavelmente pensou na possibilidade de comprar uma bike. Mesmo com o câmbio desfavorável, comprar bicicleta em Nova Iorque pode ainda ser uma boa, especialmente se você encontrar a oferta ideal.
Então se liga nas dicas que eu separei pra você nesse post. E se preferir pode assistir o vídeo que eu fiz quando comprei minha segunda bicicleta em NY, é só clicar abaixo:
Como quase tudo na vida a resposta é: depende. Nova Iorque não é uma cidade barata (pelo contrário, é das mias caras). Mas se esse é o seu destino de passeio você pode sim sair daqui com uma bike.
Para sua escolha você deve levar em consideração os seguintes fatores:
Diferença entre o preço da bike em NY e no Brasil.
Taxas da Cia. Aérea para o transporte da bike.
Impostos: os turistas brasileiros tem uma taxa de 500 dólares para compras de produtos que são taxados. O valor excedente é taxado pela Receita Federal em 50%.
Se você for comprar uma bike de USD 1.000, por exemplo, será taxado em USD 250. E lembre-se: isso caso esteja trazendo somente a bike!
Com taxas tão altas, comprar bicicleta em Nova Iorque vale a pena se você encontrar o modelo ideal pra você, e por um preço muito bom! E é aí que vão as minhas dicas:
3 opções para comprar bicicleta em Nova Iorque com bons preços
1 – Outlets de bicicleta
Nos outlets você vai encontrar bicicletas novas,mas de modelos de anos anteriores,com descontos muito bons. No vídeo do nosso Canal do YouTube eu indico o outlet da R&A Cycles, que muitas opções com grandes descontos. A R&A Cycles é especializada em modelos de bikes importadas (marcas não americanas). Possuem uma grande variedade de marcas e modelos.
Endereço: 105 5th Ave, Brooklyn.
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 09:00 as 18:00 hs ; sábado, das 10:00 as 18:30 hs.
2 – Paragon Sports
A Paragon Sports é uma grande loja de artigos esportivos. Na seção de bikes você encontra poucos modelos e demarcas mais conhecidas por aqui (Specialized, Cannondale etc) mas com preços imbatíveis (eles cobrem ofertas da concorrência). Foi lá que eu comprei as duas bicicletas: uma Felt roda fixa em 2012 e uma Specialized Diverge E5 (foto) nesse ano (2018).
Para terem uma ideia da economia: o preço dessa bike aqui quando fui comprar (setembro de 2018) estava em USD 999.Comprei numa promoção na Paragon Sports por USD 799. No site da Specialized Brasil a bicicleta está por R$ 6.799,00.
Continha rápida: USD 799 da bike + USD 150 (imposto na Alfândega) x 4,50 (câmbio) = R$ 4.270,50. Mesmo somando a grana pra transportar a bike de volta, ainda vale a pena.
Endereço: 867 Broadway, esquina com 18th street.
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10:00 as 20:30 hs ; sábado, das 10:00 as 20:00 hs; domingo, das 11:00 as 19:00 hs.
3 – Bike Shops em geral
Nos outros tantos bike shops de Nova Iorque você também encontra muitos modelos específicos de bike. Pra te ajudar na escolha de acordo com o modelo que você procura, temos um Guia com 12 bikeshops em Nova Iorque com endereço e os tipos de bikes que são vendidas em cada um deles.
Espero que esse post possa te ajudar caso sua opção seja a de comprar bicicleta em Nova Iorque. Se tiver dúvidas basta deixar um comentário. E não deixe de se inscrever no nosso Canal do YouTube, que está com uma série especial sobre a nossa temporada de pedais aqui em Nova Iorque!
A bomba de ar para bicicleta é, sem dúvida, um dos equipamentos mais indispensáveis para quem pedala. Porém, também pode ser um dos mais complicados na hora de fazer a compra.
Afinal, são inúmeros modelos existentes e é preciso ficar atento a muitos pontos, evitando comprar um item que não terá serventia e nem praticidade no seu dia a dia.
Para evitar essa situação, nós trouxemos algumas dicas essenciais para lhe ajudar a escolher a bomba de ar certa para a sua bicicleta. Confira!
Bomba de ar para bicicleta: principais tipos
Bomba de piso BTWIN 900
Engana-se quem pensa que as bombas de ar são todas parecidas. Como dissemos, existem muitas possibilidades no mercado e entender o que elas oferecem e a quem se destinam é muito importante.
As mais usadas são:
portátil ou minibomba: recomendada apenas para questões emergenciais. São modelos mais leves e portáteis, sendo obrigatório o seu uso para qualquer deslocamento;
bomba de piso: se você pedala com frequência, a bomba de piso é uma ótima aquisição. Você precisa ficar de olho em alguns pontos, como: compatibilidade com válvulas Schrader e Presta (falaremos das diferenças mais adiante), bom tamanho da mangueira de ar, barril com grande volume e medidor de pressão com boa legibilidade. E, claro, evite os modelos sem manômetro;
bomba de quadro: são bombas um pouco maiores que as portáteis, por isso contam também com um pouco mais de volume de ar. Porém, são mais pesadas e podem acabar caindo do quadro em trilhas. O modelo é mais indicado para as bicicletas de estrada ou para quem pedala pouco e em locais asfaltados;
bomba de suspensão: é recomendada para quem usa garfos e amortecedores de suspensão a ar. Essa bomba é diferente das demais porque prioriza a pressão ao invés do volume de ar. Além disso, ela apenas é compatível com válvulas Schrader e é importante que o modelo venha equipado com manômetro;
cartuchos de CO2: são indicados para competições, provas e uso emergencial, já que você consegue encher um pneu em menos de 3 segundos. Apesar disso, é um modelo mais caro e o cartucho usado é sempre descartado.
Bomba de ar para mountain bike e bicicleta de estrada
Bomba de ar Topeak Race Rocket 90 psi para MTB
Outro ponto muito importante é lembrar que as bombas de MTB e de ciclismo de estrada são diferentes. Embora, algumas vezes, você até possa usar uma bomba de MTB para encher um pneu de estrada, essa atitude lhe tomará o dobro do tempo. E o contrário nem sempre é possível.
Isso se deve ao fato da pressão de ar ser diferente entre os pneus para trilhas e para estradas. Geralmente, os pneus de speed são bem fininhos e trabalham com pressões superiores a 100 psi.
Bomba de ar Serfas 160psi
Por isso, a bomba para esse tipo de pneu deve ser capaz de disponibilizar pressões de até 160 psi, enquanto uma bomba para mountain bike (que tem o pneu mais “gordinho”) precisa priorizar o volume de ar, permitindo encher o pneu sem esforço.
Então, antes de comprar a sua bomba, sempre confira se ela é realmente indicada para a bicicleta que você possui. Normalmente, essa informação está bem visível na embalagem do produto, contando também com outros dados importantes, como a pressão máxima de trabalho.
O que considerar na hora de comprar a bomba de ar para bicicleta?
Bomba de mão telescópica BTWIN 920 com manômetro para pneus até 120psi
Além de escolher um modelo que seja compatível com o tipo de bicicleta que você possui, existem outras informações que precisam ser consideradas. Confira as principais.
Tipos de válvulas
Quando explicávamos sobre os tipos de bombas, falamos também sobre dois tipos de válvula. Essa é uma informação muito importante, já que aqui no Brasil as câmaras de ar de pneus de bicicleta são oferecidas com duas opções de válvulas: Presta, ou bico fino, e Schrader, semelhante às de automóveis.
Muitas bombas hoje são compatíveis com esses dois tipos de válvulas, mas nem todas. Se você comprou uma bomba incompatível, ainda existe a possibilidade de usar um adaptador externo, ou uma “cabeça inteligente” que reconhece automaticamente o tipo de válvula.
A última solução é um pouco mais cara, mas é a mais recomendada, porque os adaptadores exigem que você desmonte alguns componentes internos da bomba – e fazer isso durante uma trilha, por exemplo, pode ser um verdadeiro martírio. Isso se você não acabar perdendo as peças e inviabilizando o uso da bomba.
Presença de manômetro
Bomba de ar Calypso. Detalhe para o manômetro e encaixe para válvula Presta e Schrader
Nós já falamos aqui sobre pneus para bicicleta de estrada e mountain bike, e também sempre lembramos a importância da calibragem adequada. Mas, como saber se você está realmente calibrando corretamente o seu pneu se a sua bomba não contar com um manômetro?
Normalmente, esse equipamento apenas está presente nas bombas de piso. Por isso, se você pedala com certa frequência (mais de 2 vezes por semana), o ideal é evitar usar apenas a bomba portátil. Ela deve ser um acessório apenas para emergências, como caso você precise calibrar o pneu em uma trilha. Para manter a calibragem correta, use a bomba de piso com manômetro.
Além da presença do manômetro, confira também se ele é fácil de usar, oferecendo uma leitura confortável (de tamanho médio a grande) e também considerando o quanto o manômetro é confiável. Os digitais são os que possuem maior precisão, porém também custam mais caro.
Dimensão e peso
Mini bomba ACTE Sports em alumínio
No caso das bombas portáteis, essa é uma informação importante. Se você vai pedalar em trilhas ou estradas, a bomba deve ser compacta e leve.
Porém, no caso do uso para MTB, é preciso um cuidado a mais. Isso porque, se a bomba tiver um corpo muito pequeno, dificilmente ela entregará um bom volume de trabalho ou pressão. Isso significa que você não conseguirá encher facilmente o pneu da sua bike.
Por isso, na hora de escolher as bombas portáteis para MTB evite aquelas que têm o corpo muito fino, porque isso indica que o barril também possui um volume baixo e você terá dificuldade na hora do uso.
Manutenção e durabilidade
Bomba Giyo Air Supply
Quando bem cuidada, uma bomba de ar para bicicleta costuma durar muito tempo. Mas, é claro, que isso depende da qualidade do produto escolhido. O material usado para a sua construção é algo muito importante.
O plástico é usado na maioria das bombas mais baratas, enquanto os modelos mais caros são fabricados em fibra de carbono ou alumínio, que possuem, claro, uma durabilidade muito maior.
Alavancas de travamento da cabeça em plástico são comuns nos modelos mais baratos, mas precisam ser evitados, porque se quebram muito facilmente.
Se você está pensando em comprar um modelo que necessita de desmontagem da cabeça (para alterar o tipo de válvula) prefira os modelos com rosca metálica, para aumentar a durabilidade.
E, claro, não se esqueça de cuidar bem da sua bomba. Isso significa limpá-la com frequência, evitar o contato direto e constante com lama e chuva e sempre manter a tampa protetora da cabeça fechada.
Onde encontrar bombas de ar para bike
Depois de ler estas dicas, você já está pronto para encontrar o modelo de bomba de ar ideal para sua bike. Separamos alguns links para você pesquisar modelos e preços atualizados.
O mountain bike para iniciantes pode ser bastante desafiador. Afinal existem muitas trilhas que exigem um grau mais técnico e também são várias as dúvidas que um ciclista novato pode ter, como o que levar para os pedais, quais trilhas fazer, os principais desafios e assim por diante.
Para lhe ajudar, separamos as principais dicas de mountain bike para iniciantes, com todas as informações que você sempre quis saber, mas tinha vergonha de perguntar (ou não sabia para quem questionar). Confere aí!
1- Escolha corretamente a bicicleta
Groove Hype 50,uma das MTBs de entrada que detalhamos no nosso post
Não tem como falar em dicas de mountain bike para iniciantes, sem passar pela escolha da bicicleta. Para quem está começando, a recomendação é buscar por uma bicicleta pronta (ao invés de tentar montá-la sozinho). Afinal, você não terá muita experiência e familiaridade com as peças e equipamentos, correndo o risco de montar uma bike não muito bacana.
O principal ponto que você deverá se atentar é para o quadro, que é o coração de qualquer bicicleta. Assim, se a grana estiver curta, o ideal é investir em um bom quadro – e depois ir fazendo pequenos “upgrades” na sua bike.
Hoje é possível encontrar quadros de alumínio e de fibra de carbono, basicamente. Se você pode investir mais, os de fibra de carbono compensam, porque são mais leves e mais tecnológicos (só que o valor pode ser bem salgadinho).
Outro ponto é o tamanho do quadro que precisa ter relação com a altura do ciclista. Quem é mais alto precisa de um quadro maior e quem é mais baixo de um quadro menor.
Em termos de supensão, a grande parte das MTB vêm equipadas com full suspension, ou seja, suspensão traseira e dianteira. Mas também é possível encontrar modelos apenas com suspensão dianteira. São conhecidas como hardtrail. Elas são as escolhidas pela maioria dos iniciantes.
Em relação à roda, é possível encontrar 3 tamanhos: as aro 26 (mais tradicionais, porém caindo em desuso), as aro 29 (cada vez mais comum) e as aro 27,5 (tamanho intermediário mais recente e que tem ganhado popularidade). Esses dois últimos tamanhos são os mais indicados para quem está começando.
Quem quer uma bike mais bacana, mas sem pagar muito, pode investir nas usadas – e é possível encontrar bons modelos, mas é preciso ficar atento ao estado de conservação.
2- Use sempre os equipamentos básicos
Foto: Pixabay
Muitos iniciantes acham que essa é uma dica dispensável, mas não é. Se arriscar em trilhas sem um capacete, uma bermuda de ciclismo e uma caramanhola (a garrafinha de água) é impensável.
Além desses, com o tempo, você pode pensar em incluir outros equipamentos na sua lista de “desejos”, como: luvas de proteção (elas fazem muita diferença), manoplas mais confortáveis (geralmente as que vêm na bike não são muito agradáveis), mochilas (tanto as de hidratação, como as para levar alguns itens), alforjes (principalmente aquele debaixo do banco para as ferramentas mais básicas), bomba de ar, óculos de sol, etc.
Para quem vive em regiões mais frias, também vale à pena investir em uma jaqueta corta vento e que seja a prova de água. No caso de pedais noturnos, é indispensável o uso de luzes de segurança e de roupas com materiais reflexivos.
Outra “evolução” é o uso dos pedais de clip. Eles são mais confortáveis e seguros, mas é preciso um pouco de tempo para dominá-los.
Definir uma trilha para pedalar é uma das dificuldades do mountain bike para iniciantes. Afinal, é sempre fundamental considerar o seu nível de habilidade e também o preparo físico para suportar a quilometragem.
Para quem está começando, o recomendado é optar por trilhas mais planas, com poucas curvas e sem descidas íngremes. Ou seja, procure por aquelas trilhas que se assemelhem ao pedalar na estrada.
Conforme você for avançando, poderá escolher por trajetos mais estreitos, com montanhas, zigue-zague e outros desafios. Mas sempre garanta que você tenha conhecimento técnico e preparo físico suficiente – algo que você poderá conseguir, por exemplo, pedalando em grupos com ciclistas mais experientes.
Aliás, essa é uma dica muitíssimo importante para quem está começando: nunca pedale sozinho nas trilhas! E sempre leve o celular no caso de emergências, além de avisar os familiares para onde você vai e por quanto tempo pretende pedalar.
Além de capacete, luvas e uma boa roupa de ciclismo é preciso levar mais alguns itens para garantir que nenhum imprevisto lhe deixará impossibilitado de pedalar.
Algumas recomendações são: ferramentas com tamanhos diferentes de chaves Allen, bomba e câmara de ar, chave de corrente, kit de remendo de pneu e, claro, água e comida de acordo com o trajeto e a quantidade de tempo que você irá pedalar.
5- Tenha alguns bons hábitos nas trilhas
Foto: Pixabay
O MTB não tem nenhum “manual de boas maneiras”, mas existem alguns pontos que você pode ficar atento e ajudar a tornar o pedal de todos mais tranquilo.
Por exemplo, se você encontrar um ciclista no sentido contrário na trilha, busque dar a preferência para quem está subindo. Exceto quando a descida é bastante íngreme, aí a preferência muda para quem está descendo.
Outro ponto essencial é sobre a atenção, já que a falta dela é o que costuma causar a maior parte dos acidentes. Assim, tente não desviar o foco do percurso, antecipe as freadas nas curvas e faça a troca de marcha de acordo com as variações do terreno (poupando suas pernas e também o câmbio da magrela).
Uma dica de segurança é, sempre que for frear, evitar travar as rodas desnecessariamente. Essa atitude diminui o controle da bicicleta e pode favorecer os acidentes.
6- Antes de sair, faça um plano de trilha
Foto: Pixabay
Um plano de trilha pode te ajudar bastante a ter um parâmetro mais preciso do percurso e do tempo. Essa ferramenta estabelece o ritmo médio e a estimativa de tempo que a trilha levará, ajudando você a controlar melhor o seu ritmo e também a entender, antecipadamente, se o terreno é ideal para você.
É comum que os iniciantes no MTB não se atentem para esse planejamento, e aí acabam se aventurando em uma trilha que exigirá demais. Isso fará com que seu ritmo médio seja mais baixo e você demore muito mais horas para finalizar o percurso.
7- Esteja preparado para alguns empecilhos
Você não fica chateado quando isso acontece?
Pedalar em trilhas pode significar enfrentar alguns “perrengues”. Os mais comuns são:
chuva e lama: nem sempre a previsão funciona e nessas horas é importante estar equipado com uma boa capa de chuva. No caso da lama, um óleo mais viscoso na corrente é essencial, porém a principal dica é tentar evitar o excesso de lama, modificando o seu caminho;
vento contra: torna bem mais puxada a pedalada, principalmente quando você estiver subindo. Uma dica é flexionar os cotovelos e inclinar o corpo mais para frente, reduzindo a resistência frontal e o seu esforço para vencer a ventania. Andar no vácuo do colega também funciona e você pode ir revezando com o seu amigo para ninguém se cansar demais;
pneu furado: conferir a pressão dos pneus antes de sair para pedalar ajuda a evitar essa situação, mas nada impede que ela aconteça. A não ser que você tenha um pneu tubless (que costuma ser mais caro e pouco usado por iniciantes), é importante levar uma bomba de ar portátil e também câmara de ar;
calor excessivo: insolação e desidratação são os maiores riscos das temperaturas elevadas. Por isso, planeje bem o seu percurso para evitar os horários mais quentes. Se não tiver como, use protetor solar e roupas que protegem as áreas expostas, como os manguitos. Claro, não se esqueça de se hidratar, se possível indo além da água, como investindo nas bebidas isotônicas ou na água de coco.
E, por último, não se esqueça que o tempo é o maior aliado do ciclista. Por isso, nada de querer ir além das suas capacidades. Pedale frequentemente e logo você estará pegando trilhas mais complexas – e verá suas habilidades técnicas e também o seu condicionamento físico aumentar.
Gostou das nossas dicas de mountain bike para iniciantes? Ajude a gente a deixar esse post mais completo comentando com outras orientações importantes para quem está começando!
Não importa se você já pedala há anos no MTB ou se está começando a se aventurar com uma bike agora, iniciar no ciclismo de estrada é sempre uma experiência completamente nova e diferenciada.
E, claro, isso significa ter que se adaptar a uma nova modalidade, aprendendo dicas e macetes diferenciados para tornar esse tempo de “contato” bem mais fácil e simples.
Quer iniciar no ciclismo de estrada, mas está um pouco perdido? A gente te ajuda! Veja as dicas bacanas que separamos!
1- Escolha corretamente a bicicleta
Audax Ventus 1000,uma das opções do nosso post sobre bikes de entrada para ciclismo de estrada
A bicicleta de estrada é bem diferente de uma mountain bike e é muito importante encontrar o modelo certo para você.
Lembre-se que a primeira experiência é que fará com que se apaixone ou deteste a modalidade – e pedalar em uma bike totalmente fora dos parâmetros para o seu corpo pode causar alguns “traumas”.
Se a grana está um pouco curta, saiba que é possível encontrar boas opções usadas que costumam estar em um estado de conservação muito melhor que as mountain bikes, principalmente devido à exigência do terreno e o estilo do pedal.
Mas é claro que será preciso pesquisar bem e se possível fazer um teste antes da compra. Se você não entende nada de bicicletas, vá até uma loja da sua confiança e procure por uma bicicleta de estrada de entrada. Existem muitos modelos bacanas e que não são tão caros.
2- Faça um bike fit
Foto: https://www.retul.com/
Muitos ciclistas acreditam que o bike fit é algo dispensável para quem está começando. E esse é um erro enorme. Afinal, se o ciclista iniciante pedala algumas vezes e sente dores e desconfortos, dificilmente continuará na modalidade.
Lembre-se que na estrada você passará boas horas na mesma posição, o que pode acentuar problemas posturais. Então, sempre que for comprar uma bicicleta, invista em um bike fit – e também antes de pegar estrada.
É no bike fit que o profissional deixará a bicicleta montada para as suas necessidades, com regulagens específicas para a sua altura, tamanho de tronco e pernas, comprimento dos braços, etc.
3- Escolha muito bem a estrada
Estrada vazia e acostamento largo. Foto: Vinícius Mundim
Agora que você já tem uma boa bicicleta de estrada para começar, é hora de planejar o trajeto. E a dica é tentar evitar as grandes rodovias. Para quem nunca pedalou nesse tipo de local, a primeira impressão pode ser bem desconfortável, com caminhões passando “colado”, muito barulho e outras questões.
Assim, prefira as estradas vicinais e que contem com acostamento na maioria dos trechos. Elas costumam ser menos movimentadas e bem interessantes para quem está começando a se acostumar com esse ambiente.
Ainda que isso signifique um pequeno deslocamento de carro até a estrada, com certeza a sua experiência será bem diferente. E com o tempo, conforme você for pegando confiança, poderá ir se arriscando em estradas mais movimentadas.
Na hora de iniciar no ciclismo de estrada, uma das dicas mais importantes é sempre procurar pedalar acompanhado, ou até participar de grupos de pedais, principalmente com outros ciclistas mais experientes.
Contar com alguém que conheça a estrada ajuda a reduzir o nervosismo – e se vocês passarem por algum “perrengue”, como um pneu furado ou um problema mecânico, por exemplo, contar com ajuda é algo essencial.
Mas é lógico que isso não significa que você não precise conhecer a rota e estudá-la antes de cair na estrada. Saiba se vocês ficarão o tempo todo na mesma estrada, ou se vão ter que pegar algum acesso em determinado momento. Analise também se existem trevos ou entroncamentos, nos quais os veículos poderão entrar em alta velocidade.
Isso pode parecer óbvio para quem já pedala e apenas está começando em uma nova modalidade. Mas para quem é novato, muitas vezes o uso dos “shorts coladinho” pode parecer dispensável.
Acredite, não é! Pedalar sem uma bermuda de ciclismo, luvas e capacete pode colocar a sua segurança e o seu conforto em risco, transformando o passeio em algo totalmente desagradável – e provavelmente impedindo que você continue no ciclismo de estrada.
6- Pedale em pé e fique de olho na posição das mãos
Normalmente, as bicicletas comuns possuem apenas uma forma de segurar o guidão. Mas, no ciclismo de estrada, existem outras pegadas, ou seja, formas diferentes de apoiar as mãos.
Como você ficará horas pedalando sem parar é essencial variar essas pegadas, evitando dores e desconfortos e também melhorando o seu rendimento.
Pedalar em pé segue a mesma ideia. Assim você dá uma “variada” na posição do seu corpo e evitar sentir incômodos nos dias depois do pedal.
7- Tenha uma boa fita de guidão
Fita de guidão Fzik
Um acessório indispensável para quem quer iniciar no ciclismo de estrada é a fita de guidão. Buscar por boas marcas é outra dica importante. Afinal ela será o principal ponto de contato da sua mão com o guidão.
Por isso, opte por um modelo que seja confortável, resistente e seguro!
Nem tudo são flores quando pedalamos nas estradas. Farpas, cavacos de ferros e outros itens jogados nas pistas podem trazer verdadeiros danos aos seus pneus.
Por isso, esteja preparado e leve para o pedal algumas fitas anti-furos, câmaras de ar, remendos, um kit de ferramentas e também pinças e alicates.
E, claro, não se esqueça da bomba de ar, que precisa ser compatível com o pneu de estrada (que é mais fino que os de MTB e por isso tem exigências diferentes).
9- Cuidado com a fome
Emagrecer pedalando: a combinação perfeita entre atividade física e alimentação saudável. Imagem: 123RF.com
Pedalar por horas sem comer pode causar o famoso “prego de fome”, quando você simplesmente não consegue mais pedalar porque o seu organismo não tem energia suficiente.
Isso não é nada bacana, principalmente se você estiver a quilômetros de distância de casa. Então, leve na bagagem alguns alimentos que sejam fáceis de consumir e que caiam bem, como bananinhas e também os géis de carboidrato.
10- Lembre-se de se hidratar
A Hidratação durante o treino é fundamental. Foto: 123RF.com
Se morrer de fome é algo completamente desagradável, pedalar desidratado também pode comprometer o seu rendimento e a sua saúde. Em média a cada 15 ou 20 minutos é preciso repor em torno de 150 a 200 ml, depois dos primeiros 15 minutos pedalando.
De qualquer forma, o ideal é evitar sentir sede, já que esse é um indício claro de que seu corpo já está desidratado. Além da água tradicional, leve também algumas bebidas isotônicas ou invista na água de coco.
11- Ouça o seu corpo e fique atento aos seus limites
Iniciar no ciclismo de estrada é uma delícia, e muitos iniciantes podem ficar “empolgados”. Essa animação toda é ótima, mas tente evitar ir além do que o seu corpo aguenta.
Assim, sempre prepare um pedal de acordo com a sua capacidade física e também familiaridade com a bike e o terreno. Os mais experientes sempre lembram que é melhor chegar em casa com aquela sensação de “quero mais” do que completamente esgotado depois de passar por um monte de perrengue (e desejando nunca mais ver a bicicleta na vida).
Com essas dicas, já dá para iniciar no ciclismo de estrada? Ajude os ciclistas iniciantes, compartilhando outras dicas nos comentários!
Muitas pessoas querem começar a acompanhar as provas de ciclismo pela televisão, mas têm dúvidas sobre como elas funcionam e principalmente quais são as grandes voltas do ciclismo de estrada.
Esse é o seu caso? Então veja este post completo que montamos com várias informações sobre o assunto!
E se quiser saber sobre outras importantes provas do ciclismo de estrada que acontecem em etapa única,basta conferir nosso post sobre 5 provas clássicas do ciclismo de estrada.
Como funcionam as grandes voltas?
As grandes voltas são, na verdade, uma sequência com 21 disputas. O vencedor é o ciclista que apresentar o melhor tempo somado em todas as etapas. No Pro-Tour existem 3 grandes voltas, que são: Tour de France, Vuelta de Espanha e Giro D’Italia.
Acompanhar uma grande volta é algo extremamente emocionante. Mas também pode ser bastante confuso para quem nunca viu uma prova assim. Então, é importante, primeiro explicarmos alguns termos.
Classificação Geral
Algumas corridas podem ser realizadas por estágios. E nesses casos o ciclista vencedor será aquele que conseguir completar todas essas etapas com um menor tempo acumulado.
É possível encontrar o líder nas competições de forma bem simples: ele será o ciclista usando uma camisa de cor diferente dos demais.
Outra dúvida muito comum é sobre a contagem de tempo quando um pelotão cruza junto a linha de chegada. Se isso acontecer, todos os ciclistas são registrados com o mesmo tempo do primeiro a cruzar a linha.
Porém, é costume que existam algumas quedas quando o pelotão está assim tão próximo. Para poupar os ciclistas, existe uma regra que, se alguém cair nos últimos 3km, ele será poupado e o tempo também será registrado para ele, como se tivesse cruzado a linha de chegada.
Contra-relógio
Nesse tipo de classificação, os ciclistas largam sozinhos e devem percorrer um percurso pré-determinado. O vencedor é o que fizer o menor tempo. Os tempos de cada ciclista são somados à Classificação Geral – e por isso essa é uma informação tão importante, afinal é capaz de definir quem será o campeão de uma grande volta.
Outra possibilidade é fazer o contra-relógio em equipe, assim, toda a equipe percorre o trajeto e o tempo registrado é referente ao quinto ciclista a cruzar a linha.
Além da diferença da contagem de tempo, as bicicletas aqui também costumam ser diferentes. O guidão, por exemplo, tem uma espécie de “clip” onde o ciclista se apoia, permitindo uma posição mais aerodinâmica, assim como quadro pode ter um formato um pouco diferente.
Pontos
Dentro das grandes voltas ainda existem algumas competições secundárias, por exemplo a “Camisa por Pontos”, dada ao ciclista campeão de mais etapas e de sprints intermediários.
Assim, quem vence uma etapa, embora não tenha diferença na classificação geral (que é por tempo e todo o pelotão da frente fica com o mesmo tempo), consegue acumular pontos e pode disputar essa classificação paralela.
Montanha
Também uma classificação paralela que busca parabenizar o melhor escalador. Assim, o ciclista que cruza as montanhas mais difíceis na frente ganha pontos.
Ciclista Jovem
É bem semelhante à classificação geral, mas só podem competir os ciclistas até 25 anos.
Quais são as principais grandes voltas do ciclismo de estrada?
Pronto. Agora que você já entendeu um pouquinho mais sobre como funcionam as classificações, vamos conhecer quais são as grandes voltas do ciclismo de estrada? Confira!
1- Tour de France
Tour de Frande 2018. Foto: ASO / Alex BROADWAY
É de longe uma das mais conhecidas, até mesmo por quem não costuma acompanhar o universo do ciclismo de estrada. O Tour de France é uma competição que acontece anualmente e é disputada em 21 etapas, com os ciclistas percorrendo, mais ou menos, 3500 km.
Normalmente, o Tour não acontece só na França (apesar do nome), mas as etapas também podem ser disputadas na Bélgica, na Alemanha, na Itália e na Espanha.
A primeira vez que o Tour de France aconteceu foi em 1903. Desde então ele passou a acontecer sempre em julho – e a cada ano a rota é modificada, porém é sempre realizada ao redor dos Pirineus e dos Alpes Franceses, com a chegada cruzando o Champs-Élysées e o Arco do Triunfo, em Paris.
Quando tudo começou, a prova era basicamente de resistência, porque não era permitido nenhum tipo de assistência. Era comum, por exemplo, que alguns ciclistas dormissem na beira da estrada ou até pegassem carona em alguma parte do trajeto.
Hoje a volta está bem mais profissional, com suporte de motos, carros e, claro, dos torcedores que ficam na beira da estrada. Os ciclistas contam com assistência mecânica, médica, postos com água, informações e alimentos.
Camisas
Para entender quem está liderando o que é importante ficar de olho na cor das camisas dos ciclistas. Assim:
amarela: é o ciclista que tem o menor tempo individual na classificação geral, ou seja, é quem está na liderança no momento e, no final da corrida, pode ser o campeão. Essa é a premiação mais importante do Tour;
verde: criada em 1953 para celebrar os 50 anos da volta. Ela é dada ao ciclista que tem mais pontos acumulados nas metas volantes e nas chegadas das etapas, ou seja, é o sprintista mais rápido e que consegue pontuar mais vezes no Sprint;
bolinha: é o que consegue acumular mais pontos nas metas de montanhas, é o melhor escalador;
branca: é referente à classificação dos ciclistas jovens.
Além desses, ainda são premiadas as melhores equipes e o ciclista mais combativo do dia (aquele que tentou mais fugas ou que demonstrou maior esforço) e para os 3 primeiros da equipe campeã.
Importância
Como dissemos, o Tour de France é de longe uma das mais importantes grandes voltas do ciclismo de estrada. De acordo com os dados da Red Bull, mais de 120 canais cobrem a volta que é transmitida para mais de 188 países ao vivo. No total são mais de 3,5 bilhões de telespectadores por ano e quase 12 milhões de torcedores nas ruas.
Em 2018, o Tour foi vencido por Geraint Thomas, da equipe Team Sky.
2- Giro D’Itália
Foto: Site Oficial do Giro D’Italia
O Giro D’Itália, ou Volta da Itália, em português. A ideia da prova veio do jornal Gazzetta dello Sport que precisava de um apelo para conseguir vender mais tiragens. O sucesso foi tão grande que até hoje o giro permanece no calendário ciclístico.
A primeira disputa aconteceu em 1909, com a largada no Piazze Loreto, no centro de Milão, com mais ou menos 127 ciclistas participantes. Foram percorridos cerca de 2509 km divididos em 8 etapas (ou seja, uma média de 306 km por etapa).
A primeira etapa foi um percurso entre Milão e Bologna com intermináveis 397 km e duração de quase 14 horas!
Em 2018 aconteceu a volta de número 101 e com uma novidade: a saída foi em Jerusalém e a volta terminou em Roma, assim como aconteceu em 1911, 1950 e 2009.
É claro que aqui também existe a divisão das camisas, sendo:
rosa: ciclista líder da classificação geral;
azul: melhor escalador;
vermelha: sprinter com maior número de pontos acumulados nas etapas;
branca: ciclista jovem com melhor tempo na classificação geral.
2018
O Giro já aconteceu este ano, em maio, e teve como campeão o ciclista inglês Chris Froome que venceu a volta pela primeira vez, mesmo já sendo tetracampeão do Tour de France e campeão da Volta da Espanha.
Porém, a 101ª edição do Giro teve 7 voltas canceladas a pedido dos ciclistas por problemas no asfalto, que deixava as etapas muito perigosas. A última prova, disputada em Roma, foi marcada por protestos de grupos pró-palestina que tentaram interromper a disputa, com a invasão de 3 pessoas a pista.
3- Volta da Espanha
Volta da Espanha 2018. Etapa de Salamanca. Foto: PhotoGomezSport
Essa é a volta mais famosa da Espanha e considerada uma das 3 grandes voltas da Europa. A primeira edição foi realizada em 1935, mas foi só a partir de 1955 que ela passou a acontecer anualmente.
Ela é disputada durante 3 semanas e percorre vários pontos da Espanha, com trajetos que se modificam a cada ano.
Assim como no Tour de France, aqui também existem as classificações com cores de camisa, sendo:
vermelha: para o ciclista que ocupa a primeira classificação geral em função dos tempos de cada etapa;
verde: para o ciclista primeiro colocado por pontos em função da classificação ocupada em cada uma das etapas disputadas;
bolinhas: para o melhor escalador;
branco: para o ciclista que ocupa a primeira posição da classificação combinada, ou seja, aquele que reflete a regularidade considerando a posição que cada ciclista ocupa nas três classificações.
Também são premiadas:
as 3 melhores equipes;
o ciclista que cruza a linha em primeiro;
o ciclista que, de acordo com os telespectadores, foi o mais lutador em cada etapa;
o ciclista mais jovem situado na Classificação Geral Individual por tempo ao final de cada etapa.
Importância
A Volta da Espanha também possui uma grande importância dentro do universo do ciclismo de estrada. Em 2017, o evento foi transmitido para 188 países por 20 canais de TV. Cerca de 1200 jornalistas, comentaristas e fotógrafos cobriram o evento e mais de 1,55 milhões de telespectadores acompanharam a volta.
2018
A Volta aconteceu entre 25 de agosto e 16 de setembro, e teve como campeão o britânico Simon Yates, da equipe Mitchelon – Scott
4- Volta da Suíça (Tour de Suisse)
Embora o Tour de Suisse não esteja entre as 3 grandes voltas da Europa, ele também é importante no calendário de ciclismo de estrada. A primeira disputa aconteceu em 1933 e foi vencida pelo austríaco Max Bulla.
A Segunda Guerra Mundial interrompeu o calendário de provas e a volta suíça apenas aconteceu duas vezes: em 1941 e em 1942. Mas, a popularidade chegou nos anos 50, graças ao duelo de Ferdi Kubler e Hugo Koblet.
Hoje, o Tour de Suisse possui algumas mudanças, visando, principalmente ganhar um apelo maior com o público. Por exemplo, com as provas adicionais que acontecem além da competição profissional. São elas: TdS Kids World, TdS Bike-Expo e a TdS Challenge (uma corrida amadora).
Em 2018, a volta foi disputada em 9 etapas e vencida por Richie Porte.
5- Critérium du Dauphiné
Foto: ASO / Alex BROADWAY
Essa pode não ser considerada uma das grandes voltas do ciclismo de estrada por quem não acompanha o esporte de perto, mas com certeza tem um espaço cativo no coração de quem adora essas competições.
A prova é disputada nos Alpes franceses, na antiga província de Dauphiné (hoje Ródano-Alpes), sempre em junho. A volta foi criada em 1947 por Georges Cazeneuve e pelo diário francês Le Dauphiné Libéré.
Hoje ela costuma ser disputada em 8 etapas e é considerada uma corrida importante para os ciclistas que estão se preparando para o Tour de France, além de integrar o calendário do UCI.
Outro destaque da prova é a região montanhosa onde ela é disputada, e não é à toa que muitos dos campeões são ótimos escaladores. É possível reconhecer muitas das escaladas famosas do Tour de France nessa prova, como Mont Ventoux, o Col de la Chartreuse e o Col du Galibier.
Depois de ler sobre as principais grandes voltas do ciclismo de estrada, ficou mais fácil acompanhar as transmissões? Você pode conferir também nosso conteúdo sobre as 5 Grandes Provas do Ciclismo de Estrada (com apenas uma etapa / dia de duração).
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Não tão conhecidas (e talvez não tão charmosas como as grandes voltas), as grandes provas do ciclismo de estrada também guardam seus admiradores e entusiastas. Apesar de acontecerem em apenas um dia, elas não deixam de ser emocionantes, principalmente por quem é apaixonado pelo universo do ciclismo.
Esse é o seu caso? Então veja as 5 grandes provas que selecionamos e saiba mais sobre cada uma delas – e o que as torna tão especiais!
Atenção: nesse artigo separamos as provas que acontecem em etapa única ou em um único dia. Para conferir as grandes voltas (Tour de France,Giro D’Italia, Volta da Espanha etc) temos também um artigo especial sobre 5 Grandes Voltas do Ciclismo de Estrada
1- Paris-Roubaix
Foto: Paris Roubaix Official Website
Sean Kelly foi um ciclista irlandês que entrou para a história do mundo do ciclismo com a célebre frase: “a prova horrível de correr, mas a mais bonita para ganhar”.
Essa pode ser considerada a síntese do que é a Paris-Roubaix: uma prova dura, longa e exaustiva, mas que é, ao mesmo tempo, um verdadeiro espetáculo do início ao fim.
História
Tudo começou em 1896 com uma prova que se iniciava em Paris e terminava no velódromo de Roubaix. Em 1977, contudo, a cidade de partida mudou para Compiègne, que fica mais ou menos 80km de Paris.
A prova foi idealizada por Maurice Perez e Théodore Vienne que “venderam” a ideia ao Le Vélo, um jornal esportivo da época. Mas eles não sabiam que essa ideia se tornaria um dos eventos mais esperados dentro do calendário ciclístico até hoje.
Pela sua dureza e dificuldade, a prova ganhou um “apelido carinhoso” sendo chamada de Inferno do Norte. O que muitas pessoas não sabem é sobre a origem desse termo que foi usado pela primeira vez na edição logo após a Primeira Guerra Mundial, quando um grupo de jornalistas deixou Paris em 1919 para ver o quanto da rota ainda restava depois de 4 longos anos de bombardeio.
Quando chegaram lá, na estrada que ligava Paris a Roubaix, a cena foi de desolação: árvores queimadas, muita lama e um cheiro putrefato no ar. Nos jornais nos dias que se seguiram a expressão “inferno do norte” foi usada para descrever a cena de terrível destruição.
Percurso
Todos os anos o percurso é alterado. Mas, desde 1977, ele segue um roteiro mais ou menos parecido: saindo de Compiègne os ciclistas seguem uma rota sinuosa de 260km para Roubaix.
O primeiro trecho de paralelepípedos aparece após 100 km de prova. Nos últimos 150 km, os trechos de paralelepípedos somam mais de 50 km. O ápice da corrida acontece nos 750 m pedalados no concreto suave do extenso velódromo ao ar livre de Roubaix.
Em 2018, a prova teve 257 km, com partes do percurso classificados por níveis de dificuldade. Como quase sempre acontece, no topo da lista está a passagem no Arenberg, em Mons-en-Pévèle e no Carrefour de l’Arbre, com 5 estrelas de dificuldade.
Outra característica típica da Paris-Roubaix são os trechos de estrada pavimentadas com paralelepípedos. Graças a essa característica, as bicicletas precisam ser adaptadas e costumam ser desenvolvidas especificamente para a prova, com quadros e rodas diferenciados. Apesar disso, são comuns os problemas mecânicos e os pneus furados que acabam dando ainda mais emoção à competição.
Em termos de vitória, existem dois ciclistas que reinam soberano: Roger de Vlaeminck e Tom Boonen, considerado o senhor do Paris-Roubaix e apelidado de “Tornado Tom”. A Bélgica é o país que mais venceu a prova, com 55 vitórias.
2- Tour de Flandres
Tour de Flandres 2018. Foto: Digitalclicx
Outra que integra o calendário das grandes provas do ciclismo de estrada é o Tour de Flandres, ou Volta de Flandres, que acontece em um só dia na região de Flandres, na Bélgica.
A prova é considerada uma das 5 clássicas Monumento, que ainda conta com: San-Remo, Milão, Paris-Roubaix, Il Lombardia e Liege-Bastogne-Liege.
História
A prova foi idealizada por Karel Van Wijnendaele, em 1913. Ele era co-fundador do jornal de esportes Sportwereid.
Até a Segunda Guerra Mundial ela era realizada no mesmo dia da Milão-Sanremo na Itália. Depois da guerra, a prova belga ganhou mais importância e agora é realizada sempre no último domingo de março.
Para os amantes das provas de ciclismo, o Tour de Flandres é considerado um dos mais bonitos, graças a paisagem cheia de montanhas e, claro, aos trajetos de paralelepípedos com alto nível de dificuldade.
Em 2012 o percurso sofreu uma alteração com a modificação da cidade de chegada, que desde 1973 era Meerbeke.
Agora, o destino final dos ciclistas é Oudennarde e a mudança foi feita graças aos incentivos maiores oferecidos aos organizadores e também as melhores condições de transmissão de TV. É também em Oudennarde que os torcedores podem visitar o Centrum Ronde van Vlaanderen, um museu totalmente dedicado à prova.
Os principais recordistas são os ciclistas da casa, com destaque para: Eric Leman, Achiel Buysse, Johan Museeuw e Tom Boonem.
Percurso
Em 2018, a prova teve 267 km e foi considerada uma das mais difíceis já disputadas, graças a presença dos hellingen (colinas) que, embora sejam curtas, têm uma inclinação máxima de 22%, ou seja, são bem difíceis de serem vencidas.
Os torcedores também ajudam a dar o charme à prova, principalmente nos setores de pavés. O primeiro fica localizado a mais ou menos 80 km da largada, porém existem outros em trechos mais difíceis, como Oude Kwaremont, Paterberg e Koppenberg. Afinal, o ciclista que consegue chegar nesses locais têm grandes chances de terminar bem a competição.
O destaque do Tour de Flandres, contudo, vai para o Koppenberg, com uma inclinação máxima de 22% e pedras irregulares, com um papel decisivo na prova e que exige um nível técnico muito grande do competidor.
3- Amstel Gold Race
Amstel Gold Race 2013
A Holanda também sedia uma das grandes provas do ciclismo de estrada, o Amstel Gold Race, realizada anualmente nas colinas de Limburgo e patrocinada pela cervejaria Amstel. Desde 1989, a prova integra o calendário do Campeonato Mundial de Ciclismo e agora também é integrante do tour UCI Pro e UCI World Tour.
História
A prova foi criada por Ton Vissers e Herman Krott e a primeira edição aconteceu em 30 de abril de 1966, feriado nacional na Holanda. O plano era começar pedalando em Amsterdã e terminar em Maastricht, no sudeste do país, percorrendo 280 km.
Mas vários problemas aconteceram, já que os criadores ignoraram a presença de inúmeros rios ao longo do trajeto, o que tornou a distância muito maior do que a planejada inicialmente.
Então, o caminho foi alterado várias vezes pelos organizadores até se chegar ao percurso que seria usado na primeira corrida indo de Breda a Meerssen. Apesar disso, em 1967, a partida já teve de ser alterada para Helmond, onde ficava a sede do patrocinador Amstel e a distância total foi reduzida para 213 km.
Em 1991, o final da corrida foi alterado para Maastricht, a capital de Limburgo, e desde 1998 também tem início no mesmo local.
Percurso
Apesar de a Holanda ser conhecida pelas estradas planas, a Amstel Gold Race acontece em um local montanhoso no sul de Limburg, atravessando a paisagem rural. A escalada mais difícil é, sem dúvida, o Cauberg, que costuma ficar nos últimos poucos quilômetros da corrida.
Como você pode notar pela história que contamos, o percurso já foi alterado inúmeras vezes desde a criação da prova, porém, desde 2005, ela é realizada dentro dos limites de Limburg.
Hoje, o percurso possui cerca de 30 subidas curtas que aparecem em sucessão conforme a corrida progride, sendo que 8 delas acontecem nos 45 km finais. Os mais íngremes são Cauberg, Keutenberg e Eyeserbosweg.
Entre 2001 e 2003 foram realizadas 3 edições da Amstel Gold Race para mulheres, sendo que em 2003 a prova integrava a World Tour da UCI. Depois da terceira edição, contudo, a prova foi interrompida. Só depois de 14 anos ela voltou a ser disputada, em 2017, organizada no mesmo dia da prova masculina, com uma distância um pouco menor.
4- Strade Bianche
Granfondo Strade Biache. Foto: site oficial
A Strade Bianche, ou Estradas Brancas em português, é uma corrida que acontece todos os anos na região de Siena, na Itália. Hoje ela integra a UCI Europe Tour e é considerada uma combinação da Paris-Roubaix e do Tour de Flandres.
História
Perto das demais grandes provas do ciclismo de estrada, a Strade Bianchi é bem nova, já que sua história começou em 1997, em um granfondo para amadores e só em 2007 foi a vez da primeira prova profissional.
De lá para cá, a prova passou a acontecer uma vez por ano sempre no primeiro ou segundo sábado de março. O nome “Strade Bianchi” foi dado devido às históricas estradas de carvalho branco que são consideradas a parte decisiva da corrida, já que mais de 50 km são percorridos nesse terreno.
A primeira vez que foi disputada profissionalmente, em 2007, a prova era chamada de Monte Paschi Eroica, foi vencida pelo russo Alexander Kolobnev e realizada em outubro. Em 2008, ela foi transferida para março, próxima da temporada das provas clássicas da primavera europeia.
Foi nesse ano também que a corrida foi alongada em 9 km, incluindo o setor de cascalho branco.
Desde 2015, a corrida possui uma versão feminina chamada “Strade Bianche Donne” que acontece no mesmo dia da prova masculina e integra o UCI Women’s World Tour, com metade da distância da prova dos homens.
Percurso
A corrida começa e termina no Patrimônio Mundial da Unesco de Siena. A rota possui cerca de 175 km de terreno montanhoso que cruza a província de Siena, no sul da Toscana e nove setores de cascalho, com quase 53 km de estrada de terra.
Os ciclistas finalizam a prova na ilustre Piazza del Campo, em Siena, depois de fazerem uma subida íngreme e estreita na Via Santa Caterina, que é pavimentada, bem no centro da cidade medieval.
5- Milano-San Remo
Milano San Remo 2015. Foto: BettiiPhoto
Também chamada de Milão-Sanremo ou a “Clássica da Primavera”, essa é uma das grandes provas do ciclismo de estrada que acontece em um percurso que liga as cidades de Milão e Sanremo, na Itália.
Ela é considerada uma das provas mais longas do ciclismo profissional, com 298 km.
História
A primeira edição dessa corrida aconteceu em 1907, organizada pelo então diretor da Gazzetta dello Sport, Eugenio Costamagna e pelo editor de ciclismo Armando Cougnet. A vitória foi de Lucien Georges Manzan, conhecido como Lucien Petit-Breton, que levou 11h 04m15s.
As primeiras provas eram um verdadeiro desafio para os ciclistas porque uniam péssimas estradas, mau tempo e uma distância enorme. Na década de 1940, a prova foi marcada pela disputa entre dois grandes ciclistas: Fausto Coppi e Gino Bartali.
Em 1960, um novo desafio foi adicionado ao percurso: a escalada do Poggio, com 3km na parte final, deixando a disputa ainda mais complicada.
Percurso
Como essa é uma das provas mais longas do ciclismo de estrada, ela é, sem dúvida, um grande desafio de resistência para os ciclistas.
Em 2018, a prova percorreu a rota que liga Milão à Riviera di Ponente, passando por pontos como: Varazze, Savona, Albenga, Imperio e San Lorenzo al Mare, onde se situa a clássica sequência do Capi, com a presença das duas subidas adicionadas à corrida nas últimas décadas: Cipressa e Poggio di Sanremo.
A subida do Poggio se inicia nos 9 km de antecedem a linha de chegada e possui quatro curvas fechadas já nos primeiros 2 km. A descida é bastante técnica, em estrada de asfalto e bem estreita. A parte final entra no Sanremo e os últimos 2 km são pedalados em estradas urbanas longas e retas.
Como você viu, além de muita dificuldade, as grandes provas do ciclismo de estrada são marcadas por questões históricas, curiosidades e desafios.
E, você, já conhecia essas grandes provas? Gostou deste conteúdo? Aproveite e assine o nosso boletim, para receber direto no seu e-mail todas as atualizações aqui do blog!