Mulheres no BMX: conheça os principais nomes da modalidade!

O BMX é a modalidade mais nova dentro do ciclismo, surgindo entre as décadas de 1960 e 1970, quando o ciclismo de estrada e de pista já integravam os Jogos Olímpicos.

Misturando ciclismo e MotoCross, o BMX rapidamente despertou a atenção de muitos aventureiros, e de lá pra cá se tornou extremamente importante dentro do calendário de provas de ciclismo.

Veja também: O mercado das bicicletas para mulheres: muito além dos clichês

E é claro que também existem muitas mulheres no BMX, com nomes de destaque na modalidade. Quer saber mais? Continue a leitura!

O que é o BMX?

A palavra BMX vem da junção de Bicycle (B), Moto (M) e Cross (X). As primeiras provas surgiram nos Estados Unidos entre as décadas de 1960 e 1970, principalmente com as crianças e os mais jovens, que tentavam imitar as manobras do MotoCross com as suas bicicletas.

Apesar de já existir há várias décadas, o BMX não é um esporte tão conhecido e muitos ciclistas lutam bastante para conseguir o seu espaço dentro dos esportes convencionais.

Modalidades

Desde o seu surgimento até a atualidade, o BMX evoluiu bastante e hoje conta com duas modalidades: Racing (corrida), com provas disputadas em bateria e em circuito de terra, com costelas, rampas e curvas fechadas, e o Freestyle que se divide nas submodalidades listadas abaixo.

Vertical

BMX Vertical

É realizado em uma rampa no formato de U (Half Pipe). Os ciclistas realizam manobras aéreas (vôos para fora da rampa) e laterais (nas bordas das rampas). Quanto mais alto for o grau de dificuldade e mais bem executada for a manobra, maior será a pontuação do ciclista.

Dirt Jump

BMX Dirt Jump

Essa modalidade é praticada em rampas de terra com variação na altura e na distância. É possível encontrar competições com rampas sequenciais, double, únicas, entre outras. As manobras têm evoluído muito e existem algumas que são bem famosas como 360º blackflip, double Black flip, etc.

Street

Foto: Depositphotos

Como o próprio nome indica, a modalidade é praticada na rua ou em pistas que simulem ruas. Existe a presença de obstáculos como escadas, rampas e corrimões.

Mini Ramp

É uma modalidade com bastante adeptos e realizada em uma rampa com tamanho e altura menores do que o Vertical, mas também com a presença de manobras aéreas e de borda, além de contar com manobras de outras modalidades como Flat, Street e Dirt.

Flatland

Foto: Depositphotos

Aqui, os ciclistas são um pouco mais “livres” já que essa modalidade consiste em uma apresentação no solo, sem pulos ou rampas. Cada ciclista faz sua session aliando criatividade, equilíbrio e dificuldade.

Park

São usados percursos fechados (bikeparks ou skateparks) nos quais existem obstáculos que visam simular um percurso de rua, porém com um desenho próprio. Podem estar presentes rampas, paredes, muros, bancadas, escadas, corrimões, etc.

Bicicleta de BMX

Para praticar todas essas modalidades cheias de acrobacias é claro que as bicicletas também precisam ser diferentes. Normalmente, elas costumam ser confundidas com bikes infantis, porque são bem menores que as tradicionais, com rodas de aro 20” ou 24”.

Além disso, elas também precisam de reforço e costumam ter um quadro diferenciado. Outra curiosidade é que essas bicicletas não possuem marcha e nos modelos para Flatland o guidão pode ser girado quantas vezes for preciso.

Mulheres no BMX: nomes de destaque

Como não podia deixar de ser também existem mulheres no BMX com histórias de vitórias surpreendentes. Veja os principais nomes do mundo.

Mariana Pajón

Mariana Pajon mulheres no bmx
Mariana Pajon. Foto: Divulgação Instagram

A colombiana ficou mais conhecida dos brasileiros ao vencer as Olímpiadas do Rio, em 2016. Mas essa foi a segunda medalha de ouro da ciclista no BMX, já que também havia conquistado o primeiro lugar em Londres, em 2012.

Além das medalhas olímpicas, Mariana já conquistou inúmeros campeonatos mundiais e latino-americanos e foi nomeada Atleta do Ano em 2011 e a Mulher Colombiana do Esporte em 2008.

Instagram da atleta: @marianapajon

Nikita Ducarroz

Nikita Ducarroz mulheres no bmx
Nikita Ducarroz. Foto: divulgação Instagram

Um nome novo no universo do BMX, mas que já está chamando a atenção, graças a vitórias importantes, em especial na modalidade Park, alcançando o segundo lugar na série UCI BMX World Cup.

Ducarroz ainda não tem nenhuma medalha olímpica, afinal sua estreia será em 2020, na Olímpiada de Tóquio.

Instagram da atleta: @nikitabmxgirl

Hannah Roberts

Hannah Roberts mulheres no bmx
Hannah Roberts. Foto: divulgação Instagram

Em 2017, não teve para ninguém. Hannah levou tudo o que poderia: Copa do mundo da UCI, Campeonato Mundial da UCI e Vans BMX Pro Cup. Justamente por isso é um dos nomes mais fortes para as Olímpiadas de 2020.

Instagram da atleta: @hannah_roberts_bmx

Laura Smulders

Laura Smulders mulheres no bmx
Laura Smulders. Foto: divulgação Instagram

A holandesa é a atual primeira do mundo no ranking da UCI e conta com vitórias importantes como: duas vezes campeã da copa do mundo (em 2017 e 2016), sétima colocada na Olímpiadas do Rio e terceira na Olímpíadas de Londres.

Instagram da atleta: @lauraasmulders

Sarah Walker

Sarah Walker mulheres no bmx
Sarah Walker. Foto: divulgação Instagram

É um dos nomes mais conhecidos do BMX feminino e não é por acaso. A neozelandesa já levou para casa 9 medalhas de ouro no Campeonato Mundial de BMX entre 2007 e 2015 e foi medalhista de prata nas Olímpiadas de 2012.

Instagram da atleta: @swbmx

Mulheres no BMX: a representação brasileira no esporte

É claro que também existem mulheres no BMX brasileiro. E a ciclista Priscilla Stevaux é o principal nome da modalidade no país.

Priscilla Stevaux

Priscilla Stevaux Carnaval mulheres no bmx
Priscilla Stevaux. Foto: divulgação Instagram

Foi a única mulher a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Em 2017, a sorocabana conseguiu chegar pela primeira vez em uma final de uma etapa da Copa do Mundo de BMX em Santiago, na Argentina. Feito que contribuiu para que ela conseguisse subir para o 6º lugar no ranking da UCI.

Entre as suas conquistas, destacam-se: campeã sul-americana Junior (2010), campeã paulista (2013), campeã da Copa América (2013), 3º lugar no Campeonato Continental (2014) e bicampeã brasileira (2014 e 2015).

Instagram da atleta: @stevaux93

Outros nomes de destaque do BMX nacional são Squel Stein e Naiara Silva.

E, então, gostou de saber mais sobre as mulheres no BMX? Conhece outras atletas que merecem destaque neste conteúdo? Deixe um comentário pra gente!

Mulheres no mountain bike: conheça as principais ciclistas do Brasil e do mundo!

A mountain bike é de longe uma das modalidades do ciclismo mais difundidas no Brasil, sendo sinônimo de bicicleta para muitas pessoas. O MTB surgiu há quase 4 décadas na Califórnia, levando os ciclistas para terrenos diferentes, como trilhas, terra, lama e muito mais.

Veja também: O mercado das bicicletas para mulheres: muito além dos clichês

Com o crescimento da modalidade, outros sub-ramos surgiram e hoje o MTB é um esporte olímpico. E como não poderia deixar de ser também existem muitas mulheres no mountain bike que merecem destaque. Continue a leitura e confira!

O que é o mountain bike e quais são as modalidades?

Basicamente podemos entender que o mountain bike, ou MTB, é qualquer modalidade de ciclismo feito em terrenos diferentes de uma pista, como trilhas, áreas acidentadas, locais com obstáculos naturais, parques, fazendas e assim por diante.

Outra diferença está nas próprias bicicletas que são bem distintas do ciclismo de estrada e possuem estruturas mais reforçadas, com suspensão completa ou traseira para tornar mais simples a condução, pneus mais largos, travões mais eficazes e assim por diante.

Modalidades

Com a popularização do mountain bike começaram a surgir ramificações e modalidades com regras e características bem próprias. São elas:

  • enduro: prova que preza pela regularidade, ganhando quem conseguir fazer todo o percurso no menor tempo possível. As provas de enduro têm um tempo pré-definido pela organização, considerando o trajeto e os obstáculos a serem vencidos. Para cada atraso, o ciclista é penalizado com 1 ponto e a cada segundo adiantado é penalizado com 3 pontos;
  • downhill: a principal característica é a descida de colinas, morros e montanhas com curvas, saltos e uma variedade de obstáculos. As competições são individuais e o vencedor é o que completar o percurso no menor tempo;
  • freeride: é considerada uma versão “recreativa” do downhill. Essas provas também podem ser disputadas na cidade, por exemplo em escadarias, ou ainda criando-se pistas com obstáculos artificiais;
  • cross country (XCM): é a modalidade mais antiga do MTB. As regras podem variar dependendo da prova. Normalmente é disputada em um percurso fechado e todos os ciclistas largam ao mesmo tempo tendo de percorrer ladeiras, subidas, descidas e partes bem técnicas. Vence quem chegar primeiro a linha de chegada;
  • cross country Olímpico (XCO): os percursos são feitos em pistas de terra e contam com alto nível de dificuldade. As provas masculinas e femininas são idênticas e podem durar entre 1h30 e 1h45m;
  • trial: não é uma modalidade muito popular. Ela consiste em realizar um determinado percurso sem que o ciclista toque o pé no chão, tendo de passar por obstáculos diversos como cavaletes, rochas, latões, muros, carros, etc.;
  • tip trial: mistura lazer e competição e pode ser disputado por amadores. Consiste em percorrer um percurso longo, geralmente ligando duas cidades e pode misturar um pouco de ciclismo de estrada.

Mulheres no mountain bike: os principais nomes do mundo

O MTB feminino é muito forte e existem várias atletas importantes e que merecem destaque. Veja algumas.

Yana Belomoina

yana belomoina mulheres no mountain bike
Yana Belomoina. Foto: Divulgação Instagram

A ucraniana foi a primeira colocada do ranking da UCI em 2017 na modalidade Cross-Country Olímpico e conta na sua carreira com um número impressionante de vitórias e pódios. Agora, a meta da ciclista é conseguir o sonho da medalha olímpica, já que a sua única participação foi em 2012, quando ela conseguiu o 13º lugar.

Instagram da atleta: @yanabelomoina

Sally Bigham

Sally Bigham mulheres no mountain bike
Sally Bigham. Foto: divulgação Facebook

Conhecida como “Iron Sally”, a britânica é uma das atletas mais duras do Cross-Country Maratona e foi a primeira do ranking da UCI em 2016. Em 2009, ela ingressou na equipe Topeak-Ergon e era considerada uma das melhores ciclistas do Reino Unido.

Hoje, ela coleciona títulos e vitórias como: campeã europeia em 2016, 16 vezes campeã da UCI World Marathon Series, 5 vezes campeã britânica de maratona, 4 medalhas de prata nas competições europeias e 2 vezes vice-campeã do Campeonato Mundial.

Página do Facebook da atleta: Sally Bigham

Rebecca Rusch

rebecca rusch mulheres no mountain bike
Rebecca Rusch. Foto: divulgação Instagram

Rebecca começou a sua carreira como ciclista ainda nos anos 90. Porém, passou a se tornar mais conhecida a partir de 2003, quando liderou uma equipe de 3 mulheres e 1 homem no Eco-Challenge e terminou a prova em 4º lugar.

A ciclista já foi eleita a “Adventure Racer do Ano” pela Competitor Magazine e ficou entre as 25 melhores atletas femininas na lista da revista Outside.

Rebecca já participou de muitas provas de enduro 24 horas, conquistando o segundo lugar logo no primeiro ano, e o primeiro lugar em 2007 e 2008, feitos que a levaram a receber carinhosamente o apelido de “rainha da dor”.

Instagram da atleta: @rebeccarusch

Jolanda Neff

Jolanda Neff mulheres no mountain bike
Jolanda Neff. Foto: divulgação Instagram

A suíça é considerada uma das principais ciclistas da nova geração, com força e resistência acima da média e que impressionam quem acompanha as suas provas.

No seu currículo, Jolanda acumula 2 copas do mundo de MTB, já foi número 1 do mundo em 2016, ficou em 6º lugar nos Jogos Olímpicos do Rio e foi duas vezes campeã mundial de cross country sub23, além de colecionar vitórias em inúmeras provas extremamente importantes.

Instagram da atleta: @jolandaneff

Mulheres no mountain bike: as atletas brasileiras

Engana-se quem pensa que o Brasil não está bem representado no mountain bike feminino. Veja algumas das nossas ciclistas que merecem destaque.

Raíza Goulão

Raiza Goulao mulheres no mountain bike
Raiza Goulão. Foto: divulgação Instagram

Destaque no cenário do MTB brasileiro, Raíza também acumula resultados importantes em competições internacionais. Seu nome ficou mais conhecido do público geral após a participação nas Olímpiadas do Rio de Janeiro, quando alcançou a 20ª colocação.

A ciclista já foi campeã no pan-americano de MTB de 2012 e 2013, primeira colocada no latino-americano de MTB de 2013, sexto lugar na Copa do Mundo do Canadá de 2013 e conquistou vitórias importantes na Copa Internacional do Chile e na Taça Portugal.

Instagram da atleta: @raizamtb

Viviane Favery

Viviane Favery mulheres no mountain bike
Viviane Favery. Foto: divulgação Instagram

É considerada, hoje, uma das principais ultramaratonistas de mountain bike do Brasil. A ciclista já conquistou títulos importantes como: campeã brasileira de mountain bike maratona, campeã do Brasil Ride de 2015 e 3 vezes campeã do Big Biker.

Além disso, Viviane já participou de ultramaratonas de mountain bike na África do Sul, nos Estados Unidos, na Espanha e na Patagônia, subindo ao pódio em todas as provas que participou na elite feminina entre 2014 e 2015.

Instagram da atleta: @vivianefavery

E, então, gostou de saber mais sobre as mulheres no mountain bike? Ajude a deixar este conteúdo ainda mais completo, compartilhando os seus conhecimentos nos comentários.

Guia de sobrevivência para o ciclista iniciante!

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É comum que o ciclista iniciante tenha várias dúvidas. Será que você está preparado para lidar com um pneu furado? E a bicicleta, está confortável para o seu uso? Quais tipos de itens você deve levar para uma trilha?

Como pedalar é algo empolgante (e viciante), nem sempre tomamos os devidos cuidados – e isso pode acabar em dificuldades em algum pedal mais longo. Para lhe ajudar, nós separamos várias dicas de sobrevivência para o ciclista iniciante e transformar os seus pedais em algo ainda mais divertido e animador. Confira!

Escolha corretamente a sua bicicleta

Emagrecer pedalando é mais barato
Emagrecer pedalando é mais barato

Esse pode parecer um item simples, mas para quem nunca pedalou ou está há um bom tempo parado, escolher a bike errada pode ser algo bem comum.

A principal dica, nesses casos, é procurar uma loja de bicicletas próxima da sua casa e que seja de confiança. Afinal, por lá, você receberá uma orientação bem mais específica do que em lojas online, por exemplo – o que não é ideal para quem não “domina” alguns conceitos básicos.

Além disso, essas lojas costumam oferecer benefícios extras como revisão a cada 6 meses e ainda podem lhe ajudar para as principais dúvidas que vierem a surgir ou em ajustes posteriores.

Escolher a bike certa dependerá muito do uso que você fará dela. Se a sua ideia é pedalar tanto no asfalto como na terra, pegando algumas trilhas, por exemplo, o recomendado é uma mountain bike ou uma bicicleta híbrida. Agora se você só vai pedalar no asfalto, uma bicicleta de estrada pode ser mais indicada.

Além disso, você deverá ficar confortável na bicicleta e ela deverá ser adequada ao seu biótipo. Ou seja, é preciso ficar de olho no tamanho do quadro, na regulagem e na altura do selim e do guidão e também no aro da roda. Uma boa dica é sempre fazer um bike fit, garantindo que suas pedaladas serão confortáveis e seguras.

Invista em roupas e equipamentos

mulheres ciclistas
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Um erro muito comum do ciclista iniciante é acreditar que aquelas roupas de ciclismo (todas coladinhas) não são necessárias. Isso até surgirem as primeiras bolhas e dores pelo corpo. As roupas de ciclismo são pensadas e projetadas para lhe darem mais conforto e segurança ao pedalar.

O mínimo para começar é um bom shorts de ciclismo, um par de luvas e, claro, um capacete adequado. Para esse último, busque um modelo que ofereça boa ventilação, material de qualidade e fácil travamento.

Outro item que pode lhe ajudar são os óculos, capazes de filtrar o excesso de luminosidade e proteger os olhos contra insetos, poeira e vento.

Para as bermudas, fique de olho no modelo que tem diferença entre feminino e masculino. E ainda opte por um “acolchoamento” adequado com a distância que você pretende percorrer em média. Analise ainda o seu conforto usando a peça e o acabamento da mesma.

Se a sua ideia é começar a fazer pequenas trilhas, você terá de investir em uma camiseta de ciclismo e até em uma mochila. Afinal é preciso levar comida e ferramentas. Outra opção são aquelas pequenas bolsas que podem ficar acomodadas embaixo do selim ou até no quadro.

Entenda um pouco de mecânica básica

problemas em cicloviagem
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Ok, você não precisa virar um mecânico de bicicleta para começar a pedalar. Mas você não quer passar sufoco quando um pneu furar ou algo de estranho acontecer na sua bicicleta, não é mesmo? Por isso, entender um pouco do funcionamento da bike pode lhe salvar de grandes apuros.

Algumas tarefas básicas e que você deverá saber são: substituir a câmara de ar, consertar a corrente, reparar e trocar um pneu e efetuar ajustes nos sistemas de freio e de câmbio.

Todos esses são passos simples e a maioria você pode aprender com outros ciclistas, na loja que você comprou sua bicicleta ou até em vídeos do YouTube. O principal, contudo, é sempre levar com você um pequeno kit de ferramentas.

O básico para não ficar na mão cabe em uma bolsa de selim e é composto por:

  • kit de remendo, cola e lixa que podem ser comprados juntos ou separados. A cola deve ser verificada com frequência, já que com o tempo pode evaporar;
  • uma espátula resistente capaz de aguentar a montagem e a desmontagem dos pneus;
  • canivete de chaves Allen (chamada também de multiferramenta ou multitool) que contém além das chaves Allen também chaves Phillips, fenda e chave Torqx. Alguns mais completos ainda podem trazer chave de corrente e de raios. Opte por materiais de qualidade, dando preferência às de inox que não enferrujam.

Lembre-se da segurança

Colete Refletivo Inconfidentes Pedalantes

A segurança é algo fundamental para qualquer ciclista. Por isso, é preciso sempre buscar investir em equipamentos adicionais que garantam isso, como luzes sinalizadoras (aquelas que ficam piscando na parte da frente e de trás da bike), adesivos e coletes refletores e até uma campainha no uso da bike em ambientes urbanos.

Infelizmente, os casos de furto de bicicleta andam cada vez mais comum e uma forma de conseguir reaver o seu bem é usando o registro da bike. Essas informações ajudam a encontrar a sua bicicleta de forma mais rápida em caso de um assalto.

Não se esqueça de limpar a bicicleta

Limpar a bike é fácil, só jogar uma água e pronto. Certo? Não! A bicicleta possui uma série de componentes pequenos e que se não forem limpos do jeito correto podem causar muitos problemas no futuro.

Quem pedala em trilhas precisa de um cuidado redobrado nesse ponto, evitando o acúmulo de lama e poeira em partes importantes. A base ainda continua sendo água e detergente e é importante evitar produtos a base de petróleo, como querosene, que pode atacar as peças de plástico, de borracha e também a resina dos itens com fibra de carbono.

Antes de começar a jogar água, avalie o nível de sujeira. Se existir barro seco, use uma escova macia para retirar o excesso.

Sempre comece a limpeza pela corrente, pedivela, câmbios e cassete, usando escovas macias para retirar a sujeira acumulada. Em seguida, passe para as rodas, de preferência retirando-as da bike. Para limpar os pneus, use uma escova de pelos duros. Seque bem as rodas e inspecione em busca de aros soltos ou partidos, amassados, danos aos pneus, etc.

Em seguida, faça a limpeza do quadro, evitando jogar água diretamente na caixa de direção e no movimento central. Por último, faça a lubrificação da bike.

Treine bastante (mas não exagere)

ciclista iniciante
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No começo, pedalar pode ser um tanto desafiador em termos físicos. Principalmente quando começamos a pegar subidas maiores. Mas isso não deve ser um motivo para você desistir. Quanto mais você treinar, mais fácil será ganhar longas distâncias e superar desafios e barreiras.

Para isso, uma dica é começar a comparar seu desempenho. Além dos aplicativos de celular, você também poderá usar um GPS de ciclismo ou até um ciclocomputador que oferecerá informações importantes como velocidade, tempo, distância e até frequência cardíaca, ajudando a deixar seus treinos mais precisos.

Só tome cuidado com o exagero, evitando fazer percursos maiores do que você consegue suportar. Esse exagero, além de cansar, pode favorecer ao aparecimento de lesões – e ninguém quer ficar de molho por meses em recuperação logo após comprar a primeira bicicleta, não é?

Preste atenção aos sinais do seu corpo

overtrainning no ciclismo
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O nosso corpo pode “reclamar” nas primeiras pedaladas, afinal ele não está acostumado a passar algumas horas naquela posição. Mas não se acostume ao desconforto.

Se passado as primeiras semanas, você ainda sentir dores, isso pode ser um sinal de que algo está desregulado na sua bicicleta, como o ajuste do guidão ou do selim.

Aliás, o selim é um ponto extra que merece atenção. Se você anda sentindo muitas dores nessa região, talvez seja o momento de investir na troca do modelo. Além disso, não se esqueça que o shorts de bike foi feito pra ser usado sem calcinha ou cueca, ok?

Junte-se a um grupo de pedal

grupos de pedal feminino
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Um bom grupo de ciclismo pode ser a motivação que faltava para você começar a pedalar com mais frequência. Além da motivação, esse grupo certamente contará com ciclistas mais experientes que poderão lhe ajudar com dicas, técnicas e outras informações importantes para que você evolua.

Existem muitos grupos de ciclismo e você poderá encontrar alguns na sua região por meio do Facebook, das lojas de bicicleta e de outras redes sociais. Para as mulheres, hoje já é possível encontrar muitos grupos femininos, o que é bem bacana e motivador.

Troque os pedais e as manoplas

Pedal de encaixe Shimano Pd-A530 Spd Misto
Pedal Shimano Pd-A530 Spd Misto. De um lado encaixe, e do outro a plataforma tradicional

Geralmente, os pedais que vem nas bikes para iniciantes são de plástico e de qualidade duvidosa. O que pode resultar em quebras durante a pedalada, colocando o ciclista em risco.

Você poderá optar por um pedal de plataforma mesmo, desde que de boa qualidade, como os modelos em alumínio e eixo de aço. Se você resolver usar o pedal de encaixe, lembre-se de incluir no orçamento um par de sapatilhas.

As manoplas das bicicletas de entrada também costumam dar problema, já que nem sempre são confortáveis. Um bom par vai lhe ajudar a reduzir a fadiga das mãos e dos pulsos porque reduz a trepidação do guidão.

Uma dica é preferir os modelos do tipo lock on – fixadas por abraçadeiras nas extremidades, evitando escorregar do guidão, mesmo quando molhadas. Os modelos de espuma também são mais indicados porque são mais leves e confortáveis, contudo duram menos que os de borracha.

Além dessas dicas, não se esqueça de sempre respeitar seus limites e as regras de trânsito e, claro, sempre buscar se informar sobre os acessórios, as técnicas e as dicas para conseguir evoluir no pedal.

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Treinamento intervalado no ciclismo: 4 exemplos para atingir bons resultados

Post atualizado em 28/12/2019

Certamente, você já deve ter ouvido falar sobre o treinamento intervalado no ciclismo, não é mesmo? Nesse artigo você vai saber tudo sobre esse tipo de treino que é fundamental para melhora do seu desempenho na bike.

Além de explicar o que é o treino intervalado, separamos dicas para que você possa colocar em prática e atingir bons resultados.

Se preferir, assista esse conteúdo em vídeo:

E se quiser saber mais sobre outros tipos de treinamento, temos mais artigos:

Mas agora vamos às dicas sobre treino intervalado!

O que é treinamento intervalado no ciclismo? Para que ele serve?

treinamento intervalado no ciclismo
Imagem: Pixabay

Explicando de forma bem sucinta, podemos dizer que o treinamento intervalado no ciclismo consiste na técnica de alternar estímulos de alta intensidade com os de baixa.

Em cima da bike isso se traduz em momentos de pedaladas de alta intensidade (um tiro, sprint, ou subida forte por exemplo) intercalados com um giro de recuperação, que vai baixar a sua frequência cardíaca e te preparar para outro estímulo forte.

Especialistas no assunto afirmam que esse tipo de treinamento é excelente para atletas que buscam um ganho qualitativo. Com os tiros, o organismo acaba chegando aos seus limites e tendo resultados ainda mais positivos.

É importante salientar que não é apenas esse tipo de treinamento que lhe dará a performance que você deseja. Ele é um dos passos que devem estar em sua rotina de treinos, mas é certo que um bom ciclista não consegue evoluir apenas com o treinamento intervalado.

Se você participa de competições, é importante que o seu treinador saiba adequar o momento certo dessa prática para não prejudicar seu rendimento nas provas.

Usualmente, a recomendação é que se aplique uma ou duas vezes por semana, apenas. No entanto, dependendo do tipo de prova que o atleta pretende realizar e a sua necessidade individual, é possível validar a possibilidade de mais tempo dedicado.

Atenção especial com o treinamento intervalado no ciclismo

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É muito importante que você não pratique o treinamento intervalado sem o auxilio de um profissional. Apesar de muito conteúdo sobre o assunto, a prática em excesso não é recomendada.

Fica aqui nossa atenção especial:

  • Não pratique mais do que duas vezes por semana. Exceto se instruído por um profissional;
  • Nada de excessos, senão o overtrainning aparecerá;
  • Ao praticar treinamento intervalado, dê um descanso de um dia ao seu corpo;
  • Sempre antes de iniciar, aqueça o seu corpo para evitar lesões;
  • Sempre procure praticar em locais mais planos;
  • Não se esqueça de se alongar antes e depois do treino.

4 exemplos de treinamento intervalado no ciclismo

treinamento intervalado no ciclismo
Imagem: Pixabay

Para que você possa começar a praticar o treinamento intervalado, separamos 4 exemplos de exercícios.

Atenção: a duração dos estímulos e do intervalo apresentados aqui é apenas uma sugestão. Ela pode e deve variar de acordo com o condicionamento de cada ciclista. Como profissional de Educação Física recomendo sempre que os treinos sejam elaborados e orientados por um profissional da área.

1 – Ataques mais fulminantes

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Esse treinamento é bem simples, basta dar 8 sprints de até 20 segundos cada. Após cada um, descanse 10 segundos e recomece.  A recomendação é que seja feita de 2 a 4 séries, com um tempo de descanso médio de até 3 minutos entre as séries.

Esse exercício fará com que você aumente a sua frequência cardíaca, acostumando o seu corpo a dar arrancadas impressionantes para ultrapassar seus concorrentes.

2 – Escapando da muvuca

Imagem: Pixabay

Esse é um tipo de exercícios de treino intervalado muito importante para atletas que gostam daquelas provas de longas distâncias onde você precisa escapar do pelotão.

Você vai precisar de 6 estímulos de 2 minutos cada, somando sempre 1 minuto de intervalo entre eles.

Durante o estímulo você precisará pedalar na maior intensidade possível (se estiver usando um monitor cardíaco, provavelmente estará entre a Zona 4 e 5 de frequência). Durante o minuto de intervalo diminua o ritmo e descanse o máximo possível. Se estiver usando um monitor cardíaco, o ideal é retornar até a zona 2 ou 3 de frequência.

3 – Treino intervalado de constância

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Nesse exercício, você vai aprender a controlar a sua força no pedal. Isso porque, em provas muito grandes, seu rendimento não poderá ser o mesmo durante todo o percurso, até porque, seu organismo não aguentaria.

Sabendo disso, você precisará ter um plano de ação, se mantendo constante de forma confortável.

Para realizar esse exercício, você fará 6 estímulos maiores, de 6 minutos cada, dando 3 de intervalo com pedaladas mais leves. Só que aqui há um segredo: você deve tentar fazer a mesma distância ou manter a mesma velocidade nos 6 estímulos.

Portanto você deve treinar a constância: não saia muito forte no primeiro estímulo, pois não conseguirá manter o mesmo ritmo nos seguintes.

Nesse ponto, seu organismo irá se acostumar com um ritmo mais forte e constante de pedaladas.

4- Pedale seu máximo em estímulos mais longos

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Esse exercício irá te ensinar a lidar com a dor. Para sua realização, você deve pedalar o máximo que conseguir em 6 intervalos de 8 a 10 minutos. Depois, mantenha uma pedalada mais fraca por 5 minutos para descansar.

Nós podemos te ajudar! Te espero por lá 🙂

Treino de base no ciclismo: como construir o sucesso da sua temporada

Post atualizado em 28/12/2019

Como se preparar bem para a temporada de pedais? A resposta certamente passará pela realização do treino de base no ciclismo. Nesse artigo você vai aprender tudo sobre esse tipo de treino, com dicas para melhorar seu desempenho.

O treino de base no ciclismo

O treino de base no ciclismo é realizado durante um período do ano com foco em preparar o ciclista para que ele esteja bem para a participação na próxima temporada de competições.

Basicamente, o que irá acontecer é que haverá toda uma preparação para que o organismo esteja bem para a próxima temporada em relação à força muscular, a resistência e a oxigenação do organismo.

O treino de base é necessário para qualquer tipo de atleta que visa melhorar a eficiência do seu corpo, aumentando a potência e a velocidade para melhorar suas marcas pessoais e competir com outros atletas.

Nesse tipo de treinamento, você terá um foco maior na resistência. E justamente por isso o período é longo: de 8 a 10 semanas, a depender do atleta e do tipo de prova que ele irá realizar.

Além disso, o volume de treinamento (em quilômetros, por exemplo) é um pouco maior quando comparado a outros momentos da temporada do ciclista.

Treino de base para Mountain Bike e Ciclismo de Estrada

treino de base no ciclismo

Em seus princípios básicos, o treinamento de base para ciclistas das modalidades de estrada e mountain bike seguem as mesmas premissas, o que irá diferenciar será a resistência e a força muscular de que o atleta terá que desempenhar em cada categoria.

Normalmente, o mais seguro é que você tenha um profissional para te auxiliar nesse tipo de treinamento, afinal você deverá chegar nos limites do seu corpo. Porém, não pode deixar com que lesões ocorram, senão você coloca em risco a sua próxima temporada.

Em uma rotina de atleta, o funcionamento dos treinos acontece, mais ou menos, dessa forma (podendo haver pequenas variações):

  1. Treino de transição: Acontece quando o atleta volta de um período de descanso ou férias. Esses treinos vão durar de 2 a 3 semanas e têm o foco principal na readaptação muscular;
  2. Treino de Base: Período mais intenso de treinos que visa preparar os grupamentos musculares para as dificuldades da competição. Nesse tipo de treino, a modalidade que é praticada é totalmente trabalhada;
  3. Treino em período de competição: Nessa fase, a intensidade dos treinamentos é bastante diminuída para que não haja qualquer tipo de lesão muscular. Mesmo assim, os treinos serão pesados com foco total nas provas que serão realizadas.

Como o organismo reage após os treinos de base?

treinamento mental para ciclismo
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Logo quando inicia o treinamento de transição, depois de um período de descanso, é bastante comum que você sinta que seu rendimento caiu um pouco, afinal, os dias parados são necessários, porém, fazem com que você perca performance.

Justamente por isso, para os períodos de treino, um assessor esportivo para ciclismo poderá te dar a direção certa de treinamento.

Cada profissional tem um conceito de aplicação, por isso, é muito importante que você avalie o plano traçado antes de iniciar. Basicamente, o foco é na resistência muscular e aeróbica, pois é uma das maiores necessidades dos ciclistas.

Logo, o treinamento de base irá fazer com que você:

  • Melhore o recrutamento de fibras musculares;
  • Aumente o seu condicionamento físico;
  • Aguente longos períodos de treinamento;
  • Aumento do estoque de glicogênio;

E diversos outros benefícios que permitem o organismo gerar energia e melhorar seus rendimentos.

Como é feito o treinamento de base no ciclismo?

pedalar no frio
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O treino de base no ciclismo fará com que haja o aumento do volume e da intensidade de forma totalmente progressiva, sem forçar demais nas primeiras semanas, porém te motivando a render mais de forma gradativa.

São realizados treinos de alto volume e intensidade moderada, privilegiando o primeiro. Os seja, é o momento no qual você vai passar mais tempo e quilômetros em cima do selim. A quantidade desses treinos vai depender do seu nível de condicionamento físico.

Para calcular o volume e intensidade ideal dos seus treinos de base, nós recomendamos sempre o acompanhamento por um profissional de Educação Física especializado em ciclismo. 

3 Dicas sobre como fazer o treino de base no ciclismo

1 – Cuidado com o excesso de massa muscular

Para você que tem um foco maior em ciclismo de estrada, ou seja, de provas de longa distância, aumentar muito a musculatura em busca de maior resistência, pode fazer com que você fique mais pesado e acabe lhe prejudicando nas competições.

Já reparou no físico dos ciclistas de estrada? São todos mais esguios, com menos músculos. Isso porque muito peso (inclusive de massa muscular) pode atrapalhar especialmente nas subidas.

Em relação ao mountain bike, pelo terreno mais acidentado, a força muscular pode ser um fator positivo, até mesmo para o equilíbrio nas provas, no entanto, cabe uma avaliação prévia para buscar a composição ideal.

2 – Pratique musculação para treinar todos os grupamentos musculares

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Você pode estar achando estranho essa dica sobre musculação, se acabei de falar que você não deve ficar ter massa muscular em excesso.

Mas o trabalho de musculação trás muitos benefícios para o ciclista (e não somente no período de base).

A musculação para o ciclista deverá focar o condicionamento muscular geral, e principalmente o fortalecimento dos músculos do core (tronco e abdômen). Dessa forma você vai perceber não só a melhoria da musculatura específica da pedalada, como também mais resistência para aguentar os longos períodos de treinos em cima da bike.

3 – Não faça treinos de alta intensidade

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É hora de segurar a ansiedade para que o melhor do seu desempenho venha no momento certo.

No período de base você deve privilegiar intensidades baixas e moderadas. A intensidade dos seus treinos deve aumentar quando você sair do período de base e passar para os treinos durante a temporada competitiva.

Uma boa dica pra controlar a mente e o corpo é o nosso artigo sobre treinamento mental para ciclismo, que tem 4 exercícios que você pode usar na sua rotina de treinos.

Treinos muito longos e de alta intensidade repetidos todos os dias, podem vir a lhe causar overtrainning e, com isso, você sentirá que perdeu performance para as provas.

O descanso é necessário!

Freio a disco para bike: um guia completo pra você escolher o seu

Atualizado em 28/10/2019

Os freios são a parte mais importante de qualquer bicicleta, garantindo segurança para o ciclista e para todos a sua volta. Porém, nem todo mundo sabe exatamente como escolher os freios e têm dúvidas sobre o freio a disco para bike.

Por isso, montamos um conteúdo completo com as principais dúvidas sobre o assunto. Confira!

O que é o freio a disco para bike e como ele funciona?

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O freio a disco, como o próprio nome sugere, é aquele que não envolve o aro durante a frenagem, mas sim discos que são acoplados a roda.

De forma bem básica, podemos dizer que os discos são fixados nos cubos das rodas traseira e dianteira, funcionando como base para o processo de frenagem. O acionamento dos freios pode ser feito tanto por meio mecânico (através de um cabo) como hidráulico (por óleo).

Quais as diferenças entre o freio a disco mecânico e hidráulico?

freio a disco para bike
Freio a disco mecânico Avid

No sistema de freio a disco mecânico o acionamento do sistema é feito por meio de um cabo. Assim, quando acionamos o manete ele puxa o cabo que está preso a “pinça de freio” (caliper), empurrando o pistão que, por sua vez, empurrará a pastilha de freio contra o disco, causando atrito e reduzindo a velocidade.

Nesse tipo de acionamento, o pistão empurra apenas uma das pastilhas, projetando o disco contra a outra pastilha. Por isso, é fundamental que o sistema mecânico esteja muito bem regulado, caso contrário somente uma pastilha entrará em atrito e a frenagem será prejudicada.

freio a disco para bike
Freio a disco hidráulico Avid XX

Já no sistema hidráulico o acionamento é por meio do óleo. Ou seja, quando acionamos o manete, o óleo é empurrado pela mangueira fazendo com que os pistões empurrem as pastilhas de freio contra o disco.

Nesse sistema, existem 2 pistões responsáveis pela movimentação das pastilhas. Entretanto, é possível encontrar modelos com mais pistões, garantindo um poder ainda maior de frenagem.

Podemos concluir que a principal diferença está na qualidade da frenagem, já que os freios hidráulicos combinam características importantes como rapidez, precisão e sensbilidade.

Porém, o sistema hidráulico possui uma manutenção mais complicada, enquanto o sistema mecânico exige regulagens periódicas.

Quais as vantagens do freio a disco para bike?

freio a disco para bike
Freio a disco hidráulico Shimano Acera

Independentemente de você optar por um freio a disco para bike mecânico ou hidráulico, saiba que esse sistema é muito superior aos demais tipos de freios e oferece vantagens importantes como:

  • os freios não entram em contato com o aro, assim se o aro amassar ou empenar o freio não travará a roda como nos demais sistemas e será possível pedalar até que o problema seja consertado;
  • o freio fica no centro da roda e por isso tem menos contato com a água e a lama, sendo mais eficiente mesmo em situações adversas;
  • o freio a disco não desgasta o aro, aumentando a sua vida útil;
  • é possível comprar tamanhos diferentes de discos, alterando a força, a modulação e o peso para conseguir adaptar a bike a diferentes condições, terrenos ou preferências do ciclista.

Não tenho dinheiro para investir em dois freios a disco, é melhor optar pelo freio na roda dianteira ou traseira?

Dianteira. Isso porque, durante a inércia, o peso da bicicleta é deslocado para a roda da frente e por isso é fundamental ter uma maior poder de retenção nesse ponto. É esse deslocamento, inclusive, que faz com que o peso seja liberado da roda traseira, causando as derrapagens.

Qual tamanho do disco de freio devo comprar?

Diferentes tamanhos de disco

Hoje é possível encontrar uma variedade de modelos de disco de freio no mercado e encontrar o tamanho certo dependerá de algumas variáveis.

A regra básica é de que quanto maior for o disco, mais segura estará a sua bike, já que os discos maiores oferecem uma melhor resposta de frenagem, além de reduzir as chances de aquecimento e contarem com uma melhor modulação.

Contudo, eles também acabam mais expostos aos obstáculos e são bem mais difíceis de serem regulados, além de serem mais pesados.

Lógico que essa escolha deverá ser feita respeitando o tamanho do quadro da sua bicicleta. As de aro 29, por exemplo, costumam usar freios de  160 mm na roda traseira e de 180 mm na roda dianteira.

Outros pontos que podem influenciar a sua escolha são:

  • peso do ciclista: ciclistas com mais de 90kg devem usar discos maiores;
  • modalidade: modalidades com mais descidas, como freeride, precisam de freios mais potentes, como os de 200 mm na roda dianteira, enquanto cross country e provas mais rápidas comportam bem freios de 160 mm em ambas as rodas;
  • sua forma de pedalar: quem prefere fazer trilhas com mais subidas necessita de economia de peso e por isso pode pensar em discos menores, já aqueles que adoram downhills e descidas precisam de mais confiança na frenagem, com discos de 180mm a 200mm e se você pedala somente aos finais de semana e de forma mais descontraída, prefira discos maiores para deixar seus pedais mais seguros.

O que são os sistemas de montagem IS e Post Mount?

freio à disco para bike
Freio à disco hidráulico Tektro com sistema Post Mount

No Sistema IS a pinça é parafusada lateralmente e depois é feita a instalação do freio a disco.  Na maioria dos casos é necessário contar com um adaptador de fixação. Os parafusos passam por furos nos suportes do garfo, do quadro ou da suspensão.

Já no Sistema Post Mount a pinça é parafusada de frente em sentido longitudinal da bicicleta, assim as forças de frenagem acabam coincidindo com o sentido dos parafusos de fixação, forçando menos o suporte.

A instalação também é facilitada porque os furos na pinça são ovalados tornando mais fácil o posicionamento da pinça de maneira centralizada, dispensando o uso de arruelas.

O ponto fraco, contudo, é que as roscas nas quais se fixam os parafusos ficam no quadro, na suspensão ou no garfo e podem espanar se forem apertadas com muita força.

Quais as diferenças entre pastilhas sinterizadas e orgânicas?

Tipos de componentes na pastilha de freio

As pastilhas sinterizadas contam com um componente metálico na sua composição, dando a elas características como maior durabilidade e resistência. São mais indicadas para o tempo úmido, porque no tempo seco podem ser mais abrasivas, além de oferecem dificuldade na dissipação do calor.

Mas, caso você use discos pouco espessos ou de qualidade duvidosa, a pastilha sinterizada poderá deformá-los. Outro ponto é que essas pastilhas costumam ser mais barulhentas.

Já as pastilhas orgânicas são mais macias e mais indicadas para uso em tempo seco, embora funcionem razoavelmente bem em dias de chuva, com a desvantagem de desgastarem mais rápido.

Qual óleo devo usar: DOT ou mineral?

Essa é uma pergunta difícil já que depende muito das preferências de cada ciclista.

Óleo Finish Line DOT 5.1

O fluido DOT possui um ponto de ebulição maior e com isso transmite menos calor (quando o calor é muito intenso pode dificultar a frenagem). Contudo, o DOT é muito corrosivo e pode até estragar a pintura da bicicleta, além de causar irritações na pele.

Outras desvantagens do DOT são: absorção de umidade do ar e maior necessidade de troca (justamente devido a absorção de água).

Óleo Mineral Finish Line

Já o óleo mineral tem mais chances de sofrer variações na temperatura, dilatando de forma mais sensível que o DOT, porém ele não é um produto tóxico e nem corrosivo e também não absorve água.

Onde comprar freio a disco para bike, peças avulsas e oléos de qualidade?

Como fazemos em todos os nossos posts especiais de guia de produtos, separamos abaixo alguns links onde você pode pesquisar preços atualizados tanto de freio a disco quanto de óleo para freios hidráulicos. É só conferir

E, então, depois ler este conteúdo você já está com menos dúvidas sobre o freio a disco para bike? Se não respondemos alguma dúvida sua é só deixá-la nos comentários. E não se esqueça de assinar o nosso boletim para receber sempre conteúdos bacanas como este no seu e-mail!